Pelourinho de Moreira de Rei

IPA.00001518
Portugal, Guarda, Trancoso, Moreira de Rei
 
Pelourinho quinhentista, de gaiola octogonal, com soco octogonal de quatro degraus, fuste octogonal e capitel simples, encimado pela gaiola com colunelos e chapéu em pináculo primaidal, encimado por elemento heráldico. Tem afinidades com os pelourinhos de Trancoso (v. PT020913170001), Castelo Rodrigo (v. PT020904030003), Pinhel (v. PT020910170001), Penedono (v. PT011812060002 ) e Sernancelhe (v. PT011818160003). Tem a gaiola a emergir directamente do capitel, encimado por esfera armilar alongada no coroamento.
Número IPA Antigo: PT020913120005
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição régia  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de seis degraus, encontrando-se os dois primeiros semi-enterrados no solo. Coluna com base quadrada chanfrada nos ângulos e fuste octogonal de superfície lisa. Capitel, de secção octogonal composto por quatro anéis de diâmetro crescente, sendo antecedido por gola também octogonal. O remate é formado pela gaiola com base em forma de pirâmide octogonal, truncada e invertida. A gaiola é constituída por um colunelo central liso e oito colunelos de fuste cilíndrico, encimados pela sobreposição de três anéis de secção circular, por sua vez terminados por peça achatada na parte inferior e alongada na parte superior. Chapéu da gaiola em pirâmide de base octogonal, mostrando no coroamento uma esfera armilar alongada, assente sobre peça de secção octogonal e rematada por cogulho.

Acessos

Largo da Praça. VWGS84 (graus decimais) lat.: 40.830155; long.: -7.321980

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 21 354, DG, 1.ª série, n.º 136 de 13 junho 1932

Enquadramento

Urbano, isolado, ergue-se num espaço desnivelado, a meia-encosta, quase no sopé do Castelo (v. PT020913120004). Ao lado conserva-se o ulmeiro secular protegido por um embasamento escalonado em granito. Destacam-se na proximidade a antiga Casa da Câmara e Cadeia e a Igreja de Santa Marinha (v. PT020913120003), rodeada por conjunto de sepulturas escavadas na rocha. Registam-se alguns edifícios descaracterizados nas imediações.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

960 - a povoação é referida na doação de D. Flâmula ao Mosteiro de Guimarães; séc. 12 - concessão de carta de foral ( sem data ) por D. Afonso Henriques; pertenceu a Fernão Mendes de Bragança, mas após a sua morte reverteu para a coroa; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; reinado de D. Sancho II - doação de trinta casais do termo do concelho a Fernão de Soveral; 1247 - local de acolhimento de D. Sancho II, já deposto, antes da sua partida para o exílio; 1512 - concessão de foral novo por D. Manuel e provável edificação do pelourinho; 1527 - no Cadastro da População do Reino, são referidos 428 habitantes; 1706 - couto da Coroa, privilegiado das tábuas vermelhas de Nossa Senhora da Oliveira, com 170 vizinhos; tem juiz ordinário e dos órfãos, eleitos pela população de três em três anos, 2 vereadores, um procurador, meirinho, eleito anualmente, e um escrivão; o rei nomeia almotacé, distribuidor, inquiridor e contador; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Trancoso. Subsiste a antiga Casa da Câmara e Cadeia, depois transformada em escola primária, e a referência toponómica ao lugar das Forcas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CORREIA, Joaquim Manuel Lopes, Trancoso (Notas para uma Monografia), 2ª ed., Trancoso, 1989; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1984; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos do Distrito da Guarda, in Pinhel - Falcão, 16 Fevereiro 2006; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, Beira Alta, Viseu, XXV, 1966; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998; TEIXEIRA, Irene Avilez, Trancoso, Terra de Sonho e Maravilha, Trancoso, 1982.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

DGEMN: 1955 / 1956 - obras de restauro: consolidação da base, fuste e gaiola; refechamento de juntas; construção de colunelos da gaiola iguais aos existentes.

Observações

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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