Catedral de Braga / Sé de Braga
| IPA.00001050 |
Portugal, Braga, Braga, União das freguesias de Braga (Maximinos, Sé e Cividade) |
|
Catedral de construção românica afonsina sobre pré-existências, com sucessivas alterações ao longo do tempo, tendo sido alvo de restauros revivalistas novecentistas, que lhe deram uma fácies medieval. Conjunto composto por igreja de planta em cruz latina formada por três naves escalonadas, cada uma delas com seis tramos divididos por pilares cruciformes, antecedida por galilé manuelina, tendo transepto saliente e cabeceira de sete abisíolos, os mais antigos de perfil curvo, alterados para perfis retilíneos, sendo a capela-mor manuelina. Tem pequeno claustro quadrangular de feitura oitocentista, de um único piso adossado ao lado esquerdo. A igreja possui coberturas interiores diferenciadas, de madeira nas naves, em falsas abóbadas nas capelas colaterais, torre lanterna e no coro-alto, sendo em abóbada de combados na capela-mor, sustentada por contrafortes e arcobotantes exteriores. Fachadas em cantaria de granito aparente, rematadas por cornijas assentes em cachorrada, percorrida por contrafortes simples e pouco rasgada por fenestrações, resultando num templo escuro interiormente. Fachada principal harmónica, composta por corpo central com portal escavado, encimado por janelões retilíneos e rematando em tabela, de feição maneirista. Torres sineiras com remates barrocos, formando mitras vazadas, com sineiras duplas ou simples, rasgadas por portas e janelas retilíneas. A fachada lateral direita possui porta travessa românica, escavado, assente em colunelos e com tímpano vazado por cruz. Interior com coro-alto barroco, iluminado por zimbório, prolongando-se em duas tribunas laterais com órgãos de tubos. As capelas colaterais possuem revestimentos e retábulos de talha tardo-barroca. Capela-mor profunda com cadeiral neogótico. Claustro de piso único com pilastras toscanas, para onde abrem capelas. Sacristia maneirista com cobertura em abóbada de caixotões e lavabo em pedraria, contendo dois arcazes e retábulos-relicários. Catedral reconstruída no período românico, seguindo um projeto que se revelaria ambicioso, composto por igreja com corpo e transepto divididos em três naves, inviabilizado pela conjuntura político-religiosa do séc. 12 (REAL, pp. 435-511). Esta estrutura de que subsistem evidências arqueológicas, reveladas nas últimas intervenções, condicionaria a estrutura dos anexos do templo, dando origem a um pequeno claustro oitocentista, que viria substituir o gótico, articulado com um pátio de pequenas dimensões, o Claustro de Santo Amaro, para o qual abre(ia)m várias capelas particulares, de que se destacam, pelas suas dimensões, a dos Reis, de São Gonçalo e de Nossa Senhora da Glória, as duas primeiras constituindo amplos espaços compostos por corpo e cabeceira. A fachada principal mostra as principais fases construtivas do edifício, mantendo parte do antigo portal românico, com as arquivoltas interiores, o qual seria mainelado, e estando atualmente enquadrado por arquivoltas e arco canopial manuelino. A galilé é coeva da reforma do portal, com decoração e coberturas manuelinas, destacando-se a profusão de esculturas exteriores, integradas em mísulas e baldaquinos, bem como os vestígios de pinturas murais. O corpo da fachada mantém um esquema maneirista, com amplas janelas retilíneas e remate em tabela, sendo as coberturas das sineiras barrocas, em forma de mitra vazada. No templo, destaca-se a capela-mor, com cobertura em abóbada de combados, onde se mantém o frontal do retábulo-mor manuelino, composto por edículas com figuras esculpidas. As capelas colaterais encontram-se regularizadas pelas obras de final de Setecentos, destacando-se a talha da Capela do Santíssimo, especialmente o relevo com figura alegórica à Fé do frontal do altar, este encimado por sacrário em prata. Da campanha barroca, destacam-se os órgãos nas tribunas da nave central, com caixas em talha dourada e tendo positivo de costas, que prolongam o coro-alto, onde surge interessante cadeiral de duas fiadas, com espaldar profusamente decorados por festões de drapeados. A Capela de São Geraldo, apesar de alterada do ponto de vista estrutural e planimétrico pelas obras da DGEMN, mantém o revestimento de azulejos barrocos, a azul e branco, datável do Ciclo dos Mestres, semelhantes aos da Capela de São Pedro de Rates, ambos provenientes da oficina de Oliveira Bernardes, bem como o retábulo de talha dourada do estilo barroco nacional. A Capela da glória encontra-se profusamente decorada com pinturas murais, formando apainelados de padrões geométricos, tendo, ao centro, o túmulo de D. Gonçalo Pereira, com jacente e decorado por edículas com imaginária, do período gótico. A Capela de Nossa Senhora da Piedade é ampla com cinco capelas laterais, profundas, contendo retábulos de talha barrocos. Encontra-se revestida a azulejo de padrão seiscentista e possui retábulo de talha do estilo barroco nacional. Para o Pátio de Santo Amaro, abre-se um primitivo absidíolo, correspondente à Capela de Nossa Senhora do Loreto, ostentando pinturas murais quinhentistas. Possui, na galilé, grades metálicas de ferro forjado, de feitura quinhentista, provenientes do interior do templo. |
|
Número IPA Antigo: PT010303520005 |
|
Registo visualizado 11828 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Catedral
|
Descrição
|
Planta poligonal irregular composta por igreja, sacristia e anexos adossados ao lado direito, surgindo um claustro, capelas e o Museu adossados ao lado oposto. IGREJA de planta em cruz latina, formada por três naves escalonadas de seis tramos cada, antecedidas por galilé, por torres sineiras, transepto saliente e cabeceira de cinco capelas, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma, duas e quatro águas, interrompidas no corpo do templo por duas torres lanternas, rasgadas por óculos circulares e encimadas por pináculos do tipo balaústre; as torres sineiras, coroamento em cantaria vazados, formando uma coroa rematada em volutas e pináculo piramidal. Fachadas em cantaria de granito aparente, percorridas por soco duplo em cantaria, marcadas por contrafortes escalonados e rematadas em cornija assente em cachorrada simples. Fachada principal virada a O., rematada em empena reta, encimada por tabela retangular circunscrita por pilastras e vazada por nicho com a imagem do orago, rematando em frontão de lanços com cruz episcopal sobre esfera. Encontra-se antecedida por galilé contrafortada com remate em altos pináculos, com cobertura em terraço com guarda metálica, rasgada frontalmente por arco de volta perfeita central, ladeado por arcos apontados, com várias arquivoltas assentes em colunelos e de intradorso rendilhado, o central com a escultura de São Miguel no fecho; surgem, ainda, seis mísulas com baldaquinos contendo imaginária. A face lateral esquerda está adossada e a oposta possui vão em arco apontado. Encontra-se fechada por balaustrada de cantaria e gradeamento de ferro. O interior, com três tramos possui coberturas em abóbadas estreladas e pavimento em lajeado, tendo vestígios de pinturas murais, sendo visíveis uma barra decorativa e uma pomba. O portal axial está marcado por duas arquivoltas externas assentes em colunelos e com capitéis ornados por folhagem, prolongando-se em arquivoltas decoradas por motivos geométricos; enquadram arquivolta central, mais simples, que fecha quatro colunelos com capitéis simples, que rematam em arco conopial sobre o vão em asa de cesto, encimado por pedra de armas. Está protegido por duas folhas de madeira almofadada em ponta de diamante. Sobre o portal e abrindo para a galilé, dois janelões retilíneos com remate em frontão semicircular, que centram armas e elementos vegetalistas relevados. Torres sineiras flanqueadas por cunhais apilastradas e divididas em três registos separados por frisos e cornijas, o inferior rasgado por fresta nas faces laterais. Na face frontal, os registos intermédios têm um eixo de dois vãos, compostos por portas de verga reta, flanqueadas por pilastras e rematadas por frontões interrompidos por esferas armilares, e por janelas de peitoril com molduras recortadas e remates em frontões triangulares; as faces laterais possuem janelas retilíneas com remates em frisos e cornijas. No topo, sineiras duplas, exceto na frontal da torre S., simples, todas de volta perfeita e fechos e impostas salientes. Fachada lateral esquerda marcada por corpos adossados, sendo visível, no da nave central, uma fresta rasgada em cada tramo e o topo do transepto, rematado em empena e rasgado por janela em arco abatido, tendo, nas faces laterais, pequenas frestas. Fachada lateral direita semelhante à anterior, sendo a nave lateral rasgada por fresta no segundo tramo e por porta travessa escavada, de verga reta e rematada por três arquivoltas, as exteriores percorridas por frisos relevados por elementos fitomórficos e geométricos, assentes em colunelos de diâmetros distintos e capitéis decorados por elementos fitomórficos e carranca, dando origem a um tímpano vazado por cruz, envolvida por aves. Encontra-se protegida por duas folhas de madeira almofadadas e por grade metálica. A cabeceira tem três registos definidos por cornijas, os superiores facetados, possuindo pilares-contrafortes nos ângulos, unidos ao corpo por pequenos arcobotantes fitomórficos, tendo, no topo, frisos vegetalistas, cornijas, interrompidas por gárgulas antropomórficas, e platibanda rendilhada, interrompida por acrotérios torsos, ornados por baldaquinos profusamente decorados por elementos vegetalistas. Está rasgada, em cada face, por janelões em arco apontado e com duas arquivoltas formadas por colunelos. Possui, no segundo registo, mísula apoiando a imagem de Nossa Senhora do Leite encimada por baldaquino rendilhado, flanqueada pelas armas reais e do arcebispo D. Diogo de Sousa. INTERIOR com as paredes em cantaria de granito aparente, com as naves divididas por arcos torais de volta perfeita, assentes em pilares cruciformes sobre altos plintos paralelepipédicos, almofadados. Coberturas de madeira e pavimento em lajeado, formando padrão geométrico. Coro-alto assente em asa de cesto de perfil convexo e guarda balaustrada, com teto em falsa abóbada de berço abatido pintado, contendo cadeiral de pau-preto e madeira de castanho, disposto em duas fiadas de planta em U. Na parede fundeira, rasga-se, no lado do Evangelho, o batistério, em arco de volta perfeita e assente em pilastras toscanas almofadadas, com cobertura rebocada e pintada e paredes revestidas a azulejo figurativo azul e branco, contendo pia batismal; está protegido por grade metálica. No lado oposto, um vão semelhante em cantaria aparente, contendo o túmulo do príncipe D. Afonso, também protegido por grades metálicas. No primeiro tramo da nave central, sobre arcos em asa de cesto, dois órgãos de tubos, gémeos e confrontantes, com caixas de talha dourada. São iluminados por zimbórios próprio, com cobertura pintada em trompe l'oeil, representando os Esponsais da Virgem. Nas naves laterais, sobre mísulas de madeira pintada a imitar pedra, surgem esculturas também de madeira, a imitar pedraria, representando os Apóstolos, Mártires e Doutores da Igreja; surgem, ainda, tapeçarias alusivas às paróquias que compõem a Diocese. Cruzeiro do transepto com os óculos envolvidos por cantaria recortada e volutada, com as paredes forradas a azulejo figurativo, azul e branco, e teto em falsa abóbada de arestas de madeira pintada, com quadraturas que sustentam cartelas recortadas por enrolamentos que centram um florão de talha dourada. Os braços do transepto possuem portas de verga reta, encimadas por frontões de lanços com esculturas ao centro, assentes em modilhões e pilastras almofadadas, a do Evangelho de acesso à passagem para o Pátio de São Geraldo e a oposta à sacristia grande. O topo N. do transepto possui arco cego de volta perfeita. No lado oposto, a Capela de São Martinho de Dume. A cabeceira é composta por quatro capelas colaterais, quadrangulares e com sacristias adossadas às paredes testeiras, dedicadas a Nossa Senhora das Rosas, Nossa Senhora do Sameiro (Evangelho), Santíssimo Sacramento e Sagrado Coração de Jesus (Epístola). Têm acesso por arcos de volta perfeita, assentes em pilastras coríntias e pavimentos em lajeado. Arco triunfal de perfil apontado assente em colunelos finos, de acesso à capela-mor com cobertura em abóbada de combados, assente em trompas rendilhadas, possuindo as armas de Portugal e as de D. Diogo de Sousa; pavimento em lajeado. Possui um cadeiral com uma fiada de cadeiras e, sobre supedâneo de cinco degraus a cátedra, encimada pela imagem de Santa Maria de Braga, sobre mísula com baldaquino. Tem mesa de altar em pedra de Ançã, com edículas de arcos canopiais e rendilhados com cenas religiosas. SACRISTIA com as paredes rebocadas e pintadas de branco, ritmadas superiormente por pilastras coríntias, que enquadram as janelas, no lado S., e painéis pintados no lado oposto; tem cobertura em falsa abóbada de berço de caixotões almofadados e pavimento em lajeado. Confrontantes, arcazes de madeira e espelhos com molduras dourados. Nos topos, retábulos relicários, ladeados por armários embutidos, tendo, na zona superior, renta em tabela retangular flanqueada por quarteirões e rematada em frontão semicircular, ladeada por albarradas. Possui lavabo e mesa central em cantaria, com coluna galbada. CLAUSTRO de planta quadrangular, de piso único e com coberturas em terraços e guardas balaustradas. Cada ala possui três arcos de volta perfeita, assentes e ladeados por pilastras toscanas, tendo fechos salientes; os vãos encontram-se protegidos por vidros. A quadra encontra-se ajardinada e com chafariz central, assente em plataforma de dois degraus quadrangulares, com coluna galbada e decorada por volutas e taça hemisférica. As alas têm as paredes rebocadas e pintadas de branco, com pavimento em lajeado e cobertura em falsas abóbadas, rebocadas e pintadas de branco, para onde abrem duas portas de acesso ao Pátio de São Geraldo (a E.), o acesso à Capela de Nossa Senhora da Piedade (a N.), o altar das Almas e acesso à igreja (a S.) e a sacristia do claustro e escadas de acesso ao Tesouro (a O.). Para o Claustro de Santo Amaro abrem várias capelas, a CAPELA DOS REIS que se encontra adossada ao templo, ao lado do Evangelho, com acesso pelo claustro, de planta poligonal, com fachadas em cantaria de granito aparente, marcadas por contrafortes escalonados, rasgada por janelas em arcos apontados, de dois e três lumes e porta de acesso em arco apontado assente em impostas salientes. INTERIOR com paredes em cantaria de granito aparente e cobertura em abóbada de arestas com fechos ornados por motivos vegetalistas, assentes em mísulas; pavimento em lajeado de granito. Ao centro, túmulo de D. Lourenço Vicente, assente em leões, tendo, no lado da Epístola, dois arcosólios de volta perfeita, contendo os túmulos dos Condes D. Teresa e D. Henrique com jacentes. Surge, ainda um terceiro arcosólio de perfil apontado. Mesa de altar em cantaria de granito. A CAPELA DA PIEDADE adossa-se à ala N. do claustro, composta por nave e cabeceira, abrindo, para a primeira, cinco capelas laterais. INTERIOR com as paredes revestidas a azulejo figurativo, tendo ao centro, o túmulo de D. Diogo de Sousa. A CAPELA DE SÃO GERALDO situa-se no topo E. do Pátio com o mesmo nome, com fachada rematada em empena, de dois registos, o inferior em ressalto e rasgado por portal escavado, de arco apontado e com múltiplas arquivoltas; no segundo registo, janela de dois lumes e sublinhada por friso de perfil apontado, assente em mísulas. CAPELA DA GLÓRIA encontra-se adossada à anterior, composta pela capela e uma torre de remate em ameias. A fachada principal reproduz a anterior e a lateral esquerda assenta em cachorrada simples. INTERIOR com teto de madeira em masseira e pavimento lajeado. As paredes encontram-se revestidas a pinturas murais, formando painéis geométricos, tendo, ao centro, o túmulo de D. Gonçalo Pereira e, sobre supedâneo, a imagem do orago, ladeada por dois nichos de alfaias. No lado do Evangelho, porta lobulada de acesso à torre. |
Acessos
|
Sé, Rua do Cabido, Rua Dom Paio Mendes (Rossio da Sé), Largo D. João Peculiar |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto 16-06-1910, DG nº 136 de 23 Junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2ª Série, nº 202 de 22 Agosto 1967 *1 |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, implantado em ligeiro declive, em pleno Núcleo Urbano da Cidade de Braga (v. PT010303070088), rodeado por vias públicas estreitas, pavimentadas a lajeado, tendo, no lado S., um adro de dois terraços com o desnível vencido por degraus, pavimentado a cantaria e delimitado por muretes em cantaria de granito, tendo, no topo E., canteiros com arbustos e, a S., uma parede em cantaria. Nas proximidades, surge o Paço Arquiepiscopal (v. PT010303520021) e a Igreja da Misericórdia (v. PT010303520032). |
Descrição Complementar
|
Existem duas lápides romanas, uma ilegível e outra incompleta, a primeira localiza-se no lado direito da fachada principal, sob a galilé e a segunda no muro que dá para o Largo D. João Peculiar. Na galilé existem três lápides, duas delas em latim, uma mais antiga e envolvida por moldura recortada. Na parede N., a inscrição: "MEMÓRIA DAS COMEMORAÇÕES DO IX CENTENÁRIO / DA DEDICAÇÃO DESTA CATEDRAL E BASÍLICA / PRIMACIAL DE SANTA MARIA DE BRAGA / AGOSTO DE 1989 - AGOSTO DE 1990 / PROMOVIDAS POR DOM EURICO DIAS NOGUEIRA, ARCEBISPO E PELO CABIDO METROPLITANO, / TIVERAM A HONROSA PRESENÇA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOUTOR MÁRIO ALBERTO NOBRE LOPES / SOARES, DO CARDEAL SEBASTIANO BAGGIO, LEGADO DO PAPA JOÃO PAULO II, DO PRIMEIRO MINISTRO / PROFESSOR DOUTOR ANÍBAL ANTÓNIO CAVACO SILVA, DOS BISPOS DE PORTUGAL, GALIZA E OUTROS, / AUTORIDADES, CLERO E FIÉIS DA IGREJA BRACARENSE / BRAGA, 22 DE OUTUBRO DE 1989". Numa segunda, a inscrição: "PIVS X PONTIFEX MAXIMVS / TEMPLVM PRIMATIALE BRACARENSE / APOSTOLICO DIPLOMATE DIEI XX MARTII MCMV / AD HONOREM BASILICAE MINORIS EXTRA URBEM / EVEXIT / EMMANVEL BAPTISTA DA CVNHA / ARCHIEPOSCOPVS AC DOMINVS BRACARAE AVGSTAE / PRIMAS HISPANIARVM / DIE XXX MAII MCMVII / SANCTISSIMO CORPORI CHRISTI SACRA / QVA INSIGNIA BASILICAE / PRIMVM SOLEMNI POMPA / PER VRBEM DEDVCTA FVERE / IN ACEEPTI BENEFICII MEMORIAM / CORAM COLLEGIO CANONICORVM / CLERO MAGISTRATIBVS ET POPVLO / HVNC TITVLVM PONI IVSSIT". CORO-ALTO com CADEIRAL em madeira em branco com decoração dourada, de planta em U e duas fiadas de cadeiras, com os espaldares das exteriores de pequenas dimensões e ornados por festões, tendo braços volutados. Os espaldares das interiores são altos, definidos por painéis separados por quarteirões, decorados por motivos vegetalistas e rematando em cornijas contracurvas, pináculos vegetalistas, festões e, no topo, sanefas, de onde pendem festões de falsos drapeados. O teto possui pintura decorativa, formando apainelado central, com moldura recortada, tudo profusamente ornado por acantos e flores. Os ÓRGÃOS de tubos são gémeos, com caixas em talha dourada, formando sete castelos com tubos em meia-cana ou em ângulo, com gelosias vazadas e fitomórficas, rematando em cornijas e nichos com imaginária. Possui nichos sobrepostas, em harpa e coreto com guarda balaustrada, interrompida pelo positivo de costas, composto por castelo e dois nichos, separados por pilastras e com gelosias vazadas fitomórcas. Assenta em ampla mísula decorada por figuras de vulto, folhagem e pingentes de talha. Junto à porta do braço N. do transepto, um órgão positivo de armário, com caixa pintada de marmoreados fingidos e apainelados, com remate tronco-piramidal. O RETÀBULO DE SÃO MARTINHO DE DUME é de talha dourada, com corpo de planta côncava e um eixo definido por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos e putti, e por quatro pilastras decoradas por acantos, as primeiras assentes em consolas, as exteriores sobre atlantes, e as pilastras sobre plintos decorados por acantos; prolongam-se em quatro arquivoltas, duas delas torsas, com fecho saliente. Ao centro, nicho de volta perfeita assente em pilastras toscanas, encimado por tímpano relevado com a representação de uma Santíssima Trindade horizontal. Altar paralelepipédico ornado por acantos, com sanefa e sebastos marcados e ornados por acantos. A CAPELA DA SENHORA DAS ROSAS encontra-se revestida a talha dourada, formando apainelados com troféus e painéis pintados nas paredes laterais e caixotões com pintura decorativa no teto, formando urnas rodeadas por acantos e flores. Retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos e dourados, de planta convexa e um eixo definido por parastase, sendo as colunas de fuste liso, com o terço inferior estriado e ornado por motivos fitomórficos, encimadas por plintos e urnas; assentam em duas ordens de plintos paralelepipédicos, almofadados. Ao centro, nicho de perfil contracurvo, com seguintes decorados por folhagem e encimado por glória de anjos. A estrutura remata em espaldar de perfil curvo, integrado em painel que acompanha a cobertura, decorado por painel ovalado e festões, sobrepujado por cornija com anjos que sustentam coroa de flores. CAPELA DE NOSSA SENHORA DO SAMEIRO, antiga de São Pedro de Rates, com as paredes revestidas a azulejo figurativo, azul e branco, a figurar cenas do martírio e descoberta do corpo de São Pedro de Rates, envolvidas por molduras retas, com folhas de acanto. Cobertura semelhante à da capela anterior, assente em frisos e cornijas de cantaria com mísulas equidistantes. No lado do Evangelho, porta de verga reta, de acesso à capela anterior, surgindo, no lado oposto, uma porta fingida em azulejo de pedra torta, com as almofadas a roxo manganês. Retábulo de talha dourada, de planta reta e um eixo formado por parastase, com colunas coríntias assentes em altos plintos paralelepipédicos ornados por folhagem. Ao centro, nicho de perfil contracurvo e fecho saliente, tendo, no interior, decoração de apainelados, pilastras e cobertura com rosetão em pingente; contém peanha dupla, a inferior em forma de urna com decoração de acantos e festões. A estrutura remata em espaldar de perfil curvo, integrado em painel que acompanha a cobertura, decorado por folhagem e festoes, sobrepujado por frontão triangular. Ambas estão protegidas por teias metálicas. CAPELA DO SANTÍSSIMO protegida por teia de madeira de pau-preto, balaustrada e com acrotérios em estípides, tendo o pavimento em pedraria formando axadrezado, com paredes e teto revestidos a talha pintada de cinza, branco e rosa, com elementos decorativos dourados. As paredes possuem apainelados vegetalistas, que centram duas telas pintadas, elementos que se repetem nas altas sancas, que servem de sustentação a cúpula com falso lanternim, ornada por painéis ovalados representando símbolos eucarísticos. Confrontantes, duas portas de verga reta e remate em cornija. Sobre supedâneo de dois degraus, retábulo-mor de talha pintada e dourada, de planta côncava e um eixo definido por colunas coríntias, grupadas em plintos paralelepipédico comum, que sustentam entablamento e se prolongam em arquivolta decorada por anjos e festões. Ao centro, ampla tribuna de volta perfeita, contendo trono expositivo com baldaquino de lambrequins no topo. Altar paralelepipédico, com o frontal relevado, representando o Triunfo da Fé, encimado por sacrário de prata, em forma de templete e remate em domo, com a porta ornada pelo Crucificado. A estrutura está ladeada por duas mísulas com anjos lampadários. CAPELA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS revestida a talha pintada e dourada, formando apainelados ornados por óculos com laçarias e cobertura semelhante às do lado oposto. Sobre supedâneo de dois degraus, o retábulo-mor, de talha pintada de marmoreados fingidos e dourado, de planta convexa e um eixo definido por quatro colunas de fustes lisos com o terço inferior estriado e capitéis coríntios, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, os superiores ornados por elementos ovalados, encimadas por urnas assentes em plintos paralelepipédicos. Ao centro, nicho de perfil contracurvo com fecho saliente, contendo o interior pintado e com apainelados fitomórficos. A estrutura remata em cornija e espaldar de pefil curvo, decorado por resplendor e anjos que sustentam filactera. Altar em forma de urna, decorado por cornucópias entrelaçadas. Está protegida por teia metálica. Junto à Capela dos Reis, antiga de São Crispim, a inscrição "ESTE ARCOU MANDOU / FAZER LOPO AFONSO / CONEGO DE BRAGA / ERA Mª CCCC e VI" (BARROCA, tomo II, p. 1804). CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE tem, no lado do Evangelho, Capela com retábulo de talha pintada de branco, cinza e dourada, de planta côncava e um eixo definido por duas colunas de fustes lisos e ornados por anjos e motivos vegetalistas, assentes em duas ordens de plintos almofadados e ornados por folhagem, e por pilastras de fustes de decoração vegetalista. Ao centro, nicho de volta perfeita contendo baldaquino de pilastras e cornija contracurvada, contendo a imagem do orago. Altar em forma de urna com folhagem, ladeado por portas. Sucede-lhe a Capela do Espírito Santo, enquadrada por vão retilíneo, flanqueado por pilastras de fustes lisos e capitéis coríntios, rematando em friso e frontão. No lado oposto, a Capela dos Santos Pretos, com retábulo de talha pintada de marmoreados fingidos, de planta côncava e um eixo definido por duas colunas e duas pilastras de fustes lisos e capitéis coríntios, que sustentam frontão interrompido. Ao centro, nicho de perfil contracurvo com o interior pintado a imitar adamascado. Está ladeado por duas mísulas. A estrutura é envolvida por talha pintada, onde se inscrevem mísulas e remate em falso espaldar curvo, ornado por folhagem. Altar em forma de urna com frontal decorado por cartela concheada. Ainda no mesmo lado, a Capela de Santo António, com retábulo de talha pintada de branco e dourado, de planta côncava e um eixo definido por quarteirões decorados por folhagem. Ao centro, nicho de perfil curvo, percorrido por folhagem, contendo mísula com imaginária. A estrutura remata em cornija e acantos. Altar em forma de urna. No centro do corpo da Capela, a arca tumular de D. Diogo de Sousa, paralelepipédica, assente em três leões e com jacente mitrada, com a cabeça sobre duas almofadas e um cão aos pés. No facial, a inscrição: "AQVI IAZ DO(m) DIOGVO DE SOVSA ARCEBISPO DE BRAGA FILHO DE JOÃ(o) ROIZ DE VAS / CO(n)CELOS S(enh)OR DE FIGVEIRO E DO PEDROGAO E DE DONA BRA(n)CA DA SILVA SVA MOLHER / O QVAL EL REI DO(m) IOÃO SEGVNDO MA(n)DOV POR E(m)BAIXADOR A ALEXA(n)DRE PAPA SEXTO / A LHE DAR SVA OBEDIENCIA E EL REI DO(m) MANOEL TE(n)DO O FEITO CAPELAO MOR DA RAI / NHA DONA MARIA SVA MOLHER O MA(n)DOV DAR SVA OBEDIENCIA AO PAPA IVLIO SEGVN / SO E EL REI DO(m) IOÃO O TERCEIRO O FEZ CAPELÃO MOR DA RAINHA DONA CATHERI / NA SVA MOLHER O QVAL FEZ ESTA CAPELA PERA SVA SEPVLTVRA VIVEO IXX / E II ANNOS E FALLECEO A XVIIII DIAS DO MES DE IVNHO DA ERA DE 1532". Na parede, a inscrição: "ESTA CAPELA MA(n)DOV FAZER / O ARCEB(is)PO DO(m) DIO(og)O DE SOVSA PERA / SVA SEPVLTVRA E DE SEVS IRMÃOS / AS PESOAS CAPITVLARES DESTA I / GREIA QVE SE NELA QVISERE(m) LAN / ÇAR FOI FEITA NA ERA DE 1513". Cabeceira revestida a azulejo de padrão policromo, com teto de apainelados com molduras dourados. Confrontantes, dois nichos, o do Evangelho com o túmulo de Frei Caetano Brandão, rematando em cornija, tabela retangular horizontal com as armas do arcebispo, ladeado por aletas e sobrepujado por cornija angular. Na face a inscrição: "AQUI JAZ / D. Fr. Caetano Brandão, filho legitimo de Thome Pacheco da Cunha, Sargento mor de Ordenanças / e de D. Maria Jozefa da Crus. Foi Religioso da Terceira Ordem de S(ão) Francisco, depois Bispo do Pará / no Brazil, e ultimamente Arcebispo e Senhor de Braga Primas das Hespanhas. / Prelado exemplar e muito distincto pela sua sabedoria e virtudes, tornou-se notável pela fundação de im / portantes Estabelecimentos de Beneficencia e caridade neste Arcebispado. / Nasceu em 11 de Setembro de 1740 no logar e freguesia de Loureiro Bispado do Porto, e faleceu / em 15 de Dezembro de 1805 nesta Cidade de Braga, sendo sepultado na Capella mor desta Sé / Primacial, e transferido para este tumulo em 15 de Dezembro de 1890". Mesa de altar com tampo liso, assente em colunas e, sobre supedâneo de três degraus, o retábulo, de planta reta e três eixos, definidos por oito colunas torsas e ornadas por pâmpanos e anjos encarnados, que se prolongam em duas arquivoltas no centro, com armas episcopais, e uma em cada um dos eixos laterais, todas assentes em consolas. Ao centro, nicho de volta perfeita com o fundo relevado, formando uma glória que enquadra a imagem do orago. Os eixos laterais têm apainelados de acantos e mísulas com imaginária. Altar em forma de urna. Possui, no lado do Evangelho, mísula em cantaria, encimada por baldaquino rendilhado, contendo a imagem da Virgem com o Menino. No exterior da CAPELA DE SÃO GERALDO, lápides com inscrições: "ANNO DomiNI Mº CCCº XXVº VII DIE MensE MADII ANNO Q(u)O(D) OBIIT ILLUSTriS REX / DomNuS DIONISIus INCEPTUm FUIT HOC OPus / IOHannEs SEePHaNI MONACHO DE PALUM BARIO IN HOC LOCO TUNC VIVEnTE / HOC PROCURAnTE EXECUTOr(')" (BARROCA, tomo II, p. 1507) e "HANC IPsIus OPerIS I[...] / FUIT AUTO P[... ANNO DomiNI M] / CCCº XXVIº" (BARROCA, tomo II, p. 1512). INTERIOR com as paredes revestidas a azulejo figurativo, azul e branco, representando cenas da vida do Santo, com a família do Santo em oração, São Geraldo no Mosteiro de Moissac, Sagração de São Geraldo e São Geraldo no Concílio de Palência; as cenas encontram-se envolvidas por molduras de acantos. Tem teto em falsa abóbada de berço, rebocada e pintada de branco, assente em frisos e cornijas de cantaria, e pavimento em lajeado, integrando uma lápide funerária de D. Rodrigo de Moura Teles, com a inscrição "JAZ AQUI O ILL(ustrissi)MO S(enh)OR / D(om) RODRIGO DE MOI / RA TELLES ARCEB(isp)O / Q(ue) FOI DE BRAGA PRI / MAZ DAS HESPA / NHAS E GOVERNOU / COM INTEIREZA / 24 ANNOS ESTA / DIOCESE DE Q(ue) TO / MOU POSSE A 5 DE / JUNHO DE 1704 E / FALECEO A 4 DE SE / TEMBRO DE 1728 / REQUIE(m) ETERNA(m) DONAEI / DOMINE". Os vãos e cornija possuem vestígios de pinturas murais, a imitar marmoreados. Teia de madeira torneada em bolacha. Sobre supedâneo de cantaria, retábulo de talha dourada, de planta reta e três eixos definidos por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos, assentes em consolas, que se prolongam em duas arquivoltas de perfis abatidos, ligadas por aduelas salientes, ao centro com as armas de D. Rodrigo de Moura Teles, formando o ático. Ao centro, tribuna de pequenas dimensões, com interior apainelado e contendo trono expositivo; na base, vão retilíneo, ornado por acantos e flanqueado por colunas torsas. Os eixos laterais possuem mísulas, enquadrados por apainelados, de volta perfeita. Altar em forma de urna, ladeado pelo banco da estrutura, formado por plintos paralelepipédicos de faces almofadadas, de cantaria; sobre o altar, sacrário embutido rodeado por acantos enrolados e com a porta ornada por Agnus Dei. A CAPELA DA GLÓRIA tem o túmulo de D. Gonçalo Pereira, composto por arca, rodeado por seis leões, tendo as faces vazadas por edículas rematadas em cogulhos, representando os Apóstolos e os Profetas; nos topos, um Calvário. Possui jacente com vestes pontificais, com a cabeça mitrada assente em almofadas, sustentadas por anjos, surgindo um terceiro aos pés. |
Utilização Inicial
|
Religiosa: catedral |
Utilização Actual
|
Religiosa: catedral / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
|
Séc. 12 / 13 / 16 / 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITETO: Baltazar de Castro (1930); João Antunes (1698, 1704-1728); João de Castilho (1505-1532); Rogério de Azevedo (1937). BATE-FOLHAS: Francisco de Carvalho (1737); Jerónimo Luís (1713, 1737); CANTEIROS: Mestre Machim (1505-1532); Mestre Pêro (1334); Telo Garcia (1334). CARPINTEIRO; Manuel Ferreira (atr., 1707). DESENHADORES: Carlos Amarante (atr., 1786); Geraldo Álvares (1631); José Calheiros (1790); Manuel Pinheiro Ramos (1707). ELETRICISTAS: Elétrica Avenida (1977, 1982-1983). EMPREITEIROS: Augusto de Oliveira Ferreira (1966-1972, 1974-1980); Saul de Oliveira Esteves (1941, 1963-1964). ENTALHADORES: Bento de Alvarenga da Costa (1704); Francisco Machado (1713); Gabriel Rodrigues (1748); José António Ferreira Vilaça (atr., 1754); João Bernardo da Silva (1787); Luís Vieira da Cruz (1709); Marceliano de Araújo (1737-1739); Miguel Coelho (1718, 1721); Miguel Francisco da Silva (1739); Pedro Monteiro de Sousa (1721). FORNECEDORES: Fábrica de Tapeçarias Lanarte Lda. (1947). FUNDIDOR: José Escolar (1725). MESTRE-DE-OBRAS: António Domingues Esteves (1934, 1940-1941); António Enes Baganha (1950); Baganha & Irmão, Lda (1960); Francisco Ferreira Casqueira (1933-1934, 1936-1937, 1939); Francisco Luís (1957); Francisco Torres (1940, 1942-1945); Júlio Gonçalves dos Santos (1930); Lourenço Vieira Gomes & Filho (1931-1932); Luís Pinto da Silva (1946-1953, 1955, 1958-1959); Manuel Ferreira Morango (1941). ORGANEIROS: Casa dos Pianos (1963); Filipe Felix Feijó (1737-1739); Frei Simon Fontanes (1737-1739); João Sampaio & Filhos (1948, 1973); Luís Artur Correia de Magalhães Esteves Pereira (1976-1980). PEDREIROS: Domingos Barbosa (1691); Domingos Gonçalves Saganha (1704-1722); Filipe Vicente (1710-1711); Manuel Fernandes da Silva (1698, 1705-1711, 1713, 1715, 1720-1723); Miguel Fernandes (1710-1711); Pascoal Fernandes (1698). PINTORES: António Ferreira da Costa (1939); Augusto Tavares (1942-1943, 1948-1949); Domingos Fernandes (1579); Domingos Lourenço Pardo (1622); Gonçalo Gonçalves (1432); Guilherme Duarte Camarinha (1948); Manuel Furtado de Mendonça (atr., 1704-1728, 1737-1739). PINTOR DE AZULEJO: António de Oliveira Bernardes (1715). PINTORES-DOURADORES: António Peixoto (1720); Custódio da Rocha (1713); Domingos Teixeira Fânzeres (1907); Francisco José de Oliveira (1762); Gonçalo Coelho (1634); João Lopes (1689, 1720); José Lopes (1720); José Ortis (1725); Luís Barreto (1688); Pedro Pereira (1725). RESTAURADOR DE AZULEJOS: Susana de Vilas-Boas Miranda Lainho (séc. 21). SERRALHEIRO: Serralharia Artística do Corvo (1947). VIDRACEIRO: Vidraria Antunes (1939, 1945-1946, 1976, 1978). VITRALISTA: Ricardo Leone (1945). |
Cronologia
|
Séc. 11 - 12 - construção da Sé com projeto que previa uma cabeceira de 7 capelas e um transepto de 3 naves; 1089 - provável sagração do altar; 1096 - 1109 - construção da Capela de São Nicolau, pelo arcebispo D. Geraldo, assumindo, posteriormente, o orago de São Geraldo (BARREIROS, p. 97); 1109-1110 - a igreja é demolida por ordem dos maiorinos de D. Teresa (FONTES, p. 23; 1118 - 1137 - início da reconstrução da Sé sob a iniciativa do arcebispo D. Paio Mendes; 1135 - derrocada das torres por ação de terramoto; 1210 - D. Sancho I legou à Sé 2 mil morabitinos; 1212 - 1228 - reparações na sacristia e claustro e reconstrução da capela de São Geraldo; 1269, 09 outubro - testamento de D. Urraca Lourenço, em Santarém, deixando propriedades em Coja, Adémia e Monção para a instituição de uma capela e ser sepultada na Sé, tendo missa quotidiana; deixa, ainda, uma taça de prata e o seu leito (PEREIRA, 1990, p. 89); 1313-1325 - deslocação da porta travessa para a construção da Capela de D. João Martins Soalhães (BARREIROS, 1989, p. 33); 1332, março - início da construção da Capela da Glória, após D. Gonçalo Pereira ter adquirido casas da Câmara para a sua construção; tem 4 altares, o mor, dedicado à Virgem, o de Santo André, de Santa Maria Madalena e de São Lourenço e São Vicente (COELHO, p. 409); construção da torre anexa que rompe a antiga muralha de Bracara Augusta (FONTES, p. 24); 1334 - feitura do túmulo de D. Gonçalo Pereira pelos mestres Pêro e Telo Garcia de Lisboa; 1374 - D. Lourenço Vicente manda construir, adossada à parede N. da Sé, no local onde estavam sepultados os condes D. Henrique e D. Teresa, a antiga Capela de São Lucas, atual Capela dos Reis; 1391 - colocação da sepultura de D. Lourenço Vicente na Capela dos Reis (SOARES, p. 257); 1416 - 1467 - D. Fernando da Guerra dota e restaura a Biblioteca, bem como a capela de São Geraldo, onde colocou o corpo daquele arcebispo, aos pés do qual se fez sepultar (PEREIRA, 2001, p. 13); construção do claustro novo; 1420-1440 - feitura do túmulo do infante D. Afonso; 1432 - pintura do coro por Gonçalo Gonçalves (SILVA, 2009, p. 62); 1460 - instituição de morgadio na Capela de Santa Luzia, situada na ala E. do claustro (BARREIROS, p. 82); 1477-1478 - a Sé é invadida pelo alcaide D. Fernando de Lima, provocando vários estragos (SILVA, 2009, p. 63); 1488 - 1500 - provável construção da galilé, atribuível a mestres biscainhos, por ordem de D. Jorge da Costa, substituindo provavelmente um antigo alpendre de madeira (SILVA, 2009, p. 64); séc. 16, início - provável execução das pinturas da capela de D. Gonçalo (SILVA, 2009, p. 65); 1505 - 1532 - durante o governo de D. Diogo de Sousa é refeita a capela-mor com obras de João de Castilho, alteração do portal principal, com a supressão de arquivoltas e do mainel, abertura de duas amplas frestas no arco cruzeiro, uma na nave principal e uma terceira na fachada principal, ampliação dos arcos do cruzeiro, substituição das janelas da sacristia, abertura de uma porta de ligação entre a sineira e o interior da igreja e transformação da fresta da torre do relógio em janela e ligou-a ao ante-coro; feitura de grades em torno da galilé, na capela-mor e nos túmulos, encerramento do espaço que viria a ser denominado Claustro de Santo Amaro, construção de um cano para escoar águas pluviais entre a Capela dos Reis e a de São Geraldo; colocação de ameias no edifício e lajeamento do templo e anexos; feitura de retábulos, colocação de azulejos e alteamento do pavimento das capelas da cabeceira; feitura das imagens da galilé, de novos túmulos de D. Henrique, D. Teresa e de Santo Ovídio; reforma da Capela de São Geraldo, com a feitura de um novo retábulo com azulejos e um altar rodeado de grades e um campanário (OLIVEIRA, 2000-2001, pp. 4-7), bem como a colocação de ladrilho no pavimento (PEREIRA, 2001, p. 12); construção de retábulo-mor em pedra de Ançã pelo mestre Machim, de origem flamenga; 1513 - construção da capela de Jesus da Misericórdia ou de Nossa Senhora da Piedade; 1525 - encomenda de sinos, havendo vestígios de um fosso de modelagem (FONTES, p. 24); 1527 - D. Diogo manda construir um sobrecéu em bronze dourado para o túmulo de D. Afonso; pintura do absidíolo de Nossa Senhora do Loreto (SILVA, 2009, pp. 66-67); 1530 - instituição de uma capela por D. Diogo de Sousa, que doou várias alfaias, paramentos e livros (BARBOSA, p. 667); 1552, 18 outubro - D. Baltasar Limpo manda colocar as ossadas de São Pedro de Rates na Capela com o mesmo orago; 1565 - instituição de um segundo morgadio na Capela de Santa Luzia (BARREIROS, p. 82); 1579 - contrato com o pintor Domingos Fernandes, para decorar uma capela do claustro, com elementos romanos e de brutesco; 1588 - 1609 - Frei Agostinho reforma a Capela de Santa Marta para a colocação da sepultura de São Martinho de Dume (BARREIROS, 1989, p. 50), dedicando-a a Nossa Senhora da Rosa; obras na Capela de São Geraldo (PEREIRA, 2001, p. 12); 1592 - sagração da igreja; instituição da Irmandade de São Geraldo; 1594, agosto - relatório de D. Frei Agostinho de Jesus, descrevendo o tempo e anexos *2; o Cabido tem 13 dignidades (SOARES, pp. 254-259); 1622, 01 setembro - escritura de fiança dada ao pintor Domingos Lourenço Pardo, que contratara a pintura e douramento do retábulo de Nossa Senhora do Rosário, na capela da Misericórdia Velha ou de D. Diogo de Sousa (BRANDÃO, vol. I, pp. 232-234); 1631, 08 dezembro - contrato com o padre Geraldo Álvares para riscar o retábulo do Santíssimo Sacramento; 1634 - Gonçalo Coelho doura o retábulo do Santíssimo Sacramento; 1636 - douramento e estofo de painéis para o retábulo da confraria de São Francisco; 1663 - remoção do túmulo de D. Lourenço Vicente do centro da Capela dos Reis (SILVA, 2009, p. 61); 1688 - execução da porta principal em pau-preto com guarnições douradas (BARREIROS, 1989, p. 49); 20 fevereiro - pintura do retábulo da Confraria de Nossa Senhora da Paz, no claustro, por Luís Barreto de Braga, por 31$500 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 331); 1689, 21 setembro - contrato para o douramento do retábulo de Nossa Senhora da Boa Memória, no claustro, por João Lopes da Maia, por 107$000, com ouro proveniente de Lisboa (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 316); 1691 - é mestre-de-obras na Sé, o pedreiro Domingos Barbosa; 1698 - construção da sacristia durante o governo de D. João de Sousa (BARREIROS, 1989, p. 52), obra delineada por João Antunes e executada pelos mestres de pedraria Pascoal Fernandes e o seu filho Manuel Fernandes da Silva; séc. 18 - numa descrição da Catedral é referido o retábulo-mor, em pedra de Ançã, retocado a ouro, com a imagem da Virgem e o Menino ao centro, surgindo, no topo, Nossa Senhora da Assunção (VASCONCELOS, p. 40); 1703, 25 novembro - contrato para a execução de grades; 1703-1728 - no governo de D. Rodrigo de Moura Teles obras na Capela de São Geraldo pelo pedreiro Manuel Fernandes da Silva, com a construção de um coro, reforma da fachada, colocação de azulejos, executados por António de Oliveira Bernardes, e um retábulo (PEREIRA, 2001, pp. 11 e 30), onde o arcebispo se fez sepultar (REIS, p. 379); as obras na Capela de São Gonçalo seguem uma planta do padre Manuel Pinheiro Ramos (PEREIRA, 2001, p. 29); são feitos os retábulos das relíquias, das Almas, de São Bento e de São Rodrigo, um lampadário de prata, cortinados, pontifical, duas torres com novos sinos e remates; benze a imagem da fachada principal; executa-se nova casa do Cabido, com escadaria; colocação de silhares de azulejo no templo, pintura e douramento da capela-mor, coro e decoração em estuque da nave, colocação das pinturas nos espaldares do cadeiral; feitura dos tetos de caixotões das capelas da cabeceira; manda aprofundar as capelas laterais, com a feitura de novos retábulos (OLIVEIRA, 2000-2001, p. 11); execução de um novo sacrário de prata, colocado na capela do Santíssimo Sacramento; execução de novas banquetas de castiçais, lampadários, sacras e outras alfaias litúrgicas, tudo em prata; 1704 - feitura do retábulo de São Pedro de Rates por Bento de Alvarenga da Costa (REIS, p. 389); 1704 - 1728 - pintura da cobertura do cruzeiro, atribuível a Manuel Furtado de Mendonça; 1705 - Manuel Fernandes da Silva contrata com a Irmandade do Santíssimo a feitura de uma porta de sacrário (PEREIRA, 2001, p. 28); 1706 - execução da Casa do Tesouro pelo pedreiro Manuel Fernandes da Silva (PEREIRA, 2001, p. 28), conforme desenho de João Antunes; 1707, novembro - início da obra do teto da capela de D. Diogo de Sousa, possivelmente pelo carpinteiro Manuel Ferreira; 1709 - execução do retábulo da Capela da Santíssima Trindade por Luís Vieira da Cruz (REIS, p. 389); obras na Capela da Santíssima Trindade por Manuel Fernandes da Silva, que também contrata a feitura da ligação entre a capela e a sacristia do Santíssimo (PEREIRA, 2001, p. 28); 1710 - 1711 - trabalhos de Manuel Fernandes da Silva na abóbada e lajeado da Capela do Santíssimo, o qual reforma a Capela de São Pedro de Rates e a de São Martinho, estas com os pedreiros Miguel Fernandes e Filipe Vicente (PEREIRA, 2001, pp. 28-29); 1712 - construção da casa da Fábrica da Catedral pelo pedreiro Domingos Gonçalves (PEREIRA, 2001, p. 29); dezembro - inauguração da Capela de São Geraldo, após as obras de remodelação; 1713 - construção do zimbório pelo pedreiro Manuel Fernandes da Silva e do retábulo de São Martinho por Francisco Machado (REIS, pp. 385 e 390); 13 maio - douramento do retábulo da Capela de D. Diogo de Sousa por Custódio da Rocha, por 350$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 341); 11 julho - fornecimento de ouro para o douramento da capela-mor por Jerónimo Luís, feito por Custódio da Rocha (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 316); 1715 - abertura de 14 janelas nas paredes do edifício pelo pedreiro Manuel Fernandes da Silva; colocação de azulejos na Capela de São Pedro de Rates, executados por António de Oliveira Bernardes (REIS, pp. 385 e 392); 1717, 10 fevereiro - por desentendimentos com a Irmandade de São Geraldo, é convidada a Irmandade de São Pedro para se instalar no local; novembro - a mesma Irmandade adquire várias alfaias para o culto, nomeadamente um crucifixo, uma sacra, um lavabo, toalhas de linho com renda para as credências, banco e um lavatório de folha da Flandres para a sacristia (PEREIRA, 2001, pp. 22-23); encomenda das grades de comunhão (PEREIRA, 2001, p. 39); 1718, 15 dezembro - contrato com Miguel Coelho, entalhador de Barcelos para a feitura do retábulo do Santíssimo conforme planta e apontamento do arquiteto do Porto, João Pereira dos Santos, por 1:300$000; os meios relevos são feitos por um oficial de escultura (BRANDÃO, vol. II, pp. 537-541); 1720, 25 maio - pintura e douramento da Capela da Santíssima Trindade por José e João Lopes da Maia por 95$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 344); feitura do arco da Capela de São Francisco por Manuel Fernandes da Silva (PEREIRA, 2001, p. 29); 19 outubro - douramento do retábulo da Capela de São Crispim e Crispiniano (Capela dos Reis) por António Peixoto por 120$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 345); 1721 - data provável da feitura do retábulo de São Francisco por Miguel Coelho e do de Nossa Senhora do Rosário por Pedro Monteiro de Sousa (REIS, pp. 389 e 391); 1722 - transferência das grades do coro para a galilé (BARREIROS, 1989, p. 36); 1723 - reconstrução de parte da fachada principal por Manuel Fernandes da Silva (PEREIRA, 2001, p. 29); 1725, 05 janeiro - douramento do retábulo da Capela da Senhora do Loreto por Pedro Pereira, por 419$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 347); 19 fevereiro - douramento do retábulo de São Francisco por José Ortis, natural de Pamplona, por 255$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 348); 1725 - substituição do lampadário de latão da capela de São Francisco por um de prata; execução do retábulo da Capela do Santo Homem Bom, sendo o arco de pedraria de Domingos Gonçalves Saganha; 1733 - o biscainho José de Escolar funde dois sinos; 1737 - feitura dos lavabos da sacristia (BARREIROS, p. 52); 1737 - 1739 - construção dos órgãos do coro-alto pelos organeiros Frei Simon Fontanes e Filipe Félix Feijó, sendo a talha da autoria de Marceliano de Araújo; o douramento dos órgãos é feito pelo portuense Manuel Furtado de Mendonça do Porto, o qual pinta o teto do zimbório que está por cima deles (BRANDÃO, vol. III, pp. 3258-359); o ouro é fornecido pelos bate-folhas Jerónimo Luís e Francisco de Carvalho (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 316); feitura dos lavabos da sacristia (BARREIROS, 1989, p. 52); 1739, 19 agosto - contrato com o entalhador Miguel Francisco da Silva para a feitura da talha do coro-alto, com 51 cadeiras com remates das frestas, duas portas, bancos para os meninos do coro e cadeira do prelado, em pau-santo e madeira de castanho por 3:000$000 (BRANDÃO, vol. III, pp. 343-347); 1748, 12 maio - contrato com o entalhador Gabriel Rodrigues para executar um retábulo para a Confraria de São Tomás de Aquino; 1754, 18 novembro - feitura de 6 tocheiros e cruz para o retábulo de Nossa Senhora da Boa Memória, atribuível a José António Ferreira Vilaça, a fazer uns semelhantes no Mosteiro de Santa Clara de Amarante (BRANDÃO, vol. IV, p. 93); 1755, 01 novembro - o terramoto provoca fendas nas torres; 1758-1789 - com D. Gaspar de Bragança são feitos os altares da Senhora da Agonia, do Senhor das Angústias, tendo por baixo os de Santo Ovídio e Santa Cecília, com dois grandes retábulos; feitura de frontais para os altares; decoração em estuque das paredes da nave; substituição de lamparinas por castiçais de latão dourado; feitura do coreto com órgão para colocar junto dos púlpitos (OLIVEIRA, 2000-2001, pp. 14-15); 1762, 15 agosto - douramento do retábulo de Santo Amaro no claustro por Francisco José de Oliveira, por 115$000 (FERREIRA-ALVES, 1990, p. 359); 1774 - levantamento da cobertura da Capela da Senhora do Livramento (Capela dos Reis) para as obras no claustro de Santo Amaro, levando à saída da Irmandade e instalando-se no local a Irmandade de São Crispim (BARREIROS, p. 84); 1780 - D. Gaspar de Bragança ordena o apeamento do retábulo-mor primitivo; deslocação da porta travessa e reforma dos retábulos laterais das naves (BARREIROS, 1989, pp. 33 e 47); a Confraria de Nossa Senhora do Rosário sai da capela lateral do corpo da igreja para o extremo esquerdo do transepto (OLIVEIRA, 2000-2001, p. 17); 1782 - as grades da galilé são cortadas para colocação da balaustrada (BARREIROS, 1989, p. 36); 1786, 20 agosto - encomenda de um novo retábulo para a Capela da Senhora do Rosário ao entalhador João Bernardo da Silva, conforme risco atribuível a Carlos Amarante (OLIVEIRA, 2000-2001, p. 17); 1787, 01 agosto - decisão de encomendar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário em Itália (OLIVEIRA, 2000-2001, p. 16); 1790, 01 janeiro - encomenda de um novo retábulo de Nossa Senhora do Rosário, conforme risco do Dr. José Calheiros (OLIVEIRA, 2000-2001, p. 17); 1817 - reconstrução do claustro; remoção do túmulo de D. Diogo de Sousa para um nicho no lado da Epístola da Capela da Piedade (BARREIROS, p. 81); 1877 - durante algumas obras, o frontal do altar primitivo é amputado (VASCONCELOS, p. 42); remoção dos túmulos de D. Henrique e D. Teresa da capela-mor para a Capela dos Reis (BARREIROS, p. 86); 1899 - construção do terraço do claustro; 1907 - execução de pinturas na capela do Santíssimo Sacramento pelo pintor Domingos Teixeira Fânzeres; séc. 20, década de 30 a 50 - obras de restauro de teoria purista, levadas a cabo pela DGEMN *3; 1930 - criação do Museu de Arte Sacra; 1937, 29 dezembro - proposta de Baltazar de Castro para que fosse elaborado um estudo para o restauro da catedral pelo arquiteto Álvaro da Fonseca; 1940 - remoção de um portão para a Exposição do Mundo Português e de fragmentos de talha a aplicar na Nau Portugal; 1983 - escavações revelam possíveis vestígios da cabeceira moçárabe, com abside retangular, reaproveitando grandes silhares romanos (SILVA, 2009, p. 29); 1984 - relatório do organeiro António Simões sobre o órgão de Braga, encomendado pelo Instituto Português do Património Cultural (SIPA: txt.00989926 a 00989953) *4; 1994 - construção do guarda-vento do portal axial; 1995 - durante as obras de restauro aparecem as pinturas do portal axial (SILVA, 2009, p. 63); 2004, 06 setembro - reabertura ao público da Capela de Nossa Senhora da Piedade, após o seu restauro; 2009 - início de obras de conservação e restauro, no âmbito do protocolo firmado entre a DRCN e o Cabido e validado pela Conferência Episcopal Portuguesa, compreendendo a revisão das coberturas a realização de estudos preparatórios para o restauro da fachada principal e musealização do túmulo do príncipe D. Afonso, do património móvel dos claustros e capelas anexas, restauro da pia batismal e do painel de azulejos, restauro dos órgãos do coro-alto, valorização da sinalética informativa e direcional, além dos Tesouros e/ou núcleos museológicos; 2018 - atribuição de prémio SOS Azulejo 2018, com Menção Honrosa na área "Conservação e Restauro", ao restauro dos azulejos da capela de São Geraldo, por Susana de Vilas-Boas Miranda Lainho; 2019, 01 março - inauguração da remodelação do batistério, pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes e estrutura mista. |
Materiais
|
Estrutura em cantaria de granito aparente, parcialmente rebocada e pintada no interior; pilares, colunas, pilastras, cornijas, gárgulas, baldaquinos, contrafortes, modinaturas, pavimentos, túmulos, pia batismal em cantaria de granito; túmulo e frontal de altar em pedra de Ançã; cadeiral do coro-alto em madeira de pau-preto e castanho; cadeiral da capela-mor, portas, teias e coberturas de madeira; balaustrada, órgãos, tribunas, capelas da cabeceira, retábulos da Capela da Piedade e de São Geraldo de talha dourada e pintada; sacrário de prata; teias em ferro; coberturas em telha cerâmica. |
Bibliografia
|
A colecção de pintura do Museu Alberto de Sampaio, Séc. XVI - XVIII. Lisboa: Instituto Português de Museus, 1996; AIRES-BARROS, Luís - As Rochas dos Monumentos Portugueses: tipologias e patologias. Lisboa: Instituto Português do Património Cultural, Abril 2001, vol. II; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - «Geografia da Arquitectura Românica» in História da Arte em Portugal. Lisboa: Edições Alfa, 1986, vol. 2, pp. 51 - 131; ALMEIRIM, Zarco de - A Catedral bracarense. Visita de estudo artístico. Lubango: Joaquim Fernandes dos Santos, 1931; BARBOSA, Isabel Maria Lago - «Os estatutos da Capela de D. Diogo de Sousa da Sé de Braga», in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/1, pp. 661-668; BARREIROS, Manuel Aguiar - A Cathedral de Santa Maria de Braga: estudos críticos, archeologico-artisticos. Porto, Só Livros de Portugal, 1989. Edição fac-similada da de 1922; BARREIROS, Manuel Aguiar - «Ainda o sarcófago romano cristão da Sé de Braga». Bracara Augusta. Braga: Câmara Municipal de Braga, 4, (22 - 24), 1952, pp. 96 - 100; BARROCA, Mário Jorge - Epigrafia Medieval Portuguesa (862-1422). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, tomos I e II; BELINO, Albano - Archeologia Christã. Lisboa: Empreza da História de Portugal, 1900, pp. 55 - 95; BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação. Porto, Diocese do Porto, 1984-1987, 4 vols.; «Capela de Nossa Senhora da Piedade reabriu ontem ao público». Diário do Minho. 7 Setembro 2004, p. 5; «Catedral investe 125 mil euros no batistério da torre norte». In Diário do Minho. 03 novembro 2016, p. 5; COELHO, Maria Helena da Cruz - «O arcebispo D. Gonçalo Pereira: um querer, um agir». in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/1, pp. 389-462; COSTA, Avelino Jesus da - O Bispo D. Pedro e a organização da Diocese de Braga. Coimbra: Universidade - Faculdade de Letras, 1959; COSTA, Avelino Jesus da - A Biblioteca e o tesouro da Sé de Braga nos séculos XV a XVIII. Braga: s.n., 1985; COSTA, Avelino Jesus da, Dedicação da Sé de Braga. 28 de Agosto de 1089. Resposta a Bernardo F. Reikky in "The Kingdom of León Castilla under Kinf Alfonso VI. 1065-1109". Braga: Cabido Metropolitano e Primacial Bracarense, 1991; COSTA, Magalhães - «Obras no Museu da Sé prolongam-se até à Páscoa». Jornal de Notícias. Porto, 7 dezembro 2006, p. 30; CRAVEIRO, Lurdes - «A Escultura das oficinas portuguesas do último gótico» in História da Arte em Portugal. Lisboa: Edições Alfa, 1986, vol. 5, pp. 92- 115; DIAS, Pedro - «Arquitectura Mudéjar Portuguesa: Tentativa de sistematização». Mare Liberum: revista da história dos mares. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, n.º 8, Dezembro 1994; DODERER, Gerard - Os órgãos da Sé Catedral de Braga. Lisboa: s.n., 1992; FEIO, Alberto - «Dois sarcófagos medievais e seus artistas». Biblos. Coimbra: 1, 1925, pp. 438 - 445; FEIO, Alberto - «Um arquitecto da românica Sé de Braga». Minia. Braga: Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural, 1944 - 1946, I, pp. 209 - 211; FERNANDES, Joaquim Martins - «Monumentos de Braga entram em investimento de 23 milhões». In Diário do Minho. 28 julho 2016, p. 6; FERREIRA-ALVES, Natália Marinho - «A atividade de pintores e douradores em Braga nos séculos XVII e XVIII» in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/2, pp. 313-371; FERREIRA-ALVES, Natália Marinho - «De arquitecto a entalhador. Itinerário de um artista nos séculos XVII e XVIII» in Actas do I Congresso Internacional do Barroco. Porto: Reitoria da Universidade do Porto / Governo Civil do Porto, 1991, vol. I, pp. 355-369; FONTES, Luís Fernando de Oliveira - «Leitura arqueológica da evolução da Sé de Braga» in RODRIGUES, Ana Maria S.A. e FERREIRA, Manuel Pedro - A Catedral de Braga - Arte, Liturgia e Música dos fins do século XI à época tridentina. Lisboa: Arte das Musas, 2009, pp. 21-26; «Fresco medieval na Sé de Braga». Correio do Minho. 17 Setembro 1996; «Frescos». Boletim da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, 1937, n.º 10; GONÇALVES, António Nogueira - «O Mestre dos Túmulos dos Reis» in Estudos da História da Arte da Renascença. Coimbra: Epartur, 1979, pp. 27 - 53; MEIRELES, R. De Castro - «Miguel Francisco da Silva e a obra do «coro de cima» da Sé de Braga» in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/2, pp. 405-411; OLIVEIRA, Aurélio de - «Mestres estrangeiros no barroco bracarense». Mínia. Braga: Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural, 1997, 3.ª série, n.º 5, pp. 239-246; OLIVEIRA, Eduardo Pires de - «Os grandes ciclos de obras na Sé de Braga». Separa da Mínia. Braga: Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural, 2000-2001, 3.ª série, n.º 8-9; OLIVEIRA, Eduardo Pires de - O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo. Braga: Lar Conde de Agrolongo, 1994; OLIVEIRA, Eduardo Pires de - «A Sé de Braga e Dom Rodrigo de Moura Teles (1704 - 1728)». Struggle for Synthesis, A Obra de Arte Total nos séculos XVII e XVIII - Simpósio Internacional, Actas. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitetónico, 1998, vol. I, pp. 239 a 252; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva - Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota. Lisboa: s.n., 1998. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário -, Distrito de Braga. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitetónico, 1993, vol. I; Património: Balanço e perspectivas - 2000-2006. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitectónico, 2000; PEREIRA, Ana Maria M. de Sousa - A Capela de São Geraldo na Sé de Braga. Braga: Cabido Metropolitano e Primacial de Braga / Militia Sanctae Mariae / Associação Tertio Millenio, 2001; PEREIRA; Isaías da Rosa - «O testamento de D. Urraca Lourenço, sepultada na Sé de Braga» in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/1, pp. 89-99; PEREIRA, José Fernandes - «Resistências e aceitação do espaço barroco; a arquitectura Religiosa e civil» in História da Arte em Portugal. Lisboa: Edições Alfa, 1986, vol. 8, pp. 9 - 65; REAL, Manuel Luís, «O projecto da catedral de Braga, nos finais do século XI, e as origens do românico português» in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. I, pp. 435-511; REIS, António Matos - «A arte na arquidiocese de Braga sob a égide do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728): i estilo, as obras e os artistas in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/2, pp. 373-394; REIS, Vítor Manuel Guerra dos - O Rapto do Observador: invenção, representação e percepção do espaço celestial na pintura de tectos em Portugal no século XVIII. Lisboa: s.n., 2006. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2 vols.; ROBALO, Mário - «Sé de Braga: A Sagração depois de Ísis». Expresso. Lisboa: 8 Julho 1989; SILVA, José Custódio Vieira da e AFONSO, Luís Urbano - «A arquiterura e a produção artística» in RODRIGUES, Ana Maria S.A. e FERREIRA, Manuel Pedro - A Catedral de Braga - Arte, Liturgia e Música dos fins do século XI à época tridentina. Lisboa: Arte das Musas, 2009, pp. 27-67; SILVA, José Custódio Vieira da e RAMÔA, Joana - «"sculpto immagine episcopali" jacentes episcopais em Portugal (séc. XIII- XIV)». Revista de História da Arte. Lisboa: Instituto de Hist+oria da Arte da Universidade Nova de Lisboa, 2009, n.º 7, pp. 94-119; SILVA, Manuel Joaquim Moreira da - Manuel Fernandes da Silva. Mestre e Arquitecto de Braga. 1693 - 1751. Porto: Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão, 1996; SOARES, Franquelim Neiva - «A Catedral e o Cabido de Braga nas relationes ad lamina até 1615» in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/2, pp. 231-264: SOUSA, J. J. Rigaud de - «O templo de Ísis em Braga». Diário do Minho. 29 Novembro 2004; VALENÇA, Manuel (Padre) - A Arte Organística em Portugal. Braga: Editorial Franciscana, 1990, vol. I; VASCONCELOS, Flórido de - «O retábulo quinhentista da Sé de Braga». in IX Centenário da Dedicação da Sé de Braga - Congresso Internacional - Actas. Braga: Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia de Braga / Centro Metropolitano e Primacial de Braga, 1990, vol. II/2, pp. 37-51; VASCONCELLOS, Joaquim de - Arte Românica em Portugal. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992; VILHENA, Isabel - «Imprevisto na obra do batistério obriga a reformulação do projeto». In Correia do Minho. 23 agosto 2017, p. 8. |
Documentação Gráfica
|
DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
|
DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN, DGEMN:DSMN, SIPA; Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja / Terra das Ideias |
Documentação Administrativa
|
DGPC: DGEMN:DREMN-0910/17 (1923-1925), DGEMN:DSARH-010/053-0020 (1962-1975), DGEMN:DSARH-010/053-0021 (1976-1978), DGEMN:DSARH-010/053-0022 (1979-1980), DGEMN:DSARH-010/053-0023 (1980-1982), DGEMN:DSARH-010/053-0024 (1930-1936), DGEMN:DSARH-010/053-0025 (1937-1941), DGEMN:DSARH-010/053-0026 (1941-1947), DGEMN:DSARH-010/053-0027 (1947-1951), DGEMN:DSARH-010/053-0028 (1952-1955), DGEMN:DSARH-010/053-0029 (1957), DGEMN:DSARH-010/053-0034 (1930), DGEMN:DSARH-010/053-0034 (1947), DGEMN:DSARH-010/053-0036 (1938 - 1939), DGEMN:DSARH-010/053-0042 (1954-1974), DGEMN:DSARH-010/053-0044 (1958), DGEMN:DSARH-010/053-0045 (1959), DGEMN:DSARH-010/053-0046 (1960), DGEMN:DSARH-010/053-0066 (1953), DGEMN:DSARH-010/053-0231 (1984-1988), DGEMN:DSARH-010/209-0010/29 (1940-1947), DGEMN:DSID-001/003-0193 (1947-1953), DGEMN:DSID-001/003-0194 (1954-1971), DGEMN:DSID-001/003-0195 (1970-1981), DGEMN:DSID-001/003-0196 (1979-1983), DGEMN:DSID-001/003-0199, DGEMN:DSMN-0342/04 (1983), DGEMN:DSMN-0361/08 (1947), DGEMN:DSMN-0392/17 e 0392/18 (1982-1983), DGEMN:DSMN-0419/04 (1976-1983), DGEMN:DSMN-0626/12 (1971) |
Intervenção Realizada
|
PROPRIETÁRIO: 1789 - reforma do teto e retábulos da Cap. Glória; 1787 - pintura do túmulo de D. Gonçalo Pereira a óleo a fingir mármore ocre (BARREIROS, p. 102); DEMNNorte: 1923-1925 - substituição de padieiras em mau estado; revisão de coberturas; restauro da pintura do coro; reparação de duas frestas da fachada principal; DGEMN: 1930 - apeamento do retábulo-mor para colocar o altar de pedra de Ançã; eliminação das pinturas do teto; construção e assentamento de nervuras da abóbada e reparação das existentes por Júlio Gonçalves dos Santos e por Lourenço Vieira Gomes & Filho; obras dirigidas pelo arquiteto Baltazar de Castro; 1931 - reconstrução do pavimento, dos paramentos e das grelhagens da capela-mor por Lourenço Vieira Gomes & Filho; 1932-1933 - reconstrução dos telhados da cabeceira e assentamento de vitrais figurativos por Lourenço Vieira Gomes & Filho; pintura da cabeceira e da Cap. Glória por Francisco Ferreira Casqueira; montagem de três altares retirados da mesma; 1934 - obra na torre e Cap. Glória por Francisco Ferreira Casqueira; 1937 - apeamento e reconstrução da parede e rosácea do topo do transepto; impermeabilização e revisão das paredes; feitura de pavimento em lajeado; demolição de paredes para abertura de portas e frestas; construção de paramentos, cornijas e cachorros; montagem de altares no topo do transepto; reconstrução da armação do telhado; mudança de um túmulo por Francisco Ferreira Casqueira, sendo a memória assinada pelo arquiteto Rogério de Azevedo; transferência de retábulos das naves para o Lar Soares Pereira (v. PT011601280060), dois para a Igreja de Praia do Ribatejo (v. PT031420020006) e dois para a Igreja de São Cristóvão de Selho (v. PT010308500119); 1939 - pintura ornamental a têmpera do teto da Cap. Glória, segundo elementos existentes; restauro da pintura das paredes por António Ferreira da Costa; colocação de vitrais nas frestas; reconstrução da armação do telhado e limpeza das paredes; 1939-1940 - recalçamento de alicerces, reconstrução de paredes; construção da armação de telhados; apeamento de altares; construção e assentamento de capitéis ornamentados; obras de Francisco Ferreira Casqueira; 1940 - demolição de arcos de cantaria e armação da entrada, apeamento de paredes e reconstrução da rosácea do transepto, abertura de nichos nas paredes do claustro para colocação de altares por Francisco Torres; 1941 - apeamento da cobertura da nave central por Francisco Torres e Manuel Ferreira Morango; apeamento das paredes da cabeceira até aos peitoris das antigas frestas e assentamento das mesmas e de cachorros por Francisco Torres; lajeado de cantaria e paredes em cantaria sobre os três arcos transversais da nave central, substituição de cantarias mutiladas e da cornija em cantaria; demolição e assentamento da cobertura da nave lateral esquerda a um nível inferior, com substituição de frechais por Saul de Oliveira Esteves; execução da armação em madeira de carvalho, assente em cachorros de cantaria, por António Domingues Esteves; 1942 - restauro do teto pintado do sub-coro pelo pintor Augusto Tavares; consolidação dos dois arcos cegos da fachada principal, com substituição de cantarias e desentaipamento e consolidação do teto em forro de castanho por Francisco Torres; rebaixamento da armação da cobertura da nave lateral S., deslocando-se a cachorrada e caleiras; apeamento do telhado da capela-mor e execução da estrutura e caleiras; consolidação da grilhagem da cantaria da capela-mor com substituição dos elementos mutilados; execução de vitrais figurativos; restauro do claustro, com lajeado da quadra e restauro do chafariz; obras de Francisco Torres; 1943 - o pintor Augusto Tavares pinta dois arcos novos do sub-coro, repetindo a decoração dos antigos; apeamento da fachada da Cap. São Geraldo e reconstrução parcial até à altura da porta principal, segundo os elementos góticos aparecidos e execução das aduelas da porta; assentamento de caleira na capela-mor com ligação às gárgulas existentes; substituição completa das paredes laterais do coro com as janelas seiscentistas e escoramento do teto pintado; obras de Francisco Torres; 1944 - apeamento da armação e abóbada de tijolo da Cap. São Geraldo e construção da parede superior da fachada principal, integrando uma fresta, cachorros e reconstituição do cunhal direito; demolição parcial da parede do pátio; obras de Francisco Torres; 1945 - assentamento de vitral nas janelas por Ricardo Leone e pela Vidraria Antunes; 1945 - reconstrução completa da empena da fachada posterior, assentamento da cobertura exterior e rebocos e pinturas da parede lateral da Cap. São Geraldo; reparação dos telhados dos anexos; colocação de caixilharia de ferro nos janelões da sacristia; obras de Francisco Torres; 1946 - colocação de vitrais pela Vidraria Antunes; construção de uma caixa de visita para o coletor de águas pluviais por Luís Pinto da Silva; execução de grades em ferro forjado; obras de Luís Pinto da Silva; 1947 - reconstrução das torres sineiras, travadas por cintas de cimento armado e abertura das sineiras entaipadas pela escada interior, a suprimir; libertação do cunhal S. da capela-mor, reconstruindo a parede contígua num alinhamento recuado e colocação de grades nas janelas abertas à rua; supressão da balaustrada de granito existente nos arcos da galilé, emendando-se o atual gradeamento; levantamento do lajeado do terraço da galilé e assentamento de argamassa hidráulica; levantamento do lajeado do pátio e da ala S. do claustro; colocação de tijolo no pavimento superior do claustro; consolidação da armação do telhado da Cap. Glória e fixação do teto pintado de madeira; construção de telhados nos anexos da capela-mor, coro da igreja e museu; substituição das cantarias da fachada principal da igreja sobre o janelão do coro e na janela da torre N.; execução de rosáceas de granito para os óculos do transepto e colocação de vitral figurativo; conceção de nova galeria abobadada adjacente ao claustro da igreja, ligada à Cap. Reis; conclusão das fachadas laterais do lanternim do coro com assentamento de cornijas e cachorros; pavimento de betonilha a revestir com soalho na sacristia da Cap. São Geraldo e no corredor dos anexos da capela-mor; construção e assentamento de caixilhos para as janelas sob as sineiras e janelões do coro, retirando as grades de ferro que existiam; construção de novas portas em madeira de castanho do coro para o terraço da galilé e para a Cap. São Geraldo; restauro do portal principal e das portas da Cap. Reis; construção de novo teto em estuque na capela-mor; estuque nas paredes da Cap. São Geraldo; colocação de novas canalizações de esgotos e água e assentamento de mobiliário e azulejo branco nos sanitários anexos à capela-mor; substituição da vedação lateral do terraço da galilé por gradeamento em ferro, fixado com nova coluna semelhante às demais; instalação de uma caleira comum às Cap. Glória e São Geraldo; colocação de vitrais no lanternim da igreja; restauro do teto e pintura em madeira do coro da igreja; nova instalação elétrica e iluminação da igreja; colocação de para-raios numa das torres sineiras e no lanternim central; corte e assentamento do remate da talha existente no altar da Cap. São Geraldo; conserto dos órgãos com a montagem de foles e substituição das peças; conservação do portal posterior; restauro do absidíolo, lajeado e arranjo da parede exterior, colocação de degrau e vitral na fresta e conservação das pinturas; execução de três panos para o anteparo do portal axial pela Fábrica de Tapeçarias Lanarte Lda.; estudo para a feitura de uma grade de ferro para a capela-mor; 1948 - desenho para os elementos de cantaria e vitral da rosácea e dos vitrais do zimbório pelo pintor Guilherme Duarte Camarinha; reparação do órgão da Epístola por João Sampaio & Filhos com a construção de um novo sistema de foles, reparação de maquinaria e afinação dos tubos; fornecimento de ventilador elétrico e restauro da caixa; restauro do teto lateral direito da igreja pelo pintor Augusto Tavares; reconstrução dos telhados das capelas do claustro, apeamento das paredes existentes sobre o telhado da nave S., construção de friso, cornija e mísulas de cantaria por Luís Pinto da Silva; 1949 - limpeza, restauro e fixação do teto de madeira pintado do sub-coro; desmontagem e apeamento dos remates da torre S., dos pináculos da balaustrada da platibanda, das cornijas, sineiras, das pilastras da parede e cintagem da estrutura por Luís Pinto da Silva; 1950 - reconstrução da torre S. por Luís Pinto da Silva; consolidação e limpeza do teto estucado e com pintura figurada do coro por António Enes Baganha; 1951 - desmontagem do remate da torre N., das cornijas, sineiras e pilastras; refechamento das juntas da torre S. e arranjo do cabeção do sino principal; obras de Luís Pinto da Silva; estudo do vitral a colocar no topo N. do transepto; 1952 - reconstrução do corpo superior da torre N. e conclusão das obras na torre S., reconstrução do pavimento em lajeado, assentamento da porta principal e reparação das portas anteriores, assentamento de teia balaustrada e painéis de azulejo decorativo, reboco da abóbada em tijolo, colocação de quadros em tela e assentamento da talha dourada no altar-mor da Cap. São Geraldo; assentamento de portas na nave lateral N. e Cap. Reis; assentamento da máquina do relógio e respetivo mostrador na torre N.; obras de Luís Pinto da Silva; 1953 - demolição do passadiço entre as torres, conclusão do remate do pátio, montagem de elementos dispersos, construção de cabeçotes para os sinos, reparação da porta S. da nave; construção do pavimento das torres ao nível do coro, reboco de abóbadas e caiação da abóbada e colocação de uma rede para proteção dos frescos da Cap. São Geraldo; colocação de vitrais; obras de Luís Pinto da Silva; CONFRARIA NSRA SAMEIRO / DGEMN: 1954 - restauro do altar de São Pedro de Rates; DGEMN: 1954 - feitura de vitral para a rosácea do topo S. do transepto por Luís Pinto da Silva; 1954-1955 - restauro das coberturas por Luís Pinto da Silva; 1956 - instalação elétrica e sonora; pintura dos portões, portas do claustro e das portas do pátio; caiação das paredes do claustro e picagem do pavimento térreo do claustro, para receber saibro; 1957 - restauro da parte elétrica do órgão da Sé por Francisco Luís; 1958 - reconstrução da cobertura da Cap. Glória e dos telhados dos anexos entre a sacristia e a capela-mor, por Luís Pinto da Silva; 1959-1960 - recuperação do teto do coro por Luís Pinto da Silva e por Baganha & Irmão, Lda; 1963 - revisão das coberturas e caleiras da Cap. Glória, por Saul de Oliveira Esteves; arranjo do fole do órgão pela Casa dos Pianos de Delfim Ferreira Peixoto; reparação dos telhados dos absidíolos, por Saul de Oliveira Esteves; 1964 - revisão das coberturas dos absidíolos por Saul de Oliveira Esteves; IRMANDADE NSRA BOA MEMÓRIA / DGEMN: 1966 - restauro da pintura do altar da Irmandade e da base do altar do Espírito Santo; DGEMN: 1966 - beneficiação das coberturas das Cap. Reis, Glória e São Geraldo e da sacristia; limpeza das caleiras; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1967 - reparação das coberturas da Cap. NSra da Rosa e sacristia da de São Geraldo, por Augusto de Oliveira Ferreira; 1968 - reforma da cobertura da nave N. por Augusto de Oliveira Ferreira; 1969-1970 - restauro da sacristia de São Geraldo com tratamento de rebocos e impermeabilização de paramentos, reconstrução do teto plano em madeira de castanho, assentamento de caixilharias e vidraças, por Augusto de Oliveira Ferreira; 1970-1971 - reconstrução de um telhado ruído a E. da Cap. Coração de Jesus por Augusto de Oliveira Ferreira; 1971 - restauro do anteparo do portal da igreja; 1971-1972 - reparação dos sinos e respetivos cabeções e ferragens por Augusto de Oliveira Ferreira; 1972 - restauro dos vitrais danificados por Augusto de Oliveira Ferreira; 1973 - reparação do fole e da mecânica do órgão do lado S., por João Sampaio & Filhos; 1973-1974 - revisão das coberturas da nave lateral e do transepto S., sacristia do Tesouro e capelas, com tratamento de paredes, pavimentos, tetos, caixilharias e vitrais; restauro do claustro, ajardinado e construção de instalações sanitárias junto à Cap. Santíssimo; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1974 - arranjo das paredes da Cap. Piedade e fachada da Cap. Reis; demolição da divisória de taipa no primeiro piso do corpo E. - S.; levantamento e reposição do lajeado para ligação dos tubos das águas pluviais na entrada da Cap. Reis; construção de um dreno com tubo de betão ao longo da fachada E.; reparação de portadas de madeira e abertura de furos para escorrência das águas pluviais nas fachadas principal e lateral direita; construção de caixilhos de duas folhas em madeira de castanho nos dois pisos da fachada S.; reconstrução de vitrais; construção de caixilhos de barra dupla de ferro nas fachadas da sacristia; restauro do gradeamento da galilé; desmonte das colunas, escoramento do baldaquino e incorporação de elementos nas colunas revestidas a folha de cobre do túmulo do Infante D. Afonso; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1975 - reconstrução da cobertura dos anexos da sacristia do corpo E.-S., com consolidação de abóbadas, restauro de caixilhos e vidraças e reparação de grades e portas das Capelas; tratamento do pavimento e impermeabilização do terraço da Capela da Piedade; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; restauro de um vitral danificado por ato de vandalismo; 1976 - substituição de vitrais nas fachadas principal e lateral direita, por João Baptista Antunes (Vidraria Antunes); reconstrução das coberturas dos anexos a N. e da Cap. Piedade, consolidação das abóbadas de tijolo dos anexos da sacristia e isolamento da cobertura da Cap. Glória; feitura do pavimento da Cap. Piedade; execução de algerozes por Augusto de Oliveira Ferreira; 1976-1981 - restauro do órgão do Evangelho por Luís Artur Correia de Magalhães Esteves Pereira; 1977 - instalação elétrica para alimentar o motor do órgão, pela Elétrica Avenida; reconstrução da cobertura das Cap. São Geraldo e Glória com a torre anexa e parte da colateral S., abrangendo a zona do órgão em reparação; isolamento das paredes exteriores da Cap. Glória e torre; impermeabilização e colocação de lajeado no pavimento do pátio a O. da Rua de Nossa Senhora do Leite; reconstrução do telhado da nave S.; assentamento de algerozes; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1977-1980 - feitura de nova cobertura na cabeceira da Cap. Piedade; reparação de degraus e pavimento e construção do teto da Cap. São Geraldo; consolidação das escadas de acesso aos púlpitos; assentamento de caixilhos de madeira; restauro da talha do órgão; colocação de grade de ferro na escada exterior de acesso às torres; restauro dos pavimentos e paramentos da igreja; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1978 - arranjo dos vitrais do lanternim da Cap. Piedade por João Baptista Antunes (Vidraria Antunes); 1979-1980 - revisão das coberturas da capela-mor, transepto, sacristia, Cap. Reis e São Geraldo; demolição de coberturas de mosaico no túmulo de D. Frei Caetano Brandão e topo S. do transepto, impermeabilização e colocação de mosaico do tipo Klinker; desbaste em rebaixamento e inclinação dos pavimentos das torres; levantamento do lajeado e recolocação do mesmo na Cap. Sagrado Coração e respetiva sacristia; colocação de tubos para alimentação do lavabo da sacristia; guarnecimento dos paramentos do corpo adossado à Cap. Piedade; tratamento das fachadas lateral S. e topo do transepto; obras de Augusto de Oliveira Ferreira & C.ª, Lda; 1980 - assentamento de azulejos soltos figurados na Cap. São Geraldo por Augusto de Oliveira Ferreira; 1982 - recuperação e valorização do claustro, com assentamento de pavimento, fornecimento de cantaria para os degraus do túmulo de D. Diogo de Sousa; construção da abóbada na entrada da Cap. Piedade; arranjo das coberturas do Museu; obras de Augusto de Oliveira Ferreira; 1982-1986 - revisão da instalação elétrica pela Elétrica Avenida; fornecimento de energia subterrâneo, pela Eletricidade de Portugal; 1987 - obra no Museu de Arte Sacra e escadaria de acesso ao coro-alto; 1990-1991 - colocação de novo pavimento no transepto. *5; Cabido da Sé de Braga / Direção Regional de Cultura do Norte: 2016 - início da remodelação do batistério, obra orçada em cerca de 125 mil euros, contemplando a recolocação da pia batismal no interior da torre norte, e respetiva beneficiação do espaço envolvente, pela empresa "CaCO3 - Conservação e Restauro do Património Artístico, Lda."; os trabalhos decorrem no âmbito da Operação Rota das Catedrais no Norte de Portugal, cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020; a segunda fase da intervenção contemplará o projeto de acessibilidade à visita do claustro e espaços adjacentes (Capelas de Nossa Senhora Conceição, São Geraldo e de Santiago), restauro da galilé, remodelação do batistério, conservação e restauro da pia batismal e conservação e restauro do espólio azulejar da Sé; DRCNorte / Cabido da Sé de Braga: 2017-2019 - obras na Catedral, no âmbito da Operação da Rota nas Catedrais do Mnorte de Portugal 2020; 2017, agosto - durante os trabalhos na torre norte descobre-se uma torre moderna e que se desconhecia a existência, obrigando à reformulação do projeto; a segunda fase da intervenção contempla o projeto de acessibilidade à visita cultural para o ordenamento do claustro e espaços adjacentes (Capelas de Nossa Senhora Conceição, São Geraldo e de Santiago), obras na galilé, com levantamento e caracterização de patologias da fachada; remodelação do batistério, um novo enquadramento da pia batismal, com a sua recolocação na parte interior da torre norte, em posição simétrica à do túmulo do Infante D. Afonso, e respetiva beneficiação do espaço envolvente; conservação e restauro da pia batismal; e conservação e restauro do espólio azulejar da Catedral. |
Observações
|
*1 - DOF: Sé de Braga, compreendendo os túmulos, designadamente os do Conde D. Henrique e D. Teresa, do Infante D. Afonso e do Arcebispo D. Gonçalo Pereira. *2 - a galilé encontrava-se decorada com esculturas douradas, a representar São Miguel, São Pedro, São Martinho de Dume. São Frutuoso e São Geraldo. Possui duas torres entre as quais surge a imagem dourada da Virgem. A fachada está circunscrita por edifícios que formam a Praça do Pão. Contígua ao coro, a Sala do Cabido e, no meio da igreja, dois órgãos. Capela-mor com sacristia feita por Frei Agostinho e um candelabro de prata. Sobre o altar, imagens douradas dos Apóstolos, Doutores da Igreja Latina, 4 arcebispos e Nossa Senhora da Assunção. Ao lado deste, a Capela do Santíssimo, com sacrário e ostensório, ladeada pela Capela do Espírito Santo, com um Crucificado de tamanho natural. No lado esquerdo da capela-mor, a Capela de São Pedro de Rates, onde está sepultado o santo, tendo rendas próprias dadas pelo arcebispo Baltazar Limpo, tendo confraria; segue-se a Capela de Santa Maria Madalena e uma na escada para onde se sobe para o coro, dedicada a São Bento. No meio da nave, dois altares, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião e São Brás. Junto ao púlpito, um túmulo rodeado por grades de bronze, onde se encontra D. Afonso I. A S., um edifício com o tesouro e, à entrada, sepulcro de pedra com Santo Ovídio. A N., o claustro com 66 colunas, tendo, na ala O., a biblioteca, na E., a Capela dos Reis, transformada em capela funerária do arcebispo D. Lourenço, que nela colocou a sua sepultura em 1391, protegida pelo arcediago e mestre-escola; sucede-se a Capela da Mãe de Deus e a entrada para o cemitério, a Capela de Santa Luzia e a de São Tomás de Aquino; na ala N., a Capela de D. Diogo de Sousa, fundada em 1513, com o túmulo e uma edícula de São Cosme e São Damião. A porta do claustro, a E., liga ao cemitério da cidade coberto com teto sob duas naves, tendo à direita os altares de São Jerónimo com Nossa Senhora do Rosário, que tem Confraria, e o de Santo António. Sucede-se a Capela de São Geraldo. *3 - as obras da DGEMN removeram os rebocos interiores e as pinturas tardo-barrocas das coberturas, formando apainelados decorativos e festões de drapeados. O retábulo-mor, de talha pintada de planta reta e um eixo definido por duas colunas assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, desapareceu, bem como as tribunas que se rasgavam na capela-mor. Da nave central, desapareceram as tribunas, onde surgia, no lado da Epístola, um órgão positivo, que se mantém num dos braços do transepto, onde existiam, nos topos, as Capelas do Senhor da Agonia (Evangelho) e Nossa Senhora das Angústias (Epístola). As capelas laterais, com retábulos de talha semelhantes, de plantas retas e um eixo definido por duas colunas e com nichos de volta perfeita, rematando em frontões triangulares, sendo dedicados a São Bento, São José, Nossa Senhora do Loreto e Nossa Senhora da Conceição (Evangelho) e Santa Bárbara, São Rodrigo, São Sebastião e São João Baptista (Epístola). No antigo Claustro de Santo Amaro, surgiam os altares de São Jorge e Santo António, a ladear a fachada principal da Capela de São Geraldo, surgindo, adossadas à Capela dos Reis, as Capelas de Santo Amaro, Nossa Senhora da Boa Memória e Santíssima Trindade, todas desaparecidas, de que subsistem alguns elementos arquitetónicos; adossada à cabeceira da Capela de Nossa Senhora da Piedade, surgia a Capela de Santa Catarina, tendo, fronteira, a Capela do Senhor da Paciência. Na ala E. do claustro, a Capela de Nossa Senhora da Conceição. *4 - este relatório surgiu na sequência de enorme polémica na imprensa local sobre o restauro efetuado por Esteves Pereira. *5 - as obras levadas a cabo pelo IPPAR foram: 1996 - restauro das paredes da galilé; 1996-2001 - recuperação das coberturas do templo e revisão das drenagens exteriores; escavações arqueológicas nas naves; 2002-2007 - restauro dos arcazes, retábulos-relicários e armários da sacristia; restauro do retábulo de Santa Luzia; restauro do teto, escultura e conservação das pinturas murais da Cap. Glória; restauro da Cap. São Geraldo, do retábulo, esculturas e telas pintadas; limpeza e tratamento das fachadas; restauro da Cap. Piedade, incluindo o teto, retábulo, retábulo de Nossa Senhora da Memória; obras de reabilitação e ampliação do Museu do Tesouro da Sé de Braga. |
Autor e Data
|
Paula Figueiredo 2013 (no âmbito da parceria IHRU / Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja) |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |