Colégio de São Jerónimo
| IPA.00002679 |
Portugal, Coimbra, Coimbra, União das freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) |
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Colégio que, apesar das adaptações, desde o séc.19, para instalação do hospital, o edifício apresenta uma fachada principal com janelas molduradas ao gosto setecentista do barroco erudito; conserva uma escada barroca de grande efeito cénico proporcionado pela monumentalidade e utilização de azulejos, representando arquitectura. O azulejo setecentista surge também no vestíbulo, com representações de figuras simbólicas dos 4 elementos, e num corredor anexo, com desenhos vegetais e geométricos. O Claustro é de planta rectangular, de dois andares, sendo o inferior de ordem jónica e apresentando os lanços cobertos por uma magnífica abóbada aquartelada .(DIAS, 1983). O claustro apresenta afinidades com os dos colégios do Carmo e de São Tomás, num estilo renascença que segue o tipo divulgado por Diogo de Castilho. |
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Número IPA Antigo: PT020603250042 |
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Registo visualizado 1257 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Colégio universitário
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Descrição
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Planta longitudinal irregular, composta por vários corpos. A fachada principal divide-se em 3 partes: a Norte 1 corpo saliente correspondente à caixa das escadas apresenta no 1º registo 1 janela transformada em porta com óculo e no 2º registo 4 janelas de verga curva. A parte central tem 1 porta com 2 colunas-hermes, verga curva e frontão ondulado interrompido, ladeada por 2 óculos ovais e por cima duas fiadas de janelas, as 1ªs de sacada com varandas. A última parte corresponde à Igreja, mantendo-se os cunhais e a parte inferior da torre. Na fachada correspondente à ladeira do castelo surge a parede lateral da igreja e a sua cornija. O portal principal dá acesso a um pequeno átrio tendo à direita o claustro e à esquerda a escadaria de aparato. No INTERIOR, a igreja está dividida em salas e descaracterizada, e além doutras dependências destaca-se o claustro quadrangular de 2 pisos, com arcos divididos por contrafortes nos alçados e abóbada artesoada apoiada em modilhões na galeria térrea e uma escadaria de dois lanços, 1 duplo com guardas de balaústres com paredes revestidas de azulejos decorativos e figurativos e no patamar que dá acesso ao segundo lanço um nicho albergando uma escultura de São Jerónimo. Todas as portas da zona nobre são molduradas por composições arquitectónicas. |
Acessos
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Largo D. Dinis |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5/2002, DR, 1ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, ergue-se na Praça de D. Dinis, ao lado do Colégio das Artes (v. PT020603250114), fazendo parte do complexo conjunto do Hospital da Universidade. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Educativa: colégio universitário |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu / Política e administrativa: reitoria e serviços académicos |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Universidade de Coimbra |
Época Construção
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Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Arq. Luís Benavente (1902-1993) (projecto de adaptação a unidade hospitalar) |
Cronologia
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1565 - Início das obras; 1755 - sofreu forte abalo com o terramoto ocorrido neste ano; 1848 - depois da extinção das ordens religiosas, foi aí instalado um primeiro serviço de assistência hospitalar; 1916 - estudo efectuado para a construção de um muro de suporte na rua Abílio Roque e para a instalação de uma lavandaria; 1917, 25 de Abril - concurso público para arrematação de uma empreitada para construção de uma lavandaria para o Hospital da Universidade de Coimbra; 1921 - construção de quartos particulares; 1922 - reparação dos estragos causados nas obras dos quartos particulares; 1934 - estudo de Raul Lino e Luís Benavente da envolvente dos hospitais da Universidade de Coimba; 1935 / 1936 - Obras nos edifícios do Hospital da Universidade de Coimbra no Valor de 1.167.959$10 (Dec. 24.981, D.G. nº 23, I Série, 29 de Janeiro de 1935), também publicitado nos jornais "O Primeiro de Janeiro", "Comércio do Porto", "O Século", "Diário de Notícias" e "Diário de Coimbra"; 1985 - despacho datado de Outubro classifica o Colégio como Monumento Nacional; 1987, Março - as funções hospitalares cessaram com a inauguração do Hospital Novo, junto a Celas; 1987, 11 Dezembro - instalação do Museu Académico em parte do 1º andar; 1990, década - na restante parte do edifício é ocupada com departamentos da Faculdade de Letras e com uma cantina. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenarias, mármore, tijolo, telha, vidro, azulejos. |
Bibliografia
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Ayres de Campos, Índices e Sumários, fasc. II, Coimbra, 1869; BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; 2007.11.26; DIAS, Pedro, Coimbra: Arte e História, Porto, 1983; PESSOA, Alberto, Hospitais de Coimbra, Coimbra, 1931; , 2007.11.26; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70104 [consultado em 11 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC, pº 28 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1933 - construção de muros de suporte e vedação de parte do terreno da cerca dos hospitais, confinante com a rua Abílio Roque; 1934 / 1936 - obras de reforma da cozinha e seus anexos, dos quartos particulares; obras de reforma na ala poente do edifício e adaptação do 1º e 2º andar à instalação dos serviços administrativos dos hospitais; obras de reforma do corredor entre o claustro, construção do novo Banco e de uma câmara escura de RaioX para o novo Banco; construção dos edifícios para consultas externas; obras de conclusão dos quartos particulares - águas-furtadas; obras de adaptação do antigo banco a salas de laboratório de ortopedia, obras de adaptação das dependências da antiga secretaria a quartos particulares; 1937 - Substituição do pavimento do vestíbulo de entrada para pavimento em cantaria em aparelho liso, substituição do pavimento dos patins da escada, reparação dos painéis de azulejo do séc. 18 pelo pintor ceramista Alves de Sá; cobertura da cimalha com beiral; refechamento das juntas das cantarias; 1947- obras de restauro e beneficiação do claustro: substituição do lajedo em mau estado nas galerias, execução de novos revestimentos em paredes e abóbadas, supressão de canteiros e colocação de lajedo no pátio do claustro, colocação de soco de cantaria nas paredes. |
Observações
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Autor e Data
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Horácio Bonifácio 1991 / Margarida Silva 2007 |
Actualização
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