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Espaço verde Jardim Jardim Formal
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Descrição
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Jardim de planta retangular delimitado por um passeio pavimentado em calçada portuguesa com cerca de 9m de largura, marcado de ambos os lados por um alinhamento de árvores, circunscrevendo um espaço onde se encontra implantado o jardim. O desenho do jardim desenvolve-se a partir de uma zona central, onde existe um pequeno CURSO DE ÁGUA que corre de N. para S. até ao LAGO, a partir da qual se desenvolvem caminhos de traçado curvilíneo intersectados por caminhos diagonais que tornam possível o acesso ao jardim em todo o seu perímetro. Os caminhos pavimentados em saibro, ao longo dos quais estão dispostos bancos em madeira, dão forma a canteiros delimitados por lancil em pedra calcária. Estes canteiros, ocupados por áreas relvadas alternadas com manchas de juníperos (Juniperus horizontalis), agapantos (Agapanthus africanus), grama-preta (Ophiopogon japonicus) e vinca (Vinca difformis), são pontuados por árvores de diferentes espécies. A divisão entre o passeio e o jardim é assinalada por uma sebe com exceção do limite S. do jardim, onde a vista se abre sobre uma pequena PRAÇA adjacente ao LAGO ao centro da qual, alinhado com o eixo central do jardim, se situa o MONUMENTO AO COLÉGIO MILITAR. O LAGO apresenta uma forma orgânica, delimitado por pedras calcárias de aspeto rústico e é envolvido por uma área plantada com espargos (Asparagus densiflorus 'myers') e magnólias (Magnolia grandiflora). Existe uma reentrância em que a praça entra no lago, como uma pequena ilha, que oferece uma maior proximidade com a água. O CURSO DE ÁGUA apresenta um traçado naturalizado, também delimitado por pedras de aspeto rústico, sendo o seu início assinalado por conjunto de pedras onde se insere um bebedouro. As suas margens são ocupadas por hera (Hedera helix), espargos (Asparagus densiflorus 'sprengeri' e Asparagus densiflorus 'myers'), alguns exemplares de estrelícia (Strelitzia reginae) e várias magnólias (Magnolia grandiflora). Os caminhos, nos locais onde intersectam o curso de águas transformam-se em pontes de betão que reproduzem toros de madeira. Um destes caminhos atravessa todo o jardim diagonalmente e neste existem dois conjuntos de mesas e bancos, um de cada lado do curso de água. No topo N. do jardim, entre dois canteiros, numa zona de calçada de planta retângular, situa-se um QUIOSQUE com esplanada anexa. |
Acessos
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Largo da Luz, Estrada da Luz, Estrada do Paço do Lumiar, Rua da Fonte |
Protecção
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Incluído na Zona Antiga de Carnide-Luz (v. IPA.00006114) / Presente na lista de bens da carta municipal do património edificado e paisagístico anexa ao regulamento do PDM de Lisboa, Aviso nº 11622/2012, DR, 2ª série, nº 168 de 30 de agosto de 2012 |
Enquadramento
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Urbano. Situa-se na zona NO. da cidade de Lisboa na Zona Antiga de Carnide-Luz (v. IPA.00006114) ocupando um largo que é enquadrado a N. pelo Instituto Adolfo Coelho (v. IPA.00020856), a S. pelo Colégio Militar (v. IPA.00004049), a E. pelo Seminário de Nossa Senhora da Conceição da Luz (v. IPA.00023093) e a O. pelo Teatro D. Luiz Filipe, antigo Convento de Nossa Senhora da Luz, e pela Igreja da Luz (v. IPA.00002616). |
Descrição Complementar
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O MONUMENTO AO COLÉGIO MILITAR é composto por um paralelepípedo de base quadrangular e faces retangulares assente sobre uma base em forma de cruz em pedra calcaria. A face orientada a S. tem no topo o escudo de Portugal, ao centro encontra-se a inscrição 'AO COLÉGIO MILITAR 1803' e na base 'OS ANTIGOS ALUNOS 1932'. Nas restantes faces existem um painel em metal, com figura em relevo e uma inscrição que diferem em cada face. Na face orienta a O. esta gravada a palavra Mérito, na face N. a palavra Lealdade e na face E. a palavra Valor. |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIRO: Augusto Vieira da Silva (1925). |
Cronologia
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1437 - início da romaria da Luz que se realizava anualmente no mês de setembro, associada à qual surgiu a Feira da Luz que ainda hoje decorre no Largo da Luz *1; 1862 - urbanização do Largo da Luz; 1925, julho - projeto de ajardinamento do largo por Augusto Vieira da Silva e sua posterior execução; 1926 - inauguração do jardim com o nome de Parque de Teixeira Rebelo em homenagem ao Oficial do Exercito Português e fundador do Colégio Militar; 1953 - projeto de Arquitetura Paisagista de remodelação do jardim por Gonçalo Ribeiro Telles, não chegando a ser executado; 2013 - Obras de requalificação do jardim. |
Dados Técnicos
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Materiais
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INERTES: pavimento em saibro e calçada portuguesa em calcário; delimitação de canteiros em lancil de pedra calcária; caldeiras em fiada tripla de cubos de granito; delimitação do lago e bebedouro em murete de pedra calcária irregular; pontes em betão; monumento em pedra calcária; candeeiros e guarda em metal; conjunto de bancos e mesa em metal e madeira; bancos e papeleiras em madeira. VEGETAL: árvores - árvore-das-trombetas (Catalpa bignonioides), insenso (Pittosporum undulatum), magnólia (Magnolia grandiflora), yuca (Yucca aloifolia); arbustos - abélia (Abelia grandiflora), escalónia (Escallonia rubra), folhado (Viburnum tinus), junípero (Juniperus horizontalis), loendro (Nerium oleander), evónimo (Euonymus japonicus); herbáceas - agapanto (Agapanthus africanus), espargo (Asparagus densiflorus 'sprengeri' e Asparagus densiflorus 'myers'), estrelícia (Strelitzia reginae), grama-preta (Ophiopogon japonicus), vinca (Vinca difformis); trepadeiras - hera (Hedera helix). |
Bibliografia
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ANDRESEN, Teresa - Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian. Francisco Caldeira Cabral e a Primeira Geração de Arquitectos Paisagistas (1940-1970), Fundação Calouste Gulbenkian, 2003, pp.22; CALADO, Maria, FERREIRA, Vítor Matias - Lisboa: freguesia de Carnide. Lisboa: Contexto Editora Lda, 1991; CONSIGLIERI, Carlos - Pelas freguesias de Lisboa. O termo de Lisboa: Benfica, Carnide, Lumiar, Ameixoeira, Charneca. 1ª ed. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1993,1º vol., pp.55-71; Jardim do Largo da Luz - Jardim Teixeira Rebelo in Câmara Municipal de Lisboa, Parques e Jardins, (http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/jardim-do-largo-da-luz-jardim-teixeira-rebelo), consultado em 29 de Janeiro de 2014. |
Documentação Gráfica
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FCG BA: CFT169.108 e CFT169.145 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Câmara Municipal de Lisboa: 2013 - obras de requalificação do jardim. |
Observações
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*1 - A Feira da Luz surge como complemento das festividades religiosas, com barracas de comida e bebida, vendedores de medalhas, santos, rosários e objetos religiosos. Nos séculos XVI e XVII a feira ganhou maior destaque, participando nas festividades desde os trabalhadores rurais, à nobreza que veraneava nas quintas do Lumiar, Benfica e Carnide e também membros da Casa Real. A Feira da Luz foi crescendo e passou a haver também barracas de louceiros, cesteiros, vendedores de fruta e negociantes de gado e atividades populares como corridas de bicicletas, jogos, competições desportivas, fantoches e teatro de rua. |
Autor e Data
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Teresa Camara 2008 / Mafalda Jácome 2014 (no âmbito da parceria do IHRU / APAP) |
Actualização
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