Fortaleza do Outeiro / Castelo do Outeiro
| IPA.00002118 |
Portugal, Bragança, Bragança, Outeiro |
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Castelo de construção medieval, atualmetne em ruínas, sobre um outeiro, que lhe condicionou a planimetria, que é ovalada irregular, com uma das faces rectilíneas, integrando a linha defensiva da fronteira transmontanacontendo. No interior, possui construção rectilínea, com vão dintelado. |
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Número IPA Antigo: PT010402260016 |
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Registo visualizado 1786 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
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Descrição
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Ruínas de uma fortificação de planta ovalada irregular *1, adaptando--se ao terreno, tendo, na vertente E. algumas formas rectilíneas de primitivas construções. Mantém alguns panos de uma muralhas, bastante espessos, em alvenaria de granito, com estrutura interna rectilíena. onde se implanta um marco geodésico. Nesta é possível vislumbrar um vão dintelado. A S., vestígios de um baluarte. |
Acessos
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Outeiro, seguir o ramal 218-2, na direcção de Pinelo, andando-se cerca de 100 metros até ao fim da povoação, toma-se caminho pedestre, de terra batida e inclinação acentuada até ao monte sobranceiro. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,683020; long.: -6,591998 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 40 361, DG, 1.ª série, n.º 228 de 20 outubro 1955 |
Enquadramento
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Rural, situado no cimo do Monte do Castelo, isolado numa colina a 800 metros de altitude, descampada, a cerca de 1 Km. a nascente da povoação. Rodeado por mato e algum arvoredo, implanta-se sobre um maciço rochoso granítico, de onde se avistam as terras de Miranda e Zamora. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: castelo |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 13 / 14 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época romana - são inúmeros os vestígios, nomeadamente cerâmicos, de ocupação neste período; 1287 - o local é referenciado como sede da paróquia de Santa Maria de Octeyro; séc. 13 / 14 - presumível construção do castelo, no reinado de D. Dinis; 1297 - nas Inquirições, surge uma referência a Outeiro de Miranda, nome da primitiva povoação; 1369 - invasão das tropas castelhanas, terão afectado a construção, pois surge uma petição dos moradores a pedir o arranjo da fortificação; 1383 - durante a crise dinástica, apoiou o partido castelhano, sendo devastada pelas tropas do Mestre de Avis; 1414 - D. João I concede isenção do pagamento de tributo a todos os que construirem casas dentro da cerca do castelo, então terminado de construir; 1418, 23 Fevereiro - notícia de obras, em princípio por iniciativa régia (MONTEIRO, João Gouveia, op. cit., p. 128), sendo a povoação muito pequena e a necessitar de ser alargada; 1443 - o regente D. Pedro ordena ao possuidor do castelo a sua entrega ao duque de Bragança, a partir desta data alcaide dessa fortaleza; 1449, 28 Junho - o castelo de Bragança, conjuntamente com o da cidade de Chaves, o castelo de Outeiro e Miranda e outras terras foram doadas por juro e herdade por D. Afonso V ao I Duque de Bragança; D. Afonso V concede aos moradores de Outeiro de Miranda a escusa de velar o respectivo castelo; séc. 15, final - D. João II mandou reconstruir a praça; 1509, cerca - descrição da fortificação por Duarte d'Armas, como possuindo um pátio lobular com torre de menagem rectangular, numa posição pouco convencional ( na opinião de MONTEIRO, p. 61 ), por estar encostada a um baluarte, e várias construções elevadas num afloramento rochoso, além de uma barbacã em forma de D; segundo a mesma fonte, os muros possuíam diversos elementos defensivos, como os hurdícios, ou balcões com matacães, e as troneiras, que portegiam as portas, inscritas nas próprias torres; a linha de muralha alcançava uma extensão de cerca de 95,26 m., sem contar com o baluarte e a torre de menagem; 1514 - D. Manuel I concede foral a Outeiro de Miranda; a vila transferiu-se para o vale, começando a decadência do castelo; séc. 17 - a praça é assolada na Guerra da Restauração; 1762 - foi atacada pelas tropas castelhanas; 1811 - o castelo tinha o posto do governador vago; 1992, 01 Junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria e alvenaria de granito; argamassa. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel - Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança. Bragança: 1982, vol. I; ARMAS, Duarte de - Livro das Fortalezas. Lisboa: 1990 (original do séc. 16 ); MONTEIRO, João Gouveia - Os castelos portugueses dos finais da Idade Média, Presença, perfil, conservação, vigilância e comando. Lisboa: 1999; VERDELHO, Pedro - Roteiro dos Castelos de Trás-os-Montes. Chaves: 2000; NORTH, C.T. - Guia dos castelos antigos de Portugal. Lisboa: 2002, vol. I. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DSID; Arquivo Histórico Militar: 3ª divisão, 9ª Secção, Cx . 24, nº. 26 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1993 - obras de beneficiação; DRCNorte: 2017 - obras de limpeza de vegetação, antecedendo as obras previstas; 2019 - sondagens arqueológicas no castelo |
Observações
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*1 - sobre a planimetria do imóvel, nem mesmo Livro das Fortalezas faculta informação, pois, segundo João Gouveia Monteiro é difícil, senão mesmo impossível, vislumbrar qualquer configuração poligonal somente com base no desenho de Duarte d'Armas. *2 - em 1956, a DGEMN elaborou uma listagem com os nomes e moradas dos proprietários dos prédios situados na zona de protecção da Fortaleza do Outeiro. Seria possível um circuito turístico que integraria a Igreja de Santo Cristo do Outeiro, a Igreja Matriz do Outeiro, o cruzeiro e pelourinho com a cadeia e casa senhorial frente ao pelourinho; depois rumava-se para Quintanilha, a Capela de Nossa Senhora da Ribeira e a igreja de Aldeia de Veigas de Quintanilha. |
Autor e Data
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Ernesto Jana 1994 / Marisa Costa 2001 |
Actualização
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