Chafariz do Largo do Mastro

IPA.00025993
Portugal, Lisboa, Lisboa, Arroios
 
Arquitectura infraestrutural, barroca e revivalista neobarroca. Chafariz do tipo centralizado, composto por tanque circular, de perfil galbado e bordo boleado, no interior do qual surgem plintos, que sustentam uma coluna galbada, em silharia fendida e com golfinhos adossados, constituindo as bicas, sobre a qual surge um tabuleiro e um obelisco piramidal.
Número IPA Antigo: PT031106241298
 
Registo visualizado 3387 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo centralizado

Descrição

Chafariz em cantaria de calcário lioz, de planta circular, assente em plataforma de dois e três degraus, adaptando-se ao declive do terreno. Sobre esta, surge um tanque circular de perfil galbado e bordo boleado, tendo, ao centro, pedestal paralelepipédico, com as arestas recortadas, sobre o qual surge um dado com iguais características, mas com as faces almofadadas e remate boleado. Sobre estes, surge a coluna galbada, com os ângulos recortados, com as quatro faces em silharia fendida, tendo adossados quatro golfinhos, envolvidos por fitas e borlas, que constituem as bicas, com canos de chumbo, sob os quais se inscreve uma concha, estando sobrepujados por coroa de acantos. Sucede-se um toro, que sustenta plinto de pequenas dimensões, encimado por tabuleiro de onde arranca o obelisco, em pirâmide oitavada, estriada e com anel no terço inferior, sobrepujado por alcachofra.

Acessos

Largo do Mastro

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5 DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 / Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967)

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado num amplo largo, em zona de forte pendor inclinado. O largo encontra-se envolvido por vias públicas e por edifícios de rendimento. No largo, transformado num pequeno jardim, surgem quatro canteiros nos ângulos, relvados e com árvores de grande porte e arbustos, surgindo, ao centro, o chafariz, com os caminhos pavimentados a alcatrão. Junto aos canteiros, surgem bancos de jardim, de madeira e metal, e candeeiros de iluminação. Nas imediações, situa-se o Chafariz de Santa Ana (v. PT031106240379).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Cultural e recreativa: fonte ornamental

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Malaquias Ferreira Leal (1848); ESCULTOR: Alexandre Gomes (17??).

Cronologia

Séc. 17 - a zona de Belém era abastecida pelo Chafariz da Bola, desactivado no séc. 19; 1846, 28 Maio - deliberação camarária para a construção de um segundo Chafariz em Belém, denominado dos Golfinhos, pois o anterior era escasso para a procura, conforme projecto do arquitecto da Câmara Malaquias Ferreira Leal, no sítio do Chão Salgado, reutilizando elementos que já estavam concluídos para o Chafariz de Santa Ana, que não se chegou a construir, como os golfinhos, executados pelo escultor Alexandre Gomes; 1848, 4 Abril - inauguração do chafariz *2, estando presente o vereador do Pelouro das Águas, António de Carvalho; 1851 - os sobejos do chafariz correm para um tanque fronteiro; 1940 - o chafariz foi desmontado para se construirem os pavilhões da Exposição do Mundo Português; 1942 - os materiais encontravam-se arrecadados num barracão da Câmara, na Rua de Pedrouços; 1947 - foi erguido no Largo do Mastro, junto ao Campo de Santana.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário lioz.

Bibliografia

ANDRADE, José Sérgio Velloso d', Memoria sobre Chafarizes, Bicas, Fontes e Poços Públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo, Lisboa, Imprensa Silviana, 1851; SILVA, Augusto Vieira da, Chafarizes monumentais e interessantes de Lisboa desaparecidos, Lisboa, Separata do Boletim da Comissão da Fiscalização das Águas de Lisboa, n.º 21; 1942; CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, s.d.; CAETANO, Joaquim de Oliveira, SILVA, Jorge Cruz, Chafarizes de Lisboa, Sacavém, Distri-Editora, 1991; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - consolidação da estrutura com argamassa de cimento.

Observações

*1 - Por decreto do Ministério da Cultura (dec. nº 5/2002 de 19 de Fevereiro) foi alterado o Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que designava o imóvel como "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte redacção: "Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa". *2 - o tanque encontrava-se sobre plataforma circular de três a quatro degraus, vencendo o desnível do terreno; tinha, foronteiro, um tanque mais pequeno, com uma bica simples, flanqueado por muro de perfil curvo, como mostra uma imagem do Arquivo Pitoresco, vol. III, p. 56, de 1860.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2007

Actualização

 
 
 
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