Igreja Paroquial de Pedrogão Grande / Igreja de Nossa Senhora da Assunção
| IPA.00005561 |
Portugal, Leiria, Pedrógão Grande, Pedrógão Grande |
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Arquitectura religiosa, manuelina, barroca. A igreja repete o modelo das igrejas mendicantes na cobertura em madeira e capela-mor abobadada, nave central de 2 andares, com iluminação directa; a fachada principal com a torre sineira saliente, adossada ao eixo da nave e dividida em andares, adopta uma solução presente em algumas igrejas manuelinas (Elvas, Olivença, Goa), formando fachada-torre. |
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Número IPA Antigo: PT021013020002 |
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Registo visualizado 1556 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, composta pelos rectângulos justapostos das naves e capela-mor, esta ladeada pelos 2 espaços rectangulares das sacristias; torre sineira de planta quadrada, adossada ao eixo da nave; volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhado de 2 águas sobre a nave principal e capela-mor, de 1 água sobre as naves laterais e anexos, em cúpula revestida a placas cerâmicas com remate em cupulim sobre a torre. A fachada principal, orientada, é marcada pelo volume da torre sineira saliente, de 3 andares, marcados por moldura em cantaria, rasgada nas 3 faces do piso térreo por 3 arcos de volta perfeita, nos 2 pisos superiores por óculo e sineiras; à fachada N., com um gigante, adossa-se a escada de acesso ao andar médio da torre. Fachada S. apresenta portal de volta perfeita e dois gigantes. O portal principal de cantaria é esculpido com botões e rosetas. INTERIOR de 3 naves de diferentes alturas, com 4 tramos, divididas por arcos a meio ponto assentes em colunas cilíndricas, com capitéis com enrolamentos nos vértices; cobertura em tecto de madeira, de 3 planos na nave central, de 1 plano nas laterais; à entrada da nave duas pias de água benta em granito; o coro-alto, no 2º andar da torre, abre-se por arco de volta perfeita e balaustrada para a nave; no corpo da nave púlpito, de cálice, em pedra; arco triunfal de volta perfeita, estribado em pilastras e colunelos, dá acesso à capela-mor revestida de azulejo padrão polícromo, mais baixa que a nave central, é coberta por abóbada de nervuras em estrela de cinco bocetes com rosetas; altar mor com retábulo com nicho central e quatro laterais onde estão as imagens dos evangelistas. Altar colateral do lado do Evangelho tem retábulo de madeira pintada com um Cristo Crucificado; o da Epístola com retábulo pintado, tendo no altar a imagem de Nossa Senhora do Rosário, o Coração de Jesus e a escultura de pedra da Senhora da Luz. Capelas laterais, de grande profundidade a do lado do Evangelho, com altar de talha. Pavimento com várias lages sepulcrais (*1). Sacristia com arcaz e sobre ele um nicho de pedra lavrada; noutra parede um lavabo de grande volume. |
Acessos
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Largo do Adro |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 8 331, DG, 1.ª série, n.º 167 de 17 agosto 1922 |
Enquadramento
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Urbano; isolado, situada num largo desafogado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Fábrica da Igreja Paroquial de Pedrogão Grande |
Época Construção
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Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Jorge Brás (igreja); Baltazar de Magalhães (torre). ESCULTOR: João de Ruão (1554). |
Cronologia
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Séc. 12 - construção da primitiva igreja; 1536 - data de construção do púlpito, segundo inscrição no mesmo; 1537 / 1539 - construção das naves e capela-mor; 1553 - construção da torre; 1554, 16 maio - acordo entre o Cabido de Coimbra e João de Ruão para a feitura de um retábulo para a igreja de Pedrógão Grande, por oitenta mil reais, "feito por ele e por isso lhe dão mais do que pediam outros"; 05 junho - primeiro pagamento de 30$000, após a vistoria do mesmo pelo imaginário António Fernandes; 1555, 01 abril - pagamento de mais 25$000; 23 maio - quitação da obra do retábulo-mor; séc. 17 - revestimento a azulejo de padrão polícromo da capela-mor; data do altar de talha da capela do lado do Evangelho; séc. 18 - abertura de janelas no alçado S., retábulos em talha do altar-mor, altares laterais e capela do lado N.; reparação da torre. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estruturas mistas. |
Materiais
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Alvenaria e cantaria de granito, tijolo, tijoleira, azulejo, telha cerâmica, betão. |
Bibliografia
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PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal Diccionário, vol. V, 1911; Guia de Portugal, Vol. II, Lisboa, 1927; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol. V, Lisboa, 1955; Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1976; QUINTEIRA, António José Ferreira; Pedrógão Grande - subsídios para uma monografia, Epartur, Coimbra, 1980; BORGES, Nelson Correia, João de Ruão - Escultor da Renascença Coimbrã; Coimbra, 1980; GONÇALVES, Carla Alexandra - «A encomenda e o mecenato artístico quinhentista. O caso dos encargos escultóricos na cidade de Coimbra» in Invenire Revista de Bens Culturais da Igreja. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, julho - dezembro 2013, n.º 7, pp. 6-13; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70370 [consultado em 20 dezembro 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Intervenção Realizada
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1941 - obras de restauro e consolidação; capela anexa à torre sineira foi demolida; 1943 / 1949 - demolição de paredes em alvenaria; apeamento e reconstrução da armação dos telhados, com prévia cintagem de paredes em betão armado; lajeamento em cantaria apicoada; reconstrução de paredes em alvenaria; rebocos; arranjo de paredes exteriores, construção da escada de acesso à torre; forro em madeira do tecto do coro; restauro do tecto das naves; reparação dos estrados em madeira das naves e do pavimento em cantaria das naves; restauro de altares; construção de portas e janelas; 1950 - construção de balaustrada em madeira para o baptistério; 1962 / 1980 - continuação da reconstrução das coberturas, com cintagem em betão e lajes pré-esforçadas; 1981 - vitrais armados em chumbo, assentes em aros de ferro; 1982 - pavimento da nave, reparação do lajedo da capela-mor; arranjos na sacristia (telhado e tecto em madeira); beneficiações no coro-alto; execução de altar; instalação eléctrica; 1983 - execução de beirados; 1985 / 1986 - reconstrução do telhado da capela lateral; beneficiação dos alçados exteriores; fornecimento e assentamento da guarda da escada exterior de acesso ao coro, em ferro; caixilharia nova; beneficiações internas; 1987 - continuação da reparação do coro. |
Observações
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Do retábulo de pedraria documentalmente atribuído a João de Ruão, datado de 1554 / 1555, que ocupava a ábside da capela-mor, restaram as estátuas polícromas dos Evangelistas e de Nossa Senhora da Assunção, nos nichos do actual retábulo em talha e ainda pedaços soltos na sacristia da igreja e na Misericórdia de Pedrógão Grande. Este retábulo deveria ser de concepção semelhante ao da igreja de São Salvador (v. 0603250007), tendo ao centro, em baixo, o sacrário e na parte superior a titular da igreja, Nossa Senhora da Assunção. Lateralmente estariam as imagens de São João Evangelista, São Pedro, São João Baptista e São Paulo. (*1) Uma desta lages corresponde à jazida de Pedro Carvalho de Andrade Leitão e Herdeiros, falecido em 29 de Junho de 1642, decorada com armas dos Carvalhos, Leitões e de outros dois apelidos. Outra lage tem um brasão esquartelado: no primeiro e quarto seis meias luas, e no segundo e terceiro um leão. A legenda desapareceu. (Inventário Artístico de Portugal) |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1991 |
Actualização
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Cecília Matias 2003 / 2010 |
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