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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Edifício de características neo-góticas, com a fachada principal voltada para a Rua de Cedofeita, organizada em três corpos, de dois registos cada. Os corpos são separados por pilastras pouco salientes e os registos por um friso. O corpo central é aberto ao nível do primeiro piso, por uma porta de arco quebrado; e ao nível do segundo piso por outra porta, também de arco quebrado, que dá acesso a uma varanda gradeada a ferro fundido. Os corpos laterais são simétricos. Sobre um alto embasamento, recortado por um postigo, desenha-se um grande arco de volta perfeita, onde se inserem dois vãos de arco quebrado. Os peitoris são em ferro fundido, com arcos quebrados que imitam os dos vãos. No segundo, repete-se a solução, mas sem os peitoris. Sobre o entablamento, assenta uma cornija saliente, na qual se ergue uma platibanda, aberta por arcos quebrados, que glosam as soluções do alçado, e quebrada por um frontão curvilíneo, decorado com um florão. Os arcos dos vãos assentam em capitéis, decorados com motivos vegetalistas, que variam consoante as dimensões dos cestos. A porta é de duas folhas, com almofadas e decorações vegetalistas; e coroada por uma bandeira, em ferro fundido. O alçado Poente arranca com um alto embasamento, onde são rasgados cinco postigos, gradeados a ferro fundido. A nível do primeiro piso, abrem-se cinco janelas de arco quebrado, emolduradas a granito, a que correspondem outros tantos vãos no piso superior, sendo o central de sacada, gradeada a ferro fundido. Os pisos são separados por um friso granítico. Sobre um entablamento, uma cornija pouco saliente, onde assenta a platibanda, em que losangos alternam com balaustradas de arcos quebrados, abertas nos eixos dos vãos. O alçado posterior, voltado a Norte, foi alterado no século XX, erguendo-se em três pisos e recuado. Na continuidade do edifício, para Norte, ergue-se um muro, de aparelho granítico, rebocado e caiado, aberto por um portão em ferro fundido, de duas folhas, ladeado de duas colunas. |
Acessos
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Rua da Boavista, n.º 626; Rua de Oliveira Monteiro |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, limitado a S. pela Rua de Cedofeita; a O. pela Rua de Oliveira Monteiro; e a N. e a E. por construções e logradouros vizinhos. O edifício faz fachada de rua, desenvolvendo-se um pequeno logradouro na parte posterior. |
Descrição Complementar
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Logradouro de pequenas dimensões, de forma quadrangular, que se desenvolve totalmente nas traseiras do edifício. A Planta Topographica, de Telles Ferreira (1892), não é conclusiva sobre a existência ou inexistência de canteiros e sobre as formas adoptadas. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Propriedade
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Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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MESTRE-DE-OBRAS: Licínio Queiroz |
Cronologia
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1860, 6 de Outubro - Nasce Manuel António de Almeida, em Touça, freguesia de Alpedrinha, Vila Nova de Foz Côa; 1888, 12 de Julho - concessão do Título de Visconde de Pinhel, por Decreto d'El-Rei Dom Luís I; 1888, 25 de Setembro - concedida licença a Manuel António de Almeida, 1.º Visconde de Pinhel, para a construção de um edifício, segundo risco de Licínio Queiroz; 1889, 12 de Agosto - concedido o Título de Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real ao 1.º Visconde de Pinhel; 1889, 21 de Agosto - concessão do Alvará d'El-Rei Dom Luís I, para Armas Novas (esquartelado: I e IV de azul, com uma cruz de oiro simples, firmada no escudo; II e III de prata, com um pinheiro de sua cor; Timbre: uma águia vermelha, armada de oiro; coronel de Visconde); 1889, 10 de Setembro - concessão de Carta de Armas, confirmando a Mercê de Armas Novas; 1889 - casa na Igreja Paroquial de Santa Maria do Castelo, em Pinhel, com sua parenta Dona Luiza de Campos Henriques (nascida em Pinhel, a 28 de Fevereiro de 1860; falecida em Lisboa, a 10 de Fevereiro de 1939); 1893, 6 de Abril - concessão do Título de Conde de Pinhel, por Decreto d'El-Rei Dom Carlos I; 1895, 9 de Outubro - concedida licença a Manuel António de Almeida, 1.º Visconde de Pinhel, para a construção de encanamento e desvio de ribeiro, sendo as obras orientadas por Licínio Queiroz; 1910, 7 de Março - concessão de nova Carta de Armas, acrescentadas com o coronel de Conde; 1929, 9 de Agosto - morre o Visconde e Conde de Pinhel, na freguesia de São Paulo, em Lisboa; 2000 (década) - proposto como Imóvel de Interesse Patrimonial da Carta de Património do PDM do Porto, com a legenda C89 - Edifícios de Habitação (Palacete). |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria de granito, rebocada e pintada nos alçados laterais; coberturas com estruturas de madeira, revestida a telha de barro, de tipo marselha; caixilharia em madeira pintada |
Bibliografia
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Anuário da Nobreza de Portugal, Ano III, Tomo I., Lisboa, 1995, p. 494-497; GRAÇA, Manuel de Sampayo Pimentel Azevedo, Construções de Elite no Porto (1805-1906), Porto, 2004 (FLUP), Vol. I, p. 148-149, Vol. II, p. 487-500; ZÚQUETE, Dr. Eduardo Afonso Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, 1961, Vol. III, p. 130. |
Documentação Gráfica
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AHMP / CMP: Livros de Plantas de Casas, n.º CXXXVI, fl. 165-168; n.º CXCVIII, fl. 90-92 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; AHMP / CMP: Fotografia Aérea do Porto de 1939 |
Documentação Administrativa
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AHMP / CMP: Livros de Plantas de Casas, n.º CXXXVI, fl. 165-168; n.º CXCVIII, fl. 90-92 |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Manuel Graça 2006 |
Actualização
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