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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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Acessos
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Cabo Raso, Estrada do Guincho |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Comunicações: farol |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 17 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 17 - construção do forte; 1693 - data da primeira planta do forte; tinha planta quadrangular, com bateria virada ao mar tendo nas suas três faces parapeito à barla, e o quartel virado a terra, composto por três compartimentos abobadados: os laterais ocupados pelos alojamentos, casa da palamenta e paiol, este tipo nicho escavado na espessura da caixa murária; ao centro da cortina virada a terra, rasgava-se o portal de entrada que acedia ao compartimento central, onde existia cisterna e se localizava a escadaria de acesso à bateria; 1720, 29 Junho - estava em bom estado de conservação e tinha tido obras recentes; tinha 4 peças de ferro de calibre 12 sem préstimo, tal como os reparos em que estavam montadas; a bateria tinha capacidade para as 4; possuía pólvora e balas e o necessário para a serventia das peças; a guarnição era de 3 soldados e 2 artilheiros; 1735 - precisava de pequenas reparações exteriores e interiores; possuía 5 peças de artilharia, mas todas inoperacionais; 1751 / 1758 - datas correspondentes a duas inspecções que confirmam o bom estado de conservação do forte, referindo apenas a necessidade de colocar algumas portas; 1767 / 1776, entre - o forte tinha 8 peças de ferro de calibre 16, desmontadas e absolutamente incapazes; 1777 - no mapa de inspecções que então foi elaborado, o forte tinha 6 peças de calibre 12 em funcionamento, ainda que os seus reparos precisassem de rodas adequadas; era ainda necessário pequenas reparações como betumar a cisterna e a montagem de portas nos armazéns e no paiol; 1793 - construção de merlões e abertura de 6 canhoeiras na bateria, 3 viradas ao mar, 1 a N. e duas a S.; reorganização do espaço existente no compartimento destinado a quartel, criando-se duas dependências inter-comunicantes; construção de 4 guaritas nos ângulos das paredes dos alojamentos virados a terra e nos da bateria; 1808 - reforço da guarnição durante as invasões franceses, albergando 2 soldados artilheiros, 1 sargento e 8 soldados de infantaria; 1814, cerca - o forte estava ao abandono; 1829 - apresenta sinais de ruína na porta de entrada, quartel, armazém e paiol; recomenda-se reduzir a artilharia para 4 peças, por ser suficiente; 1834 - fica desocupado, desprovido de artilharia e a ao abandono; 1850 - é projectada a sua reedificação, mas não como espaço fortificado; 1854 - relatório da inspecção do forte refere a existência de lápide inscrita sobre o portal, então bastante sumida, mas onde ainda se podia ler que o forte fora edificado no "Reinado de El-Rei D. João 4º, no ano de 1658"; 1893, 24 Julho - cedência do forte ao Ministério da Marinha e Ultramar para instalação de um farol; 1894 - foi equipado com um aparelho transferido do farol de Olhão, que projectava uma luz vermelha com alcance de 5 milhas *1; 1915 - construção de torre metálica para o farol em ferro e instalação de aparelho de maior alcance luminoso (9 milhas), ocupação de parte da antiga bateria e terraço com casa do faroleiro e armazéns; reorganização da entrada e dos antigos aquartelamentos, que passa a funcionar como casa das máquinas; posteriormente, no exterior do forte, procede-se à construção de dois edifícios de um piso para alojamento dos funcionários do farol, suas famílias e oficinas; 1922 - substituição do aparelho luminoso do farol por outro mais moderno proveniente de oficinas parisienses; 1947 - electrificação do farol electrificado, aumentando o seu alcance; 1969 - ligação à rede pública de distribuição de energia, o que permitiu aumentar de novo o alcance do farol, para 22 milhas; 1985 - instalação de aparelho automático, que dispensa a presença continua de faroleiros. |
Dados Técnicos
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A torre do farol tem uma altura de 13 m, a luz encontra-se a 23 m de altitude e o seu alcance luminoso é de 20 milhas (c. 37 km), com uma característica luminosa de três relâmpagos brancos, com um período de 15 segundos. |
Materiais
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Bibliografia
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BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira, BARROS, Maria de Fátima Bambouts de, RAMALHO, Margarida de Magalhães, As fortificações marítimas da costa de Cascais, Lisboa, Livros Quetzal, S.A., 2001. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IPPAR: pº nº 75 6.09.7.2/23-05 |
Intervenção Realizada
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1762 / 1763 - pequenas obras de manutenção com melhoramentos ao nivel dos madeiramentos e ferragens; 1831, finais - obras de reparação; 1893, Setembro / Dezembro - obras de adaptação e transformação em alguns espaços para instalação do farol. |
Observações
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EM ESTUDO. *1 - O farol instalado em 1894 no Forte de São Brás assentava numa estrutura metálica, cujo mecanismo era colocado e retirado diariamente através de um carreto e transportado por meio de carris. |
Autor e Data
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Curso Inventariação KIT01 (2.ª ed.) 2009 |
Actualização
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Teresa Deus Ferreira 2014 |
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