Pelourinho de Moreira de Rei
| IPA.00001518 |
Portugal, Guarda, Trancoso, Moreira de Rei |
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Pelourinho quinhentista, de gaiola octogonal, com soco octogonal de quatro degraus, fuste octogonal e capitel simples, encimado pela gaiola com colunelos e chapéu em pináculo primaidal, encimado por elemento heráldico. Tem afinidades com os pelourinhos de Trancoso (v. PT020913170001), Castelo Rodrigo (v. PT020904030003), Pinhel (v. PT020910170001), Penedono (v. PT011812060002 ) e Sernancelhe (v. PT011818160003). Tem a gaiola a emergir directamente do capitel, encimado por esfera armilar alongada no coroamento. |
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Número IPA Antigo: PT020913120005 |
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Registo visualizado 845 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição régia Tipo gaiola
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de seis degraus, encontrando-se os dois primeiros semi-enterrados no solo. Coluna com base quadrada chanfrada nos ângulos e fuste octogonal de superfície lisa. Capitel, de secção octogonal composto por quatro anéis de diâmetro crescente, sendo antecedido por gola também octogonal. O remate é formado pela gaiola com base em forma de pirâmide octogonal, truncada e invertida. A gaiola é constituída por um colunelo central liso e oito colunelos de fuste cilíndrico, encimados pela sobreposição de três anéis de secção circular, por sua vez terminados por peça achatada na parte inferior e alongada na parte superior. Chapéu da gaiola em pirâmide de base octogonal, mostrando no coroamento uma esfera armilar alongada, assente sobre peça de secção octogonal e rematada por cogulho. |
Acessos
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Largo da Praça. VWGS84 (graus decimais) lat.: 40.830155; long.: -7.321980 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 21 354, DG, 1.ª série, n.º 136 de 13 junho 1932 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, ergue-se num espaço desnivelado, a meia-encosta, quase no sopé do Castelo (v. PT020913120004). Ao lado conserva-se o ulmeiro secular protegido por um embasamento escalonado em granito. Destacam-se na proximidade a antiga Casa da Câmara e Cadeia e a Igreja de Santa Marinha (v. PT020913120003), rodeada por conjunto de sepulturas escavadas na rocha. Registam-se alguns edifícios descaracterizados nas imediações. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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960 - a povoação é referida na doação de D. Flâmula ao Mosteiro de Guimarães; séc. 12 - concessão de carta de foral ( sem data ) por D. Afonso Henriques; pertenceu a Fernão Mendes de Bragança, mas após a sua morte reverteu para a coroa; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; reinado de D. Sancho II - doação de trinta casais do termo do concelho a Fernão de Soveral; 1247 - local de acolhimento de D. Sancho II, já deposto, antes da sua partida para o exílio; 1512 - concessão de foral novo por D. Manuel e provável edificação do pelourinho; 1527 - no Cadastro da População do Reino, são referidos 428 habitantes; 1706 - couto da Coroa, privilegiado das tábuas vermelhas de Nossa Senhora da Oliveira, com 170 vizinhos; tem juiz ordinário e dos órfãos, eleitos pela população de três em três anos, 2 vereadores, um procurador, meirinho, eleito anualmente, e um escrivão; o rei nomeia almotacé, distribuidor, inquiridor e contador; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Trancoso. Subsiste a antiga Casa da Câmara e Cadeia, depois transformada em escola primária, e a referência toponómica ao lugar das Forcas. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CORREIA, Joaquim Manuel Lopes, Trancoso (Notas para uma Monografia), 2ª ed., Trancoso, 1989; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1984; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos do Distrito da Guarda, in Pinhel - Falcão, 16 Fevereiro 2006; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, Beira Alta, Viseu, XXV, 1966; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998; TEIXEIRA, Irene Avilez, Trancoso, Terra de Sonho e Maravilha, Trancoso, 1982. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1955 / 1956 - obras de restauro: consolidação da base, fuste e gaiola; refechamento de juntas; construção de colunelos da gaiola iguais aos existentes. |
Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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