Jardim do Palácio Burnay

IPA.00023930
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alcântara
 
Arquitectura recreativa. Jardim formal, embora com zonas de linhas orgânicas e sinuosas ao estilo Barroco. Enorme diversidade de espécies exóticas, sendo objecto de estudo do Instituto Investigação Científica e Tropical.
Número IPA Antigo: PT031106021152
 
Registo visualizado 714 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Espaço verde  Jardim        

Descrição

Jardim formal de forma aproximadamente quadrangular que se desenvolve de nível, embora com ligeira inclinação entre os dois edifícios principais de N. para S. Os caminhos sinuosos em terra batida e gravilha delimitam parterres em prado com espécies predominantemente exóticas, em grande diversidade, entre estatuária e elementos de água. O acesso faz-se através de de duas entradas, uma por portão exterior, que também dá acesso ao edifício N. e a outra, a partir de pátio em nível inferior, por escadaria do edifício principal. A S. o jardim encontra-se sobre forte muro de suporte, que o divide do pátio mais recolhido do palácio.

Acessos

Rua da Junqueira, n.º 78 - 92. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,700553, long.: -9,185101

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982 / ZEP, Portaria n.º 39/96, DR, 1.ª série-B, n.º 37 de 13 fevereiro 1996 *1

Enquadramento

Urbano. Integrado no conjunto urbano da freguesia de Alcântara. Com orientação longitudinal NE/SO é limitado a S. pela rua da Junqueira, a O. pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (v. PT031106020451) e a E. pela travessa Conde Ribeiro, encontrando-se na proximidade do Palacete da Ribeira Grande (v. PT031106020296) e a Administração do Porto de Lisboa (v. PT031106020295).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Recreativa: jardim

Utilização Actual

Recreativa: jardim

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

séc. 18 (início) - D. José César de Menezes, principal da Sé de Lisboa, constrói palácio ( gravura de 1724), o qual funcionou como residência de Verão dos prelados lisbonenses depois do terramoto e se constituiu como primitivo núcleo do edificio actual; séc. 19 (meados) - a propriedade passa para posse de Manuel António da Fonseca (apelidado Montecristo), que alterou e ampliou o edifício; 1865 - aquisição da propriedade por D. Sebastião de Bourbon, filho da princesa da Beira, D. Maria Teresa, e neto de D.João VI; séc. 19 (último quartel) - aquisição da propriedade pelo banqueiro Henrique Burnay (posteriormente 1º Conde de Burnay), o qual empreendeu uma significativa campanha de obras e enriquecimento artístico; 1909 - morte do Conde de Burnay e passagem dapropriedade para os seus herdeiros; 1937 - na sequência da morte de Amélia Krus, última condessa de Burnay, o palácio é levado a hasta pública; 1940 - aquisição do palácio pelo Ministério das Colónias, que empreende obras de restauro; 1942 - instalação do general Conde de Jordana, ministro dos estrangeiros do Governo espanhol; 1944 - instalação do Conselho Superior do Império Colonial, Conselho Técnico de Fomento Colonial, Junta das Missões Geográficas e Inspecção Superior de Administração Colonial; 1974 - instalação do ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) e Instituto de Investigação Científica Tropical.

Dados Técnicos

Muro de suporte; cantaria

Materiais

Vegetal: abeto (Abies alba), abélia (Abelia grandiflora), bordo-negundo (Acer negundo), agapanto (Agapanthus africanus), ailanto (Ailanthus altissima), barbusano (Apollonias barbujana), araucária (Araucaria bidwillii), bauínia branca (Bauhinia forficata), buganvília (Bougainvillea sp), saião (Brachychiton populneus), cana-da-índia (Canna indica), casuarina (Casuarina equisetifolia), lódão-bastardo (Celtis australia), cestro (Cestrum elegans), palmeira-das-vassouras (Chamaerops humilis), falsa-caneleira (Cinnamonum burmanii), clívia (Clivia nobilis), plumas (Cortaderia selloana), corifa (Corypha sp.), crinum (Crinum bulbispermum), cipreste (Cupressus sempervirens), cica (Cycas revoluta), dombeia (Dombeya x cayeuxii); Inerte: cantaria de calcário, mármore.

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 4, Lisboa, 1946; VIDAL, Frederico Gavazzo Perry, Os Velhos Palácios da Rua da Junqueira, in Olissipo, Ano XVIII, nº70, Abril, 1955, Ano XVIII, nº 71, Julho, 1955; FRANÇA, Jose-Augusto, A Arte em Portugal no Século XIX, Vol.2, Lisboa, 1966; ATAÍDE, M. Maia, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa - Tomo III, Lisboa, 1988;

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, DGEMN/DREL/DIE, DGEMN/DREL/DRC, DGEMN/DREL/DP, DGEMN/DREL/DEM

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/GSRP

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; CML: Arquivo de Obras, Pº Nº 3941

Intervenção Realizada

1940 / 1943 - restauros, transformações e obras de adaptação;

Observações

*1 - DOF: "Palácio Burnay / Instituto de Investigação Científica e Tropical / Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas / Universidade Técnica de Lisboa, anexos e jardim"; Zona Especial de Proteção conjunta da Capela de Santo Amaro, da Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha, do Palácio Burnay e da Sala designada «Salão Pompeia» no antigo Palácio da Ega.

Autor e Data

Luísa Estadão 2005

Actualização

 
 
 
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