Forte da Ínsua / Farol da Ínsua
| IPA.00003607 |
Portugal, Viana do Castelo, Caminha, União das freguesias de Moledo e Cristelo |
|
Fortificação marítima construída em meados do séc. 17, com traçado abaluartado, no reinado de D. João IV, no contexto da Guerra da Restauração, integrando-se na linha defensiva estrategicamente colocada nas margens do rio Minho e ao longo da Costa Atlântica. Implantando-se num ilhéu do oceano Atlântico, cruzando fogo com a Praça de Caminha, integra no interior um convento, de construção medieval, com o qual forma um conjunto indissociável, conferindo-lhe grande originalidade e caráter excecional em Portugal, tendo apenas como paralelo o Forte da Berlenga (v. IPA.00004062). O Forte tem a data de 1650 inscrita no portal e os próprios monges colaboraram na sua construção. Apesar de ter-se adaptado à morfologia do terreno do ilhéu e ao convento pré-existente, a sua planimetria é bastante regular, com planta inscrita num retângulo, definido por cortinas de traçado plano, com dois baluartes poligonais irregulares de ângulo, na frente norte, e dois meios baluartes de ângulo e uma tenalha central, na frente sul. A escarpa exterior é em talude, com os paramentos rematados em cordão e parapeito liso, tendo nos ângulos flanqueados, dos baluartes e meios baluartes, guaritas facetadas, e, na cortina da frente poente, uma ladroneira retangular, assente em cachorros lobulados, com matacães. Possui duas portas de acesso ao interior, a principal na frente nascente, virada a terra, com arco de volta perfeita, entre pilares, suportando arquitrave e espaldar, alteado ao centro, com as armas de Portugal e as do governador das Armas da Província do Minho, num esquema semelhante à porta magistral do Forte de Santiago de Viana do Castelo (v. IPA.00002215); esta porta e a cortina nascente tinha pequeno fosso frontal, com ponte, e é coberta por uma tenalha, rasgada superiormente por frestas de tiro e com portal em arco, simples. A porta secundária ou poterna abre-se no flanco menos exposto do baluarte da frente nascente, com verga reta sobre impostas, para acesso às fontes existentes nas imediações. Interiormente é circundado por adarve lajeado, com baluartes e meios baluartes, também lajeados, acedidos por escadas dispostas na gola, tendo as dependências adossadas, de fachadas de um piso e vãos retilíneos, conservando a estrutura do paiol, com célula retangular envolvida por anteparo de proteção. O transito, de perfil reto, tem dupla porta, com arco de volta perfeita de acesso à praça, que tem espaço exíguo, devido à integração do convento e cerca. |
|
Número IPA Antigo: PT011602120003 |
|
Registo visualizado 8818 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
|
Descrição
|
Planta composta por dois baluartes, poligonais irregulares nos ângulos da frente norte, dois meios baluartes nos ângulos da frente sul e por uma tenalha a meio desta última, interligadas por cortinas de traçado plano, definindo um retângulo; as frentes sul e poente assentam numa sapata em talude. Apresenta a escarpa exterior em talude, com os paramentos em alvenaria de pedra, e remate em cordão e parapeito liso, atingindo nalguns pontos 2.80m. Nos ângulos flanqueados dos baluartes e meios baluartes, dispõem-se guaritas facetadas, assentes diretamente sobre o cordão, rasgadas por pequenas frestas de tiro, rematadas em cornija e com cobertura em domo coroada por pináculo. A frente principal surge virada sensivelmente a nascente, com cortina protegida por revelim que consiste mais numa tenalha, visto não ter terrapleno, apresentando paramentos em talude, em alvenaria de pedra e em cantaria no ângulo, rematados em parapeito rasgado por frestas de tiro. No ângulo flanqueado possui guarita facetada, com cobertura campaniforme e rasgada por frestas de tiro. Na face norte abre-se porta, em arco de volta perfeita, de moldura simples, interiormente em arco abatido, conservando ainda os gonzos da porta. As faces internas são percorridas por estreito adarve. A meio da cortina nascente do forte abre-se a porta fortificada, em arco de volta perfeita, ladeada por pilares sustentando arquitrave, sobre o qual se dispõe espaldar retangular, rematado em cornija alteado ao centro, coroado por plintos; o espaldar surge tripartido, contendo ao centro as armas de Portugal entre as armas do governador. Inseridas no parapeito surgem, ladeando o portal, duas lápides inscritas. No flanco poente do baluarte da frente norte abre-se pequena poterna, de verga reta sobre impostas. Na cortina da frente poente, existe ladroneira retangular, com balcão em cantaria, totalmente fechado, assente em três cachorros lobulados, tendo matacães no pavimento e cobertura campaniforme, coroada por pináculo. INTERIOR acedido pelo trânsito da porta fortificada, de perfil reto, com pavimento em lajes de cantaria e cobertura de madeira, de duas águas, sobre travejamento, com telhado de duas águas; no seu término, um vão em arco de volta perfeita, tem porta para a praça. Os paramentos são circundados por adarve, pavimentado a lajes de cantaria, que também surge nos baluartes, protegidos na face interna por parapeito simples. Encostado ao terrapleno interior das frentes nascente, norte e poente, desenvolvem-se as antigas dependências do forte, de planta retangular, as da frente poente mais exíguas e com o ângulo sul cortado. Correspondiam ao corpo da guarda e à casa do governador, respetivamente a norte e a sul do trânsito da frente nascente, aos quartéis militares, na frente norte, e a um paiol na frente poente, todos atualmente sem cobertura, e fachadas de um piso, em alvenaria de pedra, rasgadas por vãos retilíneos. Nas fachadas laterais das dependências da frente nascente dispõem-se chaminés. As cinco dependências dos antigos quartéis têm a fachada principal rasgada por porta e janela, em módulo alternado, a porta precedida por dois degraus. Os baluartes e meio baluartes são acedidos por escadas desenvolvidas entre as dependências, sensivelmente na gola dos mesmos, existindo junto às escadas do baluarte norte da frente nascente pequeno corredor de acesso à poterna. No baluarte e meio baluarte da frente nascente dispõem-se duas bocas-de-fogo, assentes em reparos de ferro. O acesso às guaritas é feito por porta de verga reta. O recinto interior do forte é de dimensões exíguas, devido à existência do convento e da respetiva cerca. |
Acessos
|
Moledo, por barco desde a praia de Moledo, ou do cais da Foz do Minho. WGS84 (graus decimais): lat.: 41,859082; long.: -8,874590 |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
|
Marítimo, adossado. Implanta-se numa pequena ilha, situada no Oceano Atlântico, a sudoeste da foz do Rio Minho, a cerca de 200m da costa, fronteiro ao coevo pinhal do Camarido. A ilha possui vários afloramentos graníticos e tem acesso através de uma zona de areal, virada a nascente, desenvolvendo-se, a partir do meio baluarte sul, intercetando o revelim e prolongando-se para norte, muro a cobrir o acesso ao forte e a antiga fonte do areal. Sobre o baluarte poente existe farol. No interior desenvolve-se o Convento de Santa Maria da Ínsua (v. IPA.00003583), tendo algumas dependências e muro da cerca adossado ao terrapleno interior. O forte situa-se em zona privilegiada, com vista sobre a costa espanhola e a Praia de Moledo, em território português. |
Descrição Complementar
|
O portal do forte tem no espaldar três brasões; o central com as armas de Portugal, de escudo nacional, carregado por escudo com cinco escudetes postos em cruz, cada escudete carregado de besantes, e bordadura carregada de sete castelos. Lateralmente surge brasão com as armas de Diogo de Lima, governador das Armas da Província do Minho, e que promoveu a sua construção, tendo escudo nacional, de ouro, com quatro palas de vermelho. Todos os brasões são encimados por coronel, de onde pende cordão com Cruz da Ordem de Cristo. Uma das lápides junto ao portal do forte tem a seguinte inscrição: " A PIEDADE DO MUITO ALTO E PODEROSO MONARCA EL REI IV / MINISTRADA PELA INTERVENÇÃO E ASSISTÊNCIA DE D. DIOGO DE LIMA / NOGUEIRA GENERAL E VISCONDE DE VILA NOVA DA CERVEIRA GOVERNADOR DAS / ARMAS E EXÉRCITO DA PROVIDÊNCIA DE ENTRE DOURO E MINHO DEDICARAM / ESTA FORTIFICAÇÃO À SERENÍSSIMA RAINHA DOS ANJOS NOSSA SENHORA / DA ÍNSUA PARA ASILO E DEFESA DOS RELIGIOSOS DA PRIMEIRA REGRA / SERÁFICA QUE ASSISTEM NOS CONTÍNUOS JÚBILOS DESTA SENHORA DEBAIXO / DE CUJO PATROCÍNIO SE ASSEGURA A DEFESA DESTA CORTE. FEZ-SE A / OBRA NA ERA DE 1650". Uma das bocas-de-fogo tem a inscrição: "DOM IOÃO IIII REY / DE PORTVGAL / SENDO MNEN / TE G. RVI COREA / LVCAS MATIAS ES / CARPIM ME FES LXA / 1648". |
Utilização Inicial
|
Militar: forte |
Utilização Actual
|
Devoluto / Comunicações: farol |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
EMPREITEIROS: Manuel Nunes de Andrade (1957, 1979, 1984-1986), Saúl de Oliveira Esteves (1954-1955), Viriato Alves Neiva (1967, 1970, 1972, 1977-1978). |
Cronologia
|
1648 - data de uma das bocas-de-fogo existente no forte; 1650 - construção da fortificação a envolver o convento de Santa Maria da Ínsua, conforme inscrição do portal, sob ordem de D. Diogo de Lima, Governador das Armas da Província do Minho, tendo a Comunidade colaborado ativamente nas obras, destacando-se a ação de frei Sebastião do Rosário; a partir daí inicia-se uma difícil convivência entre a guarnição militar e os frades, devido à exiguidade do espaço; 1652 - D. João IV nomeia como confessores da guarnição militar os frades, para o que pagava 1$500 anuais; 1653, 30 junho - nomeado como 1º governador do forte o capitão Domingos Mendes Aranha; 1673 - devido a contendas entre a comunidade religiosa e a guarnição militar, o governador de Viana, António Jaques de Paiva, tem de intervir, levando a Coroa a doar aos frades metade da lenha que vinha para o abastecimento do forte; 1760, cerca - descrição do convento no interior do forte pelo Frei Pedro de Jesus Maria José, aludindo às fontes existentes no exterior da fortificação *1; 1765 - o forte tem 7 peças de bronze e a guarnição de 10 homens; 1785, 03 novembro - D. Maria I declara que o produto das camboas pertence exclusivamente aos frades e que a lenha doada ao forte teria que ser dividida com os frades; proíbe, ainda, o transporte de presos para o local, para manter o recato da comunidade; 1807 - a fortificação é ocupada por forças espanholas no âmbito da 1ª Invasão Francesa; 1831 - recolha ao Arsenal de Lisboa das peças inutilizadas; 1834 - extinção das Ordens Religiosas, ficando o convento na posse do Ministério da Guerra; 1839, 03 maio - pedido para manter um quartel no local; 1846, 30 março - concessão de autorização para manter um quartel no imóvel; 1847, 26 janeiro - portaria autoriza a manutenção de um quartel no forte; 1861 - é ocupado por um destacamento de veteranos; 1886 - instalação de um farol, com nove milhas de alcance, sobre o baluarte poente, para facilitar a navegação; 1894, 13 julho - cedência provisória ao Ministério da Marinha de quatro compartimentos no segundo pavimento do convento, para habitação do faroleiro; 1895 - ligação da ilha à costa portuguesa; 1909, 30 setembro - nomeação do último governador do forte, Major Rodolfo José Gonçalves; 1920, 02 junho - auto de cedência ao Ministério da Marinha de quatro celas na ala norte do convento, contíguas às anteriormente cedidas, para habitação de outro faroleiro, e de um quartel junto à cortina norte, para arrecadação; 17 outubro - cedência da igreja, capela e parte do primeiro piso do convento pelo Ministério da Guerra ao da Marinha, para servirem de residência aos faroleiros e depósito de material; entre várias condições de cedência, destaca-se a que estipula que os compartimentos pedidos, reverteriam para a posse do Ministério da Guerra se isso se tornasse necessário, não tendo o Ministério da Marinha direito a receber qualquer indemnização pelas benfeitorias que neles tiver feito; e a de ser expressamente proibido alterar a configuração exterior ou a disposição interna dos compartimentos concedidos, sem autorização do Ministério da Guerra; 1921, 17 outubro - cedência ao Ministro da Marinha do resto do primeiro andar do convento que ainda não havia sido cedido, também para habitação dos faroleiros e depósito de combustível; 1940, 02 maio - auto de entrega da fortaleza pelo Ministério da Marinha ao Ministério das Finanças, continuando, no entanto, uma parte do edifício entregue à Direção-Geral dos Serviços de Faróis, que ocupava parte do imóvel com a habitação de três faroleiros e um depósito de combustível, ficando grande parte do imóvel devoluto, à exceção de dois prédios pequenos, onde se albergavam os sargaceiros durante a época de verão; 30 abril - até esta data, o piso térreo do convento está arrendamento a José Joaquim Lourenço do Paço, por 161$000, certamente um sargaceiro, que aí armazenava o produto recolhido no mar; 1941, 23 agosto - carta do arquiteto Diretor da 2.ª Secção para o Diretor-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais sobre o estado do edifício da fortificação; o forte está em parte entregue a Direção-Geral dos Serviços de Faróis, que lá possui um pequeno farolim e ocupa parte dos edifícios com a habitação de três faroleiros e um depósito de combustível, estando os restantes prédios devolutos, à exceção de dois mais pequenos, onde se albergam os sargaceiros durante a época de verão; segundo havia sido informado, algumas pessoas de Caminha e Moledo, pretendiam solicitar às entidades superiores que as partes devolutas dos prédios dentro do forte fossem adaptadas a uma pequena pousada, de caráter muito simples, o que se lhe afigurava de fácil realização; assim, solicita que tal sugestão fosse considerada; 1942, 01 julho - o Ministério das Finanças informa que os temporais do inverno haviam afetado as coberturas, sendo necessárias obras urgentes; 1947 - carta do faroleiro Júlio Dias Ferreira dando conta do estado arruinado do forte, informando que desde os últimos temporais, o mar continua a destruir parte da sapata que defende as muralhas, do lado sul e sueste, e continuam a abater parte dos telhados onde os sargaceiros costumavam habitar; 1951, 08 junho - carta da Direção-Geral da Fazenda Pública para a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais sobre as obras mais urgentes a efetuar no forte da Ínsua, segundo indicação da Câmara de Caminha, serem o restauro dos telhados dos antigos quartéis, com substituição dos barrotes guieiras, forro e de grande parte da telha; 1953 - o mar destrói a sapata de proteção da muralha no ângulo nascente, numa extensão de 6m, e inicia a destruição da própria muralha; 1975 - elaboração de um orçamento para obras de vulto, pela DGEMN, orçando em 90.000$00; 1977, cerca - a Direção-Geral de Monumentos Nacionais do Norte manda entaipar todas as portas e janelas que davam acesso ao interior do convento para evitar roubo ou destruição; 1977, 03 agosto - ofício da Câmara Municipal de Caminha para a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a solicitar a transferência do património móvel do Forte da ínsua para o edifício da Camara de Caminha; 1979, 26 julho - oficio da Direção-Geral do Património Cultural para a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, sobre a degradação da Fortaleza da Ínsua e do respetivo espólio, dá conta do estado de completo abandono a que está votado o forte, desde que a Direção Geral de Faróis entendeu impedir a estadia no forte do vigilante do farol, que na época balnear e dada a afluência de visitantes, se dedicava também à guarda de todo o património do mesmo; informa que em fins do mês de julho, membros da Comissão Instaladora do Museu Municipal visitam o forte e verificam que a porta norte se encontrava aberta e que o acesso ao convento estava franqueado pelo derrube de tapumes, encontrando-se no interior várias dezenas de pessoas nacionais e estrangeiras; informa ainda da degradação das muralhas, necessitando de obras de conservação antes do próximo inverno, pois não sendo feitas poderá levar ao desabamento do revelim que protege o portão principal (lado nascente); 1979 - elaboração de um projeto de adaptação a pousada pelos arquitetos Alberto Bessa e Cassiano Barbosa; 1983 - o forte é definitivamente entregue ao Ministério das Finanças; 1990 - estudo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo para a implantação no local de um Centro de Investigação Avançada das áreas marinhas da costa e Rio Minho; 1993, 20 maio - Despacho conjunto dos Secretários de Estado da Cultura e das Finanças determina a desafetação do Forte da Ínsua ao IPPAR, manifestando o Instituto Politécnico de Viana do Castelo interesse nessa afetação para instalar uma pousada e um observatório marinho no local; 2000 - interdição do acesso do público ao interior do forte para evitar a sua ruína; 2004 - o projeto de 1990 volta a ser tido em conta; 2005 - visita do deputado Jorge Fão, do Diretor Regional dos Monumentos e Edifícios do Norte e do Presidente do Instituto Politécnico de Viana, avaliando a possibilidade de instalar no local um centro de investigação marinha; 2016, 27 dezembro - o forte integra a lista de cerca de 30 imóveis a concessionar pelo Estado Português a privados, para ser convertido num projeto turístico, no âmbito do programa Revive; 2019, 08 agosto - governo lança concurso público para a concessão do forte, por 50 anos, no âmbito do programa Revive. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria ou cantaria de granito aparente; pavimento em lajes de cantaria de granito; portas de madeira; gatos e ferragens das portas em ferro; cobertura do trânsito em madeira e, exteriormente, em telha. |
Bibliografia
|
AGUILAR, Manuel Busquets de - Molêdo do Minho. Lisboa: 1941; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Alto Minho. Lisboa: 1987; ALMEIDA, Luís - «Desenterrado projecto da Ínsua» in Jornal de Notícias - Minho. 14 agosto 2006; AA.VV - Fortificação do Território. A segurança e defesa de Portugal do Século XII ao Século XIX. S.l.: Museu da Presidência da República; Exército Português; Câmara Municipal de Elvas, 2013; CALIXTO, Carlos Pereira - «O Convento, a Fortaleza e o Farolim da Ínsua». In Revista da Marinha. Lisboa: Empresa do Jornal do Comércio, SARL, 1980, II série, ano 44, n.º 88, pp. 27-30; CALIXTO, Carlos Pereira - «Fortaleza de Nossa Senhora da Ínsua, Sim! Forte de Ínsua, Não!» In O Dia. Lisboa: 17 setembro 1979; FIGUEIREDO, Ana Paula Valente - Os Conventos Franciscanos da Real Província da Conceição - análise histórica, tipológica, artística e iconográfica. Lisboa: 2008, 3 vols. Dissertação de doutoramento apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, texto policopiado; GIL, Júlio - Os Mais Belos Castelos e Fortalezas de Portugal. Lisboa: 1986; GUERRA, Luís de Figueiredo - Castelos do Distrito de Viana. Coimbra: 1926; «A Ínsua na Foz do Rio Minho» in Jornal do Comércio. Porto: 8 outubro 1947; MARTINS, Reis - «Que Destino para a Fortaleza da Ínsua?» in O Século. Lisboa: 26 setembro 1986; MOREIRA, Rafael - «Do Rigor Histórico à Urgência prática: a Arquitectura Militar» in História da Arte em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa, 1986, vol. 8, pp. 67-85; PEIXOTO, A. Maranhão - «Forte da Ínsua» in As Freguesias do Distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758. Braga: Casa Museu de Monção / Universidade do Minho, 2005, pp. 627-628; RODRIGUES, David - «Fortaleza da Ínsua degrada-se em silêncio» In Diário de Notícias. 02 agosto 1990, p. 43-44; SANTOS, João M. F. Silva - «Caminha através dos tempos (parte III)». In Caminiana. Caminha: Ano III, nº 4, 1981. |
Documentação Gráfica
|
DGPC: DGEMN:DREMNorte/DM; DIE: GEAEM (Planta da Fortaleza de Nossa Senhora da Insula da barra da praça de Caminha, 3659-3-37-51, 1759, SERRA, Maximiano José, Planta da Fortaleza da Insola, 3655/I-3-37-51, 1797, Forte de Santa Maria da Ínsua, 3662-3-37-51, s.d.); BPMP: BRANDÃO, Gonçallo Luis da Sylva, Topographia da Fronteyra, Praças, e seus contornos, Raya Seca, Costa e Fortes da Provincia de Entre Douro e Minho, MDCCLIII |
Documentação Fotográfica
|
DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMNorte, DGEMN/Galeria |
Documentação Administrativa
|
DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN, DGEMN:DSARH; AHM: Forte da Ínsua, 3.ª divisão, 9.ª secção, cx. 16, capilha 16, doc. 5; DIE: GEAEM, Prédio Militar n.º 3 de Caminha |
Intervenção Realizada
|
DGEMN: 1954 / 1955 - obras de consolidação pelo empreiteiro Saúl de Oliveira Esteves, com reconstrução de paramentos exteriores da base da muralha, com cantaria apicoada, consolidação de paramento exterior da muralha com alvenaria de granito tosco na feição da existente, reparação ligeira de paramento da muralha, arranque de arbustos existentes nas juntas dos paramentos das muralhas; 1955 - construção e assentamento das duas portas de acesso ao forte para impedir a entrada indevida no forte; 1957 - execução de diversos trabalhos, pelo empreiteiro Manuel Nunes de Andrade; 1967 - trabalhos de restauro e consolidação, pelo empreiteiro Viriato Alves Neiva, incluindo reconstrução do quebra-mar, com alvenaria, e das bases dos baluartes sul e nascente, com cantaria de fiada, limpeza, abertura de juntas e seu refechamento com argamassa; 1970 - revisão de telhados pelo empreiteiro Viriato Alves Neiva; 1972 - reparação de telhados e caixilharia em mau estado pelo empreiteiro Viriato Alves Neiva; 1977 / 1978 - obras de conservação pelo empreiteiro Viriato Alves Neiva, com consolidação da base da muralha em vários pontos com alvenaria de pedra, limpeza e arranque de vegetação; reconstrução da cortina interior do adarve, revisão e reparação geral de telha, revisão de portas e caixilharia; 1979 - obras de beneficiação pelo empreiteiro Marques & Marques, Ldª, com reconstrução da sapata dos muros exteriores em alvenaria de pedra, com aplicação de alvenaria de betão ciclópico, do muro suporte de nascente, de contenção de terras, aterro em vários pontos com compactação e consolidação do muro de suporte e dos muros de contenção de terras, com aplicação de gatos de ferro; pintura da porta principal; 1984 / 1985 / 1986 - beneficiação das coberturas pelo empreiteiro Marques & Marques, Ldª; 1986 - beneficiação das muralhas pelo empreiteiro Marques & Marques, Ldª; 1998 - diagnóstico para a conservação e consolidação dos paramentos da fortificação; 1999 / 2000 - conservação e consolidação dos paramentos da fortaleza; reparação das patologias provocadas pela agressividade do meio ambiente marítimo, consistindo na consolidação de panos de muralha (recalçamento, embasamentos e coroamento); reconstrução e preenchimento de lacunas do embasamento e coroamento da muralha; limpeza e refechamento das juntas; limpeza de vegetação e guanos; recuperação da porta de madeira de acesso à fortaleza; 2001 - obras de conservação e manutenção do conjunto edificado, nomeadamente consolidação dos paramentos interiores da fortificação. |
Observações
|
*1 - Segundo Frei Pedro de Jesus Maria José na Chronica da Santa, e Real Provincia da Immaculada Conceição de Portugal, "Concluida a obra da Fortaleza, se cuidou com maior fervor no reparo do Convento (...) as duas fontes (...) a principal, e a milagrosa (...) fica logo a sahida da porta menos principal da Fortaleza, e em distancia de noventa e tantos passos esta a outra (...) para a parte do Poente. (...) Desta he sempre preciso alimpalla todos os annos, que he necessario usar della; e estando limpa, da agua em abundancia, e tem huma famosa cova feita em pedra, que ordinariamente se conserva com huma pipa de agua, mais, ou menos, segundo o gasto, que della se faz". |
Autor e Data
|
Paula Noé 2017 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |