Igreja Paroquial de Viana do Alentejo / Igreja de Nossa Senhora da Anunciação
| IPA.00001190 |
Portugal, Évora, Viana do Alentejo, Viana do Alentejo |
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Arquitectura religiosa, manuelina, medéjar. Igreja paroquial típica do manuelino meridional, integrável num amplo universo de templos salão de marcada presença mudéjar, que emprestam à paisagem o aspecto pitoresco da sua cobertura coroada de coruchéus cónicos, muito semelhante na sua ampla abertura interior à Igreja Matriz de Pavia (PT040707040004). Magnífico portal em mármore, de aspecto um pouco rústico no tratamento de pormenor, mas notável pela composição, em que abundam alusões à actividade pastoril, lobos carneiros, tosquias, etc. |
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Número IPA Antigo: PT040713020001 |
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Registo visualizado 1908 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta rectangular regular, composta de três naves e pequena capela-mor ladeada por dois absidíolos. Volumes escalonados, massas dispostas na vertical com cobertura diferenciada em telhado de duas águas na nave central de uma água nas laterais. Fachada principal a O. de três corpos corresponedentes o central, mais alto e mais largo, à nave, de remate recto, os restantes às naves laterais com remates em meia empena; amplo pórtico principal, axial, de mainel, sobreposto de pequeno lume de fresta de arco em volta perfeita; dois gigantes apilastrados marcam os 3 registos horizontais definidos pelas respectivas naves, marcadas ainda por coruchéus cónicos nos cunhais; o corpo central é coroado por campanário em empena com duas sineiras de volta perfeita. Fachada N. definida pela articulação horizontal dos tramos interiores da respectiva nave, correspondendo no exterior a gigantes de reforço rematados por coruchéus cónicos, em dois estratos sobrepostos, correspondentes aos telhados projectados; entre os gigantes, elegantes frestas de iluminação das naves. Fachadas S. e E. adossadas á cerca. INTERIOR: amplo, tipo salão, estruturado em cinco tramos, com a ábside quase encaixada no paramento E. Poderosos pilares de secção hexagonal suportam as ogivas artesoadas da cobertura. |
Acessos
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Largo de São Luís |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP / Zona "non aedificandi", Portaria, DG, 2.ª série, n.º 150 de 30 junho 1948 |
Enquadramento
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Urbano, intramuros, em cota relativamente elevada, adossado ao paramento SE. da muralha da cerca do Castelo de Viana do Alentejo (v. PT040713020002); harmonizado com a envolvência. Fachada N. voltada à Igreja da Misericórdia (v. PT04071302018) e ao Cruzeiro (v. PT040713020019) |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Diogo de Arruda (atr.) |
Cronologia
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Séc. 16, início - fundação do templo; séc. 18 - execução do presépio; 1937 - levantamento de plantas da igreja e castelo e estimativa de custos de obras; 1938 - 1945 - aquando das obras da DGEMN, demolição de várias construções, datando provavelmente desta época a demolição da Capela do Santíssmo Sacramento, localizada no último tramo do lado da Epístola, extramuros; 1947 - a Casa do Alentejo informa a DGEMN que o vitral retirado da igreja se encontra em Lisboa, na casa de Ricardo Leone, para restauro; 1949 - a Casa do Alentejo informa que os vitrais já se encontram restaurados podendo ser recolocados na igreja; 1953 - o arquitecto Rui Couto, Chefe da 3ª secção da repartição técnica da DGEMN, tendo efectuado, há c. de 5 anos atrás, uma visita a igreja, comunica que desde então o seu estado de conservação muito se deteriorou: os telhados encontram-se em bom estado, necessitando apenas de limpeza; o pavimento de tijoleira das naves laterais e coro necessita ser substituído, há ainda que "encarar a substituição dos actuais caixilhos desmantelados por vitrais, mesmo que seja de vidro tipo catedral, para o que no entanto é necessário rectificar os vãos, pois uns apresentam aberturas rectangulares e outros em arcos" (...) "; refere ainda que o altar-mor "era uma peça linda de talha; tiraram-lhe, escavacando-o aos pedaços, o trono"; necessita pois o retábulo-mor "ser completado com um trono e um sacrário, devendo a talha ser dourada"; 1956 - o Pároco da igreja, Padre Wenceslau Gonçalo de Almeida Gil, informa a DGEMN do seu mau estando de conservação , comunicando a existência de "vidros de janelas partidos, a ponto de chover no interior; portas sem pinturas e a estragarem-se; soalhos podres e tijolos partidos; portas de acesso ao castelo podres e sem fecharem"; 1958 - do orçamento de obras de conservação a realizar pela DGEMN constam entre outros: restauro do altar de talha da capela-mor incluindo douramento (a ouro de imitação) e fornecimento de sacrário de madeira e talha; modificação da banqueta e altares da capela-mor incluindo o fornecimento de um em talha dourada de acordo com o existente; retirar o cadeiral do coro incluindo o arranjo da parede à qual este se encosta; levantamento do pavimento de tijoleira do coro e reposição do mesmo; conclusão de painéis de azulejo; modificação da escada do púlpito; reparação de vãos para a colocação de vitrais; retirar o guarda-vento da porta principal e colocação de tapeçarias nesta e na porta lateral; fornecer e assentar balaustrada em madeira exótica no coro; reparação do adarve sobre a igreja; mudança do arcaz da sacristia para a parede oposta; construção de instalação sanitária; 1963, 12 de Novembro - o Eng. electrotécnico do IST, José Nascimento Ferreira Júnior, a propósito da instalação eléctrica da igreja, refere que na cerca e muralha do edifício "há ainda embutidas algumas construções pobres semi-arruinadas"; 1966, 07 Maio - o pároco da igreja informa a DGEMN que vários particulares que exploram mármore na vila oferecem a pedra necessária para a construção e assentamento de um altar "versus populum"; tendo sido mandado levantar a respectiva planta, o Arq. Rui Couto, informa " não prejudicar o conjunto da igreja a construção de uma mesa de altar sob o arco triunfal da capela-mor; 1968, 24 Julho - na sequência de uma carta do pároco da igreja comunicando das obras necessárias, a DGEMN informa mesmo de que relativamente às dependências junto à entrada do Castelo o restauro previsto da cerca e Castelo "compreende a demolição do andar superior que afecta as muralhas (...) incluindo ainda a reparação da Capela e dependências andar térreo"; 2004, Agosto - análise termográfica da fachada lateral N., sendo detectada uma fenda vertical e zonas de revestimento de variável aderência ao suporte ou destacado. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Alvenaria, mármore (portal e elementos secundários), granito (elementos secundários) |
Bibliografia
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DIAS, Pedro, A Arquitectura Manuelina, Porto, 1988; ESPANCA, Túlio, Igreja Matriz de N. Sra. da Anunciação de Viana do Alentejo, A Cidade de Évora, nº 60, 1972; ESPANCA, Túlio, Distrito de Évora, Concelho de Viana do Alentejo in Inventário Artístico de Portugal, Vol. XIX, SNBA, 1978; LNEC, Aplicação da análise termográfica em edifícios antigos na Amieira do Tejo e em Viana do Alentejo (Projecto FCTnº POCTI/ECM/46323/2002), Lisboa, LNEC, 2004; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota (Texto policopiado, dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa), Lisboa, 1998; SANTOS, Reynaldo dos, O estilo manuelino, Lisboa, 1952. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1938 - 1945 - Obras de reparação e restauro incluindo a demolição de várias construções: demolição completa de paredes de alvenaria na capela lateral e na capela-mor; entaipamento de diversos vãos proveniente de parte das demolições; levantamento completo de telhados e assentamento de novo; construção e assentamento de vitrais coloridos segundo o existente, de caixilharias, de pavimento de tijolo na sacristia; reparação de rebocos em paredes e abóbadas; lageamento de cantaria no interior; contrução e pintura de portas; reparação das escadas da torre; limpeza de cantarias; 1958 - 1959 - obras de reparação das coberturas, reparação e substituição de portas, caixilhos ecabeçotes de sinos ereconstrução do pavimento de uma das naves; 1960 - instalação eléctrica e de som; 1960 - 1964 - iluminação interior: fornecimento e montagem de dois lustres em latão e vidro na nave central e cinco meias lanternas de latão na sacristia e coro; 1974 - recuperação de dependências junto da entrada principal do Castelo e construção de instalações sanitárias: junto à entrada do Castelo, demolição de alvenarias para abertura e desobstrução de vãos e no adarve, apeamento da cobertura de telhado em ruína, desmontar e voltar a montar sineira e caixilho, construção de paredes em elevação nas dependências, construção de novos telhados, de pavimentos de tijoleira e mosaico hidráulico nas dependências, construção e assentamento de portas e caixilhos nas várias dependências; construção de betão armado em lintéis e arcos; reconstrução de rebocos; reconstrução do pavimento de soalho da sacristia; instalações sanitárias; construção de redes de canalização e adução de água; 1975 - refechamento de fendas com gatos de betão na parede de suporte do cruzeiro; execução de pavimento de tijoleira em adarves e dependências; fornecimento e assentamento de pavimento em tijoleira prensada, furada, do tipo regional no adarve, salas entrada e coro; refechamento de juntas em panos de muralha; limpeza dos telhados, caleiras e gárgulas; pintura dos cabeçotes dos sinos, de portas, caixilhos e grades; substituição de vidros partidos; caiações exteriores; nas salas da entrada, refechamento de fendas, execução de porta envidraçada e portadas, conclusão e assentamento de vitrais; ligação do esgoto à rede pública; 1976 - refechamento de juntas em panos de muralha e no pavimento de lagedo no acesso á igreja; consolidação da parede da escda de acesso à Capela de Santo António; caiações e pinturas; 1975 - 1976 - reparação da instalação eléctrica; 1978 - reparação de panos de muralha; reparação e limpeza de telhados da igreja e anexos; limpeza e isolamento de gárgulas; caiações interiores; 1884 - recuperação de rebocos degradados integrando aqueles que se encontram em bom estado através da aplicação de aguada de argamassa de cal parda e areia; recuperação de caixilharias exteriores nomeadamente nas portas principal e travessa e na janela da sacristia; substutuição integral do soalho de madeira existente, por outro idêntico ao existente incluindo novo estrado para o altar-mor. |
Observações
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Autor e Data
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Manuel Branco e Castro Nunes 1994 |
Actualização
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