Núcleo urbano da cidade de Faro / Núcleo intramuros de Faro

IPA.00024719
Portugal, Faro, Faro, União das freguesias de Faro (Sé e São Pedro)
 
Núcleo urbano sede distrital. Cidade implanta em costa marítima. Núcleo urbano amuralhado com tecido urbano de raiz medieval estruturado sobre preexistências romanas. Estrutura radial concêntrica que revela na organização espacial a herança dos eixos fundamentais cardo e decumanos e do forum da Ossónoba romana, a par da circular interna herdada da urbe islâmica. A sacralidade do espaço centralizador de toda a estrutura manteve-se, a par de uma rede viária influenciada e condicionada pelo limite urbano imposto pela muralha. Os quarteirões são de formas, dimensões e densidades de ocupação muito irregulares. Surgem a par dos logradouros de grandes dimensões, situações de logradouros praticamente inexistentes. No conjunto, verifica-se uma densidade de ocupação baixa, com o espaço livre, público e privado a assumir grande impacto. Como núcleo fundacional da cidade contém os exemplares mais representativos do edificado de diferentes épocas. Salientam-se os edifícios de arquitectura civil privada chã, palácios urbanos e casas abastadas com características burguesas, setecentista e oitocentista, com 2 pisos, com marcação de soco e cunhais relevados em argamassa ou em pedra, remate superior com cimalha simples ou dupla, telhados de tesouro ou telhado de duas águas e beirado, vãos guarnecidos com molduras frequentemente revivalistas, recorrendo a uma linguagem seiscentista, caracterizada por cimalha sobre a verga recta. No andar nobre surgem predominantemente as sacadas com guardas de ferro forjado e fundido nos balcões. Esta tipologia é representativa do surto de construções e adaptações de preexistências que se deu na segunda metade de oitocentos. Da arquitectura residencial corrente predominam os edifícios térreos ou com dois pisos, que se caracterizam pelo recurso aos telhados de tesouro e beirado rematado com cimalha adoptados por influência da arquitectura erudita/ nobre, paredes caídas, vãos de pequenas dimensões com moldura de cantaria simples ou com relevo em argamassa. Os elementos decorativos recorrem ao tema da lágrima e á introdução de cor nos barramentos do soco e cunhal. A característica dominante do edificado da cidade é sem dúvida a sua distintiva cobertura em "tesouro". Os telhados de tesoura ou tesouro são coberturas inclinadas de quatro águas com inclinação superior a 45º, correspondendo cada cobertura a uma divisão do edifício. Assim os telhados eram reveladores do número e dimensão das "casas" que constituíam uma habitação. Esta solução técnica e estética de influência oriental são característica das casas nobres do séc. 16 e 17 em Faro, fruto de um crescimento urbano estruturante durante uma época de contactos estreitos com a Índia. Para além de inúmeras casas nobres desta época que preservam este tipo de telhado, encontramo-los também no Paço Episcopal (na ala primitiva paralela á Sé) e no Convento de Nossa Senhora da Assunção.
Número IPA Antigo: PT050805050140
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Vila medieval  Vila fortificada  Régia (D. Afonso III)

Descrição

Núcleo urbano da cidade de Faro. Implanta-se no limite do S. da área considerada como centro histórico. De forma aproximadamente circular esta sector da cidade corresponde ao núcleo fundacional, com ocupação urbana comprovada desde a idade do ferro. É desta época a delimitação do espaço intramuros e a consequente definição dos limites da cidade. Durante a ocupação romana a urbe extravasou o limite materializado pela fortaleza, estendendo-se para N. e ao longo da margem da ria. A área da Vila-a-dentro afirmou-se neste momento da sua história como o centro do poder político e religiosos, condição que não viria a perder até á actualidade. É da cidade romana que Faro herda a rede viária e a organização espacial e funcional. A Praça da Sé corresponde ao primitivo fórum e no local da actual sé sucederam-se o templo romano, a mesquita maior e a sé católica, sede de bispado. Este é o espaço estruturante por excelência do núcleo intramuros. Aqui se encontram os dois eixos fundacionais, condutores das zonas de expansão extramuros. O eixo definido pela Rua do Município/ Rua do Castelo ligava a cidade romana Ossónoba (Faro) a Lacaria (Lagos) e corresponde á implantação do cardo. Perpendicular a este, encontramos o eixo da Rua do Repouso/ Rua das Portas do Mar que se identifica com o traçado do decumanos. Ambos sofreram alterações e descontinuidades resultado das sucessivas intervenções no tecido da cidade. A urbe islâmica viria a contrair-se retomando o limite amuralhado, com um acréscimo considerável da densidade de ocupação do intramuros. O espaço urbano dividia-se em duas áreas distintas, comuns a todas as cidades islâmicas medievais, ainda perceptíveis na estrutura dos quarteirões, a alcáçova/ castelo e a medina/ urbe civil. A primeira detinha o poder político e militar e erguia-se no extremo sul da cerca. No castelo foram instalados quartéis do regimento de artilharia do Reino do Algarve no séc. 18. Sucedeu-lhe uma ocupação fabril durante o séc. 19 e início de 20, até á sua dilaceração pela abertura da rua Nova do Castelo. Sobre as estruturas do castelo ergue-se hoje o espaço cultural da Fábrica da Cerveja Portugália. A segunda área corresponde ao restante espaço intramuros e apresenta traçado muito irregular, onde predominam quarteirões de grandes dimensões, com densidades de ocupação heterogéneas. Sobre os eixos fundamentais da Rua do Castelo/ Rua do Município e da Rua do Repouso/ Rua das Portas do Mar abrem-se nas muralhas as portas da cidade. A Porta da Vila seria a principal e marcava a entrada na cidade num percurso preferencial de acesso ao castelo. A Porta do Repouso definia o circuito de ligação à chamada Porta do Mar, por onde se acedia ao porto marítimo. Até á construção da linha-férrea no séc. 19, a água vinha até ás muralhas. Outra marca do urbanismo islâmica visível ainda na estrutura viária da cidade é a circular intramuros, identificada nas ruas dos Cónegos (actual Rua do Rasquinho), Monsenhor Bouto e do Arco apesar das descontinuidades impostas pelas alterações do traçado urbano, sofridas ao longo da sua evolução. Após a reconquista cristã nascem novos arrabaldes. A Mouraria como consequência directa da necessidade de acomodação da população mourisca fora cidade, e a Ribeira enquanto área de expansão natural, ao longo da faixa ribeirinha, respondendo a novas necessidades funcionais e económica. Aqui se abriu a Praça da Rainha (actual D. Francisco Gomes), correspondente a um rossio junto á Porta da Vila. Instalou-se o mercado e o açougue, a alfandega e o hospital e capela do Espírito Santo. Foi no entanto na Vila-a-dentro que se mantiveram os grandes edifícios públicos e religiosos. A alcáçova, a casa da câmara no local do actual edifício dos Paços do Concelho, o pelourinho, a sé e o paço episcopal. Foi também no intramuros que se instalou a judiaria até ao final do séc. 15, aquando da sua expulsão. Neste local veio a ser construído o Convento de Nossa Senhora da Assunção (actual Museu Municipal) com a respectiva cerca que se estenderia até á muralha. Na sequência da instalação do convento abre-se o Largo das Freiras (actual Praça D. Afonso III), para onde dava o adro da igreja. Este largo seria um alargamento do eixo principal da Rua do Repouso/ Rua Norberto da Silva/ Rua das Porta do Mar. Actualmente apresenta uma forma sensivelmente rectangular resultante de uma intervenção de regularização posterior, que se estendeu sobre o antigo adro. Esta praça está rodeada por construções de dois pisos, com fachadas com vãos em cantaria e caiadas de branco, acolhendo muitas destas serviços de restauração nos pisos térreos e por muros altos de quintais a N. e a O. O pavimento é empedrado, com uma zona ajardinada ao centro, onde se ergue uma estátua equestre em bronze representando o rei D. Afonso III. Pontuado por algumas árvores o largo é utilizado como parque de estacionamento para os que vivem ou trabalham na Vila-a-Dentro. A S. abre-se um largo sem denominação específica que dá acesso á Rua Norberto da Silva. O Largo da Sé estruturou-se, tal como o conhecemos hoje, no início do séc. 17. Após a devastação provocada pelas tropas inglesas promoveu-se a reconstrução da Sé e a construção do edifício do Paço Episcopal que delimitaram a configuração do largo, reforçando o seu carácter monumental e de centro cívico e religioso da cidade. Com uma forma em "L" é quase integralmente rodeado por edifícios de grande porte: a Sé Catedral, o Complexo do Paço Episcopal e do Seminário Episcopal e os Paços do Concelho. Daqui se distribui a circulação para a rua do Município, a rua do Trem, a rua da Porta do Mar e a rua Domingos Gueiro. O Largo encontra-se empedrado e é utilizado como estacionamento, com alguns espaços ajardinados e uma estátua em pedra representando o bispo D. Francisco Gomes Avelar. Resta referir relativamente aos espaços públicos o Largo do Castelo que se abre entre a rua do Castelo e a rua Nova do Castelo. Era o espaço que antecedia a entrada do castelo e onde culminava o percurso a partir da Porta da Vila. Foi desvirtuado com a abertura da rua Nova do Castelo, tendo-se perdido a sua leitura e funcionalidade. É um espaço trapezoidal, rodeado de armazéns, oficinas remanescentes da industrialização da área do castelo e de parte da cerca do convento de Nossa Senhora da Assunção. Na frente S. é composta por construções térreas dedicadas ao comércio e á restauração e a galeria municipal. É um espaço de circulação, com área para estacionamento. O terramoto de 1755 teve um efeito extremamente nefasto no edificado, quer ao nível dos imóveis estatais quer no que diz respeito á arquitectura civil residencial. No tocante á arquitectura religiosa são notáveis as intervenções do arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri, mandado vir de Itália para a reconstrução dos edifícios destruídos pelo terramoto. Destacam-se o edifício do Paço Episcopal já referido anteriormente e o Arco da Vila, construído para conferir a monumentalidade própria da época á antiga Porta da Vila. As intervenções modernizadoras do séc. 19 reflectiram-se na construção de grandes edifícios públicos como o do Governo Civil e o Quartel dos Bombeiros Voluntários sobre o pano de muralha, alteraram de forma irreversível a leitura da fortaleza. Da análise da arquitectura residencial da Vila-a-Dentro destacam-se os exemplares solares e casas abastadas de setecentos e oitocentos, com incidência no pós terramoto de 1775. Na reconstrução foi retomada a linguagem da arquitectura chã, materializada sobretudo nas molduras dos vãos. São disto exemplo a Casa Domingues Gueiro, na rua com o mesmo nome e a Casa do Capitão Manuel de Oliveira. Este é um caso representativo de uma casa senhorial do séc. 16 que foi alvo de diversas intervenções, sendo legíveis elementos quinhentistas e setecentistas. A fachada actual é do séc. 18, recorrendo ao todo o léxico revivalista ao nível dos vãos e varandas. Diferente foi a solução ao nível da cobertura. Muitas das coberturas com telhados de tesouro muito apreciadas durante os séculos 16, 17 foram no século 18 revestidas por telhados de duas e três águas. O Solar dos Sárrias é um dos mais representativos exemplares da arquitectura senhorial seiscentista. Situado no encontro da Rua dos Cónegos (actual Rua do Rasquinho) com a Rua do Repouso, apresenta hoje características introduzidas durante o séc. 19, sobretudo ao nível dos vãos do piso nobre, mantendo a cobertura original em telhado de tesouro. Também na Casa da Família Cortes, na Rua do Repouso, e na Casa José Maria Assis, na Rua dos Cónegos (actual Rua do Rasquinho) é legível a identidade da habitação urbana oitocentista, de características burguesas impostas em edifícios setecentistas. Destaca-se igualmente o edifício setecentista da Escola do Magistério Público, na Rua Domingos Gueiro. O seu excepcional logradouro tem frente murada para a mesma rua e para a Praça D. Afonso III. Os logradouros de grandes dimensões são característica comum a todos estes edifícios. Do séc. 19 chegam marcas visíveis de grandes alterações na fisionomia do núcleo amuralhado. No interior destaca-se desta época o novo edifício dos Paços de Concelho no mesmo local onde existia o anterior. Da arquitectura residencial oitocentista refere-se o exemplo da Casa dos Condes de Santa Maria também na Rua do Cónegos (actual Rua do Rasquinho). A vivência da Vila-a-Dentro teve alterações profundas ao longo do séc. 20. A utilização dos edifícios é predominante terciária, com um decréscimo muito acentuado da vertente residencial. Concentram-se aqui serviços públicos e equipamentos culturais, instalações religiosas e serviços relacionados com a restauração e o turismo.

Acessos

Praça D. Francisco Gomes, Rua José Maria Cardoso, Largo de São Fracisco

Protecção

Inclui Arco da Vila (v. PT050805050002) / Convento de Nossa Senhora da Assunção (v.PT050805050003) / Sé Catedral / Igreja de Santa Maria (v. PT050805050004) / Fortaleza de Faro (v. PT050805050013)

Enquadramento

Urbano, situado em costa marítima. Implantado estrategicamente no ponto central da costa Algarvia, no S. de Portugal continental. Com uma localização excepcional na margem da Ria Formosa, é um porto marítimo natural. Encontra-se defendido a N. pela Serra do Caldeirão e enquadrado a S. pela ria e por um cordão dunar que forma diversas ilhas. Território caracterizado por clima ameno e excelentes condições naturais, com solos muito férteis e bons recursos marinhos, que propiciaram o nascimento e desenvolvimento da cidade, que pela sua posição estratégica para as rotas comerciais se afirmou essencialmente como mercantil. O núcleo urbano original (Vila-a-dentro) fixou-se na zona baixa e plana, numa área rodeada por água com uma formação aproximada de um istmo. Expandiu-se posteriormente para N., ocupando progressivamente a faixa ribeirinha e as zonas altas envolventes. A actual configuração da margem é resultado de sucessivos aterros e intervenções de regularização da margem.

Descrição Complementar

Durante a ocupação islâmica conviviam em Ossónoba a comunidade muçulmana e uma comunidade cristã que deveria ter grande influência, a avaliar pela alteração da denominação da cidade para Santa Maria do Ocidente, no séc. 9, ainda durante o domínio árabe. A urbe islâmica denominava-se por Ibne-Hárune, que terá dado origem a Santa Maria de Hárune, Santa Maria de Farão, simplesmente Farão (séc. 15/ 16) e finalmente a Faro.

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 03 a.C. / 08 / 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 03 a.C. - vestígios de ocupação humana proto-urbana, que sugerem a existência de uma "cidade-estado"; séc. 1/ 2 - ocupação romana do núcleo preexistente; são construídas novas muralhas e estruturado o tecido urbano segundo a planta hipodâmica; séc. 5/ 7 - ocupação Bizantina testemunhada pelas intervenções de reforço da estrutura fortificada existente; entre 552 e 624 é reconstruída a torre do castelo que se situa junto ao actual Largo de São Francisco; séc. 8 / 13 - durante a ocupação árabe, o perímetro amuralhado manteve-se, com o reforço das muralhas e a abertura de novas portas. séc. 9 - construção da alcáçova árabe no interior das muralhas.; a fortaleza árabe era constituída por uma forte alcáçova e uma vasta cerca amuralhada com 4 portas e 1 postigo; 1249 - reconquista por D. Sancho III e D. Paio Peres Correia; 1251 - retoma pelos mouros, num contexto de guerra entre Portugal e Castela; 1260, Janeiro - reconquista definitiva da cidade de Faro; 1266 - primeira carta de foral a Faro por D. Afonso III, reedificação da fortaleza; 1267, 16 Fevereiro - por carta régia de D. Afonso X de Castela, foram entregues todos os castelos e terras do Algarve a D. Afonso III, rei de Portugal; 1269, 12 Julho - novo foral concedido por D. Afonso III, destinado aos mouros residentes; a cidade começa a expandir-se fora de portas, com o estabelecimento da Mouraria; 1475 - as fortificações de Faro encontram-se arruinadas; na reestruturação urbana do reinado de D. Manuel acentua-se a expansão da cidade ao longo da faixa ribeirinha; 1491, 14 Abril - Faro passa a pertencer à Casa da Rainha, sendo doada por D. João II a D. Leonor; 1540, 7 Setembro - D. João III eleva Faro à condição de cidade e manda restaurar toda a fortaleza; 1577, 30 Março - a sede do bispado do Algarve, até aí assente na cidade de Silves é transferida para Faro; 1596 - o assalto das tropas inglesas pelo comando do Conde de Essex tem consequências drásticas na cidade, que se reflectiram na reestruturação da estrutura e tecido urbano; 1660, cerca de - construção da cerca seiscentista, estrutura abaluartada que envolvia toda a malha urbana e as cercas dos principais conjuntos monásticos, da qual não subsistem vestígios; 1709 - construção da capela de Nossa Senhora do Repouso entaipando um dos arcos da entrada da porta do Arco do Repouso; 1755, 1 Novembro - o terramoto danifica grande parte das muralhas e do edificado; D. Francisco Gomes de Avelar, bispo da diocese algarvia, contrata o arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri para a reconstrução dos edifícios mais importantes; séc. 18, finais - as muralhas perdem importância enquanto reduto militar; séc. 19 - intervenções no castelo, muralhas e torres, alguns troços das muralhas são incorporados nas casas oitocentistas então construídas; 1812, 25 Outubro - construção do Arco da Vila por Francisco Xavier Fabri; 1889 - construção da linha de caminho de ferro a S. das muralhas; 1923 - instalação da fábrica de cerveja na área da antiga alcáçova, ocupada inicialmente por quartéis e posteriormente pela fábrica de álcool; foi necessário rasgar a muralha a S. para a abertura de uma via larga para os transportes de grandes dimensões, fazendo a actual ligação entre a Rua do Castelo e o Largo S. Francisco; 1945 - Plano Geral de Urbanização de Faro, não concretizado, coordenado pelo Arq. João Aguiar; 1971 / 1986 - aquisição e demolição de prédios anexos às muralhas; 1981 - novo Plano Geral de Urbanização, coordenado pelo Arq. Tomás Taveira; 1995 - aprovação do PDM de Faro; 1993 - classificação das muralhas como IIP e criação do Gabinete Técnico Local da CMF; 1996 - aprovação do Plano Estratégico da Cidade de Faro; 1997, 13 Fevereiro - declaração de área crítica de recuperação e reconversão urbanística do Núcleo Histórico Intramuros ou Vila-a-dentro (Dec.nº 9/97 publicado no DR, I série); 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Faro (Sé e São Pedro) por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Tomo III, p.15, Lisboa, 1706; AZEVEDO, José Correia de, Enciclopédia da Arte Portuguesa, vol. 2, s.l., 1976; AZEVEDO, José António Correia de, Algarve Monumental, s.l., 1977; CORREIA, José Horta, Arquitectura Portuguesa -Renascimento, Maneirismo, Estilo Chão, Lisboa, 1991, MARQUES, João Alberto de Carvalho, O Convento de Nossa Senhora da Assunção em Faro, in Cadernos de História da Arte, I, Lisboa, 1991; pp. 28, 33, 50; PAULA, Rui Mendes, et PAULA, Frederico Mendes, Faro. Evolução Urbana e Património, ed. da Câmara Municipal de Faro, 1993; AZEVEDO, Correia de, Portugal Monumental, vol. 8, Lisboa, 1994; LAMEIRA, Francisco Ildefonso C., Faro-Edificações Notáveis, Faro, 1995; Plano de Urbanização do Espaço Histórico da cidade de Faro, CMF, 2001; Rodrigues, Tânia, A evolução urbana da cidade in revista Monumentos nº 24, DGEMN, 2006; AFONSO, Isabel Vieira, Telhados de Tesouro em Faro in revista Monumentos nº 24, DGEMN, 2006; TOJAL, Alexandre Maia, A arquitectura doméstica em Faro na segunda metade do século XIX: normas e práticas in revista Monumentos nº 24, DGEMN, 2006

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano Geral de Urbanização de Faro - Revisão, Arq. João António de Aguiar, 1963)

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS; Arquivo Pessoal Frederico George; CMF

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH (Plano de Urbanização de Faro, DSARH-005-4435/24); DGEMN/DREMS; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano Geral de Urbanização de Faro - Revisão, Arq. João António de Aguiar, 1963); DGARQ/TT: Memórias paroquiais, vol. 15, nº 27, p. 145 a 156/ nº 27a, p. 157 a 164

Intervenção Realizada

CMF/GTL: 1993 / 2000: recuperação do Arco da Vila e do Arco do Repouso, recuperação de dois edifícios destinados a galerias municipais (Galeria do Trem e Galeria do Arco); remoção das cablagens aéreas de telefone, electricidade e televisão; recuperação de todas as fachadas do núcleo; projecto do Museu Municipal e recuperação do Convento de Nossa Senhora da Assunção; recuperação do Castelo / Fábrica da Cerveja Portugália para espaço cultural; remodelação da iluminação pública; recuperação de diversos edifícios para instalação de serviços públicos: Solar dos Sárrias para sede das Águas do Sotavento, Casa do Capitão Manuel de Oliveira para sede dos Serviços Municipalizados, dois pequenos edifícios nas ruas dos Cónegos (actual rua do Rasquinho) e Domingos Gueiro para instalação de serviços municipais, Inventário dos edifícios notáveis e abertura de processo de classificação pelo IPPAR; Elaboração de regulamento de intervenções urbanísticas: "Regulamento das Intervenções nos Núcleos Históricos da Cidade de Faro".

Observações

Autor e Data

Cláudia Morgado, Marta Clemente, Nuno Vale, Rita Vale 2006

Actualização

 
 
 
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