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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Moagem
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Descrição
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Estação de moagem composta por moinho, a O. o açude e a E. a casa do Moleiro e a forno, isolado a poucos metros, a SO.. MOINHO: planta longitudinal, simples, disposta no sentido E. - O.; massa disposta na horizontal com cobertura homogénea em abóbada pétrea; paredes em aparelho rusticado de pedra, revestido, assim como a abóbada da cobertura, de fortes rebocos; embasamentos parcialmente alicerçados na penedia do leito do rio e do terreno. Fachada principal a E. rasgada à esquerda por porta simples; remate em empena. Fachada S., de pano único delimitado por três contrafortes em rampa, os da esquerda de secção em meia laranja, mais elevados que o da direita; entre os dois primeiros contrafortes abrem-se dois altos caboucos, em arco de 3 pontos; sobre estes corre fiada de pequenas aberturas quadradas, que funcionam como respiradouros. Fachada N. cega, afrontada por passadiço pétreo sob o qual se faz a entrada das águas, desviadas do açude, construído a O., e conduzidas por levada com comporta. Fachada O. em empena arredondada rasgada axialmente por janela quadrangular. O acesso faz-se através de pequena ponte serpenteada, em pedra, alicerçada em arcadas de volta perfeita, com aduelas de tijolo, vencendo o curso de água formado pelo enxugadouro (ou seja um desvio lateral destinado aliviar o caudal de água acumulada através do açude). INTERIOR: pavimento encoberto por areia acumulada, cobertura em abóbada de berço de perfil em arco de volta perfeita, irregular; respiradouro central, quadrado; uma única janela quadrangular com vestígios de caixilharias de madeira, na parede O.; junto à parede S. vestígios das bases de dois pousos, e respectivos tremonhados com guarda-farinha, em alvenaria de pedra e tijolo, argamassada, reutilizando fragmentos de mós; resta ainda um dos pousos e vestígios das armações de suspensão das moegas. CASA DO MOLEIRO: planta longitudinal, massa simples, coincidência exterior-interior. Fachada principal a N., rasgada ao centro por porta simples; remate recto em beirado, destacando-se à esquerda a massa piramidal da chaminé disposta em paralelo; fachada O. cega em empena; fachada E. rasgada à esquerda por porta simples de acesso à cocheira, remate em empena; fachada S. cega, com remate recto em beirado: INTERIOR: a porta dá directamente para a sala rectangular, tendo à esquerda a lareira e à direita o pial dos cântaros; no eixo da porta de acesso, rasga-se no alçado fronteiro a porta de comunicação com o quarto do moleiro; este tem planta quadrada sem qualquer janela de iluminação directa; no alçado esquerdo rasga-se janela rectangular, estreita, com caixilharia de madeira, abrindo para a cocheira contígua; esta é de planta rectangular com manjedoura a S.. FORNO: de planta rectangular com fachada testeira arredondada; fachada principal antecedida por alpendre telhado, abrigando a abertura do forno, rectangular, com molduras de cantaria; chaminé piramidal. |
Acessos
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Na Herdade da Ordem |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, fluvial, isolado, na margem S. da Ribeira da Seda, a 200m da confluência com a Ribeira de Almada. Em local aprazível, perfeitamente harmonizado com a envolvente, constituída esta maioritariamente por oliveiras, sobreiros e medronheiros, encontrando-se o moinho envolto por densa vegetação predominando o canavial e silvado, em terreno pedregoso atenuado por zonas arenosas. As estruturas de apoio do moinho localizam-se na encosta de pequeno vale, a 100m das margens da Ribeira da Seda, a O. e da Ribeira de Almada, a S., destaque para uma Figueira próxima da Casa do Moleiro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: moagem |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 18 - 19 - data provável de construção; 1870, 17 de Julho - posturas da Câmara Municipal de Mora, revogando as anteriores, nas quais surge legislação vária relativa aos moínhos de água do concelho, nomeadamente proibição de moer trigo nas pedras barroqueiras ( próprias para centeio ) ou de moer grão fora do concelho, bem como obrigação de todos os moleiros "de pé de mó, como os maquilões ( os moços que levavam a farinha ao domícilio ) ou carregadores", de prestarem fiança por todo o mês de Janeiro e obrigação dos forneiros de fornos públicos de cozerem o pão e "mais artigos precisos a toda e qualquer pessoa"; 1872 - o moinho, assim como o da Arieireira (v. PT0407070400469), vem assinalado na Carta Geográfica redigida e gravada na Direcção de Trabalhos Geográficos,Topográficos, Hidrográficos e Geológicos do reino, sob a direcção de F. Folque. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Pedra, tijolo burro, cimento, madeira, telha, ferro. |
Bibliografia
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Câmara Municipal de Mora, Código de Posturas da Câmara Municipal de Mora, Lisboa, Typographia Universal, 1870; OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando e PEREIRA, Benjamim, Tecnologia Tradicional Portuguesa. Sistemas de Moagem, Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica - Centro de Estudos de Etnologia, 1983. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; B.N.L.: Cartografia, CP11, folha 25 e CP3, folha 409; Instituto Português de Geografia e Cadastro: 25AP36 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA, DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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QualProjecto, Lda. 2001 / Rosário Gordalina 2002 |
Actualização
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Rosário Gordalina 2011 |
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