Solar dos Condes de Portalegre
| IPA.00010976 |
Portugal, Évora, Évora, União das freguesias de Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) |
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Arquitectura residencial, gótica, manuelina. Solar de planta rectangular, de frente estreita, com fachada principal, antecedida por pequeno jardim, na qual se destaca galeria de quatro arcos, de colunelos toscanos e janelas geminadas de arco pleno na empena do piso inferior; escada de pedra, de resguardo barroco, de acesso ao segundo piso no qual de destaca janela aberta para o jardim, com lintel trilobado ornado de bolas e flores; porta geminada em arcos de ferradura, denticulados e ornamentados por elementos muçulmanos, com capitéis prismáticos constituindo-se como uma intacta manifestação da arquitectura mudéjar-manuelina. No interior, no piso térreo, várias portas góticas, cobertura em abóbadas que arrancam de mísulas zoomórficas; destaca-se a chamada casa das armas, de dois tramos de arcos abatidos, com tecto de barrete de clérigo suportado pilar chanfrado. No piso superior o salão nobre, decorado por arabescos, ornatos naturalistas e brutescos, com predomínio de ouro, surgindo, ao centro, o brasão eclesiástico, circular, em pala, dos Câmaras e Coutinhos. Capela, decorada por brutescos, ornatos e escudo de armas do arcebispo D. João Coutinho, com altar de madeira, em talha dourada, policromada, de colunas estriadas. |
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Número IPA Antigo: PT040705210151 |
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Registo visualizado 1106 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular
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Descrição
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Planta rectangular, irregular, composta; volumes articulados e massas dispostas na horizontal com cobertura diferenciada em telhado de uma, duas e quatro águas. Fachada principal com galeria, de quatro arcos, de colunelos toscanos, graníticos, aberta sobre pequeno jardim; terraço com resguardos de grilhagem em losango e janelas geminadas, de arco pleno, na empena do piso inferior; ainda neste corpo, abre-se outra arcada, de vãos abatidos, irregulares, sustida, interiormente, por tecto artesoado e, exteriormente, por colunas dóricas, pilastras e botaréus; arcobotante, de volutas, no cruzamento do terraço com a galeria principal, cuja porta tem molduras e dintel de perfis rectilíneos em granito; e escada de pedra de acesso ao segundo piso; neste janela de cantaria, aberta para o jardim, com lintel trilobado ornado de bolas e flores e porta geminada, de fustes de calcário regional e arcos de ferradura, denticulados, com capitéis prismáticos. No interior, piso térreo, cobertura em abóbada e mísulas zoomórficas; a dependência maior, chamada Casa das Armas, apresenta dois tramos de arcos abatidos, com tecto de barrete de clérigo suportado por grosso e baixo pilar chanfrado. No piso superior, salas de tectos planos, de masseira, com toques pintados a óleo e salão nobre, abundantemente decorado por arabescos, ornatos naturalistas e brutescos, com predomínio de ouro, surgindo, ao centro, o brasão eclesiástico, circular, em pala, dos Câmaras e Coutinhos. Capela, decorada por brutescos, ornatos e escudo de armas do arcebispo D. João Coutinho, com altar de madeira, em talha dourada, policromada, de colunas estriadas. |
Acessos
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Largo Dr. Mário Tavares Chicó, nº 7, R. da Freiria de Cima |
Protecção
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Incluído no Centro Histórico da Cidade de Évora (v. PT0705050070) / Incluído na Zona de Protecção da Sé de Évora (v. PT040705210016) e do Convento dos Lóios (v. PT040705210033) |
Enquadramento
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Urbano, intramuros, no Centro Histórico (v. PT0705050070), próximo do ponto mais alto da colina onde assenta a cidade, no espaço onde anteriormente se erguia a acrópole romana, no interior da cerca velha, em zona de ruas muito sinuosas. Inserido em quarteirão fechado, encontra-se adossado, lateralmente e na fachada posterior, por casario, predominantemente, com dois pisos. A fachada principal abre para largo com pavimento empedrado, aberto à circulação automóvel. Em termos arqueológicos, está incluído numa das zonas mais sensíveis e importantes das várias pré-existentências, com destaque para as que se relacionam com o Fórum Romano, com a ocupação muçulmana e com reminiscências do Castelo Velho da cidade, destruído durante a crise dinástica de 1383. Nas proximidades as Muralhas e Fortificações de Évora (PT040705210040), a Igreja dos Lóios (v. PT040705210018), o Convento dos Lóios (v. PT040705210033), o Palácio dos Antigos Condes de Basto (v. PT040705210037), a Biblioteca Pública de Évora (PT040705210175), o Templo Romano (v. PT040705210014), a Sé de Évora (v. PT040705210016), o Museu Regional de Évora (v. PT040705210150), a Ermida de São Miguel (v. PT040705210050), o Antigo Tribunal da Inquisição (v. PT040705210051), o Palácio da Inquisição (v. PT040705210090), o Paço dos Duques de Cadaval (v. PT040705210081), o Palácio Soares/ Vimioso (v. PT040705210218), o Antigo Celeiro do Cabido (v. PT040705210231) e o Colégio dos Moços do Coro (v. PT040705210223). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa / Comercial: estabelecimento de restauração / Cultural e recreativa: galeria de exposições |
Propriedade
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Privasa: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PINTOR: José Basalisa de Lisboa |
Cronologia
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Séc. 16 - construção do edifício, provavelmente, pelo 2º conde de Portalegre, mordomo-mor de D. João III, D. João da Silva Meneses, nas imediações do palácio dos capitães-mores de ginetes da cidade, os Castros de treze arruela; mais tarde alienado, pertenceu ao cónego D. Luís de Melo; Séc. 17 - propriedade dos familiares do arcebispo D. João Coutinho, envolvido nas alterações de Évora, no ano de 1637; Séc. 19 - reside na casa D. João de Aguiar, bispo de Bragança; 1940 - encontra-se na posse do Engº Henrique da Fonseca Chaves, que nele funda uma capela devotada ao Senhor Jesus da Ressureição; 1945 - decoração da capela, pelo artista João Basalisa de Lisboa; 2001, 02 junho - inventariado, como E1, na Alteração ao Plano de Urbanização de Évora (PUE) com o nº 61. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal: Concelho de Évora, vol.1, Lisboa, Academia Nacional de Belas-Artes, 1966, pp. 110-113; RESENDE, André de, História da Antiguidade da Cidade de Évora, 1553, cap. XVI; VAL-FLORES, Gustavo e SANTOS, João, Carta de Sensibilidade Arqueológica: Centro Histórico de Évora, Évora, Câmara Municipal de Évora, 2007, CME. |
Documentação Gráfica
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CME: DPOP |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA, DGEMN/DSID; CME: DCHPC |
Documentação Administrativa
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CME: Núcleo de Documentação, DPOP |
Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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João Santos (Câmara Municipal de Évora) 2011 (no âmbito da parceria IHRU/CMÉvora) |
Actualização
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