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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Agrícola e florestal Quinta
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Descrição
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Paisagem de vinha, armada predominantemente em patamares, sendo as plantações feitas por blocos de uma só variedade, para que cada uma possa ser vendimada na altura adequada e vinificada separadamente. Núcleo construído constituído pela casa de habitação do proprietário, modesta, de vãos com persianas de madeira pintadas de verde, tendo a montante os alojamentos do pessoal e a jusante a casa do caseiro, em xisto, com varanda de madeira, junto da qual se desenvolve um pomar em socalcos e uma horta. Por ali passa um caminho público murado, conduzindo ao rio, e junto do qual foi construído um armazém, com vãos de arco de volta perfeita em aparelho de xisto. A adega fica a certa distância da casa, ao fundo da encosta, também ao lado da linha do caminho-de-ferro. Os lagares possuem tampos em xisto e em granito. INTERIOR: Casa do proprietário com os vários quartos de dormir possuindo nomes de um Vintage famoso; o "1948" e o "1970" tem ligação à varanda e o "1945" tem quarto de banho com vista vista panorâmica sobre o rio. |
Acessos
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Fl. 116 |
Protecção
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Incluído no Alto Douro Vinhateiro - Região Demarcada do Douro (v. PT011701040033) |
Enquadramento
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Rural. Situa-se na costa de Castedo, a poente da foz do rio Tua. A S. a quinta desenvolve-se até ao rio Douro, onde passa a linha de caminho de ferro e onde existe um apeadeiro, e estende-se para jusante a partir de um cabeço formado pela margem ocidental do rio Tua, formando uma reentrância oblíqua no sentido N. - O., por detrás dos edifícios. O núcleo construído ergue-se sobranceiro à quinta e ao rio. Para jusante fica a Quinta de Merouço e do lado do Douro a Quinta dos Aciprestes. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Agrícola e florestal: quinta |
Utilização Actual
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Agrícola e florestal: quinta |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1756 - Aquando das demarcações pombalinas da Região de produção do vinho do Porto, inda não existia a quinta; 1761 - Rodrigo Domingos Coelho, vigário de Castedo, e António de Sousa ficaram com as suas vinhas que tinham em Bairral, Eira do Mano e Malvedos incluídas na demarcação; Séc. 18 - Criação da quinta dos Malvedos pela família do Visconde de Vila Maior; séc. 19, início - adquirida por Justino Ferreira Pinto Basto, que procedeu a melhoramentos no terraceamento e no plantio da vinha, construindo imponentes socalcos junto da entrada da quinta; a quinta produzia por ano cerca de 60 pipas de porto, tinto e branco; séc. 19, último terço - a praga da filoxera atacou gravemente as vinhas e em consequência disso metade da quinta foi plantada com 9000 oliveiras: 1890 - comprada pela empresa exportadora Graham; decide-se replantar a quinta com variedades tintas, especialmente com Tinta Francisca; séc. 19, finias / 20, inícios - o administrador da quinta, Jim Yates, tentou aplicar as experiências que estavam a ser feitas pela Cockburn na vizinha Quinta do Tua, mas essas resultaram em produções extremamente fracas; 1910 - remodelação da casa do proprietário, acrescantando-lhe uma área quase igual à existente no lado oposto ao rio; 1947 - remodelação da casa, substituinda a antiga varanda de madeira por uma de pedra na fachada S; anos 60 - a firma Graham vende a quinta, por se encaminhar para a ruína; 1970 - quando os Symington compraram a Graham não quiseram ficar com a Quinta dos Malvedos; 1971 - comprada por António Baltasar Baptista; a produção diminiu ainda mais, ficando a casa e o jardim ao abandona; 1982 - os Symington, que continuavam a fazer o vinho do novo proprietário, decidem voltar a comprá-la, passando a despender grande esforço e dinheiro para a tornar rentável; construção de nava instalação adegueira; 1984 - instalação eléctrica da rede pública; 1987 - a produção excedeu as 100 pipas pela primeira vez. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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LIDDELL, Alex, PRICE, Janet, Douro. As Quintas do Vinho do Porto, Lisboa, 1992; BIANCHI-DE-AGUIAR, Fernando ( Coord.), Candidatura do Alto Douro Vinhatero a Património Mundial, Porto, 2000. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Proprietário: 1982 - obras de restauro e melhoramento na casa do proprietário. |
Observações
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EM ESTUDO. *1 - O nome da quinta deriva de "malvados", uma alusão aos rápidos que existiam em frente da propriedade antes da construção das barragens no rio Douro. Na nova adegueira será produzido o vinho da própria quinta. mas também o das quintas vizinhas, às quais a Companhia tradicionalmente compra as uvas. |
Autor e Data
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Paula Noé 2002 |
Actualização
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