|
Edifício e estrutura Edifício Residencial multifamiliar Edifício Edifício residencial e comercial
|
Descrição
|
|
Acessos
|
Rua de Sá da Bandeira, Rua do Bonjardim |
Protecção
|
Incluído na Zona Especial de Proteção do Conjunto da Praça da Liberdade, Avenida dos Aliados e Praça do General Humberto Delgado (v. PT011312120287) |
Enquadramento
|
Urbano, localizado no centro histórico da cidade, ocupa a totalidade do gaveto que une a Rua de Sá da Bandeira, com a Rua do Bonjardim. Implantado em terreno de acentuado pendente, apresenta três frentes de dimensão desigual, que formam um "U". |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: edifício |
Utilização Actual
|
Residencial: edifício |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: Francisco de Oliveira Ferreira (1884-1957) |
Cronologia
|
Séc. 19, finais - Adriano Teles, antigo farmacêutico da Rua do Bonjardim, emigrou para o Brasil, Minas Gerais, onde se dedicou ao negócio do café; 1903, 4 de Maio - regressou ao porto e fundou "A Brasileira", uma pequena loja onde se vendia café, e servia gratuitamente a todos os clientes uma chávena do aromático líquido, bem como uma pequena brochura que ensinava a preparar a bebida *1; 1916 - o sucesso e os lucros com as vendas foram de tal forma que o proprietário se viu obrigado a ampliar o espaço, criando uma sala de café, uma novidade na época, que rapidamente se transformou em local de passagem obrigatória para a elite portuense; para separar a loja de vendas do café, Adriano Teles, comprou um prédio contíguo à loja; mais tarde comprou os restantes prédios existentes entre a rua de Sá da Bandeira e a Rua do Bonjardim; 1920 (década) - depois de obras de remodelação profundas no conjunto dos edifícios, A Brasileira reabre as portas com uma luxuosa decoração, transformando-se no café dos escritores, artistas, políticos, jornalistas e boémios, que ali se reunião para beber café e discutir assuntos da vida cultural, cívica e política da cidade do Porto; 1990 (década) - A Brasileira fecha as portas ficando a degradar-se durante mais de uma dezena de anos; 2003 - O café é reaberto como café e restaurante, apenas com uma sala, ficando a designada sala pequena explorada pela multinacional Caffé Di Roma. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Cantaria de granito, ferro forjado e fundido, vidro, cristal, mármore, estuque pintado, couro, azulejo. |
Bibliografia
|
TOSTÕES, Ana (Coord.), IAPXX - Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal, Ordem dos Arquitectos, 2006; http://www.apha.pt/boletim2/pdf/CafesDoPorto.pdf. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
|
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
2000 (década) - Obras de recuperação e remodelação do interior. |
Observações
|
EM ESTUDO. *1 - Com o objectivo de criar e divulgar uma marca própria de café, numa altura em que não havia na cidade o hábito de tomar café em estabelecimentos públicos. A par desta iniciativa, era impresso um pequeno jornal publicitário, distribuído gratuitamente, onde para além de pequenos fait-divers se anunciavam os produtos da Brasileira. Foram distribuídos por toda a cidade slogans "O melhor café é o da Brasileira", que ainda hoje persistem em alguns sítios, e que tiveram um grande impacto publicitário. |
Autor e Data
|
Ana Filipe 2008 |
Actualização
|
|
|
|