Paços da Universidade de Coimbra

IPA.00002716
Portugal, Coimbra, Coimbra, União das freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu)
 
Paços medievais e manuelinos adaptados a Universidade, evidenciando transição para formulário renascentista, com a adopção do modelo de palácio urbano com corpos organizados ao redor de pátio, fachadas rasgadas de eirados e varandas abertas ao exterior e portal monumental à imagem de um arco triunfal romano, com posteriores e profundas intervenções maneiristas (retábulo-mor da Capela, Sala Capelos, Porta Férrea ), barrocas ( Torre e Biblioteca ), pombalinas ( Gerais, Paço das Escolas ) e neoclássicas. A Universidade respeitou basicamente o perímetro dos primitivos Paços, tendendo todavia a uma planimetria em "U" ( duplicada no conjunto Biblioteca - Escadas de Minerva ), que a construção do novo Observatório viria derrogar. Na Biblioteca evidente antítese entre a simplicidade exterior e a profusão decorativa do interior subvertendo a unidade estrutural. Em todo o conjunto assinale-se a componente simbólica ( representativa da ideia de Universidade fundamentada no poder régio e eclesiástico ), da qual se destacam as galerias de retratos ( dos reitores da autoria de António Simões e de reis de Carlos Falch ) e o monumental programa escultórico ( com pontos altos na Porta Férrea, pórticos Via Latina e Colégio São Pedro ). Magnífico conjunto azulejar de fabrico coimbrão, cobrindo os períodos, maneirista, barroco, rococó, pombalino e neoclássico.
Número IPA Antigo: PT020603250014
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício  Educativo  Universidade    

Descrição

Planta composta, organizada em redor de pátio rectangular, formada pelos corpos: Paço das Escolas a N., englobando a Via Latina (com Sala Capelos e Salas da Reitoria), Capela São Miguel, Biblioteca Joanina e escadas Minerva a O., Colégio São Pedro e dependências do Paço a E., Gerais (com Sala dos Exames Privados no 3º piso), e Torre no ângulo NO.. Acesso ao pátio a E. pela PORTA FÉRREA: portal duplo (ligação das suas 2 frentes através de galeria interior abobadada), de vão rectangular ladeado por 2 colunas coríntias, entablamento sobreposto de aletas a enquadrar edícula, com nicho (no portal exterior a imagem de D. João III e no interior D. Dinis) e 2 frestas, coroada por frontão curvo interrompido com imagem da Sapiência; entre as colunas nichos com imagens alegóricas das Faculdades. PAÇO DAS ESCOLAS: Fachada N. de 6 panos definidos por torreões, circulares uns facetados outros, rematados por coruchéus; fachada S. de 3 pisos sendo a central constituída pela VIA LATINA: colunata jónica interrompida ao centro por corpo saliente de 3 panos vazados por arco de volta perfeita, delimitados por pilastras prolongadas no frontão de coroamento, tendo no pano central as armas do reino e no vértice a imagem da Sapiência; ao vão central corresponde, no interior, conjunto escultórico figurando busto D. José sob baldaquino sustentado por atlantes; acesso feito por 3 escadas, 2 nos extremos e uma central de 3 lanços. Sobre ela a, SALA DE EXAMES PRIVADOS: rectangular com sanca de azulejos de albarradas e galeria de retratos dos reitores; cobertura em abóbada de canhão com pinturas "ferronerie", medalhões de cartelas com alegorias e, ao centro, o escudo real. A O. a SALA DOS CAPELOS: rectangular, revestida a azulejo polícromo de padrão; tribunas intercaladas com retratos a óleo dos reis portugueses e balaustrada com assentos dos doutores; no topo O. escadaria de acesso à cadeira do reitor, de madeira de pau santo tauxiada a metal amarelo; teia demarcando área reservada ao público munida de bancadas; tecto poligonal de caixotões com pinturas "ferronerie". No seguimento os GERAIS: organizados à volta de claustro de 2 pisos, de arcadas de volta perfeita assentes inferiormente em pilares, superiormente em colunas sobre plintos; no piso térreo cobertura dos tramos em cúpulas sobre pendentes e sanca de azulejos figurativos; no piso nobre azulejos de albarradas. No ângulo NO. do pátio a TORRE: quadrangular, de 3 registos, rasgada por frestas e sineiras, com relógio de 4 mostradores. Segue-se pórtico, enquadrado por pilastras e entablamento sobreposto de varandim e janelão de frontão curvo, abrindo para corredor que faz ligação com a CAPELA: planta longitudinal em cruz latina. Fachada E.: volvida para o pátio, rasgada por 2 janelões de arco policêntrico sobre colunelos com capitéis vegetalistas e remate de florão estilizado, a flanquear portal antecedido de 5 degraus e emoldurado em arco policêntrico com decoração vegetalista e heráldica manuelina e emblemas da Paixão de Cristo, entre 2 colunas torsas a flanquear 2 arcos menores, abatidos, suportados por mainel; pano do transepto delimitado por cunhais de cantaria, com janela emoldurada em arco cairelado; pano da ábside finalizado em contraforte cilíndico com esbarro inferior encimado por torreta, vazado por janela em arco pleno sobre colunelos com capitéis vegetalistas; remates em cornija sobre cachorrada, encimada por série de merlões. Fachada S.: (cabeceira) adossada à Biblioteca. Fachada O.: parcialmente adossada a edifício da Faculdade de Direito, sendo apenas visível o 2º registo, com janelões idênticos aos da fachada oposta. Fachada N.. parcialmenete adossada a edifício da Faculdade de Direito, a que se liga por meio de corredor largo; no único registo visível 3 portas em arco deprimido, a central enquadrada por pilastras e cornija. INTERIOR: Nave única com paredes revestidas por tapetes de azulejos de padrão, azuis e amarelos, com cercaduras, iluminada por 2 janelas de cada lado, em arco polilobado; sobre a entrada tribuna de madeira e coro-alto com janela e porta; na parede O. órgão monumental ( composto por órgão principal, secundário e de eco ) e púlpito de madeira sobre 2 consolas, encimado por baldaquino de talha dourada; cobertura em abóbada de berço pintada com enrolamentos de folhagem centrados pelas armas reais; transepto de braços pouco salientes delimitados por arcos tudor, contendo altares de talha dourada e azul; no do Evangelho lápide parietal com inscrição em latim e no da Epístola porta de acesso à Sacristia; cobertura com meias abóbadas de cruzaria com cadeia, apoiada em mísulas vegetalistas; arco triunfal quebrado torso com remate policêntrico; capela-mor rectangular, revestida com azulejos de padrão azuís e brancos; retábulo de talha dourada a enquadrar painéis alusivos ao Nascimento e Ressurreição de Cristo, trono e camarim, com sacrário; cobertura com tecto de masseira pintado com emblemática. Implantada perperdicularmente à capela a BIBLIOTECA: de planta longitudinal com fachada principal rasgada por portal, em arco de volta perfeita entre 2 pares de colunas jónicas suportando entablamento; sobre ele composição escultórica com as armas reais; fachada S. de 6 panos definidos por pilastras, rasgados de janelões em arco de volta perfeita e janelas quadradas; interior de 3 pisos sendo o nobre composto por 3 salas comunicantes através de portais de madeira, em arco de volta perfeita apoiado em mísulas, pintados em trompe l'oeil imitando cantaria; estes, decorados de festões, flores, cartelas com os emblemas alusivos às Faculdades e pela coroa real de D. João V, repetem a composição do portal da parede fundeira; neste insere-se composição escultórica com anjos, armas e troféus, putti segurando cortinados de dossel, deixando ver ao centro retrato pintado de D. João V; pé direito das fachadas revestido de estantes de talha, interrompidas a meio por varandim de balaústres sustentado por colunas piramidais invertidas rematadas por florões; pavimento de mosaico formando composições geométricas e florais; tecto de pinturas perspectivadas de carácter arquitectónico, com figuras alegóricas e históricas. ESCADAS DE MINERVA: dispostas em vários patamares e com acesso por portal rectangular encimado por frontão curvo interrompido com estátua de Minerva.

Acessos

Rua Camilo Castelo Branco e Largo da Porta Férrea

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Urbano, destacado na parte alta da cidade, na zona da antiga alcáçova, a dominar a cidade, com amplas vistas panorâmicas sobre a mesma e o Mondego.

Descrição Complementar

O portal da CAPELA é enquadrado por duas colunas torsas sobre bases altas, facetadas, e possui internamente 2 pares de arcos polilobados de perfil abatido sobre colunelos e um mainel fasciculado com anel de cordão e esferas, todos de bases facetadas e capitéis vegetalistas, sendo os segmentos dos arcos internos rematados por romãs e os extrernos por florões ladeados por cogulhos, e a arquivolta intermédia preenchida por finos troncos podados entrançados. Sobre os arcos o tímpano é centrado por um grande escudo real flanqueado pela esfera armilar e pela cruz da Ordem de Cristo, tudo envolvido por arco policêntrico sobre colunelos que conjuga as formas cairelada e festonada entrelaçadas e decoradas com pequenos cogulhos, a arquivolta ornada por troncos e folhagem estilizada, rematando-se em losango curvo com os segmentos laterais muito prolongados a enquadrar escudo com as 5 chagas e finalizando em florão estilizado, sendo os interstícios preenchidos com rosetas e os segmentos unidos por florões; no pano de muro, à esq., escudo com a coroa de espinhos e, à dir., com 3 cravos atados.

Utilização Inicial

Educativa: universidade

Utilização Actual

Educativa: universidade

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Universidade de Coimbra

Época Construção

Séc. 13 / 16 / 17 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETOS: Bernardo Távora (1994); Guilherme d'Elsden (1773-1775); Fernando Távora (1994); José do Couto dos Santos Leal (1824-1829); Manuel Alves Macomboa (1782). CARPINTEIRO: Francisco de Morais (1659); J. Rodrigues de Almeida (1718); Manuel Pereira (1639-1659). DESENHADOR: António Tavares (1633). ENTALHADORES: Alexandre Rodrigues (1718); Bernardo Coelho (1605); Francisco Realdino (1723). ESCULTORES: Claude Laprade (1700-1701); Manuel de Sousa (1633-1634). ESTUCADOR: Francisco Ferreira de Araújo (1695-1697). MARCENEIROS: André de Almeida (1655); João Monteiro (1694-1702); Manuel da Costa (1655). MESTRE-DE-OBRAS: António Tavares (1654); Diogo de Castilho (1524); Gaspar Ferreira (1718); Gonçalo de Mesquita (1639-1659); Isidro Manuel (1633-1634); Jerónimo Afonso (séc. 16); João Carvalho Ferreira (1718); João Vidal (1639-1659); José Cardoso (1694-1702); Marcos Pires (1517-1522). ORGANEIRO: A. Flentorp (1972-1973); João Sampaio (1939); Manuel Benito Gomez de Herrera (1728-1733); Simão Coutinho (1773). PINTORES: António Simões (1639-1659); Carlos Falch (1655); Domingos Vieira Serrão (1612); Inácio da Fonseca (1655); Jacinto Pereira da Costa (1655); José Ferreira de Araújo (1639-1659); Luís Álvares (1655); Simão Rodrigues (1612). PINTORES DE AZULEJO: Agostinho de Paiva (séc. 17, 1694-1702); Gabriel Ferreira (1613); Manuel da Costa Brioso (1773-1775); Salvador de Sousa Carvalho (1773-1775). PINTORES - DORADOURES: Gabriel Pereira da Cunha (1737).

Cronologia

Séc. 12 - fundação da primitiva capela de São Miguel por D. Afonso I; séc. 13, final - construção do Paço por D. Dinis; 1517 - 1522 - D. Manuel manda arrasar a primitiva capela gótica e empreende a reforma manuelina dos Paços Reais, pelo então nomeado mestre-de-obras de Coimbra Marcos Pires, que iniciou a construção da nova Capela, no local da primitiva; 1524 - Diogo de Castilho é nomeado mestre das obras, que seria continuada pelo mestre Jerónimo Afonso; 1535, 23 setembro - D. João III muda os Estudos para os Paços Reais; 1537 - estabelecimento definitivo da Universidade nos antigos Paços; os cursos de Humanidades funcionam no Mosteiro de Santa Cruz e os de Ciências na casa do reitor, próximo da Porta de Belcouce; 1544 - os Colégios do Mosteiro de Santa Cruz mudam-se para os Paços; 1570 - D. Sebastião manda fazer um novo Colégio de São Pedro, desde 1540 na rua da Sofia; 1574 - transferência do colégio São Pedro para ala E. dos Paços, nos antigos aposentos dos Infantes; 1583, 30 setembro - Filipe II manda a Universidade abandonar o Paço; 1597, 28 setembro - a Universidade compra por 30.000 cruzados os Paços, entrando na sua posse definitiva; 1605, cerca - feitura do retábulo-mor da Capela, desenhado por Bernardo Coelho; 1612, cerca - pintura do retábulo-mor por Simão Rodrigues e Domingos Vieira Serrão; 1613 - aplicados os azulejos de Gabriel Ferreira na capela-mor; 1633, 26 novembro - contrato de construção da Porta Férrea substituindo antiga porta fortificada do Paço, conforme projeto de António Tavares, com obra do mestre Isidro Manuel e imagens de Manuel de Sousa; 1634, finais - final da obra da Porta Férrea; 1639 - 1659 - durante o reitorado de Manuel Saldanha, são feitas várias reformas como na Sala do Exame Privado na qual participa José Ferreira de Araújo, com a pintura do teto, o pintor António Simões, os pintores decoradores João Vidal e Gonçalo de Mesquita e o carpinteiro Manuel Pereira; 1648 - 1649 - feitura do púlpito da Capela; 1654 - início da reconstrução da Sala dos Capelos, erguida sob a antiga Sala Grande de Marcos Pires, pelo mestre António Tavares e pelo carpinteiro Francisco de Morais; 1655 - data no teto da Sala dos Capelos, pintado por Jacinto Pereira da Costa e intervenção dos pintores Inácio da Fonseca, Luís Álvares e Carlos Falch; obra dos marceneiros André de Almeida e Manuel da Costa; séc. 17, meados - colocação de azulejos na nave da Capela; 1695 - 1697 - reforma da Capela, com a renovação dos tetos e estuques, obra de Francisco Ferreira de Araújo; 1694 - 1702 - no reitorado de D. Nuno da Silva Teles, são feitas obras nos Gerais pelo mestre José Cardoso, pelo marceneiro João Monteiro e pintor de azulejo Agostinho de Paiva; feitura da fachada da Reitoria e obras na Sala do Exame Privado; 1700 - início da construção frontispício Via Latina durante a reforma promovida no reitorado D. Francisco de Lemos; 1700 - 1701 - composição escultórica de Claude Laprade; 1713 - data no portal do Colégio de São Pedro, inicialmente erguido na face exterior da ala E., junto ao torreão NE.; 1716, 31 outubro - o rei autoriza a construção da Biblioteca, iniciada durante o reitorado de Nuno da Silva Teles e continuada pelos de Pedro Sanches Farinha de Baena (1719 - 1722) e de Francisco Carneiro de Figueiroa (1722-1744); 1718 - Gaspar Ferreira trabalha na biblioteca e na feitura das estantes; trabalha no local o entalhador Alexandre Rodrigues, o mestre-de-obras João Carvalho Ferreira e o carpinteiro J. Rodrigues de Almeida; 1723, 22 junho - 28 agosto - contrato com os pintores António Simões Ribeiro e Vicente Nunes para a pintura dos tetos e com Manuel da Silva para pintura e douramento talhas da Biblioteca; feitura dos bufetes por Francisco Realdino; 1724 - feitura das Escadas de Minerva; 1728 - terminam as obras na Biblioteca; 1728, 17 abril - 1733, julho - construção da torre em substituição da primitiva; 1728 - 1733 - feitura do órgão da Capela por Manuel Benito Gomez de Herrera, com três secções (grande órgão, positivo, eco); 1737 - pintura do órgão por Gabriel Pereira da Cunha ( SORBERBIELLE, 1969 ); 1771 - apresentado ao rei do "Compêndio do Estado da Universidade", com a suspensão dos antigos Estatutos; 1772 - publicação dos novos Estatutos; 1773 - 1775 - reforma pombalina na Universidade, dirigida pelo arquiteto Guilherme d'Elsden responsável pela remodelação dos Gerais, Paço das Escolas (colunata Via Latina), abertura de novo acesso à Capela e construção do antigo Observatório, nunca concluído; colocação de azulejos nestes edifícios, pintados por Salvador de Sousa Carvalho e Manuel da Costa Brioso; 1779 - José Carlos Magne é o chefe de gabinete de obras; 1780 - abertura da porta de comunicação entre a Capela e os Gerais; 1782 - Manuel Alves Macomboa é nomeado arquiteto de todas as obras; 1790, dezembro - início da construção do novo Observatório projetado por Macomboa; 1799 - inauguração do Observatório; 1824 - José do Couto dos Santos Leal é nomeado mestre das obras e arquiteto, cargo que exerce por 5 anos; 1859 - renovação da Capela por António José Gonçalves das Neves; séc. 19 - reforma do interior da ala S.; 1911, 21 janeiro - por Decreto é criado o Museu de Arte Sacra da Capela da Universidade; 1934 - organização do Museu de Arte Sacra; 1940, década - alteração da decoração da fachada S. e O. da Biblioteca Joanina; 1951 - demolição do pavilhão do Observatório Astronómico; 1979 - encontrada a primeira pedra de reconstrução dos Gerais, datada de 1698; 1980 - a ala O. de São Pedro deixa de ser residência de hóspedes no segundo andar, após a aquisição do Palácio de São Marcos; 1999 - 2000 - trabalhos arqueológicos no pátio da Universidade, coordenados por Helena Catarino e António Filipe Pimentel, revelam existência de importantes vestígios de habitações do período romano do Alto Império, reconstruções da época medieval, pavimentos e canalizações, assim como, partes de antiga muralha da Alta Idade Média; 2001 - conclusão do nono anfiteatro da Faculdade de Direito, conforme projeto dos arquitetos Fernando Távora e Bernardo Távora.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes e estruturas mistas.

Materiais

Cantarias de pedra calcária de Cantanhede ( Biblioteca ), alvenaria mista rebocada, madeira, ferro, vidro, telhas, azulejo cerâmico.

Bibliografia

ALARCÃO, Jorge de, As origens de Coimbra, in I Jornadas do Grupo de Arqueologia e Arte do Centro, Coimbra, 1979; ALMEIDA, M. Lopes de, Documentos da Reforma Pombalina, Coimbra, 1937; BANDEIRA, J. Ramos, Universidade de Coimbra. Edifícios do Corpo Central e Casa dos Melos, 2 vols., Coimbra, 1943 - 1947; BRAGA, Teófilo, História da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1898; CORREIA, Vergílio, O edifício da Universidade, in Obras, vol. 1, Coimbra, 1946; IDEM, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Coimbra, Lisboa, 1947; COUTINHO, F. de Lemos Pereira, Relação Geral do estado da Universidade - 1777, Coimbra, 1980; CRAVEIRO, Lurdes, Manuel Alves Macomboa Arquitecto da Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1990; DIAS, Pedro, A Arquitectura Gótica na transição do Gótico para a Renascença, 1490 - 1540, Coimbra, 1982; IDEM, O Regimento das Obras da Universidade de Coimbra ao tempo da Reforma Pombalina, Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra, Vol. 6, Coimbra, 1983; DIAS, Pedro (org.), Actas do Colóquio a Universidade e a Arte 1290-1990, Coimbra, 1993; FEYO, F. Mago Barreto, Memória Histórica e Descritiva acerca da Biblioteca da Universidade de Coimbra e mais estabelecimentos anexos, Coimbra, 1857; FIGUEIREDO, A. C. Borges de, Coimbra Antiga e Moderna, Lisboa, 1886; FIGUEIRÔA, F. Carneiro de, Memórias da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1937; FRANCO, M. Pessoa de Figueiredo Sousa, Riscos das Obras da Universidade de Coimbra. O valioso Albúm da Reforma Pombalina, Coimbra, 1983; A Universidade de Coimbra, Coimbra, 1988; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; MORA, Mariana, Os Projectos de Remodelação do Paço das Escolas ao Tempo da Reforma Pombalina, in A Universidade e a Arte: 1290-1900, Coimbra, 1993; PIMENTEL, A. Filipe, Poder, Corte e Palácio Real: os palácios manuelinos e a reforma quinhentista da Alcáçova de Coimbra in Universidade, história, memória, perspectivas, Vol.2, Coimbra, 1991; IDEM, Repercursões do tema do palácio-blocona arquitectura portuguesa, in Las relaciones artísticas entre Espanã y Portugal: artistas y viajeros, Badajoz, 1995; IDEM, Domus Sapientiae: o Paço das Escolas, in Monumentos, nº8, Lisboa, 1998; Jornal Correio do Minho, 2 Julho 2000, p.22; Jornal O Comércio do Porto, Porto, 2 Julho 2000, p.23; PINTO, A. Nunes, Escavações na Alcáçova de Coimbra: análise dos resultados A Universidade e a Arte: 1290-1900, Coimbra, 1993; REIS, Vítor Manuel Guerra dos - O Rapto do Observador: invenção, representação e percepção do espaço celestial na pintura de tectos em Portugal no século XVIII. Lisboa: s.n., 2006. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2 vols.; SOUBERBIELLE, E., Visite à l'0rgue de la chapelle royale de l'universitè de Coimbra, Paris, 1969; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vols. I e II, Braga, 1990; VASCONCELOS, António de, Real Capella da Universidade, Coimbra, 1908; IDEM, A Real Capela da Universidade: alguns apontamentos e notas para a sua história, Coimbra, 1990; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70318 [consultado em 11 agosto 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

Séc. 18 - remodelação do retábulo-mor da capela; 1773 - arranjo do órgão por Simão Coutinho, do Porto; 1939 - restauro da mecânica do órgão por João Sampaio; DGEMN: 1932 / 1933 / 1934 / 1935 - reparação telhados, tetos, paredes, estantes, pinturas e talhas Biblioteca; reparação Porta Férrea; 1936 - limpeza cisterna pátio e cantarias Torre; 1937 / 1938 / 1939 - reparação telhados, caixilhos e rebocos Sala Capelos, Biblioteca, Via Latina, Gerais e ala de São Pedro; recuperação e assentamento quadros Sala Capelos; substituição estantes e reparação estuques Biblioteca; reparação azulejos Gerais e pavimentos Via Latina; restauro do órgão por António Sampaio, de Lisboa; 1941 / 1942 / 1943 / 1944 / 1945 / 1946 / 1947 / 1948 - reparação de telhados, paredes, escadas, cantarias, portas e janelas Faculdade Direito, ala E., Gerais, Capela e Biblioteca; obras adaptação Gerais; restauro abóbada Porta Férrea, alteração nas fachadas da biblioteca; fornecimento mobiliário Sala Capelos; 1950 / 1951 / 1952 / 1953 / 1954 - reparação das portas, janelas, caixilhos, gradeamentos, ferragens, azulejos, tetos, paredes, cantarias, vitrais, biblioteca, Via Latina, ala E., Gerais, Torre, Capela, Faculdade Direito; reparação dos sinos da Torre; 1954 - substituição do sino conhecido por cabra; 1955 - execução de obras de conservação e colocação da estátua de D. João III; 1956 - colocação de novos azulejos na sala dos capelos; 1957 / 1958 / 1959 - restauro das pinturas do teto e da talha da biblioteca joanina; 1957 / 1958 / 1959 / 1960 / 1961 / 1962 / 1963 / 1964 / 1965 / 1966 / 1967 / 1968 / 1969 - reparação dos telhados, coberturas, paredes, pavimentos, tetos e rebocos da Biblioteca, Capela, Gerais, Via Latina, Sala Capelos, Escadas Minerva e ala de São Pedro; obras de adaptação a Faculdade Direito e remodelação da ala E.; 1969 - obras de instalação do Museu Arte Sacra; 1972 / 1973 - restauro do órgão por A. Flentorp, firma holandesa, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian; 1977 - 1987 - obras de recuperação da Biblioteca, dos Gerais, via latina, instalação do Instituto jurídico na ala de São Pedro, e nas salas da reitoria; 1983 - restauro da pintura do teto do gabinete do Reitor; 1986 / 1987 - obras de beneficiação da Capela e Museu; substituição de damascos, cortinados e mobiliário; 1996 - recuperação das pinturas dos tetos das salas da reitoria; 1997 - remodelação do bar das Gerais; 1996 / 1997 / 1998 - obras na Faculdade de Direito; consolidação, restauro e conservação de parte do revestimento azulejar do primeiro piso dos Gerais; 1998 - instalação de 2 anfiteatros em 2 salas planas e remodelação da sala Gomes Teixeira; reparações diversas; 1999 / 2000 - prospeções geofísicas e intervenção arqueológica no pátio da Universidade; 2000 / 2001 - remodelação da bilheteira na via latina (projeto do gabinete técnico da Universidade); 2002 / 2003 - obras de reparação das coberturas; 2003 - renovação de revestimentos e substituição por rebocos em cal, limpeza de cantarias e substituição do pavimento na varanda, em tijoleira por lajes de pedra (tudo na via latina); 2001 / 2002 / 2003 / 2004 / 2005 - projeto de remodelação do acesso à torre da "cabra" (projeto do Gabinete de Candidatura à UNESCO).

Observações

Autor e Data

Horácio Bonifácio 1991 / Rosário Gordalina 1997 / Lina Oliveira 2003

Actualização

Lúcia Pessoa 2006
 
 
 
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