Capela de Nossa Senhora da Conceição / Igreja Paroquial do Pinhão
| IPA.00011987 |
Portugal, Vila Real, Alijó, Pinhão |
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Arquitectura religiosa, vernácula e revivalista. Capela de planta longitudinal simples com nave e capela-mor separados por arco diafragma, com sacristia adossada na fachada lateral direita. Fachada principal terminada em empena, de cornija, rasgada por portal de verga abatida e janela rectangular. Fachadas laterais rematadas por friso e cornija, rasgadas por janela rectangular e, na lateral esquerda, por porta de verga abatida. No interior, coberturas em madeira, em falsa abóbada abatida, coro-alto, púlpito, retábulos de talha policroma, sendo os laterais revivalistas neomanuelinos e o mor em neorococó. |
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Número IPA Antigo: PT011701090061 |
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Registo visualizado 891 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudinal de nave única e capela-mor separada por arco diafragma, exteriormente indiferenciada, tendo adossado à fachada lateral direita pequena sacristia rectangular, mais baixa. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e uma na sacristia. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento em cimento encarapinhado, cunhais e remate em friso e cornija moldurada pintados de cinzento. Fachada principal virada a S., terminada em empena, com pináculos piramidais de cantaria sobre acrotério nos cunhais e cruz de ferro de braços flordelizados na empena. Portal de verga abatida com moldura de cantaria superiormente terminada em friso saliente, encimada por janela também moldurada, com vidros policromos formando cruz. Fachadas laterais com cornija sobrepujada por beiral, rasgando-se na lateral esquerda porta com moldura igual à do portal axial e janela igualmente com vidros formando cruz; sobre o beiral ergue-se sineira de arco de volta perfeita sobre pilares, encimada por cruz de ferro e ladeada por pináculos, um deles correspondente ao do cunhal. Na fachada lateral direita paramentos revelando entaipamento de uma porta travessa, e a sacristia possui acesso por porta, sem moldura, a S. e pequena janela a E. Fachada posterior cega, terminada em empena, coroada por cruz de cantaria. INTERIOR com paramentos rebocados e pintados de branco e embasamento a cinzento. Pavimento de granito, lateralmente coberto por estrados de madeira e cobertura de madeira, em falsa abóbada abatida, pintada de azul, o da nave decorada ao centro por cartela polilobada com elementos fitomórficos centrado por sol, e a da capela-mor, à mesma altura, por custódia entre medalhão florido. Nave com coro-alto de madeira, sobre arco abatido assente em mísulas, com guarda em balaustres de madeira torneada e acedido por larga escada de caracol disposta no lado da Epístola. Neste mesmo lado, surge o púlpito, com bacia de cantaria e guarda de balaústres quadrangulares e escada de madeira. No topo da nave, dispõem-se dois retábulos laterais confrontantes, de talha policroma, planta recta e três eixos. Arco diafragma alteado em cantaria sobre pilastras pintadas de branco. Na capela-mor, sobre supedâneo acedido por três degraus, retábulo em talha policroma, de planta cônvexa e três eixos, delimitados por pilastras decoradas por concheados de acantos e colunas torsas com espira fitomórfica, assentes em plintos com cartelas de acantos e com capitéis coríntios. Nos eixos laterais, entre as colunas, surgem mísulas bolbosas com apontamentos dourados, sustentando imaginária. No eixo central, abre-se tribuna, com arco de volta perfeita, com fundo pintado por glória de anjos que enquadram imagem do orago, que surge no topo de um trono de quatro degraus; ático composto por espaldar recortado e cornija decorado por motivos vegetalistas e concheado. Banco ornado por almofadas côncavas azuis claras sobrepostas por cartelas de acantos, encimado por sacrário em forma de templete. Altar paralelepipédico, com pano, sebastos e sanefa, esta com franja, decorado com concheados e cartela recortada no primeiro. Na parede do lado da Epístola, surge painel de talha dourada, com lambrequim recortado, e decorado por pomba do Espírito Santo em círculo raiado, enquadrado por elementos fitomórficos. |
Acessos
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Rua da Igreja |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado. Ergue-se no centro de vila, em local sobranceiro, num adro com excelente panorama para o rio Douro e envolvente. O adro, acedido a N. por portão de ferro, tem nesse mesmo lado e a E. muro alto separando-o do casario disposto pela encosta, e a S. e O. balaustrada pintada de branco. O pavimento é em paralelepípedos e frontalmente possui bancos de jardim. |
Descrição Complementar
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Retábulos laterais de igual estrutura, com três eixos delimitados por pilastras, encimadas por pináculos em agulha, formados por mísulas e plinto no central, enquadrados por apainelados, sendo o central mais elevado e em arco apontado e os laterais em arco canopial e remate em platibanda. Na base do plinto encontra-se embutido o sacrário formado por arco quebrado e gablete e com porta decorada por custódia. Altares paralelepipédicos com frontais decorados. |
Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Vila Real) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1134 - Pinhão era um lugar da freguesia de São Pedro de Celeirós de Panóias; séc. 18 - aqui terminava a Estrada Real, herdeira da antiga via romana que atravessava a terra de Panóias e fazia a ligação entre a Região de Murça e a zona ribeirinha do Douro, atravessando Alijó, Favaios e Casal de Loivos; 1930 - o lugar do Pinhão estava integrado na freguesia de Casal de Loivos, concelho de Alijó; 1930, década - construção de uma capela para culto e instalação de um cemitério próprio, condições indispensáveis para a constituição de freguesia; a capela foi construída num terreno oferecido por António Baptista Ribeiro, proprietário dos "Grandes Armazéns Douro" e um dos mais ricos comerciantes do lugar; o terreno cedido para o cemitério pertencia a João Elias; 1933, 26 Setembro - Decreto-lei nº 23057 elevando o lugar do Pinhão a freguesia, graças à actuação dos habitantes mais ilustres, nomeadamente António Manuel Saraiva, Luís Paulo Ribeiro e Américo da Silva Barros, que integraram a Comissão Instaladora da freguesia; o seu primeiro presidente foi António Manuel Saraiva, cujo mandato durou até 1953; Pinhão continuou, no entanto, a integrar a Paróquia de Gouvães do Douro, do concelho de Sabrosa; 1945, 21 Outubro - colocação do padre Adalberto Fernandes Paiva; 1950, década - António Manuel Saraiva deslocou-se a Vila Real para expressar ao bispo a vontade dos pinhoenses da constituição da paróquia do Pinhão; para tal, era necessário que a povoação garantisse os meios de subsistência de um sacerdote; a título experimental, o bispo determina a colocação de um sacerdote na paróquia de Gouvães do Douro mas com residência na freguesia do Pinhão; 1952 - conclusão da construção da residência paroquial sobre um grande armazém, junto à capela, cedido por D. Branca Viana Fragateiro; 1959, 1 Fevereiro - data da entrada em vigor do decreto episcopal criando a paróquia do Pinhão; 1991, 20 Junho - elevação da povoação à categoria de vila. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; embasamento em cimento encarapinhado; molduras dos vãos, pináculos, sineira, cruz da empena posterior, pavimento e bacia do púlpito em granito; portas, estrados, guarda do púlpito e do coro de madeira; coro-alto e cobertura interior em madeira pintada; retábulos de talha policroma e dourada; painel de talha dourada na capela-mor; cobertura exterior em telha. |
Bibliografia
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LEITÃO, Fernando Rodrigues, Monografia do Concelho de Alijó, Lisboa, 1963; CD Portugal Século XXI - Distrito de Vila Real, Matosinhos, 2000; LOBO, Maria Lucília Saraiva, A Alma do Douro. Pinhão, s.l., 2ª ed., Gráfica Maiadouro, 2004. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 2004 |
Actualização
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