Jardim do Centro de Reabilitação da Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian

IPA.00028288
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Arquitectura recreativa, modernista patente nas espécies escolhidas e na organização funcionalista do espaço e onde, graças á arquitectura também modernista do edifício, onde as paredes e portas são em vidro transparente e incolor, sendo assim o jardim, convidado a entrar no próprio edifício.
Número IPA Antigo: PT031106181600
 
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Registo

 
Espaço verde  Jardim         

Descrição

Propriedade com planta em triângulo rectângulo, cujo maior cateto apresenta uma direcção E.-O., sendo que o ângulo de menor amplitude está orientado a E. O edifício, de um só piso, cujo comprimento ocupa cerca de metade do comprimento da parcela, é constituído por 32 hexágonos com 6 m. de distância entre arestas, adoçados entre si, localizados em linhas que vão desde um a quatro elementos, perpendiculares ao eixo viário que limita o imóvel a N. Junto a este eixo situa-se ao longo deste limite da propriedade um alinhamento descontinuo de árvores e arbustos, que a isolam visualmente do exterior com árvores de espécies como o plátano, (Platanus orientalis), a nespereira (Eriobotrya japonica), o choupo branco (Populus alba), o choupo negro (populus nigra), a robínia (Robinia pseudoacacia), o freixo (Fraxinus angustifolia), o palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis) e um pequeno povoamento de romanzeiras-de-jardim (Punica granatum). Coexistem aqui arbustos como o pilriteiro (Crataegus monogyna) e o loendro (Nerium oleander). A zona mais densamente arborizada situa-se junto ao extremo SO. da parcela, onde se encontram plantadas árvores como a ameixieira brava (Prunus cerasifera) e a oliveira (Olea europaea var. europaea) e, a uma cota superior, um aglomerado de pinheiros mansos (Pinus pinea). Esta zona ocupa este ângulo da parcela e prolonga-se para E. baixando progressivamente a sua cota, começando por limitar, frente à fachada posterior do edifício, uma outra zona plana, a uma cota, no início, cerca de quatro metros inferior, separadas por um muro de suporte em betão armado. Aqui encontra-se uma uma placa relvada, encostada ao muro, que envolve a capela, um edifício ísolada, também de planta hexagonal, estendendo-se depois para S., onde se encontram plantadas uma catalpa (Catalpa bignonioides) e uma magnólia, delimitada por um ampla zona pedonal implantada em frente à fachada posterior do edifício. A zona ajardinada prolonga-se, ao longo do limite S. da propriedade até ao seu extremo E. Frente à fachada lateral E. do edifício, num espaço com metade do comprimento da zona exterior até ao limite E., situa-se uma zona plana, sobrelevada em relação ao jardim envolvente. Esta zona contém uma parte arrelvada e outra pavimentada a calçada portuguesa, com recantos funcionalmente diversos; um local destinado à estadia, com a presença de quatro bancos de jardim e o outro local destinado a um recreio activo, isto é, a actividades motoras realizadas pelos utentes do centro. Esta zona é ensombrada por árvores como a palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis), a thuja (Thuja orientalis), o eucalipto (Eucalyptus globulus), o pinheiro bravo (Pinus pinaster) e o choupo branco (Populus alba). Do términus E. desta zona até aos limites da propriedade temos uma zona não regada, com árvores dispersas como a grevílea (Grevillea robusta), o choupo negro (Populus nigra), a camélia (Camelia japonica), o pinheiro bravo (Pinus pinaster) o eucalipto (Eucalyptus globulus), o plátano (Platanus orientalis) a robínia (Robinia pseudoacacia), e arbustos como o loendro (Nerium oleander).

Acessos

Avenida Rainha Dona Amélia. WGS84: 38º 45'58.78''N. 9º09'35.60''O

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, em meia encosta orientada para E.

Descrição Complementar

Na zona ajardinada situada frente á fachada posterior do edifício existem três pequenas "salas de verdura " ao ar livre protegidas cada uma delas, a S. por um "biombo" constituído por um muro em alvenaria de planta em V, com cerca de 2,5m. de altura, cuja disposição completa a forma em três das linhas de três hexágonos já referidas, alternadas entre si por linhas de quatro hexágonos. Estas "salas de verdura" são arrelvadas e separadas do edifício por caminho pedonal longitudinal asfaltado. Na "Sala" mais a S. vamos encontrar duas palmeiras-das-canárias (Phoenix canariensis), uma junto ao extremo, outra na zona angular e uma trepadeira da espécie Tecmaria capensis no outro extremo, existe também um canteiro ao longo do muro com hortenses (Hydrangea macrophylla), fetos e ofiopogon (Ophiopogon jaburan). A "sala" intermédia apresenta o seu muro densamente revestido por hera (Hedera helix L.ssp. canariensis) apresentando uma palmeiras-das-canárias (Phoenix canariensis), em frente ao seu ângulo, envolta por ofiopogon (Ophiopogon jaburan). A terceira "sala", apresenta uma árvore,k magnólia (Magnolia grandiflora), isolada na placa arrelvada.

Utilização Inicial

Recreativa: jardim

Utilização Actual

Recreativa: jardim

Propriedade

Pública

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO PAISAGISTA Gonçalo Ribeiro Telles (1971), ARQUITECTO Palma de Melo.

Cronologia

1971 - Projecto de execução dos espaços exteriores pelo Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e sua posterior construção; Inauguração do centro; 1995, 9 de Novembro - homenagem ao arquitecto Palma de Melo com afixação de placa.

Dados Técnicos

Terreno modelado no sentido em que foi criado um terraço, junto à fachada E. do edifício, que permite exercícios ao ar livre, envoltos pelos restantes lados por jardim que, em taludes de escavação, rodeiam este terraço.

Materiais

Inertes: lancis em pedra calcária, caminho asfaltado, bancos em madeira. Vegetal: àrvores - plátano, (Platanus orientalis), nespereira (Eriobotrya japonica), choupo branco (Populus alba), choupo negro (populus nigra), robínia (Robinia pseudoacacia), freixo (fraxinus angustifolia), palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis), romanzeira-de-jardim (Punica granatum), ameixieira brava (Prunus cerasifera), oliveira (Olea europaea var. europaea), thuja (Thuja orientalis), eucalipto (Eucalyptus globulus), pinheiro bravo (Pinus pinaster), grevílea (Grevillea robusta), camélia (Camelia japonica), e o plátano (Platanus orientalis).

Bibliografia

CARAPINHA, Aurora e TEIXEIRA, J. Monterroso, A Utopia com os Pés na Terra. Gonçalo Ribeiro Telles, 2003, pág. 271.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

Na data da inauguração, o imóvel pertencia à Associação Portuguesa da Paralisia Cerebral.

Autor e Data

Teresa Camara 2009

Actualização

 
 
 
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