Chafariz no Largo do Carmo
| IPA.00002620 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior |
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Arquitectura infraestrutural, tardo-barroca. Chafariz ligado à distribuição de água a Lisboa, pelas Águas Livres, do tipo nicho, com o chafariz ao centro, constituído por uma coluna em forma de prisma, formando a caixa de água, com acesso por porta de verga recta, onde se enquadram quatro bicas circulares, que vertem para dois tanques contracurvados e de perfil galbado. O conjunto é encimado por um esquema escultórico, piramidal, a que se adossam quarteirões, ornados por golfinhos. A estrutura é protegida por um nicho composto por arcos de volta perfeita, assentes em pilares toscanos, rematados por pináculos piramidais, com cobertura em falsa cúpula, coroada por urna. |
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Número IPA Antigo: PT031106270020 |
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Registo visualizado 9202 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo nicho
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Descrição
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Chafariz em cantaria de calcário lioz, implantado sobre plataforma de planta circular com dois degraus, onde se ergue uma coluna em forma de prisma octogonal, formando a caixa de água, rematada em cornija e rasgada por porta de verga recta no lado SO., protegida por uma folha em metal pintado de verde. Sobre este, surge pequeno pedestal octogonal e um segundo contracurvo, onde surge elemento piramidal irregular, tendo, nas faces, adossados a quarteirões, quatro golfinhos de caudas erguidas, rematando em acanto triplo, sendo o conjunto sobrepujado por pequena cúpula bolbosa. No pedestal, surgem quatro bicas circulares, com torneiras, que jorram para dois tanques, de planta contracurva e perfil galbado, com bordo boleado chapeado a ferro, tendo, sob as bicas, réguas metálicas para apoio do vasilhame; cada tanque, ocupa três faces do prisma. A cobrir o chafariz, surge uma estrutura em cantaria de calcário lioz, formada por quatro arcos de volta perfeita, com o intradorso almofadado e o fecho marcado pelas armas reais e coroa fechada, assentes em pilares toscanos, a que se adossam, exteriormente, quarteirões, com capitel dórico, sustentados por plintos de silharia fendida e rematados por pináculos piramidais. A estrutura é coberta por falsa cúpula, composta por quatro nervuras e bocete central circular, com urna a rematar o exterior. |
Acessos
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Largo do Carmo |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5 DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 / Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) e na Zona de Proteção da Igreja do Convento do Carmo (v. IPA.00006521) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, destacado, implantado no centro do Largo do Carmo com envolvente formado por casario setecentista e a E. as fachadas da Igreja (v. PT031106270007 ) e do Convento do Carmo (v. PT031106270328), a N. a Ordem Terceira do Carmo (v. PT031106270599), a O. dois prédios pombalinos e a S. o palácio seiscentista dos Albuquerque Mexia. O largo encontra-se rodeado por via pública, pavimentada a calçada de basalto, tendo a zona central pavimentada a calçada à portuguesa, formando desenhos geométricos, pontuada por bancos de madeira e árvores, criando um espaço ajardinado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Hidráulica: chafariz |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Reinaldo Manuel dos Santos (1786, atr.). ENGENHEIRO: Miguel Ângelo Blasco (1769-70, atr.). |
Cronologia
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1769, Outubro - 1770, Setembro - obras no Largo do Carmo em Lisboa, com o inicio das obras de construção de um chafariz em conjunto com o prolongamento do ramal de águas trazidas da galeria do Loreto; foi construído, provavelmente, conforme projecto inicial do engenheiro Miguel Ângelo Blasco; 1771, Setembro - 1772, Outubro - execução das tampas das pias de registo do chafariz do Carmo; 1783, 19 Dezembro - concessão de metade dos sobejos a Anselmo José da Cruz e a outra metade a Francisco Higino Dias Pereira; 1786 - construção do novo chafariz, terminado com a intervenção de Reinaldo Manuel dos Santos; 1792, 9 Agosto - a metade dos sobejos de Anselmo José da Cruz passaram, por desistência, a António José Ferreira; por morte deste passou a Francisco António Ferreira; séc. 19 - substituição dos tanques; 1805, 12 de Junho -deverão consertar-se os repuxos por onde passam as águas para os chafarizes do Carmo; 1851 - era o chafariz com maior caudal de todos os que foram construídos no âmbito do Aqueduto das Águas Livres e metade dos sobejos pertenciam a D. Carlota Augusta Ferreira; tem 4 tubos; 1873, 17 Junho - a Câmara deu posse de mais uma bica aos aguadeiros, ao que reagiu mal a população, tendo que fugir a policia que pretendia proteger os aguadeiros; 1875, 5 Outubro - dada a enorme afluência de pessoas que residiam na zona envolvente e que levava a conflitos constantes, a Câmara de Lisboa aprovou uma proposta prevendo a sua demolição, que não se efectivou. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de calcário lioz; canos das bicas em bronze; chapas e réguas em ferro; porta em chapa metálica. |
Bibliografia
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ANDRADE, José Sérgio Velloso d', Memoria sobre Chafarizes, Bicas, Fontes e Poços Públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo, Lisboa, Imprensa Silviana, 1851; CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, CML, s.d.; Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Tomo II, Junta Distrital de Lisboa, 1975; D. João V e o Abastecimento de Água a Lisboa, CML - Museu da Cidade, 1990; CAETANO, Joaquim Oliveira, SILVA, Jorge Cruz, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, 1991; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999. |
Documentação Gráfica
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CML: Museu da Cidade |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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JAL: 1793 - desentupimento dos chafarizes do Largo do Carmo; conserto do tanque do chafariz do Carmo; CML: séc. 20, década de 90 - restauro e limpeza do chafariz. |
Observações
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*1 - Por decreto do Ministério da Cultura (dec. nº 5/2002 de 19 de Fevereiro) foi alterado o Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que designava o imóvel como "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte redacção: "Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa". |
Autor e Data
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João Machado 2005 / Paula Figueiredo 2007 |
Actualização
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