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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara, tribunal e cadeia
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Descrição
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Planta quadrangular, desenvolvido em três pisos, de massa simples de disposição vertical. Cobertura em telhado de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com modinatura dos vãos em cantaria, remate em friso e cornija, com beiral simples. Fachada principal de pano único, ladeado por cunhais apilastrados de cantaria*1, sendo no último registo pintados de branco*2, embasamento saliente de cor cinzenta; o andar nobre corresponde ao registo central; surgindo no registo inferior, portal de verga curva encimada por cornija, com porta almofadada de duplo batente, ladeado à direita por 3 janelas de verga recta e à esquerda por uma janela de sacada também de verga recta; no andar nobre rasgam-se três vãos de verga curva, sendo os dois laterais de sacada com varanda de cantaria apoiada em mísulas, com guarda em ferro forjado; no terceiro registo abrem-se três janelas rectilíneas. Na fachada lateral esquerda, abrem-se três janelas rectilíneas em cada registo. Fachada lateral direita adossada ao edifício dos Correios. INTERIOR: *3. |
Acessos
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Largo da Igreja / Rua Direita, Lousã |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, integrada no centro histórico da vila, junto ao largo da Igreja Matriz (v. 0607040031). Faz esquina do lado esquerdo para a Rua Direita e está adossado ao Posto dos Correios à direita. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
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Educativa: escola primária |
Propriedade
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Pública: Câmara Municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 17 - Construção do edifício; séc. 19, princípio - obras de acrescento, com a construção do 3º piso para a instalação do tribunal (sala de audiência, gabinetes do juiz, do delegado e das testemunhas)*4; 1875 - demolição da Igreja velha para o alargamento da praça. Com esta situação ficou vaga uma faixa de terreno junto ao edifício municipal, tendo a Câmara decidido adquiri-lo para proceder ao prolongamento do edifício dos paços do concelho, o que não chegou a acontecer, tendo sido construído o mercado do peixe; séc. 20, início - provável projecto da Câmara de adquirir o imponente palácio da Viscondessa do Espinhal, que se encontrava à venda após a sua morte, para a instalação dos novos paços do concelho, ideia que também se chegou a concretizar; 1938 - adaptação do edifício para a instalação da Estação Telegrafo Postal da Lousã*5; 1971 - inauguração do actual edifício dos Correios no sítio onde estava o mercado do peixe, anexo ao antigo edifício dos paços do concelho. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de pedra e argamassa; molduras dos vãos, cornijas e friso em cantaria, cobertura exterior de telha. |
Bibliografia
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LEMOS, Álvaro de, Lousã e o seu Concelho, Lousã, 1950; CORREIA, Vergílio e GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Coimbra, Lisboa, 1952; DIAS, Pedro, REBELO, Fernando, Lousã. A terra e as gentes, Lousã, 1985; BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; Jornadas de Cultura e Turismo (16-17 de Julho de 1988), Lousã, 1988; LEMOS, Eugénio de Andrade - "A Urbanização da villa II", Arunce, nº 11/12, Lousã, 1996/87. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1938/1939 - Obras de adaptação para Estação dos Correios. |
Observações
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*1 - Em tempos, no cunhal do lado esquerdo estava gateado parte do pelourinho, suprimindo-se o soco e os degraus. Mais tarde, um embate de um carro de bois no edifício partiu-o e derrubou-o. Esteve aos bocados durante muito tempo até que foi reconstruído, estando actualmente no largo da fachada posterior do novo edifício dos paços do concelho; *2 - na 2ª rd do livro "A Lousã e o seu Concelho", na pg. 85 vem uma fotografia anterior a 1922, onde são visíveis os cunhais sem pintura; *3 - Não foi possível observar o interior; *4 - Nesta altura, o edifício encontrava-se interiormente em ruína, tendo-se procedido à sua reconstrução completa: alargamento do átrio da entrada; alargamento da escada de acesso ao primeiro piso; divisão dos dois pisos superiores; *5 - No primeiro piso funcionava a Câmara Municipal com uma sala de sessões, para a qual abriam duas portas, uma para duas casas de banho que constituíam os serviços higiénicos de todo o andar e outra para uma pequena sala correspondente ao gabinete do presidente em conjunto com secretaria da Câmara. Na parte restante daquele andar era a Administração do Concelho com a secretaria e o gabinete do Administrador. No piso térreo estava a aferição de pesos e medidas e a cadeia. |
Autor e Data
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Sandra Lopes 2004 / Margarida Silva 20006 |
Actualização
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