Forte de São João Baptista / Farol de Esposende / Castelo de São João Baptista / Forte de Esposende

IPA.00001247
Portugal, Braga, Esposende, União das freguesias de Esposende, Marinhas e Gandra
 
Arquitectura militar, seiscentista e setecentista. Originalmente, forte de planta estrelada irregular, do qual resta hoje, dois vértices com os respectivos baluartes e guaritas de planta hexagonal. Integra no seu interior, farol, de construção oitocentista, de torre cilíndrica em ferro, com lanterna e varandim de serviço e quatro edifícios de planta rectangular e quadrangulares, rasgados por vãos rectilíneos. Este forte integra-se no plano defensivo da costa Portuguesa, com a finalidade de proteger a entrada do rio Cávado.
Número IPA Antigo: PT010306120004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Forte de planta estrelada irregular, do qual subsiste apenas dois vértices com os baluartes e respectivas guaritas de planta haxagonal. No interior, erguem-se edifícios de serviços, de planta quadrangular, com coberturas de quatro águas, de um piso, rasgados por vãos de verga recta. A SO. do forte, ergue-se o farol, de torre cilíndrica em ferro, sobre uma base circular de cimento, com lanterna e varandim de serviço, pintado de vermelho. Adossado ao farol, encontra-se um edifício de planta rectangular, de dois pisos, rasgado por vãos de verga recta, pintado de amarelo, para os faroleiros.

Acessos

Lugar do Rio, Foz do rio Cávado

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 28/82, DR, 1ª série, nº 47 de 26 fevereiro 1982

Enquadramento

Isolado, implanta-se na margem direita da foz do rio Cávado, sobranceiro à costa marítima.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Comunicações: farol

Propriedade

Pública: Estatal

Afectação

Ministério da Defesa Nacional - Marinha

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Engenharia: Manuel Pinto Vila Lobos (atrib.); Direcção da obra: mestre Pedro Rocha Vale

Cronologia

1699 - abertura dos alicerces para a construção do forte; 1702, Junho - conclusão das obras de construção do forte; 1866, Dezembro - instalação de um farolim lenticular montado num candelabro; 1883 - elaboração e aprovação pela Comissão de Faróis e balizas, do Projecto de alumiamento e balizagem dos portos do Continente do Reino, onde se previa a colocação de uma luz de porto, em Esposende; 1913 - a Associação Comercial e Industrial de Esposende informava o Ministro da Marinha que o actual farolim deveria ser substituido por um farol com vantagem de alcance luminoso; 1922 - foi encomendado à casa Barbier, Bénard & Turenne o fornecimento de uma torre de ferro com lanterna iluminando 270 graus, com sete metros de altura focal, destinada a receber um aparelho de 5ª ordem de luz fixa; 1925 - até esta data manteve-se no forte um farolim de luz fixa, vermelha, instalado sobre uma estrutura metálica de montantes de ferro, na casa que servia de habitação ao faroleiro; 10 Abril - conclusão das obras e início de funcionamento do farol na estrutura metálica que ainda hoje existe; 1938 - ligação à rede pública de distribuição de energia eléctrica; 1978 - o antigo sinal sonoro foi retirado, tendo sido instalado um novo equipamento eléctrico numa estrutura mais próxima do mar; 1980 - todo o equipamento luminoso foi retirado e substituído por um sistema monobloco rotativo de painéis de ópticas seladas, com um alcance de 21 milhas; 1994 - intervenção na estrutura metálica da torre, em que foi retirado o segundo varandim, base de sustentação das trompas de ar comprimido do sinal sonoro; 1999, 23 Novembro - o sistema monobloco foi substituído pelo sistema TRB - 400 max lumina.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes. A torre do farol tem uma altura de 15 m, a luz encontra-se a 21 m de altitude e o seu alcance luminoso é de 21 milhas (c. 37 km), com uma característica luminosa de relâmpagos simples e um período de 5 segundos.

Materiais

Forte: estrutura de cantaria de granito; Farol: estrutura em ferro; Edifícios: estrutura de cantaria de granito, rebocados e pintados a amarelo ocre; embasamentos de granito; pavimentos e portas de madeira; vidros simples nas janelas; coberturas em telha.

Bibliografia

Dionísio, Santana, Guia de Portugal, 4º Vol. I. II, Coimbra, 1986; Lopes Flávio (coordenação), Património Arquitectónico e Arqueológico (IPPAR), Lisboa, 1993; Amândio, Bernardino, Esposende e o seu concelho na história e na geografia, Mínia nº 4, 1996; Ministério da Marinha Portuguesa, Direcção de Faróis, Faróis de Portugal, Ciência Viva, 2005; www.igespar.pt, 07 Dezembro, 2010.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN / DREMN

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN / DREMN

Intervenção Realizada

Observações

A povoação de Esposende pertenceu à Casa de Bragança, usufruindo de grande importância a partir do séc. 16, foi elevada à categoria de Vila por D. Sebastião.

Autor e Data

Isabel Sereno 1994 / Miguel Leão 1994 / Sónia Basto 2010

Actualização

 
 
 
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