Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor

IPA.00017143
Portugal, Portalegre, Ponte de Sor, União das freguesias de Ponte de Sor, Tramaga e Vale de Açor
 
Arquitectura de saúde, modernista. Hospital da Misericórdia com fachadas onde se acentuam as formas geométricas, como no tratamento das molduras de vãos e remates, conjugados com elementos de cariz vernacular como cunhais apilastrados e embasamentos pintados.
Número IPA Antigo: PT041213030012
 
Registo visualizado 753 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Hospital  Hospital de Confraria / Irmandade  Misericórdia

Descrição

Planta irregular composta por galilé de planta pentagonal com acesso por escadaria de 4 degraus, duas enfermarias dispostas ao redor de pátio interior central rectangular, bloco posterior com acesso por corredor central e capela independente localizada junto ao muro do adro a SE., de planta longitudinal com nave, capela-mor e sacristia. Volumes articulados, massas dispostas na horizontal com cobertura diferenciada em telhados de quatro águas no bloco de entrada e bloco posterior, duas águas na capela e très águas nos seus corpos anexos, de duas águas de lusalite nas enfermarias, coberturas planas na galilé e corpos laterais do bloco de entrada. Fachada principal a N. de 3 panos, o central correspondente à galilé rasgada por sete vãos: arco de passagem de recortes rectilíneos, ladeado por três janelas rectangulares estreitas de cada lado; remate em cornija pintada a amarelo; passando a galilé abre-se na fachada do edifício porta com moldura pétrea ladeada por duas janelas; os panos laterais são iguais entre si, com embasamento rasgado por dois postigos e cunhais apilastrados, canelados, pintados de amarelo; três janelas altas com verga recta, parapeito de pedra saliente e ombreiras de alvenaria em perfis sucessivamente reentrantes formando degraus; remate da fachada em cornija de alvenaria pintada a amarelo e platibanda; sobre a galilé remate platibanda de alvenaria pintada a amarelo com painel de azulejos com os caracteres, sobre fundo branco, "HOSPITAL VAZ MONTEIRO". Fachadas laterais quase idênticas, de sete panos, embasamento pintado a amarelo e remate em cornija moldurada pintada a amarelo e platibanda; vãos com ombreiras e peitoris idênticos aos da fachada principal; na fachada O., primeiro pano rasgado por janela e porta com acesso por lance de escadas, de 8 degraus, com muro de protecção que dá acesso à cozinha; segundo pano correspondente a corpo avançado e mais baixo, com embasamento amarelo eremate em cornija, rasgado em cada um dos três lados por janela idêntica às restantes mas mais estreita e no pano S. ao nível inferior por porta recta; no terceiro pano cunhal apilastrado canelado e janela; quarto pano mais extenso, correspondente à enfermaria, rasgado por quatro vãos, uma porta de acesso à cave e três frestas de arejamento, no nível superior rasgam-se quatro janelas de arejamento e iluminação; quinto pano sem embasamento, rasgado por porta na zona reentrante formada pelo avanço do corpo da esquerda; sexto pano rasgado por duas janelas; sétimo pano cego, correspondente ao corpo acrescentado, que servia como forno; a fachada esquerda apresenta apenas seis panos, o segundo sem escadas e o sexto com embasamento amarelo, duas janelas e beirado do telhado. Fachada posterior S. de três panos, o central adossado a edifício em construção e os panos laterais, iguais entre si, com embasamento amarelo, remate de cobertura plana, seguindo-se, a um nível mais recuado, cornija e platibanda. Capela com fachada principal de pano único definido por cunhais apilastrados; embasamento pintado a amarelo porta recta com alfiz escalonado encimada por óculo losangonal com desenho geométrico saliente pintado de amarelo a envolver o conjunto; acesso por escadaria de quatro degraus; remate em empena escalonada com sineira central ladeada por aletas estilizadas e encimada por cruz. Fachadas laterais de dois panos, com embasamento pintado a amarelo e remate em cornija, com corpo rectangular adossado mais baixo, o E. correspondendo à Sacristia e o O. a uma entrada travessa com acesso por quatro degraus, ambos com embasamento pintado a amarelo, óculo de iluminação octogonal e remate em beiral de telhado; fachada lateral O. com o pano esquerdo rasgado por janela e o direito por porta com quatro degraus de acesso; fachada lateral E. com o pano direito rasgado por janela. Fachada posterior S. adossada. Articulação exterior / interior desnivelada. INTERIOR: r/c com hall de entrada, tecto de alvenaria e chão de mosaico e rodapé com grega; à direita sala com o dístico "Direcção"; à esquerda pano liso e à frente grade e portão de ferro no arco para o corredor. Passando este, à direita, acesso à enfermaria feminina e à antiga cozinha; à esquerda acesso à enfermaria masculina e em frente sala de raio-x e banco. As enfermarias são iguais entre si, rectangulares e com janelas altas, a feminina com painel de azulejos revivalistas azuis e brancos alusivos a Santa Margarida de Cortona e a masculina com painel idêntico representando São Francisco. Ambas as enfermarias vão dar a um corpo de circulação e ligação com o bloco posterior que possui uma série de divisões cujas funções não são identificáveis, à excepção das casas de banho. Sótão com acesso a partir de escada de madeira que parte do corredor onde se situa a cozinha. Corresponde à água da frente da fachada principal com corredor a todo o comprimento na zona mais alta do telhado e divisões para a frente; cobertura e pavimento de madeira. Cave, só acessível pelo exterior, possui duas divisões amplas por baixo de cada enfermaria. Capela de nave única; pano da direita com rodapé azul, janela de iluminação com moldura azul; pano de esquerda idêntico; cobertura de madeira pintada de azul; pavimento de madeira. Arco de cruzeiro com formas rectilíneas recortadas forrado de azulejos lisos azuis. Capela-mor sobrelevada; pano de direita com porta para o exterior; pano da esquerda com porta para a sacristia; retábulo-mor retirado, apenas com mesa de altar de madeira; óculo octogonal de iluminação; revestimento dos panos com azulejos azuis e amarelos de padrão do séc. 20. Sacristia de panos lisos.

Acessos

Avenida Manuel Pires Filipe

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície, isolado; fachada principal abre para o nó formado pela Av. Manuel Pires Filipe e via transversal que faz a ligação a N. com um dos eixos viários principais da povoação, a Av. da Liberdade; as vias são asfaltadas, tendo como elemento separador largo passeio com calçada à portuguesa, com desnível central rampeado frente à fachada principal. Pequena área verde em redor da fachada principal e fachadas laterais com muro circundante, de grelhas de alvenaria caiada intevaladas por pilares, com acesso centralizado marcado por pilares mais elevados rematados por bolas e munido de cancela em ferro.

Descrição Complementar

No pano do lado esquerdo do hall de entrada existe lápide onde se lê: FOI ESTE HOSPITAL/ OFERECIDO À MISERICÓRDIA DA/ VILA DE PONTE DE SÔR PELOS/ BENEMÉRITOS PONTESORENSES EX.MOS S.NRS /D. ANA VAZ MONTEIRO/ E JOSÉ VAZ MONTEIRO/ TENDO SIDO INAUGURADO EM/ 16 DE FEVEREIRO DE 1936/HOMENAGEM DO POVO DE PONTE DE SÔR. No pano do lado oposto há outro pano com lápide onde se pode ler: A JOSÉ NOGUEIRA VAZ MONTEIRO/ HOMENAGEM DO GRÉMIO ALENTEJANO/ ROMAGEM PIEDOSA EM 26-3-1939.

Utilização Inicial

Saúde: hospital de confraria / irmandade

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1936, 16 Fevereiro - inauguração do hospital oferecido à Misericórdia por Ana Nogueira Vaz Monteiro e José Vaz Monteiro.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria rebocada; pedra nas molduras dos vãos; azulejos na fachada; cobertura de telha e lusalite; azulejos brancos nas paredes interiores; pavimentos de mármore, mosaico e madeira.

Bibliografia

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Helena Mantas e Marta Gama 2000

Actualização

 
 
 
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