Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
| IPA.00014259 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alvalade |
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Arquitectura educativa, do séc. 20. Edifício construído para instalar a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, de planta rectangular irregular, desenvolvido em torno de quatro pátios. Fachadas principais destacadas por pórticos sem entablamento e composição geral baseada na simetria e regularidade dos seus elementos, jogando com as formas e os volumes, onde surgem paramentos lisos rasgados por vãos rectos, existindo, por vezes, o aproveitamento da estrutura, numa rede de pilares e vigas, com enchimento de paredes em planos recuados, particularmente visível no corpo E.. Distribuição espacial interna organizada em função de amplos espaços vestibulares, de duplo pé direito e de dois pátios interiores gerando uma compartimentação por pisos e alas funcionais, com os serviços de direcção e administrativos no piso nobre, com as reprografias e bares no piso inferior e salas de aulas no superior, onde ficava a biblioteca, fortemente iluminada lateral e frontalmente. Trata-se de uma edificação que integra o núcleo fundador da Cidade Universitária de Lisboa, que permitiu o início da fixação da UL na zona. É indissociável do conjunto no seio do qual foi projectado, que integra a Reitoria e a Faculdade de Direito, concebido por um dos arquitectos que mais laborou ao serviço das Obras Públicas do Estado Novo, todos derivados de um programa delineado pela Comissão Administrativa das Novas Instalações Universitárias, pelo ministro Duarte Pacheco e pelo atelier Pardal Monteiro. Neste âmbito, não são de descurar as obras de arte integradas da autoria de um conjunto de artistas representativos desse período, com encomendas a artistas consagrados como Almada Negreiros, Lino António e Leopoldo de Almeida. É um dos edifícios votados ao ensino superior universitário que foi levantado durante a vigência do regime, fora de Coimbra, o que o torna num elemento patrimonial e memorial que importa preservar e divulgar. |
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Número IPA Antigo: PT031106090710 |
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Registo visualizado 5483 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Faculdade
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Descrição
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Complexo *2 composto por quatro edifícios, dois deles articulados: o principal e um núcleo de construção mais recente, surgindo, a N., o corpo da biblioteca e a O. o corpo do denominado Pavilhão Novo. CORPO PRINCIPAL forma planta rectangular irregular, pelo prolongamento de alguns dos seus volumes, desenvolvendo-se em volta de quatro pátios, os do lado E. abertos, estando o SE. fechado por muro de cantaria de calcário, sendo estes pátios as fontes de luz dos corredores de circulação, através de janelas ou de tijolo de vidro. Os frontais encontram-se fortemente arborizados, surgindo, no centro do situado no lado esquerdo, um pequeno lago. Os corpos têm disposição horizontal de massas, evoluindo em quatro pisos, com coberturas escalonadas e diferenciadas, planas e praticáveis. Composição geral das fachadas segundo o princípio da simetria e da regularidade, com elementos comuns, como os socos de pedra, seguido de paramentos rebocados e pintados, sobre os quais se abrem fenestrações regulares, de vãos rectos emoldurados a cantaria e com caixilharias de alumínio, sendo rematadas em frisos de cantaria pouco saliente. Na maior parte dos corpos apresentam uma composição de retículas de pilares e vigas, com panos ligeiramente recuados e rasgados por janelas, ou utilizando superfícies envidraçadas para marcar a presença de espaços fundamentais e mais amplos. A fachada principal, virada a S. recebe tratamento mais apurado, quer na concepção arquitectónica quer nos materiais e recursos decorativos utilizados, sendo antecedida por escadaria de cantaria, que acede ao pórtico, composto por pilares de secção rectangular revestidos a granito róseo, polido e com tecto em caixotões, tendo as paredes revestidas a cantaria de calcário que constituem suporte para composições figurativas policromas, segundo a técnica do desenho inciso. Porta de entrada centralizada, formando extensa superfície envidraçada, com piso superior sublinhado pelos vãos envidraçados da antiga biblioteca. INTERIOR com as áreas funcionais bem definidas, organizadas a partir de amplo vestíbulo central (Passos Perdidos), dividido em três naves por colunas cilíndricas, com pavimento em calcário de várias tonalidades e cobertura em caixotões amplos, rebocados e pintados de branco. As naves laterais abrem para os pátios e, a do lado esquerdo, para uma pequena escada que permite a ligação à Secretaria, dependências dos Concelhos Científico e Directivo e a escadas secundárias de acesso ao piso superior. A partir do corredor da Secretaria, acede-se a novas escadas e ao elevador de serviço. A nave central do vestíbulo liga a ampla escadaria de acesso ao corredor principal do edifício, a partir do qual se acede, novamente por escadaria, ao Anfiteatro I, e às alas laterais, situando-se, nos extremos, escadas de acesso aos demais pisos. No lado esquerdo, situa-se um terceiro pátio interno fechado. No piso inferior, situam-se os bares, os serviços de reprografia, a sala de audiovisuais e, nos extremos, várias salas de aula. No piso intermédio, os anfiteatros e grande parte dos departamentos e institutos da Faculdade, a Sala de Mestrados e de reuniões, bem como o acesso ao novo corpo situado a N.. Nos pisos superiores, salas de aula. O grande anfiteatro central (anfiteatro 1) mantém a sua estrutura com o palco de madeira ao centro. Sobre este encontra-se uma mesa e tem a particularidade o facto de possuir uma régie no piso superior. O inclinado anfiteatro mantém as bancadas de madeira com assentos para o público, que também se encontram no anfiteatro 2. A área deste último é consideravelmente menor, albergando uma audiência mais restrita. Difere também pelo facto de o chão estar coberto com tacos de madeira, estando as bancadas, à semelhança do grande anfiteatro, agrupadas em duas filas. CORPO NE. de planta rectangular, com um dos lados arredondados, evoluindo em dois pisos, com as fachadas revestidas a cantaria e marcado por amplas molduras que enquadram os vãos envidraçados. No INTERIOR, situam-se vários anfiteatros e salas de aula. Este corpo liga-se, através de uma parede ao corpo da BIBLIOTECA, de planta em U irregular, totalmente revestida a cantaria, excepto nos pisos inferiores, que marcam os espaços comuns, de trânsito e de leitura, e o pano das escadas, no extremo SE. do edifício. Alberga também a Mapoteca, anfiteatros e gabinetes diversos. Surge um quarto corpo, o PAVILHÃO NOVO, de planta rectangular, desenvolvido em torno de pátio interno. |
Acessos
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Alameda da Universidade. VWGS84 (graus decimais) lat.: 38,754022, long.: -9,157906 |
Protecção
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Em vias de classificação *1 / Incluído na Zona Especial de Proteção do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (v. IPA.00014262) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado numa pequena elevação no centro da Cidade Universitária de Lisboa (v. PT031106090726), ocupando um núcleo central definido em torno de vasta alameda com plataforma central relvada e alas formadas por construções também universitárias. Implanta-se numa antiga zona de quintas de produção. Surge no topo da Alameda, no lado N, flanqueado a E. pela Reitoria da Universidade de Lisboa (v. PT031106090455), tendo, fronteira, a Faculdade de Direito (v. PT031106090711). Descendo para o Campo Grande, e nos terrenos contíguos àquelas faculdades, localizam-se os edifícios de construção mais recente que servem de instalação aos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (v. PT031106090714) e à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (v. PT031106090728). Mais a N., com acesso por uma alameda que corre paralela à fachada lateral direita da Faculdade, situa-se o complexo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (v. PT031106091710). |
Descrição Complementar
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No topo do corpo das aulas do edifício da faculdade, baixo-relevo representando Apolo a presidir ao Conselho das Musas. No corpo lateral da fachada principal do edifício da faculdade baixo-relevo representando as 3 musas (Erato - poesia lírica, Clio - história e Caliope - eloquência e a poesia heróica). O pórtico de entrada da Faculdade de Letras possui gravuras incisas coloridas, onde Almada Negreiros representou vinte cenas distintas, aludindo a figuras e alegorias da literatura universal e portuguesa, através de desenhos concisos e muito expressivos, fruto de um pormenorizado estudo literário. Seguindo uma evolução cronológica, o artista concebeu um verdadeiro historial da literatura, que se inicia com a bíblica Expulsão do Paraíso, passando por obras clássicas no primeiro pano: Prometeu Agrilhoado de Esquilo, Odisseia de Homero e Eneida de Virgílio. No seguimento surgem Santo António de Lisboa, A Divina Comédia de Dante Alighieri, Auto da Lusitânia de Gil Vicente e D. Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes; sobre a porta de entrada, Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, fixando Vasco da Gama ante a Máquina do Mundo. O pano sequente inicia-se com a Torre de Montaigne (que substituiu a ideia inicial do artista de representar o "modo de figurar uma batalha", do Código Atlântico de Leonardo da Vinci), passando pela Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, Hamlet de William Shakespeare e Fausto de J. W. Goethe. Na última fachada, à excepção da alusão a Dostoiévski, todas as imagens se reportam a obras portuguesas: Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano, Viagens na minha terra de Almeida Garrett, Soneto à Virgem de Antero de Quental, Correspondência de Fradique Mendes de Eça de Queirós, Heterónimos de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos) e O Menino de sua mãe de Fernando Pessoa. No pátio do lado direito, uma escultura em cantaria representando D. Pedro V, em mármore branco, colocada sobre um plinto de liós bujardado, com a figura em mármore branco e não em bronze, como estava previsto, representando o o monarca, cujo reinado foi assaz breve, através de uma figura dignas mas algo estilizada, de olhar indefinido, porém perfeitamente identificável pelos atributos, como o manto com brocado de arminho e um documento, certamente alusivo à outorga de verbas pessoais para dotar o Curso Superior de Letras, no valor de 91.250$00. Na parede fundeira dos Passos Perdidos um painel cerâmico (560 x 270 cm) com uma composição onírica onde se trava uma luta entre o Bem e o Mal. Assim, Grupos de estudantes assistem a uma cena central, em que uma figura alada com uma tocha vence um demónio verde: a vitória do espírito do esclarecimento e da iluminação sobre o espírito mau da obscura ignorância. |
Utilização Inicial
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Educativa: faculdade |
Utilização Actual
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Educativa: faculdade |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Harro Wittmer (1996-2000); Porfírio Pardal Monteiro (1953). ARTISTAS PLÁSTICOS: Almada Negreiros (1956); Jorge Barradas (1957-1958); Manuel Lapa (1957-1958). CARPINTEIRO: Félix Carreira (1953-1958). ELECTRICISTA: José Jacinto Tomé (1953-1958). EMPREITEIROS: José da Conceição Lopes (1953-1958); Manuel Lopes (1953-1958). EMPRESAS FORNECEDORAS: Centro Técnico Hospitalar (1958); Fábrica de Tapeçarias Sultão (1958); H. Vaultier (1958); Jardim Primavera (1958); João Gonçalves Costa & Filhos (1958); Mármores e Cantarias de Trajouce, Lda. (1953-1958); Móveis Aséta (1958); Osório de Castro (1958); Sitel, Lda. (1958); Sociedade de Estores Metálicos (1958); Sociedade de Pavimentos e Isolamento, Lda. (1956-1958); Viúva de João Ferreira & filhos (1958). ENGENHEIROS: António Teixeira de Sampaio (1953-1958); Fernando Galvão Ivens Ferraz Jácome de Castro (1953-1958); Fernando Galvão Jácome de Castro (1953); Georgino da Nova (1953); Inácio Constantino de Menezes Oom do Vale (1953); Joaquim Fausto Janela Lucas (1953-1958); Manuel Guilherme Tavares Cardoso (1953). ESCULTORES: Álvaro de Brée (1956), Leopoldo Neves de Almeida (1956), Joaquim Martins Correia (1960). OFICINAS: Manufactura de Tapeçarias de Portalegre (1956). PINTOR: Mário Mendes da Silva (1953-1958). |
Cronologia
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1858 - criação do Curso Superior de Letras por D. Pedro V, a suas expensas; 1911 - criação da Faculdade de Letras de Lisboa, que funciona no edifício da Academia de Ciências; 1918, Julho-Agosto - com Sidónio Pais são tomadas as primeiras medidas para prover a Universidade de Lisboa de instalações próprias e adequadas, com a criação de uma comissão para escolha dos terrenos e elaboração de projectos de construção para o corpo central administrativo e as Faculdades de Direito e de Letras (Portarias de 4 Julho e 9 Agosto 1918); 1928, Janeiro - Abranches Ferrão propõe a elaboração da planta de uma edificação que comportasse a Reitoria e as Faculdades de Direito e de Letras, ideia apoiada pelo vice-reitor António Faria Carneiro Pacheco; 1930, Fevereiro - com Caeiro da Mata no cargo de reitor, elabora-se um plano para as construções universitárias, com a ideia de concentrar todos os edifícios num "bairro universitário", a localizar no Campo Grande; apresentação de um desenho com a hipotética implantação das Faculdades e diversos serviços anexos; Março - instauração da comissão de estudo da Cidade Universitária, destinada a elaborar um plano de fácil realização e adequado às possibilidades do Tesouro, composta pelo Reitor Caeiro da Mata, os directores David Lopes (Faculdade de Letras), Santos Lucas (Faculdade de Ciências), Egas Moniz (Faculdade de Medicina) e Moreira Beato (Faculdade de Farmácia); Junho - apresentação do projecto integral de instalação universitária elaborado pela comissão sob Caeiro da Mata, publicado no Diário de Notícias; localiza os edifícios nos terrenos a O. do Campo Grande, numa área de c. 80 ha, integrando além da Reitoria e de todas as Faculdades, o hospital escolar, residências para estudantes e instalações desportivas; 1934, 01 Novembro - nomeação da comissão incumbida de conceber, em três meses, o programa e o projecto para as novas construções da Reitoria e Faculdades de Direito e de Letras, composta pelo vice-reitor e professor da Faculdade de Direito Carneiro Pacheco, o professor da Faculdade de Letras João da Silva Correia, e os engenheiros Jácome de Castro e Evangelista Carvalhal, sendo lhes dada a liberdade de proposta de um arquitecto que integrasse a equipa; 13 Dezembro - o Ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco, autoriza a construção de novos edifícios para a Reitoria e Faculdades de Direito e de Letras, acometendo a direcção e administração das obras à comissão instituída para edificação dos Hospitais Escolares de Lisboa e Porto (Decreto nº 24776); a comissão passa então a designar-se Comissão Administrativa dos Novos Edifícios Universitários (CANEU), integrando, além da comissão dedicada aos hospitais, a Comissão Técnica dos Edifícios da Reitoria e Faculdades de Letras e de Direito, da qual fazem parte o presidente Carneiro Pacheco e os vogais João da Silva Correia, Fernando Galvão Jácome de Castro e Eduardo Evangelista Carvalhal; deveria apresentar o ante-projecto num prazo de três meses e teria liberdade de nomear um arquitecto (Portaria de 9 Janeiro 1935); 1935, 11 Janeiro - elaboração do programa-base pela comissão técnica, enviado a Duarte Pacheco, que o aprova parcialmente em Agosto; 15 Agosto - Carneiro Pacheco roga à CANEU que seja contratado o arquitecto Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957), com experiência na projecção de modernos edifícios universitários graças à planificação do novo Instituto Superior Técnico, em Lisboa; 1935, Outubro - a Comissão encomenda a Porfírio Pardal Monteiro os projectos da Reitoria, Faculdades de Direito e de Letras e Instalações Culturais para Estudantes; 1938, Agosto - apresentação dos primeiros estudos para os três edifícios esboçados por Pardal Monteiro, 10 plantas à escala 1/500, incluindo a indicação da área de implantação correspondente a cada um; 1940, Dezembro - Pardal Monteiro entrega um dossier com alçados e cortes do ante-projecto; 1941, Abril - emissão do parecer de Duarte Pacheco sobre os anteriores estudos remetidos por Pardal Monteiro: estipula-se como custo máximo para os três edifícios o montante de 17.000 contos; 1952 - reformulação da encomenda dos três edifícios universitários a Porfírio Pardal Monteiro, que passa a ser acompanhado pelo sobrinho, o arquitecto António Pardal Monteiro; 1953 - entrega dos primeiros estudos renovados dos edifícios, aumentando-se a área de construção e surgindo os edifícios individualizados e separados; 1953 - construção do edifício, conforme projecto de Porfírio Pardal Monteiro, acompanhado pelos membros da CANIU composta pelos engenheiros Fernão Galvão Jácome de Castro, Manuel Guilherme Tavares Cardoso, Inácio Constantino de Menezes Oom do Vale, Georgino da Nova, sendo director da obra António Teixeira de Sampaio, ajudado por Fernando Galvão Ivens Ferraz Jácome de Castro e Joaquim Fausto Janela Lucas; a obra foi acompanhada pelos arquitectos Carlos Manuel Toscano Homem de Sá; obra executada pelos empreiteiros José da Conceição Lopes e Manuel Lopes, ajudados pelas empresas de carpintaria Félix Carreira, com cantaria fornecidas pela empresa Mármores e Cantarias de Trajouce, Lda., sendo as pinturas de Mário Mendes da Silva; instalação eléctrica fornecida por José Jacinto Tomé e o aquecimento pela Sitel, Lda.; pavimentos e lambris da Sociedade de Pavimentos e Isolamento, Lda.; tratamentos fónicos por H. Vaultier; fornecimento de caixilharias por João Gonçalves Costa & Filhos e estores da Sociedade de Estores Metálicos; 1956 - execução, por Leopoldo Neves de Almeida, de um baixo-relevo em pedra rosal de Leiria, com 4m de altura e 3m de comprimento, a colocar no topo do corpo das aulas; execução, por Álvaro de Brée, de um baixo-relevo em pedra rosal de Leiria, com 4m de altura e 3m de comprimento, desenhado para o corpo lateral da fachada principal do edifício da faculdade; execução, por Jorge Barradas, de um painel de cerâmica policromada, com 5,60m de altura e 2,70m de comprimento, concebido para a parede do patamar do grande anfiteatro da faculdade; execução de uma tapeçaria mural decorativa para o gabinete do director da faculdade, adjudicada a Tapeçarias de Portalegre, conforme cartão de Lino António, representando o Juramento das Ordenações pelo rei D. Manuel I; Jorge Barradas cria um painel cerâmico para a parede fundeira dos Passos Perdidos, executado na Fábrica Viúva Lamego; 1957 - feitura das gravuras por Almada Negreiros; baixos-relevos das Musas (Clio, Calíope, Érato e Polímnia) por Leopoldo Neves de Almeida; 1957 / 1958 - o pintor Jorge Barradas realiza o painel policromado que se destina ao topo dos Passos Perdidos; as Tapeçarias de Portalegre executam, sobre cartão do pintor Manuel Lapa, a tapeçaria para o gabinete do director; fornecimento de mobiliário pela Viúva de João Ferreiro & filhos, Centro Técnico Hospitalar, Móveis Aséta, Osório de Castro; colocação de alcatifas e tapetes pela Fábrica de Tapeçarias Sultão e os verdes pelo Jardim Primavera; 1958 - conclusão da construção; 1958, 17 Outubro - entrega do edifício ao Ministério da Educação Nacional; 1960 - inauguração de uma escultura de D. Pedro V, da autoria de Joaquim Martins Correia; 1961 - gravação dos desenhos de Almada Negreiros no pórtico; 1967 - feitura de um pavilhão pré-fabricado, o denominado Pavilhão Velho; 1974 - feitura do Pavilhão Novo; 1996 - início da construção do novo corpo da Faculdade e o corpo da Biblioteca, este da autoria de Harro Wittmer; 2000 - inauguração do imóvel; 2013, 10 julho - publicação da abertura do procedimento de classificação do edifício, em Anúncio n.º 246/2013, DR, 2.ª série, n.º 231. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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Estrutura em betão armado, com elementos em calcário, mármore e granito; coberturas, pavimentos, mobiliário em madeira; janelas em vidro com caixilharias de alumínio anodizado na cor natural; tectos em estuque e gesso. |
Bibliografia
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AFONSO, Luís U., “As gárgulas da Torre do Tombo”, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2005, n.º 4, pp. 441-466; “Almada - do Génesis a Fernando Pessoa”, Suplemento 'Vida Literária' nº 157, Diário de Lisboa, nº 13872, ano 41º, 27 de Julho de 1961, pp. 13 e 15; FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; MARQUES, A. H. de Oliveira, Notícia Histórica da Faculdade de Letras de Lisboa: 1911-1961, Lisboa, s/n, 1970; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1.º e 2.º vols., Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 2.º vol., Lisboa, 1962; O Novo edifício da Faculdade de Letras da Cidade Universitária, Lisboa, Ministério das Obras Públicas / Comissão Administrativa das Novas Instalações Universitárias, 1958; PASCOAL, Ana Mehnert, A Cidade do Saber. Estudo do Património Artístico Integrado nos edifícios projectados pelo arquitecto Porfírio Pardal Monteiro para a Cidade Universitária de Lisboa (1934-1961), Dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro, FLUL, 2010; PEDROSA, Patrícia Santos, Cidade Universitária de Lisboa (1911-1950): génese de uma difícil territorialização, Tese de Mestrado em História da Arte/Arquitectura, FCSH-UNL, 2008; RODRIGUES, António, Jorge Barradas, IN-CM, 1995, p. 103. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/CAM, Arquivo Pessoal de Porfírio Pardal Monteiro (PPM NT7 UAC15); Universidade Lisboa |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA, Universidade Lisboa |
Documentação Administrativa
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Universidade Lisboa |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - obras de conservação e reparação pela Direcção Regional; Comissão Administrativa dos Novos Edifícios Universitários: 1956 - continuação da execução das empreitadas do edifício, adjudicadas em 1955; apreciação das propostas da 2ª e última empreitada; 1957 / 1958 - adjudicação da empreitada de fornecimento de móveis, adjudicação dos trabalhos de arranjo dos pátios e logradouros e o seu ajardinamento; 1960 - Aprovação do desenho de Almada Negreiros para a pedra decorativa da fachada; 1961 - foi feita a incisão policromada na pedra da fachada da faculdade; 1960 - Aprovação do desenho de Almada Negreiros para a pedra decorativa da fachada; 1961 - foi feita a incisão policromada na pedra da fachada da faculdade, pela Comissão Administrativa das Novas Instalações Universitárias. |
Observações
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*1 - Classificação conjunta do Edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa (v. IPA.00007780), Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (v. IPA.00014260) e Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (v. IPA.00014259). *2 - esta ficha tem correspondência às fichas de inventário da Universidade de Lisboa (UL): UL_FL_IM001; UL_FL_IM002; UL_FL_OBJ001; UL_FL_OBJ002; UL_FL_OBJ003; UL_FL_OBJ004; UL_FL_OBJ005; UL_FL_OBJ006; UL_FL_OBJ007; UL_FL_OBJ008; UL_FL_OBJ009; UL_FL_COL001; UL_FL_COL002; UL_FL_COL003; UL_FL_COL004; UL_FL_COL005. |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 2002 / Ana Pascoal, Catarina Teixeira (Universidade de Lisboa - UL) e Paula Figueiredo (IHRU) 2011 (no âmbito da parceria IHRU / UL) |
Actualização
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