Palácio de Seteais
| IPA.00006094 |
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) |
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Arquitectura residencial neoclássica. Insere-se no conjunto de palácios reformados em estilo neoclássico pela burguesia endinheirada, entrada com frontões triangulares, janelas de guilhotina coroamento com platibanda e ainda com escada de 2 braços desenvolvendo-se interiormente virando para fachada secundária. Denota-se o carácter cenográfico da construção, ao fundo do campo, adaptando-se ao desnível do terreno e caminho do miradouro e Penedo da Saudade e enquadrando-se Palácio da Pena pelo Arco. O modo como inteligentemente se articulou Palácio com corpo de serviços, através do arco e panos de muro, adaptando-se ao desnível do terreno e imposições camarárias (de não tapar caminho miradouro e campo). |
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Número IPA Antigo: PT031111110020 |
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Registo visualizado 1427 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Palacete
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Descrição
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Planta composta por corpo de planta em U desenvolvido em torno de pátio, a SO. e corpo de planta rectangular a NE., ligados por muro centralizado por grande arco triunfal. Massa de dominante horizontal. Coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas, com embasamento de cantaria simples, ritmadas por pilastras lisas colossais e delimitadas por cunhais perpianhos; um e dois registos, separados estes últimos por friso de cantaria simples; acesso principal ao nível do primeiro piso; as fachadas são animadas pela abertura de vãos rectangulares no primeiro piso e quadrangulares no segundo, regularmente distribuídos, com moldura de cantaria simples e lisa e janelas de guilhotina e dois batentes; remate em cornija saliente encimada por alta platibanda ritmada por vasos e bustos e decorada com festões drapeados na fachada principal. Fachada principal a SE., composta pelas fachadas dos dois corpos do edifício, simétricas, de dois registos, com pano murário central avançado, rasgado por porta ladeada por pilastras lisas de cantaria suportando frontão triangular; a ligar os corpos ao nível do primeiro piso, dois panos de muro rematados por balaustrada de cantaria, abertos por larga porta de arco abatido e centralizados pelo arco triunfal de volta perfeita, enquadrado por nichos e rematado por cornija sob tabela com inscrição decorada com festões, ladeada por dois vasos e coroada por panóplias militares, enquadrando medalhão de bronze onde se patenteiam as efígies de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, encimado por coroa real aberta. INTERIOR: Ala SO. de dois pisos ligados por ampla escadaria nobre, de três lanços com patamar intermédio e dois braços divergentes com guarda em balaustrada, desembocando em galeria ao nível do segundo piso. Salas pintadas com frisos de flores e grinaldas. Merece especial referência a "Sala Pillement" com cenas figurativas - crianças brincando - delimitadas por grinaldas e frisos, e a "Sala da Convenção" com cenas marítimas mitológicas expandindo-se para o tecto. JARDIM: Fonteiro à fachada principal amplo terreiro, relvado, conhecido como Campo de Seteais. Junto à fachada posterior situa-se um local conhecido por Penedo da Saudade, onde existe um pombal, um pavilhão de chá, uma horta e um jardim de topiárias de buxo e cedro, disposto em patamar virado à paisagem. Todo o jardim é irrigado por um complexo sistema de rega com tanques, minas e fontes. |
Acessos
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EN 375, no troço designado por Rua Barbosa du Bocage. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,796857, long.: -9,399563 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 36 383, DG, 1.ª série, n.º 147 de 28 junho 1947 *1 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264) |
Enquadramento
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Rural, na encosta N. da Serra de Sintra, no limite do Parque Natural de Sintra-Cascais. Isolado ao fundo de um vasto campo relvado precedido por gradeamento e dois torreões laterais, o palácio adapta-se aos acidentes do terreno desfrutando de um magnífico panorama sobre o oceano e a várzea de Sintra. Nas proximidades da Vila Velha de Sintra e do Solar da Quinta da Penha Verde (v. PT031111110023 ), do Palácio da Quinta da Regaleira (v. PT031111110077) e do Palacete da Quinta do Relógio / Quinta de Monte Cristo (v. PT031111110078) e da Quinta da Alegria (v. PT031111110150 ) |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: Arco Triunfal "AUGUSTO JOANNI, FIDELISSIMO PRINCIPI / REGENTI, LUSITANAE GENTIS SPEI, AMORI, AC DELICIIS, OB PACEM DESIDERATAM, INNUME / RASQUE RES, CALAMITOSIS TEMPORIBUS, NON / TANTUM ARMIS IMPERII AB OMNI AEVO SEM / PER INVICTIS, SED ET SAPIENTIA, PRUDENTIA, / ET IUSTITIA, ANIMI SUI REGII OPTIMIS VIRTU / TIBUS, FELICITER, PRECLARISSIME QUE PERA / CTAS, MARCHIO MARIALVAE HOC MONUMENTUM / C. ANNO MDCCCII." |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Comercial e turística: hotel |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sociedade Hotel Tivoli |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: Francisco Leal Garcia (atr. 1802); José da Costa e Silva (séc.19); Luís Benavente (séc. 20); Raul Lino (1948, 1953). CANTEIRO: Pedro Oliveira (séc. 19). CARPINTEIRO: Inácio José Quintela. ESCULTORES: António Francisco Mansos; Bartolomeu. LATOEIRO: Joaquim Timóteo da Costa (1803). MESTRES DE OBRAS: Inácio José; José Baleiato. PINTORES: António Costa; Jean Pillement. |
Cronologia
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1762 - Daniel Gildemeester, natural de Utrecht, cônsul da Holanda em Portugal, residente nas Janelas Verdes, em Lisboa, numa das casas alugadas ao Marquês de Pombal, passa o Verão em Sintra, em casa próxima da Igreja de São Martinho, também alugada ao Marquês de Pombal pela renda anual de 2000$000; 1783 - Gildemeester constitui a Quinta da Alegria, no fim do Campo de Seteais (também conhecido por Campo do Alardo) em terrenos de "ginjas e serrados" cedidos pelo Marquês de Pombal e pelo Contador do Reino, Luís José de Brito; manda edificar uma casa de habitação e dependências de apoio e cocheiras, localizadas respectivamente nas alas direita e esquerda do actual palácio; manda demolir parte de um morro de granito existente a S. do Campo de Seteais e dois antigos redutos que também aí existiam, cuja pedra utilizou na construção do palácio; manda edificar a "casa da manteiga" mandando vir da Holanda uma família para a produzir; manda conduzir água da serra, plantar árvores e pomares, construir grutas, mirantes, um pequeno jardim a O. com lago central, alinhar e regularizar o Campo de Seteais, onde manda construir duas ruas paralelas e uma transversal; o Campo de Seteais encontrava-se separado da estrada por gradeamento de ferro com três portões e dois pavilhões abertos com passagem para a quinta, nos extremos; 1787, 25 Julho - inauguração de casa, cuja construção custara cerca de 240:000$000, por ocasião do aniversário de Gildemeester, sendo William Beckford convidado especial; 1792 - Gildemeester requer e obtém da rainha D. Maria I autorização para estabelecer um fideicomisso sobre Seteais, vínculo segundo o qual, a quinta ficaria em usufruto à viúva e em propriedade de seus dois filhos, Daniel e Henrique, sem que nenhum deles a pudesse vender ou empenhar; 1793, 14 Fevereiro - Gildemeester morre, sendo enterrado no Cemitério Inglês em Lisboa; 1794, 4 Outubro - a quinta é avaliada em 30:000$000; 1797 - ignorando-se o fideicomisso, o 5º Marquês de Marialva, D. Diogo José Vito de Menezes Noronha Coutinho, Governador da Torre de S. Vicente de Belém e Estribeiro-Mor da rainha D. Maria I, compra a quinta à viúva de Gildemeester, D. Joanna de Goran, pela quantia de 14 800$00; 1800, 6 Julho - o Marquês de Marialva solicita à câmara o aforamento do Campo de Seteais, onde logo começa a plantar árvores, provocando a revolta da população, desconfiada da sua intenção em fechar o campo, até então de uso público; 1801 - a Câmara Municipal cede ao marquês o aforamento do Campo de Seteais, com a proibição de o fechar ao público e a obrigação de manter sempre duas portas abertas com serventia para o passeio público e de cuidar da manutenção das árvores e plantas; o não cumprimento das condições impostas implicaria a perda do domínio útil por parte do marquês; 1801 - 1802 - obras de transformação do palácio e corpo das cavalariças, virando-se a fachada principal do palácio para o Campo de Seteais e construindo-se um corpo simétrico do lado oposto, correspondente às antigas cavalariças; 1802 - por ocasião da visita do Príncipe Regente, D. João VI e de sua esposa, D. Carlota Joaquina, o marquês manda unir as construções através de um arco triunfal, unificando o conjunto e imprimindo simetria à fachada principal do palácio, e no qual mandou colocar no centro um medalhão com as efígies de D. João (príncipe regente) e de sua mulher D. Carlota Joaquina, que habitualmente frequentavam o Palácio; a feitura do arco é atribuída a Francisco Leal Garcia; 1803, 14 Agosto - morre o Marquês de Marialva; 1804, 10 Janeiro - encomenda de madeira para construção do palácio; 1808, 30 Agosto - segundo alguns autores terá sido, assinada a «Convenção de Sintra» pela qual as tropas francesas abandonaram Portugal, no Salão Nobre deste Palácio *2; 1834, Agosto - por sentença de partilha, sucede na posse de Seteais a filha mais nova do marquês, D. Joaquina de Menezes, Marquesa do Louriçal; 1834 - 1846 - D. Joaquina de Menezes passa a temporada de Verão no palácio, onde manda realizar alguns melhoramentos; 1843 - segundo litografia de Michelis, encontram-se a ladear o arco triunfal, dois nichos com estatuária; 1846 - morre D. Joaquina sem herdeiros ascendentes e descendentes, pelo que toda a propriedade passa para o sobrinho, D. Nuno José de Moura Barreto, 1.º Duque de Loulé e futuro Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa; 1851 - data de manuscrito anónimo descrevendo o palácio como "... sequência de sallas, sendo muito espaçosa a de dança, seguindo a huma galeria de lindos gabinetes que rodeão todo o palácio no centro do qual à huma espaçosa e elegante escada para o andar inferior, onde há outras sallas e a grande casa de jantar ao nível e com portas para o jardim ..."; 1867 - Vilhena Barbosa descreve Palácio em ruínas mas ainda forrado com sedas e o jardim abandonado; 1875 - morre o D. Nuno Barreto; 1877, 30 Maio - escritura de partilha amigável, sucedendo na posse de Seteais, o filho do Duque de Loulé, D. Augusto Pedro Barreto, 3.º Conde da Azambuja; 1888 - no Romance "Os Maias", Eça de Queirós refere-se ao abandono do palácio de Seteais; 1889, Julho - o palácio é hipotecado provisoriamente a favor da Companhia Geral de Crédito Predial Português de da Firma Fonseca, Santos & Viana; 1889, Novembro - penhora do palácio a favor de Domingos Francisco de Assis, de João Narciso Oliva e José Daniel da Silva Tavares; 1897, 6 Outubro - acta de reunião da Câmara, dando conta de que o Conde da Azambuja pretendia fechar o Campo de Seteais; 1912 - o Conde da Azambuja requer e obtém o cancelamento da penhora feita em favor de José Daniel da Silva Tavares; 1913, 8 Abril - autorização concedida ao grupo "Foot - Ball" de Sintra, para jogar no Campo de Seteais; 1914 - morre o Conde da Azambuja, sucedendo-lhe os herdeiros D. Pedro José Mendonça e sua esposa; 1915, Julho - a propriedade é inscrita a favor de António Rodrigues Formigal; 1918, 4 Dezembro - data da escritura pública dando conta da venda do domínio directo da propriedade a José Rodrigues de Sucena e a António Augusto Carvalho Monteiro, conhecido por Monteiro dos Milhões; 1926 - o palácio é adquirido por D. Antónia de Mendonça e Melo e seu marido, José de Melo, que logo de seguida o vendem ao Conde de Sucena, (filho de José Rodrigues de Sucena) que no mês seguinte o hipoteca a favor de Mário Godinho dos Campos; 1932 - Mário Godinho dos Campos concede empréstimo de 130 000$00 ao Conde de Sucena; 1933, Março - o Conde de Sucena salda dívida contraída com Mário Godinho dos Campos, com dinheiro conseguido através de empréstimo da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, sobre hipoteca da propriedade de Seteais; 1934, 3 Fevereiro - Conde de Sucena apresenta à câmara a remissão do foro e o pedido de ajardinamento do Campo de Seteais; 1934, 5 Abril - acta da câmara aprovando o pedido do Conde, que, em crise financeira e sob pressão da população, acaba por desistir do projecto; séc. 20, 2.º quartel - realizam-se concursos hípicos no Campo de Seteais; 1934 - 1936 - o palácio continua hipotecado em favor da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, em virtude de empréstimos sucessivos concedidos ao Conde de Sucena; 1939 - a propriedade é penhorada a favor da Fazenda Nacional; 1946, 15 Outubro - aquisição da propriedade de Seteais, pelo Estado; 1948 - Raul Lino faz o projecto de adaptação a Hotel do Palácio de Seteais; 1950 - início da adaptação a hotel, pela Direcção dos Serviços dos Monumentos Nacionais; 1950 - 1954 - obras de adaptação a hotel pela Direcção dos Serviços dos Monumentos Nacionais; 1953 - a Comissão para a Aquisição de Mobiliário procedeu ao fornecimento de mobiliário e de equipamento, sendo o estudo feito com a contribuição de Raul Lino e, sobretudo, Luís Benavente, e em colaboração com o S.N.I.; a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva também colaborou na elaboração do estudo do mobiliário, tendo sido responsável pela execução de alguns dos móveis inspirados em estilos históricos; 1955, 29 Setembro - inauguração do Hotel de Seteais; 1989 - obras de reabilitação da ala esquerda e sua ligação subterrânea. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estrutura mista |
Materiais
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Estrutura de alvenaria rebocada e cantaria; frescos, pinturas a seco. |
Bibliografia
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MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1950, Lisboa 1951; BECKFORD, William, Diário de William Beckford (em Portugal e Espanha), Lisboa, 1957; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, Velharias de Sintra, 1º vol., Sintra, 1980; STOOP, Anne de, Quintas e Palácios nos Arredores de Sintra, Barcelos, 1986; COSTA, Francisco, História do Palácio e Quinta de Seteais, Sintra, 1988; SILVA, José M. de Bivar Cornélio da, Da Quinta da Alegria ao Palácio de Seteais, Moreira da Fundação e História, Sintra, 1988, NOÉ, Paula, O Palácio de Seteais, J. H. A. FILL, 1989; CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA, Sintra Património da Humanidade, Sintra, Dezembro de 1996; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, Recantos e espaços - obras de josé Alfredo da Costa Azevedo - II, C.M.de Sintra (Serviço de Arquivo e Documentação), Sintra, 1997 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, DGEMN/DREML, DGEMN/DREL, DGEMN/DSPI |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREML |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/CAM (0240/26, 0366/04) |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1955 - obras em muro interior no campo; ajardinamento; montagem da instalação eléctrica; adaptação da garagem a instalações de apoio; restauro das pinturas do interior; 1956 - adaptação da vacaria a lavandaria; consolidação de pavimentos; arranjo do terraço da copa; 1957 - montagem de guarda vento; instalação de águas quentes; 1959 - reparação de pavimentos e vestíbulo; reparação da muralha da quinta; 1960 - obras de recuperação da sala de jantar e da muralha junto ao lago; 1961 / 1962 - Obras de conservação diversas; 1962 - restauro das pinturas do interior e colocação de azulejos; 1963 / 1967 - diversas obras de conservação no interior e reparação dos telhados; 1968 / 1974 - Obras diversas de beneficiação e conservação no exterior e interior, incluindo obras de beneficiação em quatro instalações sanitárias e reparação e beneficiação da instalação eléctrica; 1975 - diversos trabalhos de construção civil; restauro de pinturas decorativos no interior; 1976 - reparação da instalação eléctrica; instalação de novas canalizações; 1977 / 1980 - restauro das pinturas decorativas das janelas; reparação da instalação eléctrica; instalação de novas canalizações e diversas obras de beneficiação; 1982 - diversas obras de beneficiação; 1983 - reparação da instalação eléctrica; 1989 - obras de reabilitação da ala N. com vista à sua adaptação a quartos do hotel; construção de uma passagem subterrânea entre as duas alas do hotel; restauro pinturas murais; Proprietário: 2003 - restauro do tecto e pintura da Sala Oval; 2005 - restauro das janelas; 2008 - tratamento dos rebocos e pinturas das fachadas exteriores. |
Observações
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*1 - DOF: ... construções e terreiro vedado, jardins, terraços e quinta; Considerado um exemplar tardio do neo-classicismo no polo cultural Lisboeta, contudo a estrutura do edifício de D. Gildemeester (visível nas fachadas viradas para a Quinta) denuncia já a linguagem daquele estilo. *2 - não há consenso entre os vários autores no que toca ao local onde foi assinada a Convenção de Sintra~. |
Autor e Data
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Paula Noé 1990 / Mónica Figueiredo e Joaquim Gonçalves 2003 |
Actualização
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Helena Rodrigues 2005 / Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2011 |
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