Quinta das Fidalgas / Quinta do Duque de Viseu

IPA.00023044
Portugal, Viseu, Nelas, União das freguesias de Santar e Moreira
 
Quinta de produção com jardim formal séc. 18; Mata estilo inglês, com horta, vinha e olival e existência de árvores centenárias exóticas em toda a propriedade. Colecção de árvores e arbustos exóticos centenários, como cameleiras, carvalho-japonês, carvalho-americano, lariço-japonês, etc, e de plantas autóctones, como carvalhos, oliveiras centenárias, etc. Elementos de água simples mas de grande qualidade.
Número IPA Antigo: PT021809040121
 
Registo visualizado 506 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Agrícola e florestal  Quinta    

Descrição

Entrada faz-se por portão da quinta em granito e alvenaria imponente para o pequeno largo que o antecede. Do lado direito existem casas de apoio à lavoura e do lado esquerdo o edifício residencial, de traçado simples e dominância do granito. A SO. da casa estende-se toda a propriedade em jardim e terrenos agrícolas ao longo de cerca de 30 ha. O jardim é estruturado por uma grande área de talhões desenhados por sebes de buxo, embora nem sempre sejam compostos por plantas ornamentais ou canteiros de herbáceas, intercalando com preenchimento com árvores de fruto (laranjeiras), oliveiras, vinha ou hortas. À entrada do jardim existe lago de estilo barroco em pedra de granito com pequena profundidade e seguindo outro talhão, outro lago, de estilo inglês, naturalizado. Sucedem-se outros elementos de água que a recolhem e servem para rega. A O. a mata desenvolve-se com árvores autótones como carvalhos, oliveiras, faias, freixos e exóticas, como o carvalho-japonês, o lariço-japonês, o carvalho-americano, a cameleira ou o tulipeiro. Estende-se uma ampla e longa alameda de árvores seculares, entre plátanos e cedros-do-líbano e encontra-se mina de água em granito que desemboca em robusto tanque na mesma pedra. A N. da alameda existe pérgola coberta por videira a ladear a zona de vinha e do outro o olival.

Acessos

Junto à EN 2312, em Santar, no Largo da Torre

Protecção

Enquadramento

Urbano, arquitectura de granito e alvenaria pintada a branco e grandes extensões de vinha, produção própria e tradicional da zona. Algumas edificações modernas.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Agrícola e florestal: quinta

Utilização Actual

Agrícola e florestal: quinta

Propriedade

Privada: Pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 14/15 - Construção do solar a partir de uma torre senhorial medieval que se situava na área correspondente ao actual corpo central da casa; séc.17 - novas construções e remodelações na casa, tal como está actualmente por Domingos de Sampaio do Amaral para a sua filha D. Joana de Sampaio, pelo casamento desta com João de Almeida Castelo-Branco, conhecendo várias fases de contrução e remodelações; séc. 17, séc.18 - propriedade dos Souza, descendentes do Mestre da Ordem de Cristo, D.Lopo Dias de Souza, bisneto de D.João III; 1789 - Foram apeados alguns elementos que tinham sido construídos para ampliação da Casa, tal como um andar suplementar no corpo central e uma torre; séc. 19 - o último morgado foi Rui Lopes de Sousa de Alvim e Lemos de Carvalho e Vasconcelos, falecido em 1914; séc. 20, início - as últimas gerações da família fixaram-se na casa das fidalgas; 1934 - Pedro Brum da Silveira Pinto da Fonseca, descendente dos condes de Amarante, herdou a Casa de parentes da família Sousa e Alvim; 1950 - o proprietário efectuou diversas obras de renovação, onde foi acrescentada a varanda alpendrada; 1975 - Doação, por Eng. Pedro Mouzinho da Silveira, do solar e propriedade aos Duques de Bragança, sendo residência de D.Miguel, Duque de Viseu; 1997, 10 Março - despacho do Ministro da Cultura, classificando-o como IIP.

Dados Técnicos

Muros de suporte em granito, caleiras a céu aberto.

Materiais

Inertes: granito, ferro, alvenaria; material vegetal: tulipeiro (Liriodendron tulipifera), romanzeira (Punica granatum), magnolia (Magnolia grandiflora), cerejeira brava (Prunus avium), tsuga (Tsuga canadensis), castanheiro-da-índia (Aesculus hippocastanum), faia (Myrica silvatica), lariço-japones (Larix leptolepis), oliveira (Olea europaea), magnólia caduca (Magnolia heptapeta), freixo (Fraxinus angustifolia), zambujeiro (olea europea var. sylvestris), carvalho-americano (Quercus rubra), videira (Vitis vinifera), vinha-virgem (Parthenocissus quinquefolia), carvalho-japonês (Quercus dentata), choupo-negro (Populus nigra), loureiro (Laurus nobilis), abetos (Abies sp), tsuga (Tsuga canadensis), tulipeiro (Liriodendron tulipifera), cameleira (Camellia japonica), hera (Hedera helix), teixo (Taxus semprevirens), Roseira brava (Rosa canina), rosa galica (Rosa gallica), romanzeira (Punica granatum), rosa-de-damasco (Rosa damascena), plátano (Platanus hybrida), pessegueiro (Prunus persica), hortênsia (Hydrangea macrophylla), couves-de-nossa-senhora (Bergenia crassifolia), cedro-do-líbano (Cedrus libani), cedro-do-atlas (Cedrus atlantica), buxo (Buxus sempervirens).

Bibliografia

B.S. Solares Rurais da Beira, Beira Alta, vol.31, Viseu, 1972, pp.257-260; CARVALHO, A. Polónio de, Santar - Roteiro Artístico, Nelas, Câmara Municipal de Nelas, 2001; CASTEL-BRANCO, Cristina, Jardins com História, Poesia Atrás dos Muros, Edições INAPA, Lisboa, 2002.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Luísa Estadão 2004

Actualização

 
 
 
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