Fonte da Cerca do Mosteiro de Refojos

IPA.00015567
Portugal, Braga, Cabeceiras de Basto, União das freguesias de Refojos de Basto, Outeiro e Painzela
 
Arquitectura civil, barroca, rococó. Fonte, com reservatório de planta quadrangular simples, encimado por frontão interrompido de aletas, com nicho e cruz sobre acrotério, com bicas carrancas, pedra de armas, taça e tanque rectangular colocado em quota inferior com pedra de armas rococó.
Número IPA Antigo: PT010304140024
 
Registo visualizado 169 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo caixa de água

Descrição

Fonte com reservatório, de planta quadrangular simples, colocada em patamar elevado com acesso por escadarias de lanços rectos, que ladeam tanque rectangular alongado, colocado em quota inferior e separado do reservatório. Cobertura de duas águas. Fachadas em aparelho pseudo-isódomo e irregular na fachada posterior, rematadas por cornija saliente nas fachadas laterais. Fachada principal, a E., enquadrada por pilastras toscanas nos cunhais, sobrepujadas por pináculos piramidais, com frontão de aletas interrompido por nicho rematado por cornija circular, coroado por cruz sobre acrotério. Ao centro, rasga-se vão em arco de volta inteira, sobre pilastras, com grade no arco. A base, marcada por cornija saliente, possui uma cartela decorativa, com o brasão da Congregação Beneditina Portuguesa, ladeada por duas bicas carrancas de onde jorra a água para uma taça ovalada. Fachada posterior rematada em empena, com caleiro por onde entra a àgua, na base. Fachada lateral NO. cega. Fachada lateral SE., com nicho concheado, junto ao remate e bica carranca. Tanque de granito, com brasão da Ordem ao centro.

Acessos

Quinta. do Mosteiro de dentro / Lugar das Acácias

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, junto ao Mosteiro de São Miguel de Refojos (v. PT010304140002), em terreno desnivelado, em quota mais baixa em relação ao muro que delimitava a antiga cerca do mosteiro beneditino e que funciona como suporte à estrada que vem do Arco de Baúlhe para a sede do concelho. Nas suas traseiras, tendo apenas a estrada como separador, foram construídos vários edifícios de 4 pisos. Em quota mais baixa encontra-se parque de estacionamento.

Descrição Complementar

HERÁLDICA: (pedra de armas do reservatório) sobre o escudo, uma torre encimada pelo sol e um leão segurando o báculo nas garras; (pedra de armas do tanque) com torre sobre rio encimada pelo sol e ladeada por um leão com báculo. A coroar a pedra de armas motivo concheado.

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Hidráulica: chafariz

Propriedade

Pública: Municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Frei José de Santo António Vilaça (atr. risco do brasão que encima o tanque) *1.

Cronologia

1614 - É eleito Abade, Frei Luís do Espírito Santo, que mandou realizar grandes benfeitorias, tanto no mosteiro como na cerca; 1641 - eleito Abade Frei Bento de Macedo, o qual engrandeceu o mosteiro, nomeadamente a cerca "que dantes era muy abreviada, vemola agora muy estendida , plantada toda de arvores fructiferas, & com suas fontes dagua perenne dentro"; séc. 18, 1ª metade - provável edificação da fonte; 1755 / 1785 - obra da fachada da igreja do Mosteiro, onde se notam influências de André Soares (SMITH 1972, p. 337); 1764 / 1770 - Frei José de Santo António Vilaça instala-se no Mosteiro onde dirige importantes obras, segundo desenhos que riscou.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura, pedra de armas, pináculos e cruz de granito; bandeira do vão, de ferro.

Bibliografia

SMITH, Robert C., Frei José de Santo António Ferreira Vilaça. Escultor Beneditino do século XVIII, vol. 1, Lisboa, 1972.

Documentação Gráfica

DGEMN: DSID

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto: 2003 / 2004 - deslocação do tanque para uma quota inferior; construção do patamar com escadarias; arranjo da envolvênvia.

Observações

*1 - Frei José de Santo António Vilaça, além de ser excelente entalhador, riscou diversas plantas de jardins, fontes e chafarizes. Uma das características da sua arte, numa primeira fase que podemos entender a partir de 1755, além do arredondado das formas é a assimetria que caracteriza o seu risco, que é visível no brasão que encima o tanque.

Autor e Data

António Dinis 1999

Actualização

Joaquim Gonçalves 2004
 
 
 
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