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Espaço verde Jardim Jardim Barroco
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Descrição
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Ocupa o vale intermédio entre o morro do antigo Colégio de S. José e o morro a seguir ao Colégio de S. Bento. Divide-se em 2 partes: a mais alta com 6 terraços ajardinados em anfiteatro, dos quais cinco de forma rectangular envolvem por três lados o sexto, de planta quadrada, situado cota inferior e a mata que se lhes segue, estendendo-se pelo vale, separada por um muro que fecha a vista por este lado, sendo esta apenas usufruída através de duas janelas rasgadas nos dois extremos e por um portão aproximadamente em posição central, que liga através de escadas, o terraço quadrangular à mata. O terraço central apresenta ao centro um tanque circular com fonte e, em seu redor, canteiros de plantação delimitados por buxo, desenhando figuras concêntricas. Os cinco terraços que o contornam pelos referidos três lados e lhe ficam a nível superior, apresentam parapeitos em que sectores vasados alternam com outros em pleno, rasgados superiormente com alegretes e com assentos em pedra. Ao centro do terraço inferior 3 portões que dão acesso ao terraço central através de escadas duplas e no superior mais 2 portões. A vedação superior do jardim (para a Av. Dr. Júlio Henriques), é monumental com pilares e pilastras dóricas coroadas por urnas e pirâmides. O portão principal é constítuido por pilares compostos com fortes colunas dóricas dispostas em diagonal, sobrepujadas de frontão interrompido e remate piramidal. Os muros laterais apresentam grandes janelas rectangulares. A seguir a entrada uma estátua de Brotero da autoria de Soares dos Reis. Jardim com uma organização geométrica regular, apresenta importantes espécies botânicas. |
Acessos
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Avenida de Júlio Henriques, Rua de Vandelli, confinando com o Aqueduto de São Sebastião e, a cerca, com o edifício dos Serviços Municipalizados da Rua da Alegria |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 6 março 1996 |
Enquadramento
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Urbano. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Científica: jardim botânico |
Utilização Actual
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Científica: jardim botânico / Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Arquiteto: José do Couto. |
Cronologia
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1772 - criação do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra no âmbito do Museu de História Natural instituído pelo Marquês de Pombal na Universidade de Coimbra *1; 1773 - O Tenente Coronel Elsden, e os professores italianos Vandelli e Dalla-Bella escolhem este terreno, que pertencia ao Colégio de S. Bento, para a implantação do jardim, apresentando mais tarde ao Marquês o seu projecto, rejeitado por ser demasiado grandioso e dispendioso; 1774 - início das obras com a compra de uma parte da cerca dos Marianos que foi acrescentada a outras terras oferecidas pelo colégio de S. Bento, iniciando-se o aterro do vale destinado à criação de um terraço quadrado de grandes dimensões; Domingos Vandelli assume a orientação botânica do jardim; 1776 - Construção da primeira estufa; 1779 - fim da construção dos lanços das escadarias; 1791 - Félix Avelar Brotero assume a orientação botânica; 1794 - o vasto terraço quadrado ficou concluído; 1801 - termina a construção das escadas do 2º plano; 1809 - aquisição de mais terreno da quinta dos Padres Marianos; 1814/1821 - fizeram-se terraplanagens entre a rua central e a superior e construção do muro e respectivo gradeamento, feito com ferro proveniente de Estocolmo; 1818 - projecto do portal de acesso ao jardim pelo arquitecto José do Couto; 1832 - construção do portão do lado Sul "Entrada das Ursulinas"; 1834 - construção do portão principal; 1854/1867 - construção dos lanços da escada Sul e as pilastras e grades de todos os terraços do jardim, instalação da estufa grande, com a extinção das ordens religiosas, foi anexada ao Jardim Botânico a vasta mata que ocupa a parte inferior do vale, até à Estrada da Beira; 1867 - final do processo de ampliação do jardim com outros terraços superiores ao terraço quadrado;1873 - Júlio Henriques é nomeado Lente e, sob a sua orientação , intensificaram-se as permutas de plantas e sementes com os principais Jardins de Portugal, Açores, Europa e Austrália; 1904 - escultor João Machado esculpe para o jardim, fonte de características neo-renascentistas (ANACLETO 1983); 1918 - Luís Carrisso sucede a Júlio Henriques e, durante a sua administração o Jardim foi melhorado com plantas das ex-colónias africanas, particularmente de Angola; 1942/1974 - Prof. Abílio Fernandes assume o cargo de Director do Jardim; 2017, 02 agosto - reabertura da Mata do Jardim ao público; 2019 - colocação de escultura pétreas pertencentes a este local enquanto cerca do desaparecido Colégio de São Bento, e arrecadadas na Escola Secundário José Falcão. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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ANACLETO, Regina, João Machado - O Homem e a Obra, U. C. Faculdade de Letras, Coimbra, 1983; CARITA, Helder, CARDOSO, António Homem, Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal ou da originalidade e desires desta arte, s.l., 1990; ANACLETO, Regina, O Arquitecto José do Couto e as Igrejas Paroquiais de Midões e de Nogueira do Cravo, in Beira Alta, vols. LXI, fasc. 1 e 2, Viseu, 2002, pp. 185-219; ARAÚJO, Ílidio: Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal, Lisboa, 1962; A Universidade de Coimbra, Coimbra; 1988; HENRIQUES, Júlio, O Jardim Botânico de Coimbra, in O Instituto, vol. XXIII, 1876; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73924 [consultado em 12 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN / Arquivo Pessoal de Ilídio de Araújo |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - O instituto e o respectivo jardim forma largamente beneficiados: concluiu-se e mobilou-se o segundo laboratório, igual ao já construído por esta Comissão Administrativas das Obras da Cidade Universitária de Coimbra, já em pleno funcionamento; aquisição de uma instalação completa de projecção fixa e de cinema sonoro; acabamentos andar do edifício de São Bento e do Herbário; implantação junto da fachada nascente do Instituto uma estátua do Dr. Júlio Henriques, tendo-se também erguido uma memória ao Dr. Luís Carriço, situada num recesso da Av. central do jardim; melhoramento das plantações do jardim e decoração da estufa fria , com uma escultura alusiva à botânica. |
Observações
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EM ESTUDO. *1 - O Jardim Botânico de Coimbra surgiu como consequência da reforma dos estudos universitários efectuada no tempo do Marquês de Pombal, tendo-se escolhido para a sua instalação o vale situado entre o morro da Universidade e o Colégio dos Marianos. |
Autor e Data
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Horácio Bonifácio 1991 |
Actualização
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Marta Calçada 2001 |
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