Estação Ferroviária do Pocinho
| IPA.00026338 |
Portugal, Guarda, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa |
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Arquitetura de transportes, novecentista. Estação ferroviária composta por edifício principal e algumas construções de apoio técnico, como armazém e instalações sanitárias. Edifício principal de planta retangular, desenvolvido em três pisos separados por frisos de granito, composto por três corpos, sendo o central relativamente avançado. Fachadas percorridas por embasamento de granito sobreposto por lambril de azulejos floreados, rematadas por friso e cornija alteada. São rasgadas regularmente por vãos de verga ligeiramente abatida ou de verga reta, com molduras de granito, simples, possuindo na fachada posterior pala metálica apoiada em falsas mísulas metálicas fixas à parede e painel de azulejos decorativo, retratando as vindimas. |
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Número IPA Antigo: PT010914170215 |
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Registo visualizado 729 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Transportes Apeadeiro / Estação Estação ferroviária
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Descrição
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Conjunto edificado composto por edifício de passageiros e algumas construções de apoio técnico, como o cais coberto sanitários e armazém. EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS de planta retangular e cobertura diferenciada em telhados de três e quatro águas, surgindo sobre a cobertura três chaminés. Fachadas desenvolvidas em três pisos separados por friso de cantaria, rebocadas e pintadas de amarelo claro, percorridas por embasamento de cantaria, seguido de silhar de azulejos, de padrão floreado e fitomórfico em tons de azul sobre fundo branco, enquadradas por cunhais apilastrados, e rematadas em friso e cornija reta, alteada. Fachada principal virada a SE., marcada por três panos, sendo o central ligeiramente avançado. Piso térreo rasgado no corpo central por três portas de verga ligeiramente abatida, com molduras de granito, retas, tendo a porta central fecho saliente e a lateral direita a legenda "ENTRADA"; e por porta e duas janelas nos corpos laterais; primeiro e segundo pisos, semelhantes, rasgados simetricamente por composição de três janelas de verga abatida, em cada corpo e piso. Fachada lateral esquerda rasgada no piso térreo por porta sobreposta por duas janelas simples, e nos restantes pisos por janela retangular, de duas folhas, com peitoril suportado por pequenas mísulas; fachada lateral direita rasgada no piso térreo por composição de cinco janelas ligadas por moldura de cantaria e intercaladas por nembos também de cantaria. Restantes pisos cegos. Nas duas fachadas laterais surge no piso central o símbolo "rf" e a designação POCINHO. A fachada posterior, virada à linha férrea, é rasgada no piso térreo por sete portas, dispostas num ritmo de duas a duas nos corpos laterais e três no central, com molduras iguais às da fachada principal, protegidas por pala metálica corrida, suportada por mísulas de ferro vazadas. Nos extremos das fachadas surge do lado esquerdo porta simples, de abertura posterior, protegida por grade de ferro e no extremo do lado esquerdo, painel de azulejos que retrata as vindimas no Douro. O primeiro e segundo piso, são rasgados simetricamente por igual número de vãos, sendo no primeiro piso nove janelas de verga ligeiramente abatida, de linguagem semelhante às da fachada principal, e três óculos, e no segundo piso nove janelas semelhantes às da fachada lateral direita e três óculos. INTERIOR do primeiro piso com pavimento de mármore, paredes pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e silhar de azulejos geométricos azuis sobre fundo branco; bilheteira do lado esquerdo. A E., junto à fachada lateral esquerda encontram-se as INSTALAÇÕES SANITÁRIAS de planta retangular, corpo único e cobertura em telhado de duas águas, com abas corridas. Apresenta as fachadas rebocadas e pintadas de amarelo claro, igualmente percorridas por embasamento de cantaria e silhar de azulejos, e superiormente terminadas em grelha de madeira de malha larga; os topos são rasgados por duas portas retilíneas de acesso à zona das senhoras e à zona dos homens, devidamente assinaladas. A O. do edifício de passageiros dispõe-se ARMAZÉM, de madeira, de planta retangular, massa simples e cobertura homogénea em telhado de duas águas, formando aba corrida muito avançada, apoiada em traves de madeira. Apresenta, fachadas de madeira, rasgadas por vãos de verga reta. |
Acessos
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Rua da Estação |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Periurbano, isolado. Implanta-se na margem S. do Rio Douro, rodeada por uma paisagem marcadamente agrícola, com maior predomínio para a plantação de vinhas e olivais. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: estação ferroviária |
Utilização Actual
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Transportes: estação ferroviária |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PINTOR DE AZULEJOS: Gilberto Renda. PINTURA DE AZULEJO: Fábrica de Sant'Anna (Lisboa). |
Cronologia
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1867, 2 Julho - Carta de Lei de D. Luís informando que as Cortes Gerais decretaram que o Governo estava autorizado a construir e explorar por conta do Estado duas linhas férreas, a partir da cidade do Porto, uma para Braga e Viana do Castelo até à fronteira da Galiza e outra pelo Vale do Sousa e proximidades de Penafiel até ao Pinhão; entre as várias condições técnicas estipuladas para a construção das linhas, a do Douro deveria ser de uma só via e com a largura de 1,67 m. e com o peso de carris de 25 Kg; estipulou-se que as estações deveriam ser de grande simplicidade, construindo-se apenas o que era indispensável para resguardar as pessoas e mercadorias; o Governo foi autorizado a despender até 30.000$000 rs / km na construção das duas linhas, onde ficava incluído as expropriações, material fixo e circulante, oficinas, estações, obras acessórias e dependências; 1873, 8 de julho - Início dos trabalhos de construção da Linha do Douro, 1º troço; 1875 - Inaugurado o troço entre Ermesinde e Penafiel; 1879 - 15 de julho - inauguração do troço até à Régua; 1883 - É inaugurado o troço Pinhão - Tua e decretada a elaboração do projeto definitivo do último troço da Linha do Douro até à fronteira com Espanha, em Barca de Alva; construção do edifício; 1887, Janeiro - é inaugurado e aberto à exploração o troço Tua - Pocinho; 1926 - tinha como principal tráfego o vinho e esteiras de pedra, expedindo, em média anual, 100 toneladas em g.v. e 11.400 em p.v. para a Régua, Porto, Gaia, etc.; recebia aguardente, taras vazias, e géneros de praça das mesmas estações na média anual de 120 toneladas em g.v. e 2.000 em p.v.; o movimento de passageiros era de cerca 8.500, em especial para o Porto, Lisboa, Régua e Braga; 1929 - era uma estação de transbordo para a linha do Vale do Sabor (Pocinho a Carvicais), de importância diminuta; dispõe de terreno suficiente para ampliações; para a melhorar, precisava de poucos trabalhos, estimados em 320 contos, e a realizar num ano: as obras nas linhas orçavam os 30 contos, a ampliação da plataforma em 20 contos, a ampliação do cais de transbordo em 60 contos, na báscula, guindaste e gabarit em 80, na sinalização e encravamentos em 80 contos, na iluminação em 20 contos e em trabalhos diversos e imprevistos em 30 contos; 1930 / 1940, década - pintura de um painel de azulejos por Gilberto Renda, executado na Fábrica de Sant'Anna, em Lisboa; 1935 - assentamento de uma báscula de 20 toneladas; 1987 - encerramento da linha entre o Pocinho e Barca de Alba; 2007, 10 dezembro - criação de uma Comissão, formada por pessoas de Portugal e Espanha, para lutar pela reabertura da ligação entre o Pocinho e Barca de Alba, na linha do Douro. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; embasamento, pilastras, frisos, cornijas, molduras dos vãos, degraus e plataforma de embarque em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; vidros simples nas janelas e portas; lambril e faixas de azulejos; grades de ferro;pala metálica; cobertura de telha. |
Bibliografia
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CALADO, Rafael Salinas, ALMEIDA, Pedro Vieira de - Aspectos Azulejares na arquitectura Ferroviária portuguesa, Lisboa, 2001; Monografia das Estações e esboço corográfico da Zona atravessada pelos caminhos de Ferro do Minho e Douro, Lisboa, 1926; «Os nossos Caminhos de Ferro em 1935». In Gazeta dos Caminhos de Ferro. 01 fevereiro 1936, n.º 48 (1155), p. 96; Relatório e Programa dos trabalhos a executar nas linhas do Minho e Douro e Sul & Sueste para as colocar em boas condições de exploração, Lisboa, 1930. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Séc. 20 - diversas obras de conservação e beneficiação. |
Observações
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Integra-se na linha do Douro, no entroncamento da linha do vale Sabor. |
Autor e Data
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Paula Noé 2007 / Ana Filipe 2013 |
Actualização
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