Igreja de Nossa Senhora da Conceição

IPA.00001828
Portugal, Leiria, Peniche, Atouguia da Baleia
 
Igreja de peregrinação maneirista e barroca, de uma só nave e capela-mor mais baixa, abobadadas, vasta alpendrada envolvendo a fachada principal e secundárias comunicando com os átrios e através destes com a nave, capela-mor e salas anexas. Características maneiristas na conjugação das massas e volumes; dinâmica barroca conferida pelo frontão da empena e pelo jogo de contrastes de materiais empregues no exterior e no programa decorativo do interior.
Número IPA Antigo: PT031014020007
 
Registo visualizado 1151 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja  

Descrição

Planta longitudinal, composta pelos rectângulos justapostos da nave e da capela-mor; a esta adossam-se os espaços rectangulares simétricos da sacristia e sala de reuniões; 2 torreões de planta quadrada salientes dos 2 lados da fachada principal enquadram alpendradas que rodeiam a nave. Volumes articulados com coberturas diferenciadas, em telhado de 2 águas sobre a nave e a capela-mor, de 4 águas sobre os anexos, de 1 sobre os alpendres, em cúpula sobre os torreões. Fachada marcada pelos torreões em cantaria aparelhada, vazados por vãos rectangulares no 1º piso, por ventanas para sinos no 2º e ainda pelo alpendre de 3 arcos e colunas com forte entase que os une; empena contracurvada, com moldura saliente rematada por frontão curvo. Às fachadas laterais adossam-se alpendradas de 5 arcadas, cobertas por abóbada de aresta, para as quais abrem portas de comunicação com os anexos. Cunhais em cantaria na igreja e anexos, cimalha envolvente. A nave única coberta por abóbada de berço caleada recebe luz de 8 janelões das fachadas laterais, de 3 janelões e um óculo na fachada principal; um arco triunfal de volta perfeita abre para a capela-mor, mais baixa, coberta por abóbada de aresta. 2 portas hoje entaipadas, com frontões redondos ligavam a nave aos 2 átrios, que antecedem os anexos, cobertos por abóbadas de aresta.

Acessos

Largo de Nossa Senhora da Conceição, Atouguia da Baleia

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 44 452, DG, 1.ª série, n.º 152 de 05 julho 1962

Enquadramento

Urbano. Abre para um largo desafogado, com uma zona ajardinada do lado S., onde existem ainda os esteios vazados de suporte das tranqueiras, antigas defesas para a lide de touros.

Descrição Complementar

RECHEIO - embutidos de mármore rosa e negro contrastando com o branco da pedra calcária realçam a abóbada da capela-mor, as enjuntas do arco triunfal, o revestimento parietal e o pavimento da capela-mor, o altar e o retábulo, com as características formais do estilo nacional, centrado por um trono com a imagem da padroeira; os embrechados alternam com superfícies pintadas com os mesmos motivos. O mármore rosa é também empregue nas bases dos 2 púlpitos, nas pias de água benta e nos capitéis e fecho do arco triunfal e das 2 capelas laterais. O coro-alto, tal como as anteparas dos púlpitos é em madeira marmoreada.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja

Utilização Actual

Religiosa: igreja

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

João Antunes (conjectural)

Cronologia

1694 - início da construção, com a ajuda das esmolas do povo e o apoio da Raínha D. Maria Sofia de Neuburgo, 2ª mulher de D. Pedro II. A construção da igreja está ligada a um milagre ocorrido com uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, muito venerada na Atouguia: muito carcomida, foi substituída por uma imagem nova e guardada numa capela secundária da povoação, onde foi mais tarde encontrada transpirando, deitando lágrimas e com o rosto rosado; os devotos da terra construíram então a presente igreja para albergar a imagem, para a qual mandaram fazer um corpo de roca.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Alvenaria e cantaria de pedra calcária. Mármores da zona de Sintra. Madeira, telha cerâmica, vidro.

Bibliografia

SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, V, Lisboa, 1955; Tesouros artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; PEREIRA, José Fernandes, Resistências e aceitação do espaço barroco, in História de Portugal, vol. 8, Lisboa, 1986; CALADO, Mariano, Peniche na História e na Lenda, Peniche, 1991; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/75035 [consultado em 20 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

DGEMN: DRMLisboa

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID, DRMLisboa

Documentação Administrativa

DGEMN: DSID, DRMLisboa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Isabel Mendonça 1992

Actualização

 
 
 
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