Paço de Calheiros
| IPA.00003568 |
Portugal, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Calheiros |
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Arquitectura residencial, barroca. Solar de planta irregular rectangular de fachada dupla, integrando numa delas capela, subordinada à altura dos telhados, e tendo uma outra flanqueada por torres. Pela sua implantação geográfica e soluções planimétricas, ao adoptar dupla fachada, diferentes entre si e uma delas flanqueada por torres (esquema que ajudou a impor na Ribeira Lima), o Paço de Calheiros transformou-se num dos solares setecentistas mais significativos. Interessante solução para destacar exteriormente a capela, já que volumetricamente é indistinta, tornando-se ao mesmo tempo o eixo central do frontispício. Procura dar ênfase às linhas verticais colocando bolas sobre plintos nos cunhais e pilastras. |
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Número IPA Antigo: PT011607130020 |
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Registo visualizado 869 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo torre
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Descrição
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Solar de planta rectangular irregular, desenvolvida em 2 fachadas principais: o frontespício, formando um U suave, com capela ao centro, servindo de eixo, e torre quadrada no extremo SO, a qual se articula com uma outra simétrica no extremo oposto, na fachada S. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 4 águas. Frontispício de 2 pisos, dividido em 3 corpos, sendo o da esquerda mais simples, com janelas e portas emolduradas a cantaria; o central, mais recuado, é precedido por escada rija de 3 lanços e 2 braços abrindo em leque, dando directamente para os vários corpos; nele se organiza a capela, marcada exteriormente por empena sobre pilastras e sineira com cruz sobre o telhado, tendo portal de verga recta encimado por frontão interrompido e janela. O 3º corpo, parcialmente no alinhamento do anterior, é formado por varanda alpendrada, com colunas sobre 2 arcos plenos, formando ângulo recto e adossando-se a uma das torres. A fachada lateral direita tem ala central de 2 pisos, separados por friso, com 3 portas e 3 janelas baixas no 1º e janelas encimadas por cornija saliente no 2º; torres quadradas nos extremos, de 3 pisos, também elas separadas por friso, com fenestração do 1º e 2º piso igual à da ala central e janelas altas no 3º. Bolas sobre plintos acentuando os cunhais e pilastras. Junto a esta fachada, num terraço de cota inferior, jardim de buxos centrado por fonte circular. No interior, a capela tem coro-alto e retábulo de talha. |
Acessos
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Calheiros, EN. 202 e CM. 241 a 5 Km. de Ponte de Lima. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,806344; long.: -8,566541 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 |
Enquadramento
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Rural, isolado, implantação harmónica. Implanta-se numa quinta de exploração agrícola, em que a fachada S. surge desafogadamente e sobranceira aos vários terraços de cultivo, dominando vasta área do vale do Lima. A quinta é vedada por alto muro, pé direito junto ao portão tem aparelho almofadado encimado por vasos. Ladeiam-no 3 lápides, 1 delas brasonada. Alameda com árvores de cada lado, conduz a terreiro onde se ergue fonte circular, com 1 taça e remate em coruchéu; no lado esquerdo, adossa-se ao muro fonte de espaldar em empena, coroada por bolas e cruz, 2 bicas em carranca e pedra de armas; tanque rectangular. Na fachada posterior existe uma outra igual. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Comercial e turística: casa de turismo de habitação |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1336, 5 Fevereiro - D. Afonso IV concede a mercê de honra da Quinta de Calheiros, outrora designada Paço velho ou Quinta do Pinheiro, a Martim Martins; 1385, 21 Maio - Carta de D. João I doando a torre de Santo Estevão da Facha ao escudeiro Garcia Lopes, por tê-lo auxiliado na conquista do Castelo de Neiva e da vila de Ponte de Lima; 1386, 5 Janeiro - concedeu-lhe todos os bens sequestrados a Lopo Gomes de Livra; pouco depois, estas mercês foram agraciadas a Rui Mendes de Vasconcelos, passando em seguida para Fernão Anes de Lira; 1450 - data da lápide ao lado do portão; 1528, 4 Agosto - Fernão Anes de Lima, bisneto e honónimo do anterior, obteve carta de brasão dos Calheiros; 1700 - construção do actual paço, possivelmente por Francisco Jácome Calheiros; 1889 - segundo uma outra lápide junto ao portão, foi reformado por F. L. de Calheiros e Menezes; 1910 - depois da República estava muito arruinado. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes em alvenaria rebocada e cantaria. |
Materiais
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Granito, talha, madeira. Cobertura de telha |
Bibliografia
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GUERRA, Luís de Figueiredo da, Torres Solarengas do Alto Minho, sep de O Instituto, vol. 72, nº 4, Coimbra, 1925; AURORA, Conde d', Roteiro da Ribeira Lima, Porto, 1939; s.a., Guia de Portugal, vol. 4, Lisboa, 1965; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses, Lisboa, 1969; SOARES, Franquelim Neiva, A Sociedade de Pontelimense na primeira metade do século XIX. Inquérito do Arciprestado de 1845-1846 in Arquivo de Ponte de Lima, vol. 5 , Braga, 1984, p. 329 - 390; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987; ALMEIDA, José António Fereira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto, 1988; s.a., O Sino Paço de Calheiros in O Século Ilustrado, Lisboa, 15 Jan. 1989. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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A quinta é dotada de piscina, corte de ténis e outras instalações turísticas. |
Autor e Data
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Paula Noé 1992 |
Actualização
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