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Espaço verde Jardim
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Descrição
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Propriedade murada, de planta quadrangular encontrando-se o terreno dividido em seis parcelas aproximadamente rectangulares. Um muro separa a zona do amendoal da estrada, encontrando-se à mesma cota. Junto à estrada, situa-se o portal da propriedade, aberto em muro recortado, em arco pleno em pedra fendida, rematado por cornija quebrada, ladeado por pináculos piramidais em bola. Este constitui a origem de um caminho, ladeado por "cupressus sempervirens" (cipreste) que conduz à casa. O amendoal confina através de muro de aproximadamente 4 m com o patamar do relvado, fronteiro á casa, sobrelevado em relação ao amendoal. Esta área está separada por canteiros, a N. de um parque infantil e a SO. de um terraço. A N.,O. e S. os canteiros encontram-se separados do relvado por um alinhamento em U de "cupressus sempervirens".Junto aos limites N.,E. e S. deste terraço existe um caminho com cerca de 2 m. de largura, separado do canteiro por murete de 0.4 m. revestido a azulejo poliocromado azul e branco. A E. do relvado está situada a casa, observando-se a partir deste a sua fachada principal. A fachada posterior da casa está orientada para três talhões onde ainda se encontram resquícios de horta, pomar de citrinos e de sebe viva de cerejeiras. Frente à fachada N. da casa, temos um talhão, separado por muro do parque infantil, onde se situa um poço com acesso por uma escadaria em pedra sobre o qual encontra-se um moinho de armação. Junto ao muro limite N. da propriedade encontra-se um tanque adossado entre casa de chá e muro, com espaldar recortado com volutas possuindo ao centro carranca e nos extremos motivos de sol e lua, encimados por pináculos. Este caminho é separado do caminho por muro com bancos namoradeiras, no qual se encontram incorporados esteios para sustentação de pérgula. |
Acessos
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Avenida Tomás Ribeiro, n.º 18 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, localizada no terço superior de uma encosta orientada a O.. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Raul Lino. ARQUITETOS PAISAGISTAS: Francisco Caldeira Cabral e Edgar Sampaio Fontes (1956). |
Cronologia
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1254, 7 Março - A propriedade é referenciada como "Herdade de Ninha de Ribamar" numa carta de concessão passada no reinado de D. Afonso III; 1374 - documento que confirma a doação da propriedade, por El-Rei D. Dinis, conjuntamente com a Rainha D. Isabel e o Infante D. Afonso a Pedro Salgado, seu Tesoureiro - Mor; séc.17 e 18 - já aparece documentada a designação de "Casal Grande" e Qtª do Casal Grande Ninha e/ou Linda-a-velha; 1651 - o Casal Grande era a maior propriedade da zona , com cerca de 5 hectares, que se estendiam em todas as direcções e que só mais recentemente foram sendo desanexadas da Qtª dos Aciprestes; 1750 - a quinta ainda designada como "Casal Grande" foi confiscada a Francisco Miranda por dívidas da Fazenda Real e objecto de "doação perpétua e irrevogável" do Rei D. José ao célebre Alexandre de Gusmão, cavaleiro da ordem de Cristo; 1755 - o palácio sofreu danos com o terramoto; 1818 - a propriedade é designada como Qtª dos Aciprestes em em documento existente no Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas, relativo á existência de uma Fábrica de Chitas neste local; séc.19 - a propriedade passou a pertencer ao Visconde de Rio Seco, em cujo palácio eram recebidas a mais ilustres personagens da aristocracia; 1930 - a propriedade passou por herança do filho do 3º Visconde de Rio Seco, o Almirante Policarpo de Azevedo para a sua sobrinha, D. Maria José Campelo de Azevedo; década de 6o - o seu novo proprietário Dr. Mário Júlio Ramos da Cunha Gonçalves efectuou um restauro da capela e modernização do palácio, sob a orientação do Arquitecto Raul Lino, responsável pelo Salão Nobre e escadaria; 1956, 28 Dezembro - Projeto de Arquitetura Paisagista para a quinta por Francisco Caldeira Cabral e Edgar Sampaio Fontes *1. |
Dados Técnicos
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Construção de patamares, socorrendo-se de muro de suporte com cerca de 4 m. |
Materiais
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INERTES: esteios e degraus em calcário , revestimento de bancos em tijolo, revestimento de muros e paredes a azulejo, muros e tanque em alvenaria , moinho de armação em metal, parque infantil em madeira. VEGETAL: árvores -cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica), cerejeira-brava (Prunus avium), choupo branco (Populus alba), cipreste (Cupressus sempervirens), freixo (Fraxinus angustifolia), laranjeira (Citrus sinensis), olaia ( Cersis siliquastrum), oliveira (Olea europaea), palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis), pinheiro-manso ( Pinus pinea), pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris), plátano (Platanus orientalis); arbustos: alecrim (Rosmarinus officinalis), buxo (Buxus sempervirens), folhado (Viburnum tinus), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), loendro (Nerium oleander), pitosporo (Pittosporum tobira); herbáceas - alfazema-brava (Lavandula dentata), aloé (Aloé vera), jarro (Zantedeschia aethiopica), vinha-virgem (Parthenocissus quinquefolia), hera (Hedera helix). |
Bibliografia
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ANDRESEN, Teresa, Francisco Caldeira Cabral, Reino Unido, 2001; ANDRESEN, Teresa, Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian. Francisco Caldeira Cabral e a Primeira Geração de Arquitetos Paisagistas (1940-1970), Lisboa, 2003; texto policopiado, Antecedentes Históricos do Palácio dos Aciprestes, sd. |
Documentação Gráfica
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IHRU: Arquivo Pessoal Francisco Caldeira Cabral |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU:Arquivo Pessoal Francisco Caldeira Cabral |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 60 - obras de restauro da capela, obras de reconstrução do palácio por Raul Lino, sendo da sua autoria a escadaria e salão nobre; projeto e obras no espaço exterior por Francisco Caldeira Cabral e Edgar Sampaio Fontes. |
Observações
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*1 - o relvado projetado em frente à casa estendia-se até ao muro limite norte e para o local onde é hoje o parque infantil, estava uma piscina. Os pomares eram perfeitamente ordenados, atravessados por caminhos ortogonais, sendo o percurso que envolvia o seu conjunto ensombrado por uma pérgula, encontrando-se ainda hoje, no local as estruturas para a sua sustentação. |
Autor e Data
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Teresa Camara 2004 |
Actualização
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