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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial
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Descrição
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Planta composta por torre quadrada e ala residencial rectangular e capela. Volumes articulados horizontalmente. Ala residencial de dois pisos, correspondendo o piso térreo a loggia agrícola e o segundo à zona nobre. O primeiro piso é ritmado por aberturas de janelas, sendo o acesso realizado por uma pequena escadaria alpendrada. A E. do corpo principal encontra-se a torre e a O. uma capela. As janelas da torre, de guilhotina, dispõem-se de modo irregular com moldura decorada e uma delas é de ângulo; possui ainda uma fresta em cruz grega e uma pedra de armas afixada. A cornija apoia-se em denticulado. No terreiro da casa é patente uma fonte central, de duas taças coroado superiormente por leão. O brasão seiscentista é dos Figueira e Pinheiro. |
Acessos
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EN 14, Porto - Braga, desvio para Mouquim (Tarrio) |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 740-DG/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Rural, isolado, delimitado a E. por muro de vedação a O. e a N. por campos de cultivo e a S. por terreiro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: quinta senhorial |
Utilização Actual
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Residencial: quinta / Educativa: quinta pedagógica |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1550 - É feito o tombo dos bens de raíz deixados por morte de Luís de Carvalho que se encontram agrupados no morgadio da Pindela; encontra-se a primeira descrição da casa *1; 1661 - o 5º morgado de Pindela, José Pinheiro Lobo, manda construir a capela da casa, de invocação a Nossa Senhora da Conceição; séc. 19, finais - o 13º Senhor e 2º Visconde de Pindela, Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada, manda construir o segundo corpo lateral da casa, o torreão, os portões brasonados, o fontanário do terreiro de entrada, da cavalariça e dos jardins; no interior são mandados fazer os tectos em castanho e colocar fogões de sala em todos os quartos e salas; a casa é ainda dotada de casas de banho e introduzido o sistema de canalização e aquecimento de água; 1992 - é constituída a Sociedade Agrária da Casa da Pindela, Lda; 1993, 15 Abril - Despacho de classificação; 2004, 13 julho - proposta da DRPorto para a classificação como MIP; 2006, 1 junho - devolvido à DRPorto para juntar proposta de ZEP; o traçado da nova variante poente entre Santiago da Cruz e Ribeirão prevê a passagem pelos terrenos da quinta; 2012, 30 março - nova proposta da DRCNorte para a classificação como MIP; 9 maio - parecer favorável da SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2012, 25 setembro - publicação do Anúncio n.º 13464/2012, DR, 2.º série, nº186, do projeto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria de granito aparente, vidro, ferro, azulejo, madeira. |
Bibliografia
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ARAÚJO, Ilídio Alves de, Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal, Lisboa, 1962; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses (Introdução ao estudo da casa nobre), Lisboa, 1969; Guia de Portugal, 3 vols., Lisboa, 1983 - 84; Quinta de Pindela aguarda interesse público, in Opinião pública, 17 Março 2006, p. 14. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Descrição da Casa da Pindela em 1550: "(...) Tem primeiramente nas casas da quinta cabeça do dito morgado uma sala que é de comprimento nove varas e de anxo quatro varas e duas terças com uma janela da parte norte sobre o cidral. Tem uma adega de seis varas e duas terças e tem em largo três varas e uma terça. Tem a cozinha de través tem três varas e meia e de comprido cinco varas e uma terça. Tem um terreiro diante das ditas casas com suas latas nele de trinta varas de comprido e de largo vinte e uma com sua água que vem a ter a qual junto da adega". *2 - Julga-se que o corpo central da casa corresponde ao seu corpo mais antigo. *3 - A Mata da Pindela é uma vasta mancha florestal de 45 ha. A vegetação, inicialmente composta por pinheiro e outros espécies vulgares foi grandemente enriquecida no séc. 19 pela acção do 14º Senhor e 3º Visconde de Pindela, João Afonso Simão Pinheiro Lobo da Figueira Machado de Melo e Almada, que introduziu diversos outras espécies, tais como: auracaria, cedrus, criptoméria, cupressus, pseudotsuga, sequóia, acer, plátanus, quercus, tília, magnólia e lodano. A Mata conta ainda com elementos decorativos, designadamente, um lago, um nicho onde se encontra uma imagem de São João, várias esculturas em granito e ainda um aqueduto que abastece a Casa com água procedente de uma mina na mata. *4 - O portão junto à casa tem fixado nos dois pilares laterais placas com a data de 1456 e noutra 1883. |
Autor e Data
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João Santos 1996 |
Actualização
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