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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial senhorial Paço real
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Descrição
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Planta composta pela articulação de dois elementos de planta rectangular dispostos perpendicularmente, um orientado no sentido nascente - poente e outro no sentido norte - sul, encontrando-se respectivamente nos topos nascente e sul. Articulação vertical de dois pisos e cobertura diferenciada para cada ala em telhado de quatro águas, e ainda para pequeno oratório, encaixado a cavaleiro do piso térreo no topo norte da frontaria, de telhado radial sobre cúpula hemisférica. Fachada principal a nascente, composta por dois registos articulados na vertical; no primeiro, rasga-se pórtico do terreiro e pequena fresta quadrada das caves; no segundo, três janelas alinhadas, uma delas de sacada, com molduras relevadas de ornatos. As fachadas poente e setentrional das construções articuladas, enquadram do terreiro interior; arrimada à fachada poente, oposta à frontaria, corre escadaria de um só lanço dando acesso a pequeno pórtico rasgado no registo supremo da fachada norte; estes registos superiores são corridos por alinhamentos de janelas de sacada, de duplo ajimez, três em cada fachada. |
Acessos
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Rua do Paço / Praça da República / Rua do Relógio / Rua Dr. Aleixo Abreu |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280, de 30 novembro 1993 *1 |
Enquadramento
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Urbano, coroando pequena colina de suaves pendentes, flanqueado pelos edifícios do núcleo fundador do castelo, projectado mas nunca edificado; harmonizado com o meio envolvente. Adjacente e fronteira ao palácio, do outro lado da Rua do Paço, o Horto e a Capela de São Jerónimo, anexa aos jardins onde se encontra painel em conchas com figuração equestre do fidalgo D. João Henriques (v. IPA.00002776). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: paço real |
Utilização Actual
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Cultural: espaço museológico e expositivo / Religiosa: igreja |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Câmara Municipal de Viana do Alentejo |
Época Construção
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Sec. 13 / 16 / 17 / 21 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 13 - fundação; 1457 - realizam-se no Paço os matrimónios das Infantas D. Isabel e D. Beatriz, filhas de D. João de Castela e de D. Fernando de Portugal, com D. João II de Castela e D. Fernando Duque de Viseu; 1479, 04 setembro - D. Afonso V recebe no Paço a embaixada de Garcia Sanchez deToledo para a assinatura do Tratado de Alcáçovas pondo termo à Guerra da Sucessão de Espanha; 1495 - D.João II lavra o seu testamento no Paço; 1568 - reforma integral do edifício a que se deve o seu aspecto actual; 1622 - edificação capela de São Jerónimo; 1974 - após o 25 de abril o edifício é ocupado por Unidades Coletivas de Produção (UCP); 1988, julho - Despacho de classificação como IIP - Imóvel de Interesse Público; 1990 - constituído Grupo de Amigos das Alcáçovas, para aquisição do Paço ao seu proprietário Ana Maria de Lencastre e Caetano de Lencastre; 1994, Julho - assalto à capela tendo sido roubados castiçais, jarras de porcelana e a tela de São Jerónimo; 1994, 06 de Setembro - a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Micro Regiões Rurais Terras Dentro elabora contributo para a recuperação e animação do imóvel propondo a criação de um centro internacional de documentação para o mundo rural, a criação de espaço museológico e expositivo e de sala multimédia, a abertura da capela para realização de celebrações religiosas a abertura do jardim anexo; 1994, 30 de Setembro - escritura de venda ao Estado; 2004, 19 Março - Abertura concurso pela DGEMN - DREMS para obras de beneficiação geral; 2013, 09 agosto - publicado no DR, 2.ª série, n.º 153 o Anúncio de Procedimento n.º 4072/2013 - Empreitada de Reutilização do Paço dos Henriques, Capela de Nossa Senhora da Conceição e Jardins; 2016, 04 setembro - ceromínia inauguração do novo espaço cultural instalado no imóvel após obras de requalificação, envolvendo um investimento de c. de 1,7 milhões de euros, com apoio do InAlentejo através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), tendo sido o projecto desenvolvido em parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), após um protocolo com a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF); o espaço acolhe um centro interpretativo, uma área de exposições, um posto de turismo, um núcleo documental e um espaço dedicado à arte chocalheira. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma, estruturas mistas |
Materiais
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Alvenaria, silharia granítica, cantaria de mármore |
Bibliografia
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ESPANCA, Túlio - «Paço Real da Vila das Alcáçovas». A Cidade de Évora, nº 60; IDEM - Inventário Artístico de Portuga l- Distrito de Évora, Lisboa, ANBA,1978, Vol. IX; SILVA, André Lourenço - Os Embrechados do Paço das Alcáçovas. Ed. Esfera do Caos, 2012 (não consultado). |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Intervenção Realizada
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1992 - recuperação da estrutura de madeira da cobertura, impermeabilização, reassentamento do telhado, reconstrução de uma abóbada e reassentamento do telhado; DGEMN/DREMS: 2002 - consolidação da cobertura, recuperação de rebocos interiores e de caixilharias; 2004 - conclusão obras conservação e recuperação coberturas; 2013 - 2016: CMViana do Alentejo / DRCA - obras de recuperação e requalificação como espaço cultural, acolhendo várias valências, entre elas um centro interpretativo, área de exposições, biblioteca, posto de turismo e núcleo documental. |
Observações
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*1 - DOF... incluindo Jardim e Capela de Nossa Senhora da Conceição. |
Autor e Data
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Manuel Branco e Castro Nunes 1994 |
Actualização
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Maria João 2005 |
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