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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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Planta poligonal irregular. 3 baluartes na frente marítima, tenalha de 2 baluartes elevados do lado de terra; muro em talude, guaritas circulares nos ângulos e ao centro da muralha do lado de terra, plataforma para canhões do lado do mar. O acesso faz-se pelo lado N., através de 2 portais rasgados num muro mais baixo que desse lado rodeia a fortaleza, por rampa inclinada que comunica com átrio coberto com abóbada de cruzaria de ogivas. Ao centro do conjunto fortificado uma torre rematada por murete, de 3 níveis, rasgados por janelas de sacada e balcões com mata-cães nos cunhais; rodeando a torre, edificações de 2 e 3 andares, entre as quais se integra a capela dedicada a Santiago, a O., de planta rectangular, com coro-alto; a E. várias divisões com revestimentos decorativos oitocentistas; no corpo da torre, uma sala com abóbada em cruzaria de ogivas. O bloco de edifícios hospitalares, rasgado por varandas-solário, deita para a plataforma do lado O.. O farol encontra-se implantado num dos baluartes, é constituído por uma torre hexagonal com lanterna e duplo varandim. Parte da torre é pintada de branco, com a parte superior em pedra e a lanterna metálica vermelha.
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Acessos
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Outão; EN. 379 - 1 de Setúbal para a Arrábida, num desvio a seguir à Fábrica de Cimentos Secil. WGS84: lat. 38,488853, long. 8,934140 (farol); lat. 38,488487, long. -8,935085 (hospital) |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, nº 226 de 29 setembro 1977 *1 |
Enquadramento
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Rural; sobre o mar, em frente à barra do Sado, integrado no Parque natural da Arrábida. |
Descrição Complementar
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A capela é revestida a azulejos joaninos em azul e branco, com representações da Virgem e cenas da vida de Santiago. As salas a E. da torre são revestidas a apainelados nas paredes e tecto, enquadrando telas pintadas. |
Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Comunicações: farol / Saúde: hospital ortopédico
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Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Ministério da Saúde |
Época Construção
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Séc. 14 / 17 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Afonso Álvares (cerca abaluartada) (Moreira, 1986: p. 147); engenheiro Xavier da Silva (adaptações oitocentistas) (Moreira, 1976). |
Cronologia
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1390 - construção da torre de vigilância da barra do Sado, por ordem de D. João I, beneficiada no reinado de D. Manuel; séc. 16, 3º quartel - construção de cerca abaluartada em redor da torre primitiva; 1643 / 1657 - ampliação da fortaleza e remodelação da capela; 1880 - instalação do farol; 1890 - obras de adaptação a residência de veraneio, para D. Carlos e D. Amélia; 1900 - adaptação a sanatório: construção dos edifícios hospitalares no lugar das antigas casamatas; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001. |
Dados Técnicos
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Estruturas autoportantes |
Materiais
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Cantaria e alvenaria de pedra, telha cerâmica, madeira, vidro. |
Bibliografia
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PORTELLA, M. M., Notícia Dos Monumentos Nacionaes e Edificios e Logares Notaveis do Concelho de Setúbal, Lisboa, 1882; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; MOREIRA, Cor. Bastos, Monumentos de evocação militar - Forte de Santiago do Outão, in Jornal do Exército, Out. 1976; MOREIRA, Rafael, A arquitectura militar, in História da Arte, ed. Alfa, vol. 7, Lisboa, 1986; CALLIXTO, Carlos, Torre de Santiago do Outão entre os fortes mais antigos, in Diário de Notícias, 17 Dezembro 1988. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - Obras de conservação e reparação pela Direcção Regional; 1951 - Continuação das obras de ampliação e beneficiação, pelas Direcções dos Serviços de Construção e Conservação; aquisição de mobiliário e equipamento pela Comissão para Aquisição de Mobiliário; 1953 - prosseguem os trabalhos de remodelação dos edifícios; 1955 - execução de reparações no sanatório, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1957 - obras de remodelação do bloco operatório do sanatório, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1958 - conclusão da instalação de cirurgia e obras no bloco de esterilização e desinfecção do sanatório, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1959 - obras de beneficiações urgentes, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1986 - obras diversas de beneficiação; 1991 - reparação das coberturas; 1996 - beneficiação da capela e zonas anexas; 1996 / 1997 - recuperação dos azulejos da capela. |
Observações
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*1 - DOF ...onde está instalado o sanatório. *2 - Na muralha voltada ao mar uma inscrição: "A torre desta fortaleza de Santiago do Outão foi edificada por El Rei Dom João o Primeiro e depois cercada de muro por El Rei D. Sebastião e o sereníssimo D. João IV, libertador da pátria, mandou acrescentar a fortaleza para a parte do mar e terra com magnificência e grandeza que hoje se vê. D. Fernando de Menezes, conde da Ericeira, lhe lançou a primeira pedra em XXV de Julho de MDCILIII e sendo governador dela Manuel da Silva Mascarenhas e das armas de Setúbal e sua comarca e superintendente da fortificação João de Saldanha mandou pôr aqui esta memória ano de MDCILIX". |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
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Júlio Grilo 1997 / 1998 |
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