Parque José Gomes Ferreira / Mata de Alvalade

IPA.00026713
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alvalade
 
Arquitectura recreativa. Mata de recreio onde estão presentes os princípios higienistas que privilegiam o desporto ao ar livre. Este projeto é relevante pelas noções de ordenamento da paisagem transmitidas quer em primeiro lugar por Ribeiro Telles quer passados dez anos por Sousa da Câmara, que se prendem com a definição de habitat das várias espécies e da fitossociologia que daí advém. Este espaço em si constitui também um exemplo de análise das aptidões do lugar, quer topográficas, quer edáficas e quer ainda geológicas, com o objetivo da maximização das potencialidades deste espaço.
Número IPA Antigo: PT031106421261
 
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Registo

 
Espaço verde  Parque   Parque       

Descrição

Parque de planta triangular, não murado que inclui uma mancha de olival, uma de freixial e outra de mata de cedros, estando estes últimos também presentes algumas vezes individualmente, delimitando caminhos. Inclui a O. vários campos de jogos, ao centro uma pista de rapel numa clareira em posição central que far também de charneira entre o olival e o feixial. A E. situa-se um parque infantil. Os seus percursos pedonais são acompanhados por estações de um circuito de manutenção ao longo de todo o parque. Existe ainda um parque de merendas. Este parque apresenta marcadamente uma orientação desportiva embora abundem os bancos de jardim por todo o parque.

Acessos

Rua Marquês de Soveral; Avenida Almirante Gago Coutinho

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Compreendido entre o Bairro de Alvalade, a Avenida do Brasil e a Avenida do Aeroporto.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Recreativa: jardim

Utilização Actual

Recreativa: jardim

Propriedade

Municipal

Afectação

CML

Época Construção

Séc.20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: João Guilherme Faria da Costa (1935). ARQUITECTOS PAISAGISTAS: Gonçalo Ribeiro Telles (1951); Manuel Sousa da Câmara (1965).

Cronologia

1935 - plano de João Guilherme Faria da Costa projecta os eixos das avenidas que viriam a servir de charneira ao parque; década de 40 - execução das referidas avenidas; 1950 - anteprojeto da autoria de Gonçalo Ribeiro Telles, inicialmente designado como: "Triângulo compreendido entre o Bairro de Alvalade, a Avenida do Brasil e a Avenida do Aeroporto."; 1951, março - projeto do parque pelo mesmo autor, tendo desenvolvido um plano de plantação para a Mata e para o enquadramento do centro desportivo; 1951, 13 de agosto - autorização da sua construção pelo Presidente da CML, Álvaro Salvação Barreto; 1955 - Ribeiro Telles refere-se a este espaço como Mata de Alvalade e elaborou perfis com vista à mobilização da parte do terreno ainda não plantado que termina num lago; 1958 - a Mata de Alvalade encontrava-se apenas parcialmente florestada, existindo apenas alguns caminhos traçados, não se encontrando presente qualquer estrutura desportiva; 1965 - O Arquitecto Paisagista Manuel Sousa da Câmara elaborou um "Plano parcial de plantação" em que projetou a localização duas instalações desportivas; uma piscina e o Hockey Clube, colocando-o no limite da mata, junto à Avenida do Brasil, e a piscina um pouco mais a sul; 1966 - Sousa da Câmara realizou um projeto para a Mata de Alvalade, documentado por várias peças desenhadas, que desta vez abarcou o confinante areeiro do Narigão; 1968 - a mata estava plantada mas a encosta e zona do areeiro do Narigão estavam também invadidos por barracas. Face à topografia do terreno e às características do solo, Sousa da Câmara sugeriu o aproveitamento deste espaço para a construção de um lago; 1970, 15 setembro - José Pulido Garcia, Chefe da Repartição de Arboricultura e Jardinagem, enviou um ofício onde refere que estava em execução o "Projeto do Centro Desportivo de Alvalade Arranjo Paisagístico do Areeiro do Narigão" e que, embora ainda não tivesse sido completado, era urgente proceder à drenagem do areeiro do Narigão, parte integrante daquele projeto, solicitando a remoção imediata das barracas que assentavam, sobre o traçado da rede de esgoto, ação à qual o Presidente da CML deu a sua concordância.

Dados Técnicos

Materiais

Vegetal: árvores - cedro-do Buçaco, .cipreste; pinheiro-manso.

Bibliografia

ANDERSEN, Teresa. CAMARA, Teresa. CARVALHO, Luís Guedes - "Lugares da Arquitetura Paisagista: 1940-1970" in ANDERSEN, Teresa. Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian - Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de Arquitectos Paisagistas (1940-1970), Lisboa, 2003, pág. 218-219; CAMARA, Teresa Bettencourt - "Contributos da Arquitetura Paisagista para o Espaço Público de Lisboa", Porto, 2015, p.153-159. Dissertação de Doutoramento. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, texto policopiado; CABRAL, Luís Vassalo, Rosário - "A Expanção da cidade de Lisboa e a Mata de Alvalade (1951-1955)" in CARAPINHA, Aurora e TEIXEIRA, J. Monterroso, A Utopia com os Pés na Terra. Gonçalo Ribeiro Telles, 2003, pág.177-181.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

CML: 1958 - a Mata de Alvalade encontrava-se apenas parcialmente florestada, existindo apenas alguns caminhos traçados, não se encontrando presente qualquer estrutura desportiva; 1968 - a mata estava plantada mas a encosta e zona do areeiro do Narigão estavam também invadidos por barracas;1970, 15 setembro - José Pulido Garcia, Chefe da Repartição de Arboricultura e Jardinagem, entendeu ser urgente proceder à drenagem do areeiro e à remoção imediata das barracas, ao qual o Presidente da CML deu a sua concordância.

Observações

Autor e Data

Teresa Camara 2018

Actualização

 
 
 
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