Moinho de Água do Madeira / Moinho de Água do Medeiros / Moinho de Água do Catarino
| IPA.00032074 |
Portugal, Évora, Mora, Pavia |
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Estação de moagem composta por dois moinhos de água, de submersão, de roda horizontal, de rodízio, dispostos paralelamente entre si, duas casas de habitação dos moleiros, casas do forno (uma para cada habitação), uma arrecadação em corpo independente e vestígios de uma choça, de planta circular. Segue a tipologia comum a outras estações moageiras da região, que apresenta ligeiras variantes, relacionadas com a dimensão dos respectivos agregados familiares: casas de habitação disposta paralelamente ao moinho e a ele virada, com cobertura em telhado de uma água, alçados de um único registo, sendo o principal rasgado por porta simples, de acesso à sala; nos alçados laterais por porta idêntica, de acesso à cocheira localizada sempre na fachada traseira; a sala, com lareira, pial dos cântaros e cantareira, comunica directamente com o quarto de dormir, pequeno, com ou sem pequena janela de iluminação; a cocheira comunica com o quarto do moleiro através de pequena janela e apresenta a manjedoura sempre no alçado traseiro; a casa do Forno fica adossada ao alçado lateral; esta planimetria base pode depois ser simetricamente duplicada como acontece neste moinho, e também no Moinho da Arieira (v. PT040707040046). Os moinhos, como a maioria dos outros que encontramos nas Ribeiras da Raia e da Seda, são estruturas robustas, de paredes e abóbadas da cobertura em aparelho rusticado, revestido com fortes rebocos de cimento; possuem ângulos boleados e são reforçadas a vazante por contrafortes em rampa entre os quais se abrem os caboucos; destinavam-se a submersão parcial ou total durante o inverno, desmontando-se então as moendas, excepto as mós, que eram reinstaladas logo que as águas baixavam. |
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Número IPA Antigo: PT040707040071 |
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Registo visualizado 2458 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Moagem
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Descrição
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MOINHO DO MADEIRA: planta composta por dois moinhos, Casa do Moleiro, 2 Casas do Forno adossadas a cada um dos lados menores e, isolados à direita, arrecadação e vestígios de uma choça; cobertura diferenciada em abóbada de pedra e cimento nos moinhos, em telhados de uma água na Casa do Moleiro, em telhado de duas águas nas Casas do Forno e na arrecadação (já desaparecida). MOINHOS: paralelos entre si, um de planta rectangular, outro longitudinal; alçados de alvenaria pétrea, insonsa ou argamassada, com blocos de maiores dimensões nos ângulos boleados, nos embasamentos e remates; rasgados unicamente pela porta de acesso, de verga recta, formada por uma única trave de pedra; caboucos rústicos parcialmente encobertos pelas águas. IINTERIOR: invadido por areia acumulada, encobrindo a quase totalidade dos alçados, de alvenaria pétrea, não rebocada. CASA DO MOLEIRO: planta composta por duas casas independentes e idênticas, de planta rectangular, interligadas por corpo central de planta longitudinal, ligeiramente avançado; cada casa tem adossado, ligeiramente recuado, o corpo quadrado da Casa do Forno. Fachada principal orientada, de piso único distribuído por 3 corpos, sendo o central mais elevado e ligeiramente saliente, rasgados, os laterais por porta simples, o central por pequena janela quadrangular; remates rectos em beirado ligeiramente saliente; sobre os telhados dos panos laterais chaminé, disposta na transversal, em forma de pirâmide truncada, de alvenaria rebocada e caiada. Casas do Forno antecedidas por alpendre telhado, cuja estrutura, de vigas de madeira, apoia em pilar, do lado extremo, e directamente no alçado adjacente, do outro; o alpendre abriga a abertura do forno, rectangular, em cujas ombreiras e verga se apoia a estrutura da chaminé, sobre mísulas recortadas; chaminé colocada longitudinalmente sobre o telhado. Fachada lateral N. rasgada por pequena janela e à esquerda por porta simples; remate em meia-empena e beirado; à direita, adossa-se o corpo da Casa do Forno, de pano único, rasgado por grande vão rectangular. Fachada lateral S. semelhante mas apresentando pequena janela; na Casa do Forno a ligação do alçado com o pilar do alpendre, feita através de murete a vão rectangular, já não existe. Fachada E. de três panos sendo, os extremos, cegos com remate recto e beirado, o central, recuado. INTERIOR: cada corpo lateral apresenta lareira (o da esquerda no alçado N. e o da direita no alçado S.), pial dos cântaros e pilheira, ambos em alvenaria, rebocada e caiada, sendo a pilheira em forma de nicho de volta perfeita e com prateleiras de madeira; comunicam com o corpo central por porta simples; corpo central dividido transversalmente em dois espaços que comunicam entre si por porta simples. Arrecadação de planta rectangular, restando apenas parte dos alçados rasgados por vãos simples. Da Choça, de planta circular, resta apenas o embasamento, de alvenaria pétrea, insonsa, formada por grandes blocos. |
Acessos
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Na Herdade da Gonçala. Estrada Cabeção - Pavia; a 500m virar à esquerda e tomar estrada em direcção a Avis; após passar o Monte Grande e a Ribeira da Seda, a c. de 5,5Km, virar à direita por caminho de terra batida (caminho da Rota das Antas da Ordem). |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, fluvial, na margem S. da Ribeira de Seda. Em local aprazível, perfeitamente harmonizado com a envolvente, disfrutando de ampla vista sobre as encostas e paisagem, constituída esta maioritariamente por oliveiras, sobreiros, medronheiros, azevinho e piteiras, em terreno pedregoso atenuado por zonas arenosas. As estruturas de apoio dos moinhos localizam-se na encosta de pequeno vale, bastante pedregoso; o moinho confunde-se com a penedia do terreno que alterna com zonas de areal. A E., a 250m, o Moinho da Arieireira (v. PT040707040046) e a 700m a NE. o Moinho do Duque (v. PT041203070066); para O., a c. de 300m, na outra margem da ribeira, o Moinho da Abóbada (v. PT040707020057), a 1900m, o Moinho de Entre Águas (v. PT040707020056) e a c. de 5km, o Moinho da Má Vista (v. IPA.00032065). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: moagem |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18 - 19 - data provável de construção do moinho; 1870, 17 de Julho - posturas da Câmara Municipal de Mora, revogando as anteriores, nas quais surge legislação vária relativa aos moinhos de água do Concelho, nomeadamente proibição de moer trigo nas pedras barroqueiras ( próprias para centeio ) ou de moer grão fora do concelho, bem como obrigação de todos os moleiros "de pé de mó, como os maquilões ( os moços que levavam a farinha ao domicílio ) ou carregadores", de prestarem fiança por todo o mês de Janeiro e obrigação dos forneiros de fornos públicos de cozerem o pão e "mais artigos precisos a toda e qualquer pessoa"; 1905 / 1915 - assinalado com a designação "Moinho do Medeiros" na Carta Corográfica, levantada em 1905 por Júlio César Sanches Leite de Castro e impressa em 1915 na Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos e Topográphicos; Séc. 20 - os proprietários do Moinho do Madeira eram o Sr. Catarino e a Tia Lia; 1943 - consta na Carta Militar de Portugal, n.º 409. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Pedra, tijolo burro, cimento, madeira, telha, ferro. |
Bibliografia
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Câmara Municipal de Mora, Código de Posturas da Câmara Municipal de Mora, Lisboa, Typographia Universal, 1870; OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando e PEREIRA, Benjamim, Tecnologia Tradicional Portuguesa. Sistemas de Moagem, Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica - Centro de Estudos de Etnologia, 1983. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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QualProjecto, Lda. 2001 / Rosário Gordalina 2011 |
Actualização
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Rosário Gordalina 2011 |
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