Alameda da Paz / Parque Urbano de Sines

IPA.00024125
Portugal, Setúbal, Sines, Sines
 
Arquitectura recreativa. Parque de concepção pós-modernista impressa no desenho, predominando a importância da forma, e no facto de materializar um tema, neste caso o ferroviário. O caminho principal, limitado bilateralmente por carris que enquadram travessas perpendiculares equidistantes situa-se exactamente no mesmo local onde passava a linha férrea desactivada e dá a sensação engraçada, a quem o percorre, de caminhar sobre os carris da linha de caminho de ferro.
Número IPA Antigo: PT041513010028
 
Registo visualizado 1868 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Espaço verde  Parque        

Descrição

Parque de planta aproximadamente rectangular, situado defronte da fachada posterior da Estação Ferroviária de Sines, casa do guarda com que esta confina e aos anexos, dispostos de um lado e do outro do conjunto, na mesma direcção. Esta estação encontra-se desactivada, tem as suas fachadas restauradas e o seu interior adaptado a novos usos - uma escola de artes. O eixo longitudinal do parque apresenta-se paralelo ás fachadas posteriores da estação e seus anexos, orientados a N.. Sobre este eixo, descentrado, chegado a N. situa-se o caminho principal do parque, rectilíneo, com cerca de 1.2 m de largura, limitado bilateralmente por carris que enquadram travessas perpendiculares equidistantes, de nível, revestido por gravilha. O parque apresenta, além de caminhos, áreas de relvados excepto em frente à antiga casa do guarda, ao espaço que a separa do seu anexo poente e primeiros metros 5m da fachada deste anexo, onde o espaço se subdivide em canteiros quadrangulares, sobrelevados cerca de 0.3 m, limitados por traves de madeira que dantes serviam de apoio aos carris das linhas, enquadrados por caminhos ortogonais. Nestes canteiros encontramos várias espécies de arbustos, destacando-se a lantana (Lantana camara) e a berberis (Berberis vulgaris). Existem também herbáceas variadas predominando a gazânia (Gazania splendens) e a margaçinha (Erigeron mucronatus). Ao centro desta composição, adjacente a um dos canteiros e também com planta quadrangular temos uma zona pavimentada por deck. Sobre este, assenta um dos extremos de uma pergula curvilínea, inteiramente em madeira, que termina sobre um caminho secundário, existente apenas na zona retalhada por canteiros, a N. do caminho principal, em frente ao extremo nascente da fachada posterior da casa do guarda. Em frente à fachada da estação, o parque apresenta-se, em toda a sua largura, pavimentado a calçada portuguesa. A nascente desta área voltamos a ter dois grandes talhões arrelvados separados pelo caminho principal. O talhão N., contínuo, apresenta modelação do terreno existindo uma série de lombas paralelas entre si, oblíquas em relação ao caminho, o talhão S. é interrompido por dois caminhos perpendiculares ao caminho principal. Frente à fachada posterior do único anexo da estação existente a nascente, junto ao extremo do parque, o terreno é modelado de modo a constituir um anfiteatro, aberto sobre esta fachada, sobrelevado, ao ar livre. Encontramos como mobiliário urbano bancos sem costas realizados com traves grossas, em madeira, proveniente das linhas de caminho de ferro. Estes bancos encontram-se colocados junto ao caminho principal do parque mas nunca sobre ele, não lhe retirando deste modo a sua leitura no espaço. Estes bancos localizam-se também junto aos canteiros sobrelevados, sobre a zona de deck e espalhados sobre o relvado poente. Na zona nascente do parque predominam bancos com costas, de ripas de madeira e estrutura em metal, colocados nos caminhos secundários. No relvado poente, entre exemplares ainda pouco desenvolvidos de pinheiros mansos (Pinus pinea) e de cerejeiras bravas (Prunus cerasifera) encontram-se espalhadas também mesas de pic-nic em madeira. Junto aos caminhos encontram-se implantados candeeiros com cerca de 3m, com o pé revestido a madeira e ainda papeleiras metálicas. Junto à fachada principal da antiga casa do guarda situa-se um elemento escultórico em metal recortado com a inscrição"Alameda da Paz", nome do parque.

Acessos

Avenida General Humberto Delgado, Gauss: M- 135646, P - 110467

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Localizado numa zona plana, nas franjas NE. da malha urbana de Sines, distando cerca de 560 m da Baía de Sines, medidos em linha recta.

Descrição Complementar

No anfiteatro, encontram-se nos vários socalcos sequências de cubos em betão que constituem bancos pousados sobre a relva, pontuando o espaço, evidenciando as linhas formais desta modelação de terreno.

Utilização Inicial

Recreativa: parque

Utilização Actual

Recreativa: parque

Propriedade

Pública

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO PAISAGISTA: António Viana Barreto (2001).

Cronologia

2001 - Estudo prévio e anteprojecto de Arquitectura paisagista por António Viana Barreto; 2002 - projecto de execução.

Dados Técnicos

Canteiros contidos por traves de madeira que suportavam os carris das linhas de caminho de ferro, sobrelevando-os em relação aos caminhos que os circunscrevem .

Materiais

Inerte - pavimento em pedra de calçada calcária, elemento escultórico em ferro; pérgula, bancos e mesas em madeira; papeleiras em ferro. Vegetal - Árvores: pinheiro manso (Pinus pinea), cerejeira brava (Prunus cerasifera); arbustos: lantana (Lantana camara), berberis (Berberis vulgaris); lantana (Lantana camara) e a berberis (Berberis vulgaris); herbáceas: gazânia (Gazania splendens), margaçinha (Erigeron mucronatus).

Bibliografia

site: www.sines.pt/PT/Viver/Cultura , 2008/11/20.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

IHRU: Arquivo Pessoal de António Viana Barreto

Intervenção Realizada

Observações

Projecto realizado para a Invesfer; *1- falta realizar uma considerável parte do parque que se prolonga para nascente, ficando este no final com uma área total de 30 ha.

Autor e Data

Teresa Camara 2008

Actualização

 
 
 
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