Jardim da Cordoaria / Jardim de João Chagas
| IPA.00005500 |
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória |
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Espaço verde de recreio. Jardim público contemporâneo de planta triangular, com lago envolvido por elementos simuladores de uma gruta, percursos de traçado rectilíneo, coreto e estátuas. A Alameda da Cordoaria onde se sobrepôs o Jardim João Chagas constitui o espaço verde mais antigo da cidade do Porto. Anteriormente este grande espaço comunicava com a cidade murada através da Porta do Olival. Este espaço começou a urbanizar-se no séc. 14 e, no séc. 15, a cordoaria do Bispo instalou-se nesta área juntamente com a barreira dos besteiros. |
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Número IPA Antigo: PT011312150181 |
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Registo visualizado 1460 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Espaço verde Jardim Jardim Pós-modernista
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Descrição
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Jardim não vedado de planta triangular, com lago ao centro. Na face O. e S. duas alamedas extensas envolvem a área circundante ao lago menos arborizada. Esta está estruturada de uma forma linear, numa composição de linhas rectas e ortogonais. A rodear o lago em forma de feijão localizam-se três esculturas: a Flora, a estátua de Ramalho Ortigão e o busto de António Nobre. A estátua de Ramalho Ortigão, sobre um singelo bloco de granito, representa-o, de corpo inteiro, envolvido por uma ampla capa, com a mão direita apoiada numa bengala, ao mesmo tempo que segura umas luvas, e o braço esquerdo caído ao longo do corpo, apoiando o polegar no bolso das calças. Na alameda O., junto à rua, ergue-se um coreto em ferro fundido sobre um embasamento em granito. |
Acessos
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Campo dos Mártires da Pátria |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Protecção da Igreja e Torre dos Clérigos (v. IPA.00005522) |
Enquadramento
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Urbano, isolado destaca-se o seu arvoredo num contexto marcado por grandes edifícios de interesse patrimonial, alguns deles classificados. A N. encontra-se o Hospital de Santo António, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, a Igreja das Carmelitas e dos Terceiros do Carmo e ainda a Faculdade de Ciências. A O. desenvolve-se o Palácio da Justiça e a S. a antiga Cadeia da Relação, a Capela de São João das Taipas e a Igreja de São Bento da Vitória. A E. destaca-se a Igreja e Torre dos Clérigos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Recreativa: Jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: Jardim |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO PAISAGISTA: Emílio David / João Nunes. ESCULTORES: Teixeira Lopes, Leopoldo de Almeida, Tomás Costa. |
Cronologia
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1611, 28 de Setembro - D.Filipe II transforma o Campo de Olival em Alameda, que seria "muito ornato e comum beneficio da cidade" (ALVES, Alfredo, 1892); 1839 - Aparecimento do Mercado do Anjo; a alameda passa a chamar-se Campo dos Mártires da Pátria; 1862 / 1887 - Realizou-se neste Campo a Feira anual de S. Miguel; 1865 - O jardim é construído segundo proposta do Visconde Villar d'Allen (vereador da cidade) e delineado pelo alemão Emílio David, passando a designar-se de Passeio Público; 1904 - Inauguração da escultura Flora da autoria de Teixeira Lopes; 1909 - Inauguração da escultura de Ramalho Ortigão da autoria de Leopoldo da Almeida *1; 1926 - Inauguração do busto de António Nobre, da autoria de de Tomás Costa; 1941, Fev. - ciclone destrói grande parte do arvoredo; 1954 - Conclusão da construção da Estátua de Ramalho Ortigão pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação e inauguração; 1999, 14 outubro - despacho de homologação do processo de classificação; 2008, 14 marçp - despacho de encerramento da Subdirectora do IGESPAR, I.P., por se encontrar abrangido pela Zona Histórica do Porto, classificada como IIP. |
Dados Técnicos
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Muro de suporte, cantaria, canteiros delimitados a aço cortene. |
Materiais
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INERTES: granito, madeira, ferro, aço cortene, bronze; VEGETAL: árvores - magnólia (Magnolia grandiflora), arbustos - buxo (Buxos sempervirens). |
Bibliografia
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COSTA, Agostinho Rebelo da, Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto, Porto, 1945; Guia Histórico do viajante do Porto e seus arrabaldes, Porto, F.G.F., 1864; Guia de Portugal: Entre Douro e Minho; Douro Litoral, vol. 4, 1985; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; PASSOS, Carlos de, Guia Histórico e Artístico do Porto, Porto, 1935; Porto a Património Mundial, Porto, 1993; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho, Inventário Artístico de Portugal. Cidade do Porto, Lisboa, 1995; SILVA, Ribeiro da, Espaços e tempos de lazer na sociedade portuense do Antigo Regime, in O Tripeiro, Série Nova, Ano XII, nº 8, pp. 226 - 232. |
Documentação Gráfica
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Planta Redonda de George Balck (1833); Planta da Alameda (1799) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Projecto de Arq. Paisagista João Nunes, em que houve alteração de fundo da estrutura e desenho inicial. |
Observações
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*1 - Segundo Maria Clementina de Carvalho Quaresma, a estátua de Ramalho Ortigão foi mandada executar por iniciativa do ministro das Obras Públicas, engº José Frederico Ulrich, e foi inaugurada no Jardim da Cordoaria no dia 21 de Agosto de 1954. *2 - O jardim no seu início era vedado. *3 - Do ciclone de 1941 a única árvore que não foi danificada foi um ulmeiro tricentenário e actualmente chamada árvore da forca. Julga-se que nunca foi utilizada com esse fim. As árvores de uma das alamedas estão com elefantismo; Segundo Pe Agostinho Rebelo da Costa (1789), "O bom regulamento dos terreiros, praças e campos que medeiam entre as ruas dá um novo lustre à formusura da cidade. Entre os principais merece particular atenção o Campo da Cordoaria e a Praça Nova das Hortas". |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1996 / Luísa Estadão 2006 |
Actualização
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Paula Noé 1997 |
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