Chafariz de Benfica
| IPA.00004805 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Benfica |
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Arquitectura infraestrutural, tardo-barroca. Chafariz urbano, implantado num largo amplo, integrado no projecto de abastecimento de água à cidade, no âmbito das Águas Livres, composto pelo chafariz, to tipo caixa de água, situada na zona posterior, rodeado por dois panos laterais, curvos, seguindo a tipologia desenvolvida nos Chafarizes de Entrecampos (v. PT031106040206), o da Junqueira (v. PT031106020373) e o da Convalescença (v. PT031106390231). Chafariz de espaldar recto, definido por duplas pilastras terminadas em cunha, num esquema semelhante ao do Chafariz do Arco do Carvalhão (v. PT031106101287), terminado em empena de lances encimada por cornija, decorado ao centro por ampla cartela recortada e brasão nacional no topo e, inferiormente, com duas bicas circulares; tanque de planta rectangular, de ângulos recortados e perfil galbado, com bordo achatado, tendo dois pilares e réguas metálicas para apoio de vasilhame. Os panos laterais, em alvenaria rebocada e pintada, terminados em friso e com cobertura em meia cana, têm frontalmente embasamento com bancos adossados e dois portais de verga recta de acesso à casa de água, coberta por domo e rasgada posteriormente por janela emoldurada e gradeada. |
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Número IPA Antigo: PT031106080371 |
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Registo visualizado 4785 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Amplo chafariz implantado num recinto elíptico, pavimentado a calçada à portuguesa, aberto frontalmente composto pelo chafariz, ao centro, integrando arca de água, rodeado por dois panos laterais, curvos. Alas laterais em alvenaria rebocada e pintada de branco, frontalmente percorridas por embasamento, a que se adossam bancos de cantaria de diferentes alturas, e, superiormente, por friso de cantaria, com cobertura em meia cana e topos terminados em pilares facetados com friso superior e remate igualmente facetado. Possuem ladeando o espaldar dois portais de verga recta e moldura simples, que acedem à arca de água. No centro da composição, surge o chafariz, propriamente dito, sobrelevado às alas, com espaldar rectilíneo, em cantaria, definido por duplas pilastras almofadadas, as exteriores mais recuadas e formando falsas aletas, sobre base, coroadas por pináculos, sobre plintos, o da esquerda inexistente, e terminado em empena de lances encimada por cornija; ao centro ostenta grande cartela rectangular, disposta na vertical, inferiormente formando arco de volta perfeita e, superiormente recortada para enquadrar brasão com as armas de D. Maria I, recortado e envolvido por motivos volutados e paquife, encimado por coroa. Na base das pilastras interiores, dispõem-se as bicas, circulares, servidas por tanque de planta rectangular de ângulos convexos, bastante salientes, formado por lajes com jogo côncavo e convexo e de bordo achatado unido por gatos e exteriormente curvo. Face posterior das alas laterais e arca de água, integralmente rebocados e pintados de branco, com a fachada posterior da arca de água rasgada por janela rectangular jacente, moldurada e gradeada. |
Acessos
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Estrada de Benfica, Estrada das Garridas. |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5 DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado num terreno de declive, sobre uma plataforma pavimentada a calçada à portuguesa, que à esquerda forma rampa e escada, composta por seis degraus, conjugada com zonas alcatroadas, nas quais se implantam árvores de grande porte enquadradas por mobiliário urbano, nomeadamente bancos de madeira com suporte férreo ou em cantaria, e vaseiras contemporâneas com arbustos. Junto à extremidade da ala lateral direita, encontra-se um marco quilométrico tendo inscrito "LISBOA 8 Km". Na proximidade ergue-se a Igreja de Nossa Senhora do Amparo (v. PT031106080372), com cruzeiro no adro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Francisco António Ferreira Cangalhas (séc. 18). Reinaldo Manuel dos Santos (séc. 18). |
Cronologia
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1758 - Benfica tinha 805 vizinhos e 3960 pessoas; todos os domingos do mês de Maio realizava-se, junto do Convento de São Domingos de Benfica, uma feira livre; tinha duas fontes, uma no Convento de São Domingos e outra na Quinta de Santo Eloy; 1778, 17 Julho - a Junta das Águas Livres mandou construir um sistema de canalização para abastecer o futuro chafariz de Benfica; 1779, 8 Outubro - a Junta das Águas Livres pediu aos arquitectos Reinaldo Manuel dos Santos e Francisco António Ferreira Cangalhas que executassem um projecto para o chafariz, incluindo planta e alçado; 29 Dezembro - ordem da Junta de Águas Livres para a construção do chafariz; 1783, 30 Junho - medição do encanamento das águas do chafariz de Benfica; 1786, 19 Julho - alvará autorizando a construção e determinando que os sobejos de água fossem concedidos para a Quinta do Desembargador Manuel Inácio de Moura; 1788, 17 Julho - autorização da Junta das Águas Livres para se construir o chafariz; inauguração do chafariz; 1799 - resolução da Junta de Águas Livres permitindo que os sobejos da água do chafariz fossem concedidos à Quinta do Desembargador Manuel Inácio de Moura; 1985, 9 Julho - o Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, António Rui Pita, informou a EPAL sobre o estado de degradação do chafariz e sobre as obras de restauro que realizou. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Espaldar, bicas, tanque, bancos, pilastras, molduras, cartelas, pináculos, pináculo e bolas em cantaria calcária; arca de água e parede do muro em alvenaria rebocada e pintada; gatos metálicos. |
Bibliografia
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ANDRADE, José Sérgio Veloso de, Memória Sobre Chafarizes, Bicas, Fontes e Poços de Lisboa, Belém, e Muitos Logares do Termo, Lisboa, 1851; CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, s.d.; PROENÇA, Pe. Álvaro, Benfica Através dos Tempos, Lisboa, 1964; PORTUGAL, Fernando, MATOS, Alfredo de, Lisboa em 1758, Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, 1974; CAETANO, Joaquim de Oliveira, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, 1991; CONSIGLIERI, Carlos e OUTROS, Pelas Freguesias de Lisboa. O Termo de Lisboa, Benfica, Carnide, Ameixoeira, Charneca, Lumiar, vol. 1, Lisboa, 1993; SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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JFB: 1985 - obras de restauro e arranjo urbanístico, procedendo-se numa primeira fase, a uma operação de picagem e limpeza da cantaria, e, depois à sua pintura, incluindo um corte de 80 cm do lado esquerdo, medindo 1,60 m no total, de modo a favorecer a circulação de peões e a sua utilização como zona de lazer; ajardinamento da área circundante. |
Observações
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*1 - Por decreto do Ministério da Cultura (dec. nº 5/2002 de 19 de Fevereiro) foi alterado o Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que designava o imóvel como "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte redacção: "Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa". |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 / Marta Ferreira 2007 |
Actualização
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