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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta regular, longitudinal, volumes dispostos horizontalmente. Coberturas diferenciadas em telhado de duas águas, de beiral saliente, sobre a nave e capela mor. Fachada principal a S. de pano único limitado pelos cunhais salientes, capitalizados, com dois andares assinalados pela justaposição das aberturas *1; 1º registo tem porta de verga recta, com emolduração pétrea muito simples, rasgando-se acima; no 2º registo um janelão gradeado, de verga curva, encimado por inscrição. Remate em empena angular, com quebra águas de 2 águas, flanqueado por pináculos de bolas sobrepostas, que coroam os cunhais. O alçado E. revela pano único com dois registos, rasgando-se no primeiro porta de verga recta e no 2º duas jenelas de verga curva e forte gradeamento. A capela mor, mais baixa do que o corpo da nave tem sómente um registo, o superior, e nele se rasga uma janela idêntica às anteriormente descritas. Alçado N. tem o topo da ousia cego à qual de adossa a 0. a torre sineira de pano único, limitado por cunhais e 3 andares, sendo o último marcada por friso estreito. No 1º registo abre-se janela estreita gradeada com verga recta. Acima idêntica janela suplantada por inscrição «1960 - Esta torre foi mandada construír por - António da Costa Viegas - com a contribuição dos haveres da sua saudosa esposa - Maria do Rosário Marques da Costa - oferecendo o mesmo benemérito - o sino maior. Acima um relógio. Por fim 4 vãos dos sinos, de volta perfeita, 3 pequenos e l grande. Remate em cornija saliente acima da qual, coroando os cunhais, surgem pináculos de base quadrangular e remate piramidal, flanqueando o zimbório central também piramidal. O alçado O. da sineira apresenta porta e fresta, fazendo parte de um corpo saliente coberto por telhado de uma água, que alberga a escada interior de acesso ao coro alto, tendo uma porta e duas frestas. Este alçado tem no 2º registo uma janela de verga recta, gradeada. 0 interior é de espaço único coberto com tecto de madeira de 2 águas, fazendo-se a transição para a capela-mor através de arco triunfal a pleno centro, de capitéis salientes. A capela-mor é também de espaço único, coberta por tecto de madeira imitando abóbada de berço. A nave é iluminada pela janela da fachada principal e pelos dois janelões a 0.; os do alçado E. encontram-se entaipados pelo lançamento da escada de acesso ao coro alto, embora mantenham por simetria, as molduras. A capela-mor é iluminada por 2 janelas. Altar-mor barroco com camarim, colunas pseudo salomónicas e notáveis nichos com sanefas. Retábulos laterias franqueiam o arco triunfal *2. |
Acessos
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Vila Pouca da Beira |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, em planície, destacada, junto à estrada, em ambiente dissonante. A E., fica o cemitério municipal e casas de habitação, não adossadas. A S., grande adro separado da estrada por um muro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Coimbra) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc.18, princípio - retábulo principal com camarim, colunas torsas e nichos com sanefas; 1818 - foi reedificada a expensas de José de Abreu Castelo Branco Figueiredo Brandão, datando desda época os retábulos das colaterais; 1960 - construção da torre sineira e doação do sino maior. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Bibliografia
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GONÇALVES, Nogueira, A., CORREIA, Vergílio, Inventário Artístico de Portugal, Lisboa, 1953. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Na fachada principal sobre a janela do segundo registo encontra-se a seguinte inscrição: 1818 - ANNO D /Esta igreja redificou à sua custa José de Abreu Castelo Branco FIGDº Brandão desta Vª Pouca e adornou com cortinados de damº CARMEZ MERE D ficou ac. Mor. *2 - De salientar algumas esculturas de boa qualidade: Santa Rita de Cássia no altar-mor, em barro, do séc. 18; S. Lourenço, em madeira estofada, da mesma época; Trindade em calcáreo, muito policromada mas datável do séc.16 - 17. *4 - Quando o Convento do Desagravo de Doroteias, da mesma vila, foi suprimido a paroquial passou para a igreja conventual, ficando a que agora estudamos ao abandono. |
Autor e Data
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Maria Bonina e Fernando Grilo 1996 |
Actualização
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