Quinta da Caverneira / Centro de Estudos da Ruralidade
| IPA.00027068 |
Portugal, Porto, Maia, Águas Santas |
|
Quinta com palacete eclético e revivalista, de planta centrada, construído ao gosto de "Casa Brasileira", com torreão central, ameado, idêntico às torres barrocas de Nazoni. A inclinação dos telhados e construção de mansardas têm influência alpina. A N. foi construído um corpo novo, que engloba auditório / sala de conferências com capacidade para cerca de 100 pessoas. Edifício construído sobre granito maciço, onde funcionou antiga pedreira, com socalcos adaptados ao declive do monte, suportados por muros de granito, preenchidos por terra, de forma a permitir plantar os pomares, jardins e vinhas. |
|
Número IPA Antigo: PT011306010048 |
|
Registo visualizado 1564 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Agrícola e florestal Quinta
|
Descrição
|
Quinta composta por palacete, casa da eira, eira e área de jardim e cultivo. PALACETE de dominante horizontal, em forma de "cruz" atrofiada de um lado, centrada por torre alta, com ameias, que quebra a horizontalidade do conjunto. Volumes diferenciados com coberturas de duas águas no edifício principal, e plana na torre e volumes de construção recente. Fachada principal, orientada a E, enquadrada por cunhais apilastrados de cantaria granítica á vista, percorrida por embasamento de granito e rematada por friso e cornija saliente, desenvolvida em três panos, sendo os laterais simétricos, rasgados por dois vãos de janela de verga reta, de duas folhas, emolduradas a cantaria de granito, sobrepujados ao nível da cobertura por igual número de mansardas de forma aguçada, com vãos rematados em arco de volta perfeita. O pano central, é marcado pela torre, que apresenta três níveis de registo. O primeiro, rasgado pela entrada principal, antecedida por escada de dois lanços; o segundo por vão de janela; e o terceiro por vão de porta e varanda, protegida com grades de ferro. Alçado posterior, idêntico ao principal, com exceção do volume que este apresenta ao centro. O novo volume existente a N., de construção recente, de linhas simples, encontra-se revestido com capeamento de granito amarelo, idêntico ao original, até à mesma altura do soco de alvenaria da casa principal. Passadiço de metal envidraçado, faz a ligação entre o corpo antigo e o recente. INTERIOR, no rés-do-chão o espaço está ocupado com receção, biblioteca, sala de exposições, gabinetes do secretariado, cabine de luz, camarins, cafetaria e gabinetes de investigação; no primeiro piso, estão os quartos de banho, camarins, arquivo, galeria técnica, depósito e despensa. O terceiro piso, que corresponde apenas o espaço da torre, funciona como miradouro. CASA DA EIRA, pequena construção transformada em cafetaria, rasgada na fachada principal por duas portas de verga reta, envolvidas por moldura de granito que ligam ao embasamento e este aos cunhais. Junto ao alçado posterior, desenvolve-se um corpo, cego, com revestimento metálico, de construção recente. |
Acessos
|
Avenida do Pastor Joaquim Machado, Monte da Caverneira |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, implantado em pequena plataforma, na cota mais alta do Monte da Caverneira*1, a 165 metros de altitude, com vistas sobre o Atlântico para Poente e sobre a Serra do Marão, para Nordeste. Encontra-se envolvido a SO. e O. por edifícios habitacionais unifamiliares, na sua maioria de dois pisos e a E. por prédios com número variável de pisos. Ao longo do monte dispõem-se, em cascata, a eira, jardins e pomares, envolvidos por pequenos muros de pedra granítica. Próximo da Quinta, situa-se a Igreja do Mosteiro de Águas Santas (v. PT011306010002 |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Agrícola e florestal: quinta |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: edifício multiusos |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTURA: Susana Carvalho (projecto de recuperação) |
Cronologia
|
Séc. 19, última década - provável construção do edifício, por industrial ligado à industria têxtil; 1940 (década) - a quinta foi comprada pelo Professor Doutor Joaquim Rodrigues dos Santos, sendo a sua residência durante mais de cinquenta anos; 1945 - a quinta ainda apresentava a sua dimensão original, com casa de caseiros, socalcos, tanques de rega, fonte, moinho de vento a portão par a Rua de D. Afonso Henriques, E.N. 105; 1990 - faleceu o Professor Doutor Joaquim Rodrigues dos Santos, passando a quinta para os seus familiares; 1990 (década) - os familiares fazem loteamentos de uma grande parte dos terrenos pertencentes à quinta, para construção de edifícios de habitação; a Câmara Municipal da Maia comprou a casa e os restantes terrenos; implementação do projecto de reabilitação e adaptação a novos usos; 2005 - é instalada a biblioteca especializada no rés-do-chão. |
Dados Técnicos
|
Palacete com sistema estrutural autoportantes; terreno organizado em socalcos sustentados por muros de suporte. |
Materiais
|
Paredes exteriores de cantaria de granito, rebocadas e pintadas de ocre avermelhado (vermelho sangue de boi); lajes de betão armado maciças nos vários pisos e cobertura do primeiro piso; revestimento da cobertura em telha cerâmica, rufos de zinco; passadiço de ligação entre o edifício existente e o novo bloco e revestimento da casa da eira, em metal; pavimentos de madeira. |
Bibliografia
|
http://cultura.maiadigital.pt/servicos-cmm/recursos/dossier-no1-quinta-da-caverneira.pdf, 7 de Outubro de 2011. |
Documentação Gráfica
|
CMM |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
|
CMM |
Intervenção Realizada
|
1990 (década) - Obras de reabilitação, conservação e adaptação a novos usos: demolição da ampliação dissonante, existente a N.; consolidação das estruturas primitivas; substituição dos pisos originais intermédios, por lajes de betão; substituição de madeiras, estuques, argamassas, elementos metálicos e revestimentos; conservação e ampliação da casa da eira; construção de um novo volume de linhas simples, para instalação do auditório; arranjos exteriores; substituição da instalação eléctrica. |
Observações
|
*1 - Na envolvência da quinta situavam-se pedreiras de extracção de granito amarelo, vulgarmente denominado de "granito caverneira". Inicialmente os limites da propriedade confrontavam com a velha estrada de Guimarães, a Rua de D. Afonso Henriques ou E.N. 105. |
Autor e Data
|
Ana Filipe 2011 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |