Igreja Paroquial de Bragança / Colegiada de Santa Maria / Igreja de Santa Maria

IPA.00019684
Portugal, Bragança, Bragança, União das freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo
 
Arquitectura religiosa, maneirista e neoclássica. Igreja paroquial de planta longitudinal composta, de três naves e três tramos, capela-mor mais alta, capela adossada ao lado N., sacristia no lado oposto e torre sineira. Fachada principal a meia-empena, integrando a torre sineira, com vãos centrais rasgados em eixo composto por porta e janela rectilíneos envolvidos por intensa decoração. Fachadas com remates em beiral, rasgadas por portas travessas e janelas em capialço. Interior com coro-alto de guarda balaustrada em pedra, coberturas de madeira, em falsa abóbada na nave central e em masseira na capela-mor, tendo várias estruturas de talha dourada dos estilos maneirista, nacional e joanino. As naves são divididas por arcos de volta perfeita assentes em pilares. Baptistério na base da torre sineira, no lado da Epístola e púlpito adossado a um pilar divisório das naves, no lado da Epístola.
Número IPA Antigo: PT010402420259
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por três naves de três tramos, capela-mor, capela adossada a N. e sacristia a S., ambas rectangulares, e torre sineira no lado S., de volumes articulados e escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas (naves e capela-mor) e três (capela e sacristia) águas, tendo a torre cobertura em cúpula, encimada por pináculo. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por cornija e possuindo pináculos a coroar os cunhais da capela lateral e torre sineira. Fachada principal voltada a O., com portal de verga recta com moldura almofadada, enquadrado por colunas com fustes torsos decorados por pâmpanos, assentes em consolas e remate em friso e cornija que suportam frontão semicircular interrompido com dois pináculos embutidos, tendo, no tímpano e sobre mísulas, as imagens de São Pedro e São Paulo e duas outras que suportam duas colunas semelhantes às anteriores que flanqueiam a janela quadrangular gradeada, rematada em friso, cornija e forntão semicircular; a porta é de duas folhas de madeira almofadada, pintada de verde; a ladear o portal axial, quatro nichos vazios, de volta perfeita e concheados, encimados por forntão interrompido em volutas, com elemento discóide no centro e avental com flores de lis. A fachada remata em meia empena e integra torre sineira de quatro ventanas de volta perfeita e remate em cornija e beiral, tendo o cunhal direito parcialmente em cantaria aparente. Fachada lateral esquerda virada a N., com os cunhais parcialmente em cantaria aparente, sendo rasgada por portal lateral de verga recta moldurado, arcossólio levemente apontado e quatro janelas no volume da nave, de diferentes dimensões e três delas em capialço; no volume da capela-mor, janela em capialço e vestígio de vão entaipado, num nível inferior. Fachada lateral direita virada a S., com três janelas em capialço, duas na nave e uma na capela-mor, surgindo, no volume da torre, janela rectangular e fresta. Fachada posterior plana, com porta e duas janelas rectangulares, uma delas mais pequenas, no volume da sacristia. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com as naves divididas por pilares quadrangulares em tijolo, tendo as arestas chanfradas, formando octógono no centro do fuste, sendo os tramos definidos por arcos formeiros de volta perfeita, pavimento em lajeado de granito na nave central e soalhado nas laterais e coberturas de madeira, em falsa abóbada de berço pintada em "trompe l'oeil", assente em cornija e com tirantes de metal, na nave, e de uma asna nas laterais. Endonártex com cobertura de caixotões de madeira, tendo portas confrontantes, de verga recta e ladeada por pilastras toscanas, encimadas por frontão curvo, dando acesso ao coro-alto, no lado do Evangelho e ao baptistério no lado da Epístola; forma para a igreja, amplo arco de volta perfeita assente em duas ordens de pilastras toscanas, ladeado por pias de água benta semicirculares com taça gomeada. Coro-alto em cantaria de granito, sobre arco abatido e guarda balaustrada pétrea. Na nave central, no lado da Epístola, surge o púlpito adossado a um pilar, quadrangular, sobre pilar toscano e guarda em madeira torneada e dossel de madeira, tendo escada de acesso na zona posterior. No lado do Evangelho, capela adossada, dedicada a Santo Estêvão com acesso por arco de volta perfeita assente em pilastras toscanas, sendo rebocada e pintada de branco e cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas, com retábulo de talha dourada e protegida por teia de madeira com balaústres; segue-se retábulo de talha dourada, dedicado à Imaculada Conceição. No lado da Epístola, dois nichos em arco de volta perfeita e capela retabular à face dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, em arco de volta perfeita assente em pilastras toscanas encimadas por pináculos e sobre plintos altos, rematada por friso com rosetões dourados e inscrição. sobrepujado por frontão triangular com pedra de armas dos Figueiredo, tendo, nos seguintes, duas figuras em médio relevo e contendo retábulo de talha dourada e policromada, de corpo côncavo, composto por um nicho e mísula do orago, ladeado por quatro colunas salomónicas e seis pilastras, que se prolongam em arquivoltas a formar o ático; a esta capela, segue-se um retábulo à face, de talha dourada, dedicado ao Divino Senhor da Vila, ladeado por vestígio de porta de verga recta entaipada, com a moldura pintada de marmoreados fingidos. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, com o intradorso pintado com motivos fitomórficos em grisaille e sépia, tendo, no lado da Epístola, altar dedicado às Almas. Capela-mor protegida por teia de comunhão, em madeira torneada com abertura central, com paredes rebocadas e pintadas de branco, divididas em apainelados, tendo, sob as janelas painéis de madeira pintados a imitar embutidos de mármores, com pavimento em lajeado e cobertura de madeira em masseira, rebocado e pintada de branco com molduras azuis, surgindo, no pano central, reserva geométrica. Sobre supedâneo de três degraus, retábulo-mor em talha polícroma, de branco e dourada, de planta recta e três eixos, tendo, ao centro, tribuna com trono de cinco degraus, com cobertura em apainelados fitomórficos, ladeada por dois nichos lobulados com mísulas, circunscritos por colunas torsas; exteriromente, duas colunas torsas de maiores dimensões e pilastras, com decoração fitomórfica, assentes em consolas decoradas com anjos de vulto encarnados; ático em frontão interrompido por volutas com profusa decoração de acantos e pequenos anjos encarnados; na base do eixo central, um nicho enquadra o sacrário e altar ladeado pelas portas em arco de volta perfeita de acesso à tribuna. No lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia com pavimento em lajeado de granito e calhau rolado, paredes rebocadas e pintadas de branco, e tecto em madeira envernizada, assente em cornija. Lavabo de granito, com espaldar ladeado por pilastras e remata em frontão triangular com a data "1660", encimado por cruz e pináculos; no centro do espaldar, semicírculo concheado e duas bicas simples com taça rectilínea.

Acessos

Cidadela de Bragança

Protecção

Incluído na Zona de Protecção do Castelo de Bragança (v. PT010402420003) e da Domus Municipalis (v. PT010502420004)

Enquadramento

Urbano, isolado, com integração harmónica no interior do Castelo de Bragança, implantado no centro da cidadela e no seu ponto mais destacado, nas proximidades da torre de menagem e ladeando o edifício da Domus Municipalis, com fachada principal virada para pequeno largo pavimentado com calçada à portuguesa e pontuado por árvores, estando a fachada N. aberta a amplo terreiro calcetado também com calçada à portuguesa.

Descrição Complementar

A cobertura da nave ostenta profusa decoração pintada, formando quadraturas, florões, festões, cartelas e grinaldas de flores, tendo, ao centro, a representação da "Assunção da Virgem". Baptistério com pavimento em tijoleira e tecto de madeira em "saia e camisa", albergando pia baptismal decorada, superiormente, por toro moldurado, encimada pela imagem de São João Baptista. Capela de Santo Estêvão com retábulo de talha dourada, de planta recta e três eixos divididos por quatro colunas de fustes espiralados e decoração de acantos tendo o terço inferior marcado, com nicho central concheado, onde surge uma mísula e a imagem do orago e, nos eixos laterais, duas pinturas; remate em tabela vertical, circunscrita por quarteirões e aletas, encimada por friso estriado e frontão de lanços; nas aletas, as inscrições "ESTA OBRA MAN / DARAO PINTAR OS CO" e "FRADES DE S. ESTE / VAO ANNO 1697"; altar paralelepipédico. Retábulo de Nossa Senhora da Conceição e do Calvário são semelhantes, ambos de talha dourada, planta recta e um eixo, composto por nicho central, ladeado por colunas torsas, decoradas com pâmpanos e pilastras com acantos, encimado por entablamento, onde aparece, no de Nossa Senhora da Conceição, um brasão polícromo, e espaldar alto e recortado com cornija; altar paralelepipédico com frontal bipartido, pintado a imitar brocados. Na capela de Nossa Senhora dos Prazeres, a inscrição: "ESTA CAPELA MANDOU FAZER P(erro) F(igueiredo) 585". O brasão com as armas da família Figueiredo tem escudo francês [de vermelho], com cinco folhas de figueira verde, nervadas e perfiladas [de ouro], postas em sautor. Timbre: um braço vestido [de azul], com um ramo de figueira [de ouro] na mão, folhado de cinco peças [de verde]. Elmo de perfil para a dextra. Sacristia possui arcaz de castanho e ferragens douradas com doze gavetões, suportando oratório em talha dourada com apainelado a fingir brocados, ladeado por quatro colunas coríntias como terço inferior marcado e decorado em espira, nas exteriores, e em rosetão, nas interiores, encimado por friso, cornija e frontão de lanços.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Gregório Fernandes, artista de Valladolid. PINTOR: Damião Rodrigues Bustamante (atr., séc. 18).

Cronologia

Séc. 12 - época provável da construção da igreja, dedicada a Nossa Senhora do Sardão; 1140 - data apontada para a fundação da Colegiada; 1509 - representação da igreja na vista nascente da cidade de Bragança de Duarte de Armas; séc. 16, segunda metade - remodelação e ampliação da igreja, por acção do Duque de Bragança, obra que implicou a demolição de algumas casas contíguas; as obras utilizaram materiais provenientes do Mosteiro de Castro de Avelãs (v. PT010502090002), nomeadamente os madeiramentos, com aprovação do bispo D. António Pinheiro; 1580 - reconstrução da capela-mor, custeada pelos comendadores da Ordem de Cristo; 1585 - construção da capela de Nossa Senhora dos Prazeres e ampliação do corpo da igreja, por acção de Pedro de Figueiredo, alcaide-mor de Bragança; 1635 - construção da tribuna do retábulo-mor, por acção do comendador Lourenço Dias Preto; 1657 - execução do retábulo de Santo Estêvão pela Irmandade do mesmo nome; 1662 - construção da sacristia, custeada pelos fregueses; 1686 - construção do retábulo de Santo Estêvão; 1697 - douramento do retábulo de Santo Estêvão; séc. 18, inícios - remodelação do retábulo-mor, obra custeada por D. Maria de Figueiroa, administradora da comenda da Ordem de Cristo; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa é um priorado da apresentação da Diocese de Miranda e rende 130$000, com 4 beneficiados que rendem 40$000; 1707 / 1708 - construção do retábulo de Nossa Senhora do Rosário, por acção de José Cardoso Borges; 1710 - remodelação da tribuna do retábulo-mor e da fachada principal, o que implicou um ligeiro aumento da igreja, por acção do bispo de Miranda, D. João Franco de Oliveira; séc. 18, meados - pintura do teto da nave, atribuível a Damião Rodrigues Bustamante ou a Manuel Xavier Caetano Fortuna; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia à Casa de Bragança e ao bispado de Miranda do Douro, sendo cabeça de comarca; tinha 670 vizinhos e 2714 pessoas; a igreja de Nossa Senhora da Assunção tinha Colegiada, composta pelo prior, três beneficiados, um cura ou dois sacristães a arbítrio do prior, e dois meninos; o priorado e os beneficiados eram da apresentação da Sé Apostólica e Ordinário, segundo o mês em que lhe tocava, e o cura, sacristães e meninos, e um organista que tinha, era apresentação do prior; a igreja, situada entre o castelo e a casa da câmara, tinha três naves; a capela-mor era da Ordem de Cristo e à data administrada por Francisco Xavier da Veiga Cabral, sargento-mor de batalha, filho do general Sebastião da Veiga Cabral; os alcaides-mores tinham a preeminência de se sentarem na capela-mor em tamborete raso; tinha dois altares colaterais, feitos de talha à moderna, um das Almas e outro de Bento José de Figueiredo, sargento maior de infantaria; no meio da tribuna estava colocada a milagrosa imagem da Senhora do Sardão que, antes de encarnar, mostrava ser muito antiga; tinha no lado do Evangelho uma imagem de São Pedro, muito perfeita e devota, e, no lado da Epístola uma Santa Maria Madalena, grande; no corpo da igreja tinha, do lado do Evangelho, uma capela de Santo Estêvão, com uma irmandade do mesmo santo, e no lado da Epístola uma capela dos Figueiredos, com invocação de Nossa Senhora dos Prazeres; a igreja tinha as irmandades do Santíssimo Sacramento, a de São Pedro, que era dos reverendos sacerdotes, a irmandade das Almas, com mil irmãos, e a irmandade de Santo Estêvão, com quinhentos irmãos; a igreja tinha de fábrica a quarta parte dos frutos da terça que pertencia ao almoxarifado da Casa de Bragança e, quando se os arrenda, eram de 40$000; por condição dos monarcas, dava-se anualmente cinquenta arráteis de cera e cinco de incenso à Colegiada para as funções; segundo o pároco, andando-se com o frontispício da igreja, acharam-se cinco túmulos que mostravam ser de pessoas ilustres, mas não consta de quem fossem; 1774 - remodelação da Capela de Santo Estêvão; séc. 18, final - pintura da cobertura da nave em "trompe l'oeil".

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria e tijoleira, com paramentos rebocados e caiados, com vãos e cunhais em cantaria e em tijoleira; sineira em cantaria, cobertura em madeira e telha e, no interior, em madeira; coro-alto pétreo; arcos formeiros em tijoleira; púlpito pétreo com balaustrada em madeira; retábulos de talha; pavimentos em lajes graníticas, soalhado e em tijoleira; portas de madeira; janelas gradeadas e envidraçadas; pavimento da sacristia em blocos de xisto e osso; cruz e catavento em ferro.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 153; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2007; CASANOVA, Maria José, Bragança, cidade-fortaleza setuada no estremo de portugall e Castela, in Revista Monumentos, nº 32, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, dezembro 2011, pp. 24-41; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; JACOB, João, Bragança, Lisboa, 1997, pp. 79-82; JACOB, João, A Reforma iconográfica e o apelo aos sentidos. A talha em Bragança: reflexões sobre alguns exemplares maneiristas e de estilo nacional, in Páginas da História da Diocese de Bragança-Miranda, Congresso Histórico 450 Anos da Fundação, Actas, Bragança, 1997, pp. 107-144; JÚNIOR, Francisco Felgueiras, Roteiro e Escorço Histórico da Cidade de Bragança, Bragança, Amigos de Bragança, 1964; LOPES, Roger Teixeira, Heráldica do Concelho de Bragança, Viseu, João Azevedo editor e Terra Transmontana, 1996; MOURINHO (Júnior), António rodrigues, Arquitectura Religiosa da Diocese de Miranda do Douro - Bragança, Sendim, 1995, pp. 525-530; REIS, Vítor Manuel Guerra dos - O Rapto do Observador: invenção, representação e percepção do espaço celestial na pintura de tectos em Portugal no século XVIII. Lisboa: s.n., 2006. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2 vols.; RODRIGUES, Luís Alexandre, A Reforma iconográfica e o apelo aos sentidos. A talha em Bragança: reflexões sobre alguns exemplares maneiristas e de estilo nacional, in Páginas da História da Diocese de Bragança-Miranda, Congresso Histórico 450 Anos da Fundação, Actas, Bragança, 1997, pp. 107-144; IDEM, Bragança no século XVIII. Urbanismo. Arquitectura. Vol. I, Bragança, 1997, pp. 270-273 e 300-307.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1944 - obras de reparação dos rebocos, coberturas e abertura de vãos; Mordomia da Igreja de Santa Maria: 2001 / 2002 / 2003 / 2004 /2005 - restauro do painel das Almas; colocação de granito em todos os altares; colocação de painéis pintados à mão; restauro de todos os candeeiros e dos antigos bancos da Colegiada; renovação do altar de José, retirando-se o altar do Calvário, arranjando-o, dourando-o e colocando-o no lado do Evangelho da igreja; trabalhos de pintura exterior e interior; arranjo do teto da nave central; colocação de novo sistema de iluminação da igreja; feitura de isolamentos devido à humidade; colocação de cata-vento; instalação de aquecimento central na igreja e sacristia; substituição do soalho e respetivo envernizamento; restauro do retábulo-mor; na sacristia procede-se à construção de instalações sanitárias, restauro do mobiliário e recupera-se o antigo pavimento formado por ossadas.

Observações

*1 - segundo a tradição referida pelo pároco nas Memórias Paroquiais, a denominação da imagem como Nossa Senhora do Sardão advém do facto dos moradores da cidade quererem transferir a povoação para o sítio chamado de Cabeço da cidade, uma légua distante desta, junto à ponte de Valbom, e lhe aparecer esta imagem sobre uma árvore a que na zona chamam sardão, no mesmo sítio aonde hoje se vê fundada a igreja. E levando-se a imagem muitas vezes para a nova cidade, ela tornava a aparecer sobre a mesma árvore, abandonando-se assim a nova fundação e voltando a povoar a existente, construindo-se a igreja e nela colocando a imagem.

Autor e Data

Miguel Rodrigues e Paulo Amaral 2002

Actualização

 
 
 
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