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Espaço verde Jardim Jardim Formal
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Descrição
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A fundação ocupa dois prédios vizinhos. Os espaços exteriores desta fundação são constituídos por um jardim de buxo que liga através de 3 vãos de verga recta rasgados em muro rebocado e pintado de branco, com um jardim em cobertura com floreiras e canteiros sobrelevados. O jardim de buxo de planta rectangular, é estruturado por dois eixos ortogonais e lago redondo com repuxo ao centro, no seu ponto de intercepção, sendo um deles, o eixo longitudinal, francamente mais comprido que o outro, o eixo transversal. Esta composição é envolta por um caminho que a separa dos muros limítrofes do jardim, ensombrado por parreira sobre pérgula a N. e a S. No topo nascente. do eixo longitudinal situa-se pequena casa de fresco, ligada por pequeno canal ao tanque central do jardim. Adossado ao muro N. do jardim, encontram-se três bancos em alvenaria com o assento revestido a tijoleira, sendo o do centro enquadrado por dois pés de videira e alinhado com o eixo transversal do jardim. Os caminhos são pavimentados por gravilha de cor rosa. A poente, a fachada posterior da casa é separada do jardim por pequeno pátio em tijoleira, rematado por murete encimado por alegrete, com banco em alvenaria adossado na sua face virada ao jardim. Este banco é interrompido no topo poente do eixo longitudinal do jardim, estabelecendo-se a sua ligação com o referido pátio por escada em pedra. Os eixos enquadram quatro canteiros que são delimitados por pequena sebe em buxo (Buxus sempervirens). No centro de cada canteiro foi plantado um limoeiro (Citrus limon), rodeado de manchas de herbáceas como o acantus (Acanthus mollis), a spireia (Spiraea cantoniensis) e Roseira vermelha floribunda. Num dos canteiros manteve-se uma nespereira (Eriobotrya japonica ) pré-existente. A parede onde se implanta a casa de fresco é revestida a bouganvilea (Bougainvillea) de cor encarnada. Este jardim comunica com outro por muro onde se abrem três vãos. Este, de planta rectangular é constituído por dois planos, um ao nível do anterior, comunica com a restante área por quatro degraus. Neste plano superior situam-se canteiros sobrelevados entre poente e S., servindo o seu limite de banco. Nas imediações da parede limite a nascente, segundo a sua direcção, até aos degraus que conduzem à zona rebaixada, existe um alinhamento de cinco floreiras paralelipipédicas em inox contendo plantadas cinco corinocarpos ( Corynocarpus laevigata), árvores perenifolias, rodeadas de herbáceas como ajuga (Ajuga reptens), o (Poligonum capitatum) e o morangeiro silvestre (Fragaria vesca) definindo um eixo ortogonal a um outro paralelo aos referidos degraus, que onde se alinham outras três floreiras iguais às primeiras onde estão plantadas três árvores caducifolias- árvore de júpiter (Lagerstroemia indica) que têm também em seu redor plantas herbáceas. Na área contida pelas foreiras encontra-se um elemento escultórico de estilo moderno. Plantada num canteiro sobrelevado, a parede orientada a poente, frente à área rebaixada encontra-se revestida com a trepadeira tecomaria (Tecomaria capensis). Estes jardins estão ao nível do segundo piso. Ao nível do rés-do-chão, cerca de 3 m. abaixo da cota do jardim em cobertura, encontramos um outro, de planta quadrangular, com dimensões bastante inferiores onde foi criado um ambiente húmido, revestido a seixo rolado onde se fixam três tufos de papirus (Cyperus papyrus). |
Acessos
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Rua de São Bento, nºs 158 e 176 |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / Incluído na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente |
Enquadramento
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Situado na malha urbana de Lisboa, num vale, mais precisamente entre o Bairro Alto e a Assembleia da República. |
Descrição Complementar
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No jardim de buxo existe uma casa de fresco de planta em U com tanque semicircular ao fundo e tecto abobadado. É revestida a embrexados em seixo rolado e vidro, sendo no tecto os desenhos circulares e nas paredes rectilíneos definindo frisos. Junto á parede do fundo um amontoado de pedras que emerge das águas do tanque sugere a anterior presença de uma estátua. |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim |
Propriedade
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Privada, pessoa colectiva |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO PAISAGISTA: Gonçalo Ribeiro Telles (1995). |
Cronologia
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1995- Projecto de arquitectura paisagista do jardim pelo Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e sua posterior execução. |
Dados Técnicos
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No jardim de baixo, onde foi criado um sistema húmido, de início inundado, teve de ser privado da água já que esta trazia sérios problemas de infiltração afectando o edifício. |
Materiais
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Inertes - Bancos em alvenaria, conduta de água em cerâmica; pérgula em madeira, floreiras em inox, canteiros sobrelevados revestidos com placas em granito polido; Vegetais - árvores: limoeiro (Citrus limon), nespereira (Eriobotrya japonica ), corinocarpos ( Corynocarpus laevigata), árvore-de-júpiter (Lagerstroemia indica); arbustos: papirus (Cyperus papyrus), buxo (Buxus sempervirens); herbáceas: acantus (Acanthus mollis), a spireia (Spiraea cantoniensis), Roseira vermelha floribunda, lavandula (Lavandula spica), ajuga (Ajuga reptens), o poligonum (Polygonum capitatum) e o morangeiro silvestre (Fragaria vesca); trepadeiras: bouganvilea (Bougainvillea), tecomaria (Tecomaria capensis). |
Bibliografia
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CARAPINHA, Aurora,TEIXEIRA, José de Monterroso, A Utopia e os Pés na Terra, Lisboa, Instituto Português de Museus, 2003. |
Documentação Gráfica
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IHRU: Arquivo Pessoal Gonçalo Ribeiro Telles |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Teresa Camara 2008 |
Actualização
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