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Espaço verde Jardim Jardim Romântico
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Descrição
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Jardim de planta orgânica, inscrita em plataforma quadrangular de cantos arredondados na extremidade E., com ligeira pendente para E.. A composição centra-se numa taça de água de grandes dimensões, polarizada por uma repuxo, a partir da que se organiza um conjunto de canteiros, também eles de formas orgânicas, definidos por guardas metálicas de diferentes alturas, função de constituírem, ou não, limite dos canteiros. O caminho que permite circular em torno do elemento central é pontuado por bancos de jardim, voltados para o centro; outros bancos distribuem-se ao longo dos caminhos que circulam por entre os canteiros. Duas palmeiras definem, a partir da entrada O., e em conjunto com o elemento central, um eixo visual que dirige o olhar para o exterior do jardim, para além do seu limite E., acentuando a abertura física que liga a Praça da Alegria á Avenida da Liberdade. Todo o jardim está delimitado por uma densa cobertura arbórea, composta essencialmente por plátanos, ulmeiros e lodãos,eritrinas que se abre em clareira sobre o elemento de água central. Os canteiros, revestidos por relvado são pontuados por arbustos, por vezes definidos por sebes talhadas, de destacar o conjunto de rosas que se instalam nos canteiros mais a E.. No canteiro que limita a Praça a N., encontra-se um conjunto de equipamentos infantis, vedados com malha de rede e assente sobre um pavimento de terra batida. No canteiro NO. encontra-se uma estátua de bronze, de homenagem a Alfredo Keil. Exteriormente ao tabuleiro em que se desenvolve o jardim propriamente dito, surgem dois talhões, que ao acompanharem a pendente natural da encosta em que se inscrevem, ficam rebaixados relativamente ao tabuleiro do jardim. Estes, definindo os extremos E. da Praça, são utilizados como estacionamento. Fisicamente a relação entre o jardim com a sua envolvência é permitida por entradas definidas pelos caminhos que estruturam a composição; visualmente é franca em todas as entradas, sendo privilegiada a O. pela fisiografia e, limitada a E. pela imposição do muro em que assenta o gradeamento. A modelação, em conjunto com a cúpula formada pela vegetação, destacam o jardim da sua envolvência constituindo um espaço intimista. |
Acessos
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Praça da Alegria |
Protecção
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Incluído na classificação da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972), na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) e na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano. Contido. Terço inferior da encosta O. da Avenida da Liberdade |
Descrição Complementar
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«(...) a porta Sul do Jardim botânico dá para a Rua da Alegria, que desemboca na Praça da Alegria, recinto ajardinado onde há um lago com repuxo, várias palmeiras, uma linda Parkinsonía aculeata, etc. O Jardim foi plantado em 1882 no local em que, de 1809 - 35 se fez a feira da ladra. Num ângulo reentrante a E. da Praça, um prédio apalaçado que foi dos Condes de S. Miguel, e onde nasceu o erudito Anselmo Braancamp Freire. A Praça da Alegria comunica a E. com a Avenida da Liberdade.» (Raul Proença, Guia de Portugal, p. 332) |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Câmara Municipal de Lisboa (Direcção Municipal de Ambiente e Espaços Verdes - Departamento de Espaços Verdes) |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ESCULTOR: Teixeira Lopes (1957). |
Cronologia
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1882 - instalação do jardim, no local onde, outrora, se havia realizado a Feira da Ladra; 1957, 3 Junho - execução do busto de bronze de Alfredo Keil por Teixeira Lopes. |
Dados Técnicos
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Muro de suporte de forma arredondada permitindo a construção da plataforma em que o jardim se inscreve. |
Materiais
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INERTES: calçada, elemento de água central à taça em ferro.VEGETAL: árvores - plátano (Platanus orientalis), lodão-bastardo (Celtis australis), ulmeiro (Ulmus procera) , palmeiras, eritrina (Erythrina crista-gallii). |
Bibliografia
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FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; PROENÇA, Raul, Guia de Portugal, 1º volume, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1924. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; UE |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Designação atribuída em homenagem a Alfredo Keil, pintor, compositor e autor da música do Hino Nacional, A Portuguesa. |
Autor e Data
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Ana Aguiar 1999 |
Actualização
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