Chafariz das Moiras
| IPA.00025673 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior |
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Arquitectura infraestrutural, tardo-barroca. Chafariz de espaldar simples composto por paraestática, com pilastras rústicas e toscanas, rematadas em friso e cornija. O espaldar possui apainelado com inscrição e pedra de armas e três bicas circulares, que vertem para tanque contracurvado e galbado, com bordo boleado. Possui réguas metálicas para apoio de vasilhame. Chafariz com a fachada principal reaproveitada de um antigo chafariz do tipo caixa, que se erguia no Lumiar, demolido por questões urbanísticas. Está enquadrado por muro de suporte de terras, formando uma elipse, que cria um amplo largo. De destacar a estrutura do tanque, contracurvado e galbado, o elemento mais elegante e erudito do conjunto. |
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Número IPA Antigo: PT031106341267 |
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Registo visualizado 1109 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Chafariz em alvenaria de calcário rebocada e pintada de rosa, com elementos arquitectónicos e decorativos em cantaria de calcário lioz, de planta recta, composto por espaldar rectilíneo, marcado por paraestática de duas pilastras, as anteriores em silharia fendida, que sustentam o remate em friso e cornija; no centro do espaldar surge elemento almofadado em cantaria, curvo na zona inferior, onde se enquadra o escudo real e um painel rectilíneo, de ângulos côncavos, onde se lê a inscrição "UTILIDADE DO PUBLICO ANNO DE 1815". Na base, três bicas circulares, com elementos metálicos e torneiras, que vertem para tanque profundo, de planta contracurvada, perfil galbado e bordo boleado, tendo, ao centro, duas réguas de apoio ao vasilhame *1. |
Acessos
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Largo do Correio Mor |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) |
Enquadramento
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Urbano, adossado a um amplo muro de suporte de terras, de perfil curvo e em declive simétrico, percorrido por embasamento de cantaria e paredes rebocadas e pintadas de rosa, de onde pendem plantas trepadeiras, que invadem o remate do chafariz; presos nos muros, duas lanternas de iluminação pública, em ferro e vidro simples. Fronteiro, forma-se um largo pavimentado a calçada, protegido por frades com remates piramidais, onde se implementam bancos de cantaria assentes em três pés do mesmo material e quatro árvores. Em frente ao largo, situa-se o Palácio Penafiel / Palácio do Correio-Mor (v. PT031106190336). Nas imediações, situam-se vestígios das muralhas do Castelo de São Jorge (v. PT031106120023), a Igreja de Santo António de Lisboa (v. PT031106520044) e a Sé de Lisboa (v. PT031106520004). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: fonte ornamental |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: José Therésio Michelotti (1813-16). |
Cronologia
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1813 - início da construção do chafariz, no Vale das Moiras, no Lumiar, provavelmente da autoria do arquitecto José Therésio Michelotti, que acompanhou as obras, bem como as do Chafariz do Campo Grande, seu contemporâneo; 1815, 11 Dezembro - os mestres das Águas Livres orçaram a despesa da obra em 48:114$473; 1816, 12 Janeiro - a obra estava, praticamente, concluída; 27 Julho - a água começa a correr no chafariz, com uma pena; 6 Agosto - terminam as obras; 1835 - a mina revelava-se insuficiente e a Câmara Municipal ordenou que se enchessem os depósitos com a água proveniente dos Chafarizes da Convalescença e da Cruz do Tabuado; 1836 - 1840 - obras na mina das Moiras para tentar aumentar o caudal, sem grande resultado; 1837 - a Câmara mandava diariamente quatro pipas de água para encher o depósito (oito nos dias de feira); 1940 - análise da água do chafariz e das minas que o abastecem, com 3 bicas, a central recebendo água da mina e as laterais água da distribuição da cidade; séc. 20, meados - demolição do chafariz, tendo o seu pano de fachada sido aproveitado e colocado no Largo em frente ao Palácio do Correio-mor, o qual sofreu um arranjo urbanístico. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de calcário, rebocada e pintada; pilastras, friso, cornija, almofada, armas reais, bicas e tanque em cantaria de calcário lioz; bicas forradas a metal. |
Bibliografia
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CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, s.d.; PINHO, Bernardino de, Inventário das Minas, Poços, Furos e Cisternas da área da Cidade de Lisboa, in Boletim da Comissão da Fiscalização das Águas de Lisboa, III série, n.º 32, Lisboa, Ministério das Obras Públicas, 1951, pp. 107-127; CAETANO, Joaquim de Oliveira, SILVA, Jorge Cruz, Chafarizes de Lisboa, Sacavém, Distri-Editora, 1991; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - pintura do muro que rodeia o chafariz e o espaldar do mesmo; limpeza das cantarias. |
Observações
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*1 - o Chafariz era constituído em forma de templete, adossado a um muro divisório de propriedade, em cantaria de granito e cobertura em quatro águas galbadas, com urna no remate; as faces laterais eram rasgadas por óculos circulares. |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2007 |
Actualização
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