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Edifício e estrutura Edifício Comemorativo Arco triunfal
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Descrição
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Monumento em cantaria de calcário liós, composto por um amplo arco de volta perfeita. Na face N. o arco assenta sobre seis colunas de fuste liso e capitéis jónico-toscanos, que assentam em plintos paralelepipédicos, duas delas grupadas, e rematam em entablamento toscano. Sobre a cornija, pedestais côncavos, com as estátuas de Viriato e Vasco da Gama, no lado esquerdo, e o Marquês de Pombal e Nuno Álvares Pereira, com guerreiro, no lado oposto. O corpo do arco é ornado por cartela central, concheada e irnada por pluma superior, enquadrando o escudo português encimado por coroa, ladeado por folhas de louro e festões. É ladeado por duas figuras alegóricas, representando os rios Tejo e Douro, na forma de figuras maduras e com barba. Sobre o corpo central, surge uma base que sustenta um conjunto escultórico alegórico, representando a figura feminina da Glória, a coroar os jovens Valor e Génio; tendo na base a inscrição: "VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO P P D". A primeira surge na forma de uma mulher jovem, ladeada por um leão e enquadrada por estandartes militares; o Génio surge na forma de um jovem alado, com livros e palheta na mão esquerda e lira na direita. A face S. assenta em pilastras e, sobre o arco, cartela semelhante à oposta, que enquadra um mostrador de relógio. O intradorso do arco tem cobertura em abóbada de aresta com florão central *1. |
Acessos
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Praça do Comércio, Rua Augusta |
Protecção
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Incluído na classificação da Praça do Comércio (v. IPA.00006491) e na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) / Incluído na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) |
Enquadramento
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Descrição Complementar
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"foi o arquiteto camarário Veríssimo J. da Costa o autor do projeto aprovado pelo governo em 1861 e exposto, em fotografia de maqueta, no ano seguinte, na Academia, e que se baseava, com modificações de índole escultórica, em outro, que Costa Cabral aprovara, sete anos atrás. Arcos festivos nesse ano erguidos nas ruas da cidade, por ocasião do casamento régio, traçados pelos decoradores da Ópera, Cinatti e Rambois, como pelo próprio Veríssimo da Costa, evidenciam o gosto que evoluíra desde os anos 40, num ecletismo de referência parisiense, que presidiu ao desenho final do arco da Rua Augusta, com a sua pesada cabeceira brasonada que anuncia, em latim, que as virtudes dos antepassados devem servir de exemplo a todos: e esses "maiores" escolhidos pela Academia das Ciências, são Viriato, Vasco da Gama, Nuno Álvares Pereira e Pombal, preferido em última análise a Afonso de Albuquerque, num duvidoso jogo iconográfico que Vítor Bastos satisfez medianamente e se perde nas alturas do monumento, tendo mais em aletas, as figuras do Tejo e do Douro. Acima dele, o grupo escultórico principal foi encomendado a Calmels e representas a Glória a coroar o Génio e o Valor sentados. Na sua acumulação de elementos de várias mãos, o arco constitui o exemplo maior de academismo que Lisboa pôde ofereder-se em 1873. Logo criticado como "padrão eterno de mau gosto artístico desta época", ele prejudicaria sem remédio não só o caráter estilístico da praça mas a sua própria definição espacial - que pelos fins do século seria piorada com plantação de árvores ao redor." (FRANÇA) |
Utilização Inicial
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Comemorativa: arco triunfal |
Utilização Actual
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Comemorativa: arco triunfal |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 115/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Veríssimo José da Costa; ESCULTORES: Anatole Calmels (séc. 19); Vítor Bastos (séc. 19). |
Cronologia
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Séc. 18 - elaboração de um projeto não concretizado pelo engenheiro Carlos Mardel; 1861 - aprovado o projeto do arquiteto camarário Veríssimo da Costa; 1862 - exposição da maquete do projeto na Academia de Belas Artes; 1873 - inauguração do monumento que inclui esculturas de Vítor Bastos e de Anatole Calmens; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2007, 20 dezembro - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, pela Portaria n.º 1130/2007, DR, 2.ª série, n.º 245; 2009, 24 agosto - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163; 2013, 9 agosto - abertura ao público e inclusão de dois elevadores. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma. |
Materiais
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Bibliografia
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VALENTE, António José da Silva, A estátua equestre de D. José I de Machado de Castro 1775, 2 vols., [dissertação de Mestrado em História da Arte], Lisboa, Universidade Lusíada, 1998.; FRANÇA. J.A., Lisboa, História Física e Moral, Livros Horizonte 2008, pp.595-596.
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Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - o arco previsto tinha 100 palmos, com o remate sobre duas das colunas, sobrepujado por uma torre quadrangular com relógio, cujos mostradores surgiam nas quatro faces; era decorada por seis esculturas. |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
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