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Espaço verde Jardim Jardim Formal
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Descrição
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De planta irregular, a casa (v. IPA.00010457) situa-se na zona de cota superior da propriedade, bem como o jardim formal e a piscina. Descendo a encosta até ao limite da propriedade encontram-se num 2º talhão a zona da horta que apresenta também laranjeiras plantadas de forma não ordenada, num 3º desnível separado do 2º por uma vedação, encontram-se mais 2 pomares lado a lado, plantados desordenadamente com laranjeiras, alguns Prunus (pessegueiros e macieiras) e, junto ao caminho de acesso á quinta, limite da propriedade, encontram-se eucaliptos. No primeiro patamar encontra-se em primeiro lugar a casa, de planta em U com três pisos, constituída pelo solar ao qual foram acrescentados vários anexos a partir da fachada posterior. Subindo por uma escada, a partir do pátio, tem-se acesso a uma passagem, ao nível do 2ª andar da casa, que une a casa aos anexos, temos acesso por escadas a um terraço, a nível do primeiro andar da casa, com uma orientação SO. - NE., possuidor de uma fonte semicircular, integrada no pano murário, protegida superiormente por uma pérgula que suporta uma glicínia , no limite oposto do terraço temos um exemplar notável de um plátano em avançado estado de maturação. A partir dos dois extremos do terraço tem-se acesso ao jardim propriamente dito através de escadas. Aqui encontra-se um jardim de buxo dividido em 12 canteiros de buxo que delimitam 5 caminhos longitudinais e 8 caminhos transversais, com lago oval em posição central, com repuxo e taça. Junto ao muro SO. do terraço temos um caminho. Ao fundo, ao mesmo nível do caminho, num plano superior em relação ao jardim de buxo, encontra-se um tanque rectangular que apresenta a mesma largura da área ocupada pelo desenho do buxo, revestido a azulejo policromado em azul amarelo e branco, adaptado a piscina. No extremo NO. do caminho junto ao muro, na zona da piscina encontramos uma fonte de embrechados com taça assente no pano murário de uma pequena construção de dois pisos semelhante a uma torre, junto á qual existe um espaço onde está plantado um exemplar notável de um "Dracaena dracco" (dragoeiro). A NE., entre este jardim e a horta temos um elevado muro de suporte com cerca de 4 m. sustentado por contrafortes junto ao qual, no nível inferior existe um caminho que conduz a uma casa de fresco com fonte e banco corrido, apresentando embrechados no tecto e azulejos policromados em azul amarelo roxo e branco nas paredes. Frente à fachada principal da casa temos um relvado que termina em muro com bancos namoradeiras revestido a azulejos em azul, branco e amarelo que comunica por caminho com o terraço intermédio e com o jardim de buxo, através de escadas. |
Acessos
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EN 1. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Meia encosta, orientada a NE.com declive suave e vista para o Rio Tejo. |
Descrição Complementar
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O muro que acompanha o caminho que conduz à fonte de embrechados apresenta a todo o seu comprimento uma regadeira de meia cana a céu aberto ajudando a antever o primitivo sistema decondução de águas. Presentemente esta regadeira é percorrida por um tubo em PVC sendo a rega executada por aspersão. |
Utilização Inicial
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Produtiva: quinta / Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Produtiva: quinta / Recreativa: jardim |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS PAISAGISTAS: Francisco Caldeira Cabral (1950), Fernando Graça (1980). |
Cronologia
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1633 - Diogo da Veiga, regressado da Índia funda a Capela de S. José dando início à quinta; 1821 - D. Isabel de Lemos e Roxas e seu marido reedificam capela e palácio arrasado pelo terramoto de 1755; séc. 19 - sendo a quinta ponto de convívio da alta nobreza e objecto de visitas régias, as Marquesas de Bemposta e Sub-serra fazem melhoramentos e arranjos na propriedade, nomeadamente os jardins já existentes, a gruta, o tanque dos peixes, os pombais e a estrada de acesso à quinta; 1920 - A quinta é vendida e passa por vários proprietários, sendo a João Guedes de Sousa que se deve a reestruturação do jardim e colocação da azulejaria exterior; 1940 - o jardim tinha sido convertido, durante as invasões francesas num pomar de ameixoeiras; 1950 - Projecto de reconstituição do jardim por Francisco Caldeira Cabral; 1980 - a quinta é adquirida pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira executou obras de recuperação no jardim pela mão do Arquiteto Paisagista Fernando Graça, obras de drenagem e ainda uma actividade económica significativa. |
Dados Técnicos
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Jardim em terraço de nível, horta e pomares em terraços de declive suave, apresentando muros de suporte. |
Materiais
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INERTES: pedra - bancos, lago, pavimentos, degraus, caldeiras, cerâmica - azulejos, vasos, potes, terra batida - caminhos, ferro - pérgulas, alvenaria - muros. VEGETAL: árvores - borracheira (Ficus elastica), castanheiro (Castanea sativa), dragoeiro (Dracaena dracco), magnólia (Magnolia grandiflora), nespereira (Eriobotrya japónica), plátano (Platanus orientalis); arbustos - hibisco (Hibiscus rosa-sinensis L.), hortense (Hydrangea macrophylla), pitosporum (Pittosporum tobira), miosporum (Myoporum tenuifolium), buxo (Buxus sempervirens L.), roseira (Rosa spp.); trepadeiras - hera (Hedera helix L.). |
Bibliografia
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ANDRESEN, Teresa, Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian, Francisco Caldeira Cabral e a Primeira Geração de Arquitetos Paisagistas (1940 - 1970), Lisboa, 2003; ANDRESEN, Teresa, Francisco Caldeira Cabral, Reino Unido 2001. Policopiado Quinta Municipal de Subserra; SILVA, José Veríssimo, Monografia sobre a história do lugar, quinta e palácio de Subserra, 1881. |
Documentação Gráfica
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IHRU:Arquivo Pessoal de Francisco Caldeira Cabral |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: Arquivo Pessoal de Francisco Caldeira Cabral |
Intervenção Realizada
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Sistema de drenagem reformulado de forma ineficaz. |
Observações
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Autor e Data
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Teresa Camara 2004 |
Actualização
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