Núcleo urbano da vila de Torre de Moncorvo

IPA.00027978
Portugal, Bragança, Torre de Moncorvo, Torre de Moncorvo
 
Núcleo urbano sede municipal. Vila situada em encosta. Vila medieval de fundação senhorial com castelo e cerca urbana. Moncorvo é cabeça de Comarca (Costa, 1706),
Número IPA Antigo: PT010409160161
 
Registo visualizado 1247 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Vila  Vila medieval   Vila fortificada  Régia (D. Sancho II)

Descrição

Acessos

Rua dos Sapateiros, Praça Francisco António Meirelles

Protecção

Em estudo / Inclui Chafariz Filipino da Praça Francisco António Meireles (v. PT010409160015) / Pelourinho de Torre de Moncorvo (v. PT010409160002) / Capela do Sagrado Coração de Jesus (v. PT010409160010) / Solar e Capela de Santo António (v. PT010409160009) / Casa dos Vasconcelos e Capela de Nossa Senhora dos Prazeres (v. PT010409160008) / Igreja da Misericórdia de Moncorvo (v. PT010409160007) / Castelo de Torre de Moncorvo (v. PT010409160004) / Incluído na zona especial de protecção do Alto Douro Vinhateiro - Região Demarcada do Douro (v. PT011701040093)

Enquadramento

Rural, situado em encosta. Localiza-se em zona demarcada do Douro Situa-se a meia encosta da Serra do Reboredo, a 400m de altitude, a 4km da Foz do rio Sabor e do rio Douro. O concelho de Torre de Moncorvo é constituído por 13 freguesias, e encontra-se limitado a N., pelos municípios de Vila Flor, Alfândega da Fé e Mogadouro, a SE. por Freixo de Espada à Cinta, a SO. por Vila Nova de Foz Côa e a O. por Carrazeda de Ansiães

Descrição Complementar

Não aplicável

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 12 / 14 / 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1062 - a povoação recebe foral pelo Senhor Mendo Curvo; 1128 / 1140, entre - confirmação do Foral por D. Afonso Henriques; 1258 - as Inquirições referem a aldeia de Torre de Moncorvo, como termo da vila de Santa Cruz de Vilariça, com sua igreja de Santiago, situando-se na encosta onde existe hoje o cemitério; 1285 - D. Dinis concede Foral a Torre de Moncorvo, constituindo uma transcrição do Foral concedido por D. Sancho II em 1225 à vila de Santa Cruz, atribuindo-lhe simultaneamente o termo daquela vila; 1286 - concessão de toda a parte Norte desse termo a uma nova vila entretanto criada na Vilariça - Vila Flor; 1295 - carta de D. Dinis resolvendo uma contenda entre os concelhos de Vila Flor e Torre de Moncorvo por "razom da fortaleza que mandei fazer em essa vila da torre de meencorvo, e porque eu mandey que metesedes as terças das eigrejas de vila frol primeyramente, e depois que er metesedes as terças da torre de meencorvo na fortaleza de vila frol"; 1320 - a Terra de Vilariça tem 15 paróquias quase todas entre os rios Sabor e Tua, destacam-se S. Pedro de Alfândega, Santiago de Torre de Moncorvo, S. Bartolomeu de Vila Flor, S. Salvador e S. João de Ansiães; 1337 - escritura entre os mestres João e Pero Peres para fazer uma porta de pedra na barbacã sa S. do castelo; 1366 - carta de D. Fernando determinando que os moradores de Urros e do Peredo eram obrigados a trabalhar na obra de fortificação de Torre de Moncorvo desde o "cubo novo até ao cubo da porta do castelo com a barbaçã que está a par do cubo novo" e limpar a "carcova", durante dois dias por semana, com vinte homens por dia; 1376 - carta de D. Fernando confirmando a anterior doação de Urros a Torre de Moncorvo, porque aquele lugar "era terra chãa e de pouca campanha e que nom auya nem huma fortaleza", levando a concluir que a sua antiga fortaleza já tinha desaparecido; uma outra carta do mesmo monarca determinava que os moradores das aldeias de Urros e de Maçores, do termo da vila de Moncorvo, deixassem de prestar a adua para as fortificações de Freixo de Espada à Cinta como costumavam e passassem a prestá-la nas obras da vila de Moncorvo; o monarca ordena que se fizessem na muralha mais oito cubelos para além dos que já tinha; 1377 - D. Fernando ordena que moradores de Foz Côa e Vila Flor paguem imposto para que se prossiga com as obras do castelo; 1385 - D. João I ordena que Alfândega da Fé, Castro Vicente, Mogadouro, Bemposta e Penas Róias prestasse a "addua" para se reparar a cerca; retoma a medida de D. Fernando; 1512 - D. Manuel concede Foral Novo; 1556 - obras no castelo por António Fernandes; 1718, cerca - segundo Miguel Soromenho, ter-se-ia construído, provavelmente, o aljube de Torre de Moncorvo; 1748 - transferência do matadouro para junto do arco da Boavista, ou seja, a porta E. das muralhas; séc. 19, início - as muralhas do castelo são parcialmente demolidas; a residência dos alcaides deixou de ser habitada, acelerando-se o processo de ruína; 1815 - a pedra é levada para a Corredoura e aproveitada para se construir o quartel do batalhão dos Caçadores 5; séc. 19 - demolição da Igreja de Santiago para ampliação do cemitério; 1834 - Luís Cláudio de Oliveira Pimentel, presidente da Câmara, refere que para que Moncorvo cresça é necessário que se proceda à demolição do castelo; 1842 - a Câmara reconhecendo a impossibilidade da reedificação da alcáçova, projectou a construção de um passeio público (o Largo do Castelo) e a edificação dos novos Paços do Concelho no local onde se situava o castelo; 1878 - Alexandre Herculano condena a destruição do castelo; 1907 - Largo do Castelo foi baptizado como Passeio Público de Alexandre Herculano; 1938 - neste largo foi implantado um busto de Campos Monteiro, da autoria do escultor Castro Caldas

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

AZEVEDO, Carlos Moreira, JORGE, Ana Maria, RODRIGUES, Ana Maria, História de Portugal, Rio de Mouro, Círculo de Leitores, SA, 2000, Volume 1, p.157; CAPELA, José Viriato, As freguesias do distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758, Braga, 2007, p. 603; COSTA, Carvalho da, Corografia Portuguesa, Tomo I, p.415, Lisboa, 1706; VITERBO, Sousa, Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, vol. 1, Lisboa, 1922; ANDRADE, António Júlio, Torre de Moncorvo - Notas Toponímicas, Torre de Moncorvo, 1991; SOROMENHO, Miguel Conceição Silva, Manuel Pinto de Vilalobos da engenharia militar à arquitectura (dissertação de mestrado em História da Arte Moderna), UNL, Lisboa, 1991

Documentação Gráfica

DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Vila de Torre de Moncorvo, Eng. José Ferreira Várzea e Arq. Alfredo Ângelo de Magalhães, 1955)

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH (Anteplano de Urbanização de Torre de Moncorvo, DSARH-005-2915/04), DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Vila de Torre de Moncorvo, Eng. José Ferreira Várzea e Arq. Alfredo Ângelo de Magalhães, 1955)

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2009

Actualização

 
 
 
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